sexta-feira, 18 de maio de 2007

Ocupação da reitoria da USP - Temos que armar os movimentos sociais

E se mesmo assim não nos ouvirem, começamos uma guerra civil. Se nós não podemos ter direitos, eles também não terão paz. Enquanto os bairros nobres for um mar de rosas, com taxas de homicídio zero, as periferias continuarão sendo palco de guerra e os direitos sociais continuarão sendo negados.

Tudo indica que a PM vai entrar no Campus da USP. Penso que se a decisão for para resistir, essa resistência deve começar nos portões da Universidade. Passaram dos portões, começam a ser atacados e chicoteados com pedras e coquetéis molotov.

O que eu lamento é não termos umas .50, lança-foguetes e uns mísseis daqueles que os palestinos lançam contra os israelenses. Se tivéssemos eles não passariam dos portões.

Por isso eu digo, movimento social sem armas é uma estupidez. A luta é desigual. Eles tem mais poder do que nós. Por isso insisto veememente: temos que armar todos os movimentos sociais.

Basta acessar a Folha Online para ver que 3000 famílias do MTST serão despejadas de um acampamento em Itapecerica. Se tivessem armas não seriam. Sairam de um terreno gigante para que o proprietário continue com a área absolutamente deserta, nada será feito lá. E 3000 famílias sem casa continuarão sem casa.

Não podemos continuar nos dobrando a esse tipo de coisa. Não podemos continuar indefesos diante da opressão. Temos que reagir com violência e com ódio.

A classe dominante tem que ser combatida a bala. Falatório não adianta. É perda de tempo. Temos que atacar todos eles, inclusive em suas casas, quando estiverem dormindo.

Somente irão nos levar a sério quando comerçamos a explodi-los. Atacá-los diretamente. Eu acredito nisso. Cansei de mentiras democráticas. Cansei das mentiras dos Direitos Humanos e penso que algumas autoridades públicas, políticos e empresários brasileiros valem menos do que uma galinha. E nós comemos galinha no jantar.

Por isso, eu insisto a todos os movimentos sociais brasileiros: montem um braço armado. Somente assim os movimentos sociais conseguirão ter algum poder de barganha contra os grupos dominantes.

E se mesmo assim não nos ouvirem, começamos uma guerra civil. Se nós não podemos ter direitos, eles também não terão paz. Enquanto os bairros nobres for um mar de rosas, com taxas de homicídio zero, as periferias continuarão sendo palco de guerra e os direitos sociais continuarão sendo negados.

Essa é a única forma de resolvermos o problema social desse país. Não existe meio termo. Certamente, a ação dos grupos dominantes será tentar apaziguar os ânimos, dizer que a luta não vale, que muitos podem morrer, etc. Querem que sejamos passivos e inertes diante das desigualdades. Querem que continuemos os próximos 500 anos aceitando a tirania e a opressão.

Certamente, querem isso. Eles ganham com as desigualdades. Eles são os opressores. Eles são os tiranos. Eles estão por cima pisando em todo mundo.

E nós, o que temos ? Nada. Não temos nada e mesmo assim, quando exigimos alguma coisa (direitos) somos massacrados. Está na hora de devolvermos para a classe dominante a violência que ela nos dá de graça. Está na hora de combatermos os dominadores, os opressores e tiranos com armas.

Se todos os movimentos sociais se armarem. Em pouco tempo tomamos conta do país. Se todos os movimentos sociais estiverem armados, nós ditaremos as regras e diremos o que será feito e o que não será.

A revolução social só é possível por meio da luta armada. Não é possível negociar com a classe dominante. Precisamos dizer isso para todos os companheiros e convencê-los a pegar em armas para combater o mal.

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O Estado e a Revolução:

Introdução à obra de Lênin

A teoria do poder político marxista, ponto capital nos estudos das ciências política, é exposta com fidelidade e brilho. O poder, "como resumo oficial do antagonismo na sociedade civil" é dissecado impiedosa e violentamente.

Nesta obra estão esboçadas as idéias de Marx, Engels e Lênin, no que diz respeito a pontos fundamentais das divergências marxistas que dividem hoje as esquerdas nos países em vias de desenvolvimento: a da utilização da violência para a tomada do poder, a da possibilidade da passagem pacífica para o socialismo, a da necessidade do estágio republicano democrático para a concretização daquela passagem.

Para Lênin, em princípio, há necessidade de inculcar sistematicamente nas massas a idéia de que a revolução violenta está na base de toda a doutrina de Marx e Engels... Sem revolução violenta é impossível substituir o Estado burguês pelo Estado proletário.

Essa teoria, de resto, é uma constante na obra dos teóricos políticos revolucionários de todos os tempos que viram a força, consequentemente a violência, como cerne do fenômeno do poder. Assim sendo, a possibilidade da utilização da força seria condição indispensável à politização dos atos humanos colimando o poder.

Lênin acredita, com Marx e Engels, na possibilidade de, em situações especiais, em determinados contextos históricos, ocorrer uma passagem, revolucionária, pacífica para o socialismo. Essa idéia, evidentemente, pressupõe a convicção de que nem sempre a violência presida àquela passagem, não obstante se imponha quando se trata de destruir o Estado burguês.

O conceito de violência só poderia ser compreendido, neste caso, quando referido à totalidade do pensamento de Lênin, Engels e Marx.

Finalmente, aparece em "O Estado e a Revolução", com nova ênfase, a problemática das formas de governo e dos regimes políticos na sociedade socialista. Antes de esboçar com originalidade a teoria da existência das fases da transformação da sociedade - a socialista e a comunista - Lênin detém-se na análise do regime político e das formas de governo socialistas.

Para Lênin, "a re´publica democrática é a melhor forma de Estado para o proletariado no regime capitalista", embora não se tenha o "direito de esquecer que a escravidão assalariada é o quinhão do povo, mesmo na mais democrática república burguesa".

E depois de aceitar com Engels que o partido comunista e a classe operária não podem chegar ao poder senão sob a forma de uma república democrática, explica as causas desta afirmação: "Isso acontece porque semelhante república, embora não suprima de forma alguma a dominação do capital, nem, conseuqüentemente, a opressão das massas e a luta de classes, conduz inevitavelmente a uma extensão, a um desenvolvimento, a um impulso, a um agravamento da luta tais que a possibilidade de satisfazer, os interesses vitais das massas oprimidas tendo surgido, esta possibilidade se realiza inelutável e unicamente na ditadura do proletariado, na direção destas massas pelo proletariado."

Autor da introdução: Jose Nilo Tavares

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