quarta-feira, 20 de junho de 2012

Outras orientações - Rio + 20


Os indivíduos chamaram o texto da Rio+20 de "rascunho 0". O nome é ruim, pois já indica coisa ruim, ou seja, indica ausência, pois 0 significa nada. Por outro lado pode significar bola. De uma forma ou de outra, em ambos os casos, para uma Conferência tão importante quanto a Rio+20, não pode seguir essa direção de ineficácia e ineficiência. Logo, vou desconsiderar esse negócio de "rascunho 0" e vamos ao que importa.
O nome correto da Conferência Rio+20 é: "O Futuro que Queremos". Se é o futuro que queremos isso significa que tem que ser aplicado os seguintes pontos:

1- Mudança imediata da matrix energética mundial. Sair dos combustíveis fósseis e instalar as energias renováveis, com fundamento na Energia Solar, Energia gerada pelos movimentos de automóveis em avenidas, ruas e rodovias; Energia eólica, Hidrelétrica, Marés, etc.

2- A opção pelos biocombustíveis é ruim, pois o crescimento da população mundial demandará mais energia e mais alimentos. Logo, os biocombustíveis não resolvem o problema, pois em um futuro de médio prazo, terá que haver outra mudança da matrix energética se a opção for os biocombustíveis. Os biocombustíveis podem ser uma fonte complementar, mas não pode ser a base. A base energética tem que ser inesgotável e acessível a todos os países. É o caso das energia descritas no item 1.

3- Eu discordo da posição do Professor Goldemberg que disse: "O automóvel virou sinônimo de liberdade de ir e vir. A adoção do carro elétrico pode ser uma saída perversa." Está errada essa visão, pois o carro elétrico unido às tecnologias de energia solar que cada pessoa pode adquirir para produzir a energia que consome, significa mais liberdade, inclusive, independência dos grandes produtores de energia. Além de ter o carro elétrico a própria pessoa pode produzir a energia que consome. Inclusive, o próprio carro elétrico pode vir de fábrica com essas tecnologias de produção de energia acopladas.

4- Além disso, o carro elétrico não pode usar energia gerada pela queima de combustíveis fósseis, pois não adianta usar um carro elétrico se usarem queima de carvão ou petróleo para gerar a energia elétrica.

5- Outra medida importantíssima é que todos os países assinem um acordo concreto no qual se obrigam a trocar toda a frota de automóveis, caminhões, ônibus e demais máquinas que possuem; e são usados pelos governos e órgãos públicos; por uma frota movida por energias renováveis: Energia Solar, Energia gerada pelos movimentos de automóveis, caminhões e ônibus em avenidas, ruas e rodovias; Energia eólica, Hidrelétrica, Marés, etc.

6- Se todos os governos fizerem essas substituições e as empresas produtoras de automóveis multiplicarem a produção de automóveis elétricos e com os equipamentos de geração de energia acoplados (automóveis autosuficiente) antes de 2030 a mudança total da matrix energética estará completa.

7- Portanto, aquilo que pretendem investir na produção de biocombustíveis deve ser aplicado na produção das tecnologias de energia solar; energia gerada pelo movimento de automóveis em rodovias, ruas e avenidas; eólica, hidrelétrica, energia gerada pelo movimento das marés, etc.

8- Dessa forma a terra estará livre e protegida p/ a produção de alimentos, característica de fundamental importância p/ a humanidade e para as próximas gerações, sem nenhum tipo de uso de plantações p/ geração de energia. O esgotamento do solo é o grande problema gerado pelas monoculturas destinadas a produção de energia. O solo esgotado fica imprestável para a produção de alimentos. Logo, em um futuro de médio prazo será necessário usar essas terras, onde se plantou monoculturas com finalidades energéticas, para a produção de alimentos e o solo esgotado não produzirá nada.

9- A necessidade de uso da maior parte das terras agriculturáveis, em um futuro de médio prazo, para a produção de alimentos, decorre do fato de que a humanidade está em crescimento e a produção de alimentos, devido ao esgotamento do solo, em queda. Áreas que nas décadas passadas produziam dezenas de toneladas de alimentos, depois de muito uso, já não tem a mesma força e não produzem tanto. Ocorrem quedas significativas na produção. Inclusive, este tema é fundamental e tem que ser feitas pesquisas científica sobre ele: Como recuperar a força produtiva de tais áreas. Vemos isso com clareza nas pequenas propriedades rurais.

10- Além disso, o uso de equipamentos agrícolas errados tem prejudicado a produção e enfraquecido a terra. Arados que enterra o humus da terra a quase meio metro, etc. Excesso de aração da terra. Equipamentos pesados demais fazendo plantios, colheitas, etc. Tudo isso prejudica a produção do solo, enfraquecendo a terra. Sem contar das plantações que podem ser consideradas pragas, por exemplo, capim, eucalipto, pinus, etc.

11- No Paraná se vê muito capim e pouco gado. Predomínio de pecuária extensiva. Pecuária extensiva é estupidez. O gado anda muito e se for para corte, a carne fica dura e o gado demora para engordar. Se for pecuária leiteira a alimentação do gado tem pouca eficiência leiteira. A pecuária extensiva serve mais para especulação econômica do que como investimento produtivo. O eucalipto serve para a construção civil, assim como o pinus, porém, torna o solo enfraquecido e seca as fontes de água. Portanto, tem que se tomar muito cuidado com os locais onde se planta essas coisas, ou seja, são monoculturas que causam danos ambientais. Quanto ao pinus, próximo de nosso sítio no Paraná tem extensas plantações de pinus, e o problema são os venenos que usam nas plantações e contaminam os rios e riachos.

12- Inclusive, outra área de pesquisa importante é a produção de inseticidas e outros venenos usados nas plantações que sejam orgânicos e não venenos derivados de elementos petrolíferos. O petróleo não faz parte da cadeia alimentar comum, logo, a contaminação de plantas, água e terra com esse tipo de produto ocasiona danos e doenças. Inclusive, os seres humanos que se encontram submetidos a intensa poluição petrolífera, por exemplo, nas grandes cidades, desenvolvem sério problemas de saúde, modificações genéticas, inclusive o câncer é consequência disso (veja o filme educativo The Corporation), pois o corpo humano é feito de água e materiais oriundos da terra. Não contém petróleo em nenhuma de suas partes.

13- Biocombustíveis causam danos ambientais e fazem uso de terras que, em um futuro próximo, serão necessárias p/ a produção de alimentos. Portanto, o dinheiro que querem destinar a produção de biocombustíveis devem investir na produção de tecnologias de energia solar. Além disso, os biocombustíveis repetem a categoria: países produtores de alta tecnologia x países agrícolas. Essa categoria é característica de subdesenvolvimento, uma vez que a produção agrícola não tem o mesmo valor agregado do que as altas tecnologias, mesmo os alimentos sendo muito mais importantes p/ a manutenção da vida humana.

Tem um grupo que defende o uso de biocombustíveis e querem que seja feito grandes investimentos nessa área. Sou contra esse plano, pois os biocombustíveis repetem uma categoria que conhecemos muito bem. E se seguirmos essa linha voltará a antiga divisão: países agrícolas x países produtores de alta tecnologia, ou seja, haverá a divisão entre países produtores de biocombustíveis (coisa agrícola) e países que usam alta tecnologia. Se essa categoria não funcionou em um passado próximo, por que querem repeti-la ?

O caminho correto é fazer altos investimentos em energia solar, eólica, geração de energia por movimento de automóveis em rodovias, ruas, estradas; marés, hidrelétricas, etc. Os biocombustíveis devem ser uma opção próxima do petróleo e de combustíveis fósseis, ou seja, só devem ser usados se não houver outra opção energética. Inclusive, já escrevi sobre isso dizendo que a terra usada para produzir biocombustíveis perde a força produtiva e que a população mundial, em crescimento ascendente, mais cedo ou mais tarde, necessitará do uso de tal terra para produzir alimentos e não encontrará um solo fértil p/ isso.
A ideia fundamental é tornar todos os países produtores de alta tecnologia, além de produzirem produtos agrícolas, pois isso significa uniformização do desenvolvimento econômico mundial, aumentando a renda, eliminando pobreza, miséria, imigrações, etc.

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