quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Pessoas nocivas para a coletividade
A luta dos grupos dominantes, incluindo alguns professores graúdos da USP, para impedir a democratização do conhecimento e a socialização dos saberes, pode ser comparada com a luta dos senhores de escravo para impedir o fim da escravidão, ou a luta dos nazistas para manterem o extermínio nos campos de concentração.

Aqueles que querem impedir o acesso da sociedade ao conhecimento e aos saberes, que foram produzidos ao longo da história humana, não são pessoas comuns, não são iguais aos demais. São agentes do mal. São pessoas nocivas para o gênero humano, nocivas para a evolução cultural, nocivas para a humanidade.

Não há diferença entre estas pessoas e os nazistas. Os nazistas exterminavam o corpo. Estes indivíduos querem exterminar o intelecto, a razão, a capacidade de pensar da maioria da população. Fazem isto criando travas e barreiras para impedir a maioria da população de acessar o conhecimento e os saberes. Só eles e os grupos deles podem usufruir do legado das gerações anteriores, só eles podem beber da fonte que é pública e que pertence a todos. São ladrões da coisa pública. Estão se apropriando do conhecimento e dos saberes que é uma construção coletiva.

Não podemos aceitar isto, pois eles querem implantar, definitivamente, na sociedade a seleção econômica. Na seleção biológica somente o mais forte evolui. Não existe isto na evolução cultural. Porém, os grupos dominantes querem inserir uma regra de seleção cultural, ou seja, na evolução cultural, querem eles, somente o mais rico evolui. Só o mais rico faz os melhores cursos, as melhores faculdades, idiomas, especialização, pós-graduação, etc. Os mais pobres existem para serem bucha de canhão.

Com isto eles dominam as principais funções do Estado. As funções decisória e de poder: executivo, legislativo e judiciário... A maioria da população está excluída dos cargos que exigem curso superior. Estes cargos estão todos nas mãos dos grupos dominantes, da classe média para cima. Eles controlam a burocracia e, com isto, paralisam e travam quaisquer mudanças sociais relevantes. A estrutura pervera de dominação e controle se perpetua e se reproduz. Esta estrutura de poder tem que ser quebrada, arrebentada, destruída.

Só acessa o conhecimento e os saberes quem tem poder aquisitivo, poder econômico. Os demais, aqueles que não tem, devem viver na escuridão e na ignorância do saber. Devem estar abaixo da linha do poder e fora da burocracia. Os de baixo devem continuar embaixo. Esta é uma das vertentes da dominação nas sociedades atuais.

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