segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Eu não sou contra o lucro
Eu não sou contra o lucro. O lucro é necessário para motivar as pessoas, para fazê-las perseguirem objetivos, para impulsionar e fazer a livre-iniciativa funcionar. Contudo, eu sou contra, terminantemente contra, o lucro que se obtém com a destruição da sociedade, do meio-ambiente e das coisas sagradas. O capitalismo não tem ética e não tem virtude. É um sistema construído por humanos. Um sistema desprovido de qualidades humanas.

Logo, quem opera o sistema é que dá qualidade ao sistema. Um trator é um sistema. Quem opera o trator é o tratorista. Se o tratorista resolve usar o trator para atropelar pessoas e destruir propriedades, quem responde pelos crimes é o tratorista, não o trator. Os capitalistas é que devem dar ética e virtudes ao sistema econômico, ao capitalismo. Fazem isto agindo com entendimento e sabedoria.

Contudo, a maioria dos capitalista e dos pensadores não estão preocupados com isto. Dizem que a mão invisível do mercado equilibra tudo. Mas a mão invisível do mercado é a mão parcial, tendenciosa e gananciosa dos capistalistas agindo em conjunto. Logo, o equilibrio obtido é viciado e favorável ao lucro ilimitado. Mesmo que para isto se destrua o meio-ambiente, derrube todas as florestas, poluam todos os rios, dissolva a sociedade humana e queime o planeta com o aquecimento global...

As coisas possuem um limite. Não podemos tolerar excessos que nos levem à destruição. Lucros excessivos indicam concentração de renda. Concentração de renda é aumento das desigualdades sociais. E ninguém quer mais desigualdades sociais, pois mais desigualdades significa mais violência, mais desemprego, mais sofrimento social...

Enfim, precisamos refletir sobre os lucros excessivos que estão obtendo por aí. Acho que limitar a obtenção do lucro não é um caminho apropriado. O caminho certo seria obrigar as empresas a investirem um gorda fatia dos lucros obtidos em projetos sociais de relavante interesse público. Certamente, isto não se aplica à exploração da destruição.
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Ampliar as leis de incentivo
Um caminho possívels eria a ampliação das leis de incentivo para a educação, saúde, meio ambiente, pesquisa científica (principalmente pesquisa básica), etc, ou seja, obrigar as empresas a investirem parte dos seus lucros nestes projetos sociais.

As leis de incentivo permitem a aplicação direta de recurso privados, que seriam dados ao Estado na forma de impostos, em projetos de relevante interesse público.

Se tem uma escola precisando de computadores, penso que um empresário poderia dar os computadores para a Escola e abater isso no imposto devido. Se tem um hospital necessitando de equipamentos, penso que uma empresa poderia equipar o hospital e abater isso dos impostos devidos ou usando a parte dos lucros obtidos...

Isso fará com que muitos problemas sociais sejam resolvidos rapidamente, evitando desperdício e a unha dos corruptos. Certamente, essa lei deverá estabelecer formas de controle para que os empresários picaretas não usem isso como uma forma de enriquecimento ilícito ou lavagem de dinheiro. Penso que as empresas e pessoas física poderiam ter o Direito de usar até 40% dos impostos devidos em projetos aprovados pela lei de incentivo.

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