sexta-feira, 12 de maio de 2006

Alternativa da USP para não aderir à política de cotas: criou um cursinho com 160 vagas

Mais uma idéia de jerico implantada na USP. Será que os idealizadores desta idéia comem capim ??? Mas talvez a USP tenha razão. A culpa dos problemas sociais é dos alunos. Quem mandou eles nascerem pobres, negros e índios...

A saída apresentada pela USP, como alternativa ao sistema de Cotas, foi a criação, em São Paulo, de um Cursinho com 160 vagas. Uma idéia estúpida que demonstra claramente que esta instituição é completamente controlada e manipulada pelos interesses da classe dominante (ricos e brancos) e que não foi construída para pobres, negros e índios. Pobre, negro e índio só servem para pagar ICMS e outros impostos que mantém a USP funcionando para a elite.

Não sou a favor da política de cotas como tem sido aplicada por aí, assim como da mera inserção de alunos sem conhecimentos na Universidade. Contudo, no curto prazo, a única forma de se quebrar a hegemonia branca e rica dentro da Universidade é por meio de cotas. Somente a política de cotas, que trará pobres, negros e índios para o ambiente acadêmico, é capaz de reorientar e modificar o atual caminho das pesquisas e do pensamento predominante neste contexto. Por isso, é primordial que tenham acesso à Universidade, por meio das cotas, apenas pessoas com interesses na reconstrução dos pilares da Universidade e não aqueles indivíduos que buscam apenas a satisfação pessoal, ou seja, que querem apenas enriquecer e se transformar em mais um integrante da classe dominante.

Se o problema é justamente os cursinhos (somente passa nos vestibulares os alunos dos cursinhos caros ou das escolas particulares - classe dominante) a USP criou mais um, ou seja, ao invés de resolver o problema do ensino público, por exemplo, montando projetos de interferência direta nas salas de aula das escolas públicas do Estado de São Paulo: como aulas de reforço e complementação escolar no ensino primário e colegial, assim como oferecendo, para todos os professores do ensino público, cursos, reciclagens e treinamentos intensivos e constantes; os SÁBIOS da USP resolveram criar mais um pequenino cursinho. Um cursinho tão seletivo e excludente que é mais fácil no vestibular do que ingressar.

Um cursinho que tem só 160 vagas e é restrito à Cidade de São Paulo e a alunos específicos, ou seja, a USP preferiu sair pela tangente e manter a hegemonia da classe dominante, branca e rica, dentro da instituição. O que estão tentando fazer ? Estão tentando enganar o povo (a maioria dos cidadãos) dando a falsa impressão de que a USP tem políticas alternativas ao sistema de cotas. Estão contando uma "mentira cabeluda" para a população, pois esse Cursinho não é nenhuma alternativa, mas sim uma idéia estúpida que serve para jogar dinheiro público na lata de lixo. Não é função da Universidade ter Cursinho e se estão criando um, estão desviando dinheiro público destinado ao Ensino Superior e pior, estão aplicando dinheiro da coletividade em projetos fracassados, excludentes e de pouca relevância social, para não dizer relevância zero.

Não importa o número de vagas do cursinho da USP, se são 160 ou se são 5000. O que importa é que a criação de um cursinho não é o caminho, pois não resolve nada, uma vez que ataca apenas o sintoma da questão. A causa do problema é a escola pública de má qualidade, tanto o primário quanto o colegial, e é lá que a USP tem que agir. Criar cursinho é uma estupidez sem limites.

Mas talvez haja uma resposta para esta escolha. Talvez seja porque existem professores da USP que são donos de cursinho. Talvez seja porque professores da USP ministram aulas, ou estão recebendo dinheiro de cursinhos famosos, para não resolverem o problema do ensino público. Se a escola pública for boa, ninguém vai fazer cursinho, pois aluno de escola particular já estuda em um cursinho. Logo, o negócio de cursos pré-vestibulares vai a falência. Contudo, como a USP optou por abrir mais um cursinho não gerou nenhuma espécie de ameaça para este ramo comercial, garantindo a sua continuidade.

Atualmente são oferecidas cerca de 10.000 (dez mil) vagas no vestibular da USP, quantos desses 160 alunos do cursinho idiota da USP serão aprovados no vestibular? Quantos pobres, negros e índios a mais entrarão na USP por causa deste cursinho ? Se 100 alunos desse Cursinho idiota forem aprovados, isso significa que 0,1 (zero vírgula um por cento) entraram na USP pelas Cotas. Essa idéia é genial e, certamente, resolverá o problema da hegemonia branca e rica dentro da USP !!!!!! O Professor ou os professores doutores que apresentaram esta idéia deveriam perder o título de doutor e serem rebaixado para o colegial novamente.

Lembro aos leitores que no ano passado cerca de 170.000 alunos prestaram o vestibular da USP e somente 10.000 entraram, ou seja, 160.000 foram reprovados.

Cento e sessenta mil alunos (160.000) reprovados no vestibular da FUVEST, uni-vos, está na hora de quebrar a espinhal dorsal da classe dominante que controla a USP, ou então, se resigne e aceite a idéia de que você paga para os ricos estudarem em uma Universidade que foi construída para você. A sua vaga foi usurpada, roubada e dada para outro.

Mas não é só isso. Quando o aluno passa pela peneira do vestibular e entra na USP, imediatamente uma série de mecanismo institucionais entram em ação, visando fazê-lo desistir do curso logo no primeiro ano, ou seja, o aluno passa a sofrer uma série de humilhações, discriminações, constrangimentos, abusos de autoridade etc, que visam empurrá-lo para a fora da Universidade, pois o status quo não pode ser violado e o nome de "escola da elite" tem que ser mantido. Eu sou uma prova viva disso, pois sofro na pele as ilegalidades institucionais dentro desta Universidade. Porém enganam-se aqueles que acham que não irei me vingar, pois vou. Toda a desgraça que me causam dentro desta Universidade será retribuída em dobro, aos indivíduos que a causaram.

Enfim, eu digo e repito: ou se acaba com a máfia que controla a USP e põe pobres, negros e índios nesta Universidade (na mesma proporção da população) ou teremos que acabar com a USP.

Além disso, assim que comecei a digitar este texto a minha conexão de internet, via rede sem fio, dentro da USP foi derrubada, pois, por meio da rede de computadores monitoram e filtram tudo o que sai do meu computador para a internet, assim como as coisas que têm no meu computador.

Sem contar que as páginas do meu site que denunciam os crimes e as ilegalidades cometidas dentro da USP não estão abrindo em algumas salas da Universidade. Querem impedir a comunidade acadêmica de ver a realidade, a podridão da Universidade. A censura está se espalhando. A ditadura acabou do lado de fora da USP, mas aqui dentro não.

Lembro a todos que foi um professor da Faculdade de Direito da USP, depois virou Reitor, que redigiu o AI-5. Além disso, a USP tem origem fascista e abrigou gente famosa do integralismo. Portanto, é tradição desta Universidade a censura, a opressão e as ilegalidades. O que salva a USP são alguns grupos de alunos, funcionários e professores de esquerda, ou então, aqueles que mesmo não sendo de esquerda tem preocupações sociais, o resto da USP é parasita de carteirinha e fascistas na ideologia.

Os fascistas da USP estão na minha mira.

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Inscrições para cursinho grátis da USP vão até dia 15

Folha Online - 05/05/2006 - 20h14

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u121157.shtml


A USP (Universidade de São Paulo) seleciona até 15 de maio 160 vagas para o cursinho gratuito Projeto Espaço de Orientação de Estudos. O projeto aceita apenas alunos da rede pública de ensino de São Paulo, que estejam matriculados na terceira série do ensino médio em 2006 ou que concluíram o ensino médio em dezembro de 2005 ou janeiro de 2006.

O objetivo do projeto, promovido pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, é ampliar as horas de estudos dos alunos e prepará-los para os exames vestibulares, especialmente os das universidades públicas do Estado.

As aulas de reforço acontecem de segunda a sexta-feira, com plantão de dúvidas e atividades extracurriculares aos sábados, no período de 29 de maio a 15 de dezembro. As 160 vagas estão distribuídas em três turmas, uma na Cidade Universitária, no Butantã (zona oeste de São Paulo), no período noturno, e duas no Núcleo de Apoio Social, Cultural e Educacional (Nasce) da USP, em Ermelino Matarazzo (zona leste), à tarde e à noite. A turma do período vespertino terá aulas das 13h30 às 17h45, e as turmas noturnas, das 18h15 às 22h30. Aos sábados, o horário será das 8h30 às 13h30.

A seleção dos alunos ocorre em duas fases. A primeira, de caráter eliminatório e exigência mínima de 60% de aproveitamento, é composta por uma prova com 40 questões de múltipla escolha sobre o conteúdo do ensino médio das disciplinas de biologia, física, geografia, história, literatura, língua portuguesa, matemática e química.

Quem passar na primeira fase será submetido a uma entrevista com uma banca examinadora, com três avaliadores, que analisará as condições econômicos do candidato e o seu rendimento escolar.

Para efetuar a inscrição, os candidatos deverão apresentar declaração emitida pela escola com notas e freqüência em 2006 --para os que ainda estão na terceira série do ensino médio-- ou cópia do histórico escolar e certificado de conclusão --para quem concluiu o ensino médio em dezembro de 2005 ou janeiro de 2006--, além do RG e de um comprovante de residência.

As inscrições devem ser feitas em dois endereços: na rua Professor Antonio de Castro Lopes, 1309, em Ermelino Matarazzo, ou na sala 230 da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação, na avenida da Universidade, 305, Cidade Universitária, Butantã (zona oeste), das 10h às 16h.

Mais informações no telefone (11) 6943-3530.

Fuvest: maioria dos aprovados é branca e terá ajuda dos pais

Estadão Online - 15 de fevereiro de 2006 - 18:43

http://www.estadao.com.br/educacao/noticias/2006/fev/15/266.htm

São Paulo - A maioria dos convocados para a matrícula na primeira chamada da Fuvest estudou em escola particular, declara-se branca e espera contar com a ajuda financeira dos pais para se manter durante o curso universitário. Segundo estatísticas divulgadas no website da Fuvest, a partir de um questionário sócio-econômico preenchido pelos candidatos ao vestibular, dos aprovados para a primeira chamada 73% fizeram o segundo grau somente em escola particular, enquanto que 18,5% estudaram em escola pública.

Ao responder à questão "Entre as alternativas abaixo, qual sua cor?", 77,5% dos candidatos que acabaram aprovados no vestibular se declararam brancos, 10,8%, amarelos, 9,8%, pardos, 1,3%, pretos e 0,3%, indígenas. Sobre a forma como pretendem se manter durante o curso, 31,8% contarão somente com o sustento dos pais; 38,5% pretendem usar a renda do trabalho, complementada por ajuda da família; e 9,8% contarão apenas com o próprio trabalho.

Quanto ao uso da internet, 66,2% dos candidatos aprovados dizem que acessam a rede freqüentemente; 30,9%, apenas de vez em quando e 2,8%, não acessam e internet.

Escola privada amplia domínio na Fuvest


FÁBIO TAKAHASHI - SIMONE HARNIK - da Folha de S.Paulo
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u18374.shtml

O número de aprovados da rede particular no vestibular deste ano da Fuvest é o maior desde 2001, apesar das iniciativas tomadas pela fundação e pela USP para tentar aumentar a proporção de alunos da escola pública na universidade.

No processo seletivo 2006 da Fuvest --que seleciona para a USP, Santa Casa e Academia do Barro Branco--, 73,2% dos chamados para a matrícula fizeram o ensino médio integralmente em colégios particulares. O número é o maior desde 2001, quando foi de 74,1%. Em 2005, ficou em 71,9%.

Apesar de a variação percentual no período ser relativamente pequena, isso mostra que as políticas de inclusão social adotadas até agora tiveram pouco efeito.

De 2001 para cá, a USP criou um campus na zona leste da capital paulista (inaugurado em 2005), o que aproximou a universidade de uma região de baixa renda.

Além disso, a Fuvest aumentou de 10 mil para 65 mil o número de isenções da taxa de inscrição no vestibular (neste ano, custou R$ 105, incluindo manual).

Com isso, a proporção de inscritos provenientes da escola pública subiu 8,2%, entre os vestibulares 2005 e o 2006. O crescimento, porém, não resultou em mais aprovações desses alunos --houve queda de 7,9%.

"A única maneira de explicar esse fenômeno é estimar que o nível da escola pública continua caindo", diz o coordenador da Fuvest, Roberto Costa.

Para ele, se forem mantidas as características do processo seletivo, a rede particular continuará prevalecendo nas listas de aprovação. "Como o exame avalia o conteúdo, é difícil mudar o perfil dos aprovados." A universidade possui um grupo de trabalho que analisa a possibilidade de mudar o vestibular. Um relatório foi feito e aguarda votação.

Para a pró-reitora de graduação da USP, Selma Garrido Pimenta, as medidas tomadas até agora pela universidade "estão surtindo efeito, mas o resultado não se faz presente imediatamente".

Ela diz ainda que o aumento do ingresso de alunos da escola pública também é responsabilidade do governo estadual e da comunidade, para que haja uma melhoria na educação pública. "As porcentagens têm sido pequenas também como resultado da desqualificação geral que o ensino sofreu nestes últimos 20 anos."

Para a professora de pós-graduação da Faculdade de Educação da PUC-SP Isabel Franchi Cappelletti, o menor índice de aprovação de alunos do sistema público não está relacionado apenas à qualidade dessa rede. "Temos de lembrar que estudantes de escolas públicas não estão acostumados com avaliações como a da Fuvest, ao contrário dos estudantes das particulares."

Já a professora de metodologia de ensino da Faculdade de Educação da USP Nídia Nacib Pontuschka diz que "são muitos itens que devem ser considerados, desde a desvalorização da escola pública até o formato do vestibular".

Atualmente, 85% dos estudantes do ensino médio do Estado cursam a rede pública, mas em geral eles são menos de 30% dos aprovados na USP.

Cotas

Para Thiago Tobias, assessor da ONG Educafro, a única forma de aumentar a inclusão seria com a adoção de ações afirmativas, como as cotas --medida que a universidade entende que pode baixar seu nível de ensino.

"É um contra-senso tremendo. A USP comemora o aumento de alunos carentes fazendo vestibular e os condena à decepção", afirma Tobias.

O coordenador do MSU (Movimento dos Sem Universidade), Sérgio Custódio, critica a prova de inglês da Fuvest. "Ela tem um nível de doutorado, sendo que está trabalhando com alunos que possuem nível do verbo "to be"."

Vanessa Cristina de Alvarenga, 20, foi um dos vestibulandos que conseguiram isenção, mas não foram aprovados. "A prova é muito difícil, com coisas próprias pra cursinhos. Tem muitas pegadinhas, é aquela velha decoreba. No fim das contas, é um vestibular que é medido por condições financeiras e exclui de toda a forma os alunos da rede pública."

Colaborou DANIELA TÓFOLI, da Reportagem Local

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Fraude na concessão de bolsas-trabalho na USP

"Os processos de seleção para bolsa trabalho na USP estão sendo fraudados para beneficiar alunos previamente escolhidos e protegidos da Coseas e de professores. Indivíduos aprovados na seleção sócio-econômica estão sendo descartados e substituídos por outros indivíduos. (19/04/2006)"

Se você participou da seleção de bolsas-trabalho na USP e não foi chamado para a entrevista procure descobrir a sua posição na seleção sócio-econômica, pois várias pessoas que foram classificadas nos primeiros lugares na seleção econômica, portanto classificadas para a entrevista, não foram chamadas e os supervisores dos projetos estão preenchendo as vagas com amigos íntimos, puxa-sacos, amantes, etc, ou então, com alunos ligados às assistentes da COSEAS - gente pré-escolhida, gente da laia deles. Enfim, as seleções de bolsas-trabalho estão sendo fraudadas. Estão enganando e roubando as vagas dos alunos classificados nas seleções sócio-econômica e dando as bolsas para seus protegidos.

Um amigo foi aprovado em quarto lugar em um projeto do curso de Física que tinha 12 vagas. Não chamaram ele para a entrevista e deram a vaga dele para outra pessoa. Ele foi investigar o caso e descobriu que tinham trocado o endereço dele na ficha de contato para a entrevista. Logo, não contataram ele e substituíram-no por outro indivíduo. A desculpa foi que erraram. Contudo, certamente, foi um erro intencional que tinha por finalidade tirar a bolsa de um para dar ao outro. A rapinagem e as picaretagens estão correndo soltas dentro da COSEAS - USP. Se ele tivesse ficado quieto o golpe teria se concretizado.

No meu caso também ocorreu coisa parecida. Fui aprovado em segundo lugar na seleção sócio-econômico, em um projeto que tinha quatro bolsas, não fui chamado para a entrevista e a minha vaga foi ocupada por outra pessoa. Fui investigar o ocorrido e disseram que não sou morador do CRUSP, sendo que estou regularmente nesta moradia desde novembro de 2005. Uma desculpa tão estúpida e esfarrapada que tive vontade de rir na cara da assistente.

O Edital do projeto exigia que o aluno fosse morador e nada mais que isso. Inscrevi no projeto, pois somente podia se inscrever em um projeto. Fui aprovado, mas para não me darem a bolsa trabalho arrumaram esta justificativa e deram a bolsa para outra pessoa. Assim, prejudicaram-me mais uma vez.

Como sou aluno da Faculdade de Direito e não da Letras ou da Filosofia, vou solicitar abertura de mais processo administrativo contra a COSEAS na Reitoria. Mas isso não é suficiente, temos que trabalhar arduamente para derrubar a Coordenadora da COSEAS, expulsá-la daqui, assim como algumas assistentes sociais. A minha paciência com essa gente está esgotando e chegando a um limite perigoso. Perigoso demais.

Portanto, se você se inscreveu na bolsa trabalho, verifique a sua classificação e veja se não fizeram a mesma coisa com você, ou seja, se não roubaram a sua vaga na bolsa trabalho. Essas fraudes estão sendo cometidas na frente de todos e na luz do dia. Temos que investigar a COSEAS de cabo a rabo, pois tem muito mais coisa podre lá dentro.

(Clique aqui para ver outros crimes cometidos na Coseas e denunciados)

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