Cérebro de rico funciona ???

Eu li uma notícia no blog do Dimenstein (Notícia Aqui) que diz que cérebro de pobre funciona pior. Alegam que o problema está na falta de pré-escola, etc... Contudo, eu acho que essa notícia é uma grande besteira e tem por objetivo denegrir a inteligência dos de baixo... É a velha tentativa de se classificar as pessoas, dividindo-as em compartimentos...

Lembram daquele outro cientista que dizia que os negros eram menos inteligentes ??? Esta pesquisa vai na mesma linha, pois se o cérebro funciona pior, isto significa que a pessoa é menos inteligente. Portanto, essa pesquisa idiota está dizendo que os pobres são menos inteligentes do que os ricos, simplesmente porque são pobres...

É inegável que a falta de pré-escola prejudica o desenvolvimento do indivíduo. Contudo, isso não implica em dizer que o cérebro funciona pior, logo, que a pessoa é menos inteligente, principalmente, porque dizer que o cérebro funciona melhor ou pior não significa nada... Como é que medem o melhor ou pior ??? O que significa funcionamento melhor ou pior ??? Mais atividades neste ou naquele ponto pode determinar que o indivíduo seja um exímio matemático ou um grande jogador de futebol, porém, não diz nada sobre a inteligência ou o sucesso do indivíduo...

Se compararmos Stephen Hawking, o físico, com Ronaldinho Gaúcho, o jogador, vamos detectar diferenças nas áreas de atividades cerebrais, porém, não há base ou fundamento para dizer que o cérebro de um funciona pior ou melhor do que o do outro...

Além disso, não disseram que, devido ao ambiente inóspito e difícil, o cérebro de pessoas pobres está mais preparado para buscar e encontrar saídas inteligentes e rápidas para os problemas do cotidiano... Essa busca é uma questão de sobrevivência... Não há isso entre os ricos... Portanto, o cérebro dos magnatas não está tão adaptado quanto o dos pobres. Isso porque os ricos não precisam fazer esforço para nada. Tem tudo de mão beijada e na boquinha... Não precisa nem pensar, quanto mais resolver problemas que lhe garanta a sobrevivência...

Mais do que isso, os ricos possuem um grande número de informações, mas, raramente, conseguem ver conexões entre elas, raramente conseguem estabelecer conectividades, relacioná-las... Isso porque a capacidade de pensar precisa de motivação. Quem tem tudo não precisa de motivação para nada... Por isso os ricos são tão banais, tão medíocres...

A maior evidência disso aparece no fato dos países ricos saírem à caça de talentos e inteligência nos países pobres, promovendo uma grande emigração intelectual... Se o cérebro dos ricos funciona melhor, não haveria necessidade disso... Não é mesmo ???

Enfim, é uma pesquisa idiota que visa disseminar o complexo de inferioridade entre os pobres... Portanto, o melhor lugar para essa pesquisa é o lixo...

Além disso, poderíamos fazer um mapeamento para verificar se os maiores cientistas do planeta, no último meio milênio, eram pobres ou ricos...

Quando começam a criar diferenças é hora de ficar em alerta, pois as intenções totalitárias sempre começam e se embasam nessas diferenças para exterminar os indesejados...

Cérebro de pobre funciona pior?

Blog do Dimenstein

Neurocientistas da Universidade da Califórnia mediram a atividade cerebral de crianças pobres, submetidas a testes de lógica, em comparação com a de crianças ricas. Resultado: a região do córtex pré-frontal, relevante para solução de problemas, funciona pior entre os mais pobres --o detalhamento dessa pesquisa está no www.dimenstein.com.br.

Os pesquisadores comentam que o problema não é necessariamente a pobreza, mas a falta de estímulos (livros, brincadeiras, museus, exposições) que as crianças sofrem em suas casas. E, com isso, deixam de desenvolver uma área do cérebro decisiva para que prosperem na escola e, mais tarde, no trabalho. Em suma, fica comprometida a criatividade.

A tradução dos comentários dos cientistas é a seguinte: a falta de oportunidades é comprometida, em parte, desde os primeiros anos de vida.

Isso se traduz na importância da pré-escola, a partir das creches, como substituto à escassez da vida familiar. E também do envolvimento cada vez maior da comunidade na criação de espaços educativos dentro e fora da escola. O que, em resumo, significa o papel educativo que as cidades devem assumir.

Não vejo obra mais importante que um governante no geral e um prefeito em particular possam assumir do que mexer no cérebro das crianças.