quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Argumentos Interessantes
Extraídos do Livro:
O UNIVERSO AUTOCONSCIENTE: Como a consciência cria o mundo material
Autor: Amit Goswami - Richard E. Reed - Maggie Goswami

Convencidos de que devemos ser científicos, somos iguais ao dono da loja de objetos curiosos na história seguinte: um freguês, descobrindo um instrumento que não conhecia, levou-o ao lojista e lhe perguntou para que servia.
— Oh, isso é um barômetro. Respondeu o dono.
—Informa se vai chover.
— Como é que funciona? Perguntou o cliente.
O lojista, na verdade, não sabia como funcionava um barômetro, mas reconhecer esse fato implicaria arriscar-se a perder a venda. Em vista disso, respondeu:
— O senhor coloca-o do lado de fora da janela e o traz de volta. Se o barômetro volta molhado, o senhor sabe que está chovendo.
— Mas eu posso fazer isso com a mão. Por que, então, usar um barômetro? Protestou o homem.
— Mas isso não seria científico, meu amigo. Respondeu o lojista.

---------------
O matemático Roger Penrose (Penrose, R. 1989. The Emperor's New Mind. Oxford, Reino Unido: Oxford University Press - Clique aqui para ver o livro no google-books) argumenta que o raciocínio algorítmico, semelhante ao que faz o computador, não basta para permitir a descoberta de teoremas e axiomas matemáticos. (O algoritmo é um procedimento sistemático para solucionar problemas: um enfoque rigorosamente lógico, baseado em regras.) Se assim é, pergunta Penrose, de onde vem a matemática, se operamos como se fôssemos um computador.

A verdade matemática não é algo que comprovamos usando meramente um algoritmo. Acredito, ainda, que aconsciência é um ingrediente vital na compreensão da verdade matemática. Temos que 'ver' a verdade de um argumento matemático para convencermo-nos de sua validade. Esse 'ato de ver" constitui a própria essência da consciência.

Ela tem que estar presente em todos os casos em que percebemos diretamente a verdade matemática. Em outras palavras, nossa consciência tem que existir antes de nossa capacidade algorítmica de computador.

Um argumento ainda mais forte contra a tese da mente como máquina foi apresentado por um laureado Nobel, o físico Richard Feynman. Um computador clássico, observa Feynman, jamais poderá simular a não-localidade (expressão técnica que significa transferência de informação ou influência sem sinais locais; essas influências são do tipo ação-à-distância e instantâneas). Dessa maneira, se seres humanos são capazes de processamento de informação não-local, este será um de nossos programas não-algorítmicos que o computador jamais conseguirá simular.

--------------
Temos capacidade de processar informação não-local? Podemos construir um argumento muito poderoso para a não-localidade se aceitarmos nossa espiritualidade. Outro argumento controverso em apoio à não-localidade é a alegação de experiências paranormais. Através dos séculos, o homem proclama ter capacidade de comunicação por telepatia, ou transmissão mente-a-mente de informação sem necessidade de sinais locais, e atualmente parece haver alguma prova científica de que isso efetivamente acontece.

----------------------
Vamos juntar essa última idéia com a visão do Físico Brasileiro Mário Schenberg...
Parafísica e Parapsicologia na visão de um grande físico brasileiro: Professor Mário Schenberg - USP
Entrevista à Revista Ciência Hoje - 1984 - Vol. 3 - N. 13
Clique aqui para ler a entrevista completa


Professor Schenherg, o senhor considera os chamados fenômenos paranormais como pertencentes à mesma realidade que os fenômenos físicos. Como é essa sua concepção?


Um dos pontos que ainda não pude realizar — e espero ainda poder fazê-lo— é a fusão da biologia com a Física. O grande problema que está diante da Física é o problema da vida. A mecânica quântica conseguiu fundir a química com a Física, e só depois dela foi possível explicar a valência química. A fronteira da Física ficou então na biologia, e o problema é como fundir essas duas ciências. Eu acho que entre a Física e a biologia está a parapsicologia. Não a parapsicologia pensada em termos de espiritismo. Aliás, o próprio nome ‘parapsicologia”é ruim, porque dá a entender coisas que estão além da psicologia. Seria melhor ‘parafisica”, o que vem logo depois da Física.

Veja só; Einstein não gostava da mecânica quântica porque achava que ia levar à parapsicologia. Que intuição! Mas ele não pensava em termos gerais da ciência, coisa que Heisenberg já fez: Heisenberg pensava em fundir a biologia e a Física. O que é fundamental na biologia? Qual a característica essencial da vida? Os biólogos não respondem a isso. Eu acho que são as propriedades parapsicológicas. Einstein compreendeu, desde 1927, que a mecânica quântica está beirando a parapsicologia. Mostrou que a matéria tem propriedades como que parapsicológicas. o que na verdade é um outro relacionamento com o espaço e o tempo: não é o da Física clássica, mas o da mecânica quântica. E essa fusão entre a biologia e a Física talvez nem se dê pela mecânica quântica, talvez seja pela mecânica clássica mesmo.

Para Heisenberg, a união da Física e da biologia se dá porque o fenômeno típico da vida é haver uma história. Por que não haver certa historicidade na Física? Essa era a idéia dele. Pode haver outras. É preciso uma certa sensibilidade para o desconhecido; o cientista tem que estar sempre à beira do desconhecido.

O cientista não é o homem que está no conhecido — este é o tecnólogo. E o que está à beira do desconhecido é o problema da vida. Essa e outras questões talvez estejam ligadas à impropriamente chamada parapsicologia e tenham mais a ver com a Física mesmo. Esta pode ser uma das grandes mudanças do pensamento humano, um grande salto. A formação do cientista deve criar na pessoa uma atitude de abertura para o desconhecido. Precisa-se criar um faro para o desconhecido, no sentido de se suspeitar das coisas. Einstein era assim, a percepção dele era muito forte.

A idéia de paraFísica tem ligação com seu trabalho em Bruxelas ?

Em Bruxelas eu procurei mostrar que, dentro da mecânica de Newton, você podia fazer uma teoria das partículas indistinguíveis, necessária para uma termodinâmica correta, a fim de evitar o chamado paradoxo de Gibbs. Achavam que isso só tinha a ver com a mecânica quântica, com o princípio de Pauli, mas mostrei que não era assim. Foi o melhor trabalho que já fiz, liga-se com a equação diferencial de Liouville na mecânica estatística. Os artigos estão publicados no Nuovo Cimento.

Mas chegou um momento em que fiquei assustado, porque apareceram coisas estranhas, e eu não entendi: parecia que podiam acontecer fenômenos físicos que não tinham localização espacial. Mas eram teorias matemáticas. Ficou um enigma. Quem gostou foi o professor De Groot, da Alemanha. Ele me disse que fiz um aperfeiçoamento da teoria de Newton numa direção que não se supunha possível. Agora, recentemente, saiu um livro na Holanda, do físico canadense R. Paul que descobriu que, em muitos ramos da fisico-química, podem ser aplicados métodos da mecânica quântica, sem que sejam questões de mecânica quântica. E era realmente isso que eu tinha feito. Em muitas questões da Física clássica, podia-se aplicar métodos que pareciam ser da mecânica quântica, mas não eram, que então podiam ser aplicados à mecânica newtoniana.

Por ocasião desse meu trabalho, eu nem havia ainda ouvido falar em parapsicologia. Foi só há dez anos atrás que, lendo sobre fenômenos parapsicológicos, liguei as coisas, ou seja, os fenômenos não localizados no espaço. E esses fenômenos não precisam ser quânticos, podem ser clássicos. Assim que puder, vou retomar essas questões. Talvez sejam fenômenos que tenham a ver com a telepatia, porque é certo que a telepatia tem alguma coisa a ver com a Física. Só que não foi através da Física que tomei contato com a telepatia, mas através da arte. A arte está bastante ligada às coisas parapsicológicas. É possível que todo fenômeno artístico seja um fenômeno parapsicológico, ou envolva esse fenômeno.
(...)

O senhor parece ter grande liberdade interior, não se ligar a esquemas ortodoxos.

Eu não me guio muito pelo raciocínio, O raciocínio é importante para provar as coisas, mas é a intuição que mostra a solução dos problemas.

Acredito que nem sempre se pode ver as coisas com clareza. Há coisas que, por sua própria natureza, não podem ser vistas com muita clareza. São coisas crepusculares, e se se quiser vê-las com clareza elas somem. E têm que ser vistas mesmo assim.

Não me imponho barreiras desnecessárias. As pessoas se autocensuram. Eu não. Mas é claro que não digo tudo que penso, não sou besta. Não me censuro, mas nem sempre falo dos resultados a que cheguei. A maior parte das pessoas tem medo, medo das coisas invisíveis. Eu tenho medo dos perigos visíveis. Talvez por isso eu não seja muito crédulo.

Argumentos Interessantes
Extraídos do Livro:
O UNIVERSO AUTOCONSCIENTE: Como a consciência cria o mundo material
Autor: Amit Goswami - Richard E. Reed - Maggie Goswami

Convencidos de que devemos ser científicos, somos iguais ao dono da loja de objetos curiosos na história seguinte: um freguês, descobrindo um instrumento que não conhecia, levou-o ao lojista e lhe perguntou para que servia.
— Oh, isso é um barômetro. Respondeu o dono.
—Informa se vai chover.
— Como é que funciona? Perguntou o cliente.
O lojista, na verdade, não sabia como funcionava um barômetro, mas reconhecer esse fato implicaria arriscar-se a perder a venda. Em vista disso, respondeu:
— O senhor coloca-o do lado de fora da janela e o traz de volta. Se o barômetro volta molhado, o senhor sabe que está chovendo.
— Mas eu posso fazer isso com a mão. Por que, então, usar um barômetro? Protestou o homem.
— Mas isso não seria científico, meu amigo. Respondeu o lojista.

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O matemático Roger Penrose (Penrose, R. 1989. The Emperor's New Mind. Oxford, Reino Unido: Oxford University Press - Clique aqui para ver o livro no google-books) argumenta que o raciocínio algorítmico, semelhante ao que faz o computador, não basta para permitir a descoberta de teoremas e axiomas matemáticos. (O algoritmo é um procedimento sistemático para solucionar problemas: um enfoque rigorosamente lógico, baseado em regras.) Se assim é, pergunta Penrose, de onde vem a matemática, se operamos como se fôssemos um computador.

A verdade matemática não é algo que comprovamos usando meramente um algoritmo. Acredito, ainda, que aconsciência é um ingrediente vital na compreensão da verdade matemática. Temos que 'ver' a verdade de um argumento matemático para convencermo-nos de sua validade. Esse 'ato de ver" constitui a própria essência da consciência.

Ela tem que estar presente em todos os casos em que percebemos diretamente a verdade matemática. Em outras palavras, nossa consciência tem que existir antes de nossa capacidade algorítmica de computador.

Um argumento ainda mais forte contra a tese da mente como máquina foi apresentado por um laureado Nobel, o físico Richard Feynman. Um computador clássico, observa Feynman, jamais poderá simular a não-localidade (expressão técnica que significa transferência de informação ou influência sem sinais locais; essas influências são do tipo ação-à-distância e instantâneas). Dessa maneira, se seres humanos são capazes de processamento de informação não-local, este será um de nossos programas não-algorítmicos que o computador jamais conseguirá simular.

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Temos capacidade de processar informação não-local? Podemos construir um argumento muito poderoso para a não-localidade se aceitarmos nossa espiritualidade. Outro argumento controverso em apoio à não-localidade é a alegação de experiências paranormais. Através dos séculos, o homem proclama ter capacidade de comunicação por telepatia, ou transmissão mente-a-mente de informação sem necessidade de sinais locais, e atualmente parece haver alguma prova científica de que isso efetivamente acontece.

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Vamos juntar essa última idéia com a visão do Físico Brasileiro Mário Schenberg...
Parafísica e Parapsicologia na visão de um grande físico brasileiro: Professor Mário Schenberg - USP
Entrevista à Revista Ciência Hoje - 1984 - Vol. 3 - N. 13
Clique aqui para ler a entrevista completa


Professor Schenherg, o senhor considera os chamados fenômenos paranormais como pertencentes à mesma realidade que os fenômenos físicos. Como é essa sua concepção?


Um dos pontos que ainda não pude realizar — e espero ainda poder fazê-lo— é a fusão da biologia com a Física. O grande problema que está diante da Física é o problema da vida. A mecânica quântica conseguiu fundir a química com a Física, e só depois dela foi possível explicar a valência química. A fronteira da Física ficou então na biologia, e o problema é como fundir essas duas ciências. Eu acho que entre a Física e a biologia está a parapsicologia. Não a parapsicologia pensada em termos de espiritismo. Aliás, o próprio nome ‘parapsicologia”é ruim, porque dá a entender coisas que estão além da psicologia. Seria melhor ‘parafisica”, o que vem logo depois da Física.

Veja só; Einstein não gostava da mecânica quântica porque achava que ia levar à parapsicologia. Que intuição! Mas ele não pensava em termos gerais da ciência, coisa que Heisenberg já fez: Heisenberg pensava em fundir a biologia e a Física. O que é fundamental na biologia? Qual a característica essencial da vida? Os biólogos não respondem a isso. Eu acho que são as propriedades parapsicológicas. Einstein compreendeu, desde 1927, que a mecânica quântica está beirando a parapsicologia. Mostrou que a matéria tem propriedades como que parapsicológicas. o que na verdade é um outro relacionamento com o espaço e o tempo: não é o da Física clássica, mas o da mecânica quântica. E essa fusão entre a biologia e a Física talvez nem se dê pela mecânica quântica, talvez seja pela mecânica clássica mesmo.

Para Heisenberg, a união da Física e da biologia se dá porque o fenômeno típico da vida é haver uma história. Por que não haver certa historicidade na Física? Essa era a idéia dele. Pode haver outras. É preciso uma certa sensibilidade para o desconhecido; o cientista tem que estar sempre à beira do desconhecido.

O cientista não é o homem que está no conhecido — este é o tecnólogo. E o que está à beira do desconhecido é o problema da vida. Essa e outras questões talvez estejam ligadas à impropriamente chamada parapsicologia e tenham mais a ver com a Física mesmo. Esta pode ser uma das grandes mudanças do pensamento humano, um grande salto. A formação do cientista deve criar na pessoa uma atitude de abertura para o desconhecido. Precisa-se criar um faro para o desconhecido, no sentido de se suspeitar das coisas. Einstein era assim, a percepção dele era muito forte.

A idéia de paraFísica tem ligação com seu trabalho em Bruxelas ?

Em Bruxelas eu procurei mostrar que, dentro da mecânica de Newton, você podia fazer uma teoria das partículas indistinguíveis, necessária para uma termodinâmica correta, a fim de evitar o chamado paradoxo de Gibbs. Achavam que isso só tinha a ver com a mecânica quântica, com o princípio de Pauli, mas mostrei que não era assim. Foi o melhor trabalho que já fiz, liga-se com a equação diferencial de Liouville na mecânica estatística. Os artigos estão publicados no Nuovo Cimento.

Mas chegou um momento em que fiquei assustado, porque apareceram coisas estranhas, e eu não entendi: parecia que podiam acontecer fenômenos físicos que não tinham localização espacial. Mas eram teorias matemáticas. Ficou um enigma. Quem gostou foi o professor De Groot, da Alemanha. Ele me disse que fiz um aperfeiçoamento da teoria de Newton numa direção que não se supunha possível. Agora, recentemente, saiu um livro na Holanda, do físico canadense R. Paul que descobriu que, em muitos ramos da fisico-química, podem ser aplicados métodos da mecânica quântica, sem que sejam questões de mecânica quântica. E era realmente isso que eu tinha feito. Em muitas questões da Física clássica, podia-se aplicar métodos que pareciam ser da mecânica quântica, mas não eram, que então podiam ser aplicados à mecânica newtoniana.

Por ocasião desse meu trabalho, eu nem havia ainda ouvido falar em parapsicologia. Foi só há dez anos atrás que, lendo sobre fenômenos parapsicológicos, liguei as coisas, ou seja, os fenômenos não localizados no espaço. E esses fenômenos não precisam ser quânticos, podem ser clássicos. Assim que puder, vou retomar essas questões. Talvez sejam fenômenos que tenham a ver com a telepatia, porque é certo que a telepatia tem alguma coisa a ver com a Física. Só que não foi através da Física que tomei contato com a telepatia, mas através da arte. A arte está bastante ligada às coisas parapsicológicas. É possível que todo fenômeno artístico seja um fenômeno parapsicológico, ou envolva esse fenômeno.
(...)

O senhor parece ter grande liberdade interior, não se ligar a esquemas ortodoxos.

Eu não me guio muito pelo raciocínio, O raciocínio é importante para provar as coisas, mas é a intuição que mostra a solução dos problemas.

Acredito que nem sempre se pode ver as coisas com clareza. Há coisas que, por sua própria natureza, não podem ser vistas com muita clareza. São coisas crepusculares, e se se quiser vê-las com clareza elas somem. E têm que ser vistas mesmo assim.

Não me imponho barreiras desnecessárias. As pessoas se autocensuram. Eu não. Mas é claro que não digo tudo que penso, não sou besta. Não me censuro, mas nem sempre falo dos resultados a que cheguei. A maior parte das pessoas tem medo, medo das coisas invisíveis. Eu tenho medo dos perigos visíveis. Talvez por isso eu não seja muito crédulo.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Outros Autores

A obra "Metafísica da Consciência", que estou desenvolvendo, corre em paralelo e mantém um diálogo sólido com as idéias e teorias de Fritjof Capra e Amit Goswami... Contudo, como já afirmei anteriormente, são coisas distintas... Porém, alguns elementos que utilizo, inegavelmente, vem, ou virão, de tais autores... Não só deles, certamente, mas também de outros...

Inclusive, estou lendo os dois autores citados, e também Stephen Hawking, agora... Leios-os buscando elementos comuns entre as idéias e teorias que desenvolvo com aquilo que eles propõem...

É melhor ler os demais autores depois que suas idéias estejam solidificadas, bem delineadas... Assim, você mantém a sua independência e ineditismo...
Outros Autores

A obra "Metafísica da Consciência", que estou desenvolvendo, corre em paralelo e mantém um diálogo sólido com as idéias e teorias de Fritjof Capra e Amit Goswami... Contudo, como já afirmei anteriormente, são coisas distintas... Porém, alguns elementos que utilizo, inegavelmente, vem, ou virão, de tais autores... Não só deles, certamente, mas também de outros...

Inclusive, estou lendo os dois autores citados, e também Stephen Hawking, agora... Leios-os buscando elementos comuns entre as idéias e teorias que desenvolvo com aquilo que eles propõem...

É melhor ler os demais autores depois que suas idéias estejam solidificadas, bem delineadas... Assim, você mantém a sua independência e ineditismo...
O UNIVERSO AUTOCONSCIENTE:
Como a consciência cria o mundo material
Autor: Amit Goswami - Richard E. Reed - Maggie Goswami

A INTEGRAÇÃO ENTRE CIÊNCIA E ESPIRITUALIDADE

Um nível crítico de confusão satura o mundo contemporâneo. Nossa fé nos componentes espirituais da vida — na realidade vital da consciência, dos valores, Deus — está sendo corroída sob o ataque implacável do materialismo científico.

Por um lado, recebemos de braços abertos os benefícios gerados por uma ciência que assume a visão mundial materialista. Por outro, essa visão, predominante, não consegue corresponder às nossas intuições sobre o significado da vida.

Nos últimos 400 anos, adotamos gradualmente a crença de que a ciência só pode ser construída sobre a idéia de que tudo é feito de matéria— os denominados átomos, em um espaço vazio. Viemos a acatar o materialismo como dogma, a despeito de sua incapacidade de explicar as experiências mais simples de nossa vida diária.

Em suma, temos uma visão de mundo incoerente. As tribulações em que vivemos alimentaram a exigência de um novo paradigma — uma visão unificadora do mundo que integre mente e espírito na ciência. Nenhum novo paradigma, contudo, emergia até agora.

Este livro propõe um paradigma desse tipo e mostra que podemos construir uma ciência que abranja as religiões do mundo, trabalhando em cooperação com elas para compreender a condição humana em sua totalidade. O núcleo desse novo paradigma é o reconhecimento de que a ciência moderna confirma uma idéia antiga—a idéia de que consciência e não maxéúzj o substrato de tudo que existe.

A primara parte deste livro apresenta a nova física e uma versão moderna da filosofia do idealismo monista. Sobre esses dois pilares, tentarei construir o prometido novo paradigma, uma ponte sobre o abismo entre ciência e religião. Que haja contato entre ambas.

---------------
A alternativa que proponho neste livro é o idealismo monístico. Esta filosofia é monística, em oposição à dualística, e é idealismo porque idéias (não confundir com ideais) e a consciência da existência das mesmas são consideradas como os elementos básicos da realidade; a matéria é julgada secundária.

Em outras palavras, em vez de postular que tudo (incluindo a consciência) é constituído de matéria, esta filosofia postula que tudo (incluindo a matéria) existe na consciência e é por ela manipulado.

Notem que a filosofia não diz que a matéria é não-real, mas que a realidade da matéria é secundária à da consciência, que é em si o fundamento de todo ser — incluindo a matéria. Em outras palavras, em resposta à pergunta, "O que é a matéria?", o idealista monístico jamais responderia: "Esqueça!"

Este livro mostra que a filosofia do idealismo monístico proporciona uma interpretação, isenta de paradoxo, da física quântica, e que é lógica, coerente e satisfatória.

Além disso, fenômenos mentais — tais como autoconsciência, livre-arbítrio, criatividade, até mesmo percepção extra-sensorial — encontram explicações simples e aceitáveis quando o problema mente-corpo é reformulado em um contexto abrangente de idealismo monístico e teoria quântica. Este quadro reformulado do cérebro-mente permite-nos compreender todo nosso self, em total harmonia com aquilo que as grandes tradições espirituais mantiveram durante milênios.

A influência negativa do realismo materialista sobre a qualidade da moderna vida humana tem sido assombrosa. O realismo materialista postula um universo sem qualquer significado espiritual: mecânico, vazio e solitário. Para nós — os habitantes do cosmo — este é talvez o aspecto mais inquietante porque, em um grau assustador, a sabedoria convencional sustenta que o realismo materialista predomina sobre teologias que propõem um componente espiritual da realidade, em acréscimo ao componente material.

Os fatos provam o contrário. A ciência prova a superioridade de uma filosofia monística sobre o dualismo — sobre o espírito separado da matéria. Este livro fornece uma argumentação convincente, fundamentada em dados existentes, de que a filosofia monística, necessária agora no mundo, não é o materialismo, mas o idealismo.

Na filosofia idealista, a consciência é fundamental e, nessa conformidade, nossas experiências espirituais são reconhecidas e validadas como dotadas de pleno sentido. Esta filosofia aceita muitas das interpretações da experiência espiritual humana que deflagraram o nascimento das várias religiões mundiais. Desse ponto de observação, vemos que algunsdos conceitos das várias tradições religiosas tornam-se tão lógicos, ele gantes e satisfatórios quanto a interpretação dos experimentos da física quântica.

Conhece-te a ti mesmo. Este foi o conselho dado através das idades por filósofos inteiramente cientes de que nosso self é o que organiza o mundo e lhe dá significado, e compreender o self juntamente com a natureza era o objetivo abrangente a que visavam.

A aceitação do realismo materialista pela ciência moderna mudou tudo isso. Em vez de unidade com a natureza, a consciência afastou-se dela, dando origem a uma psicologia separada da física. Conforme observa Morris Berman, esta visão realista materialista do mundo exilou-nos do mundo encantado em que vivíamos no passado e condenou-nos a um mundo alienígena.
(Berman - 1984)

Atualmente, vivemos como exilados nesta terra estranha. Quem, senão um exilado, arriscar-se-ia a destruir esta bela terra com a guerra nuclear e a poluição ambiental.? Sentirmo-nos como exilados solapa nosso incentivo para mudar a perspectiva.

Condicionaram-nos a acreditar que somos máquinas — que todas as nossas ações são determinadas pelos estímulos que recebemos e por nosso condicionamento anterior. Como exilados, não temos responsabilidade nem escolha. E o livre-arbítrio é uma miragem.

Este o motivo por que se tornou tão importante para cada um de nós analisarmos em profundidade nossa visão do mundo. Por que estou sendo ameaçado de aniquilação nuclear? Por que a guerra continua a ser um meio bárbaro para resolver litígios mundiais? Por que há fome endêmica na África, quando nós, só nos Estados Unidos, podemos tirar da terra alimento suficiente para saciar o mundo?

Como foi que adquiri uma visão do mundo (mais importante ainda, estou engasgado com ela?) que determina tanta separação entre eu e meus semelhantes, quando todos nós compartilhamos de dotes genéticos, mentais e espirituais semelhantes? Se repudiamos a visão de mundo ultrapassada, que se baseia no realismo materialista e investigamos a nova/velha visão que a física quântica parece exigir, poderemos, o mundo e eu, ser integrados mais uma vez?

Precisamos nos conhecer; precisamos saber se podemos mudar nossas perspectivas — se nossa constituição mental permite isso. Poderão a nova física e a filosofia idealista da consciência dar-nos novos contextos para a mudança?

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O tipo magrelo, falando com um sotaque britânico, objetou:

— De que maneira algo feito de alguma outra coisa pode agir causalmente sobre aquilo de que é constituído? Isso seria equivalente a um comercial de televisão repetindo-se ao agir sobre os circuitos eletrônicos do monitor. Deus nos livre disso! Não, a consciência tem que ser uma entidade diferente do cérebro, a fim de produzir um efeito causal sobre ele. Ela pertence a um mundo separado, fora do mundo material. (Esta, por exemplo, é a posição do filósofo Karl Popper.)

---------------
— Como disse certa vez Abraham Maslow:" Se a única ferramenta que você tem é um martelo, comece a tratar todas as coisas como se elas fossem pregos." Essas pessoas estão acostumadas a considerar o mundo como feito de átomos e separado de si mesmas. Consideram a consciência como um epifenômeno ilusório. Não podem lhe conceder consciência.
--------------
Propriedades quânticas:
• Um objeto quântico (como, por exemplo, um elétron) pode estar, no mesmo instante, em mais de um lugar {a propriedade da
onda).
• Não podemos dizer que um objeto quântico se manifeste na realidade comum espaço-tempo até que o observemos como uma
partícula (o colapso da onda).
• Um objeto quântico deixa de existir aqui e simultaneamente passa a existir ali, e não podemos dizer que ele passou através do espaço interveniente (o salfo quântico).
• A manifestação de um objeto quântico, ocasionada por nossa observação, influencia simultaneamente seu objeto gêmeo correlato
— pouco importando a distância que os separa (ação quântica
distânda).

------------
Não podemos ligar a física quântica a dados experimentais sem utilizar alguns esquemas de interpretação, e a interpretação depende da filosofia com que encaramos os dados. A filosofia que há séculos domina a ciência (o materialismo físico, ou material) supõe que só a matéria— que consiste de átomos ou, em última análise, de partículas elementares — é real.

Tudo mais são fenômenos secundários da matéria, apenas uma dança dos átomos constituintes. Essa visão do mundo é denominada de realismo porque se presume que os objetos sejam reais e independentes dos sujeitos, nós, ou da maneira como os observamos. A idéia, contudo, de que todas as coisas são constituídas de átomos é uma suposição não provada. Não se baseia em prova direta no tocante a todas as coisas.

Quando a nova física nos desafia com uma situação que parece paradoxal, quando vista da perspectiva do realismo materialista, tende mos a ignorar a possibilidade de que os paradoxos possam estar surgindo por causa da falsidade de nossa suposição não comprovada. (Tendemos a esquecer que uma suposição mantida por longo tempo não se transforma, por isso, em verdade, e, não raro, não gostamos que nos lembrem disso.)
O UNIVERSO AUTOCONSCIENTE:
Como a consciência cria o mundo material
Autor: Amit Goswami - Richard E. Reed - Maggie Goswami

A INTEGRAÇÃO ENTRE CIÊNCIA E ESPIRITUALIDADE

Um nível crítico de confusão satura o mundo contemporâneo. Nossa fé nos componentes espirituais da vida — na realidade vital da consciência, dos valores, Deus — está sendo corroída sob o ataque implacável do materialismo científico.

Por um lado, recebemos de braços abertos os benefícios gerados por uma ciência que assume a visão mundial materialista. Por outro, essa visão, predominante, não consegue corresponder às nossas intuições sobre o significado da vida.

Nos últimos 400 anos, adotamos gradualmente a crença de que a ciência só pode ser construída sobre a idéia de que tudo é feito de matéria— os denominados átomos, em um espaço vazio. Viemos a acatar o materialismo como dogma, a despeito de sua incapacidade de explicar as experiências mais simples de nossa vida diária.

Em suma, temos uma visão de mundo incoerente. As tribulações em que vivemos alimentaram a exigência de um novo paradigma — uma visão unificadora do mundo que integre mente e espírito na ciência. Nenhum novo paradigma, contudo, emergia até agora.

Este livro propõe um paradigma desse tipo e mostra que podemos construir uma ciência que abranja as religiões do mundo, trabalhando em cooperação com elas para compreender a condição humana em sua totalidade. O núcleo desse novo paradigma é o reconhecimento de que a ciência moderna confirma uma idéia antiga—a idéia de que consciência e não maxéúzj o substrato de tudo que existe.

A primara parte deste livro apresenta a nova física e uma versão moderna da filosofia do idealismo monista. Sobre esses dois pilares, tentarei construir o prometido novo paradigma, uma ponte sobre o abismo entre ciência e religião. Que haja contato entre ambas.

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A alternativa que proponho neste livro é o idealismo monístico. Esta filosofia é monística, em oposição à dualística, e é idealismo porque idéias (não confundir com ideais) e a consciência da existência das mesmas são consideradas como os elementos básicos da realidade; a matéria é julgada secundária.

Em outras palavras, em vez de postular que tudo (incluindo a consciência) é constituído de matéria, esta filosofia postula que tudo (incluindo a matéria) existe na consciência e é por ela manipulado.

Notem que a filosofia não diz que a matéria é não-real, mas que a realidade da matéria é secundária à da consciência, que é em si o fundamento de todo ser — incluindo a matéria. Em outras palavras, em resposta à pergunta, "O que é a matéria?", o idealista monístico jamais responderia: "Esqueça!"

Este livro mostra que a filosofia do idealismo monístico proporciona uma interpretação, isenta de paradoxo, da física quântica, e que é lógica, coerente e satisfatória.

Além disso, fenômenos mentais — tais como autoconsciência, livre-arbítrio, criatividade, até mesmo percepção extra-sensorial — encontram explicações simples e aceitáveis quando o problema mente-corpo é reformulado em um contexto abrangente de idealismo monístico e teoria quântica. Este quadro reformulado do cérebro-mente permite-nos compreender todo nosso self, em total harmonia com aquilo que as grandes tradições espirituais mantiveram durante milênios.

A influência negativa do realismo materialista sobre a qualidade da moderna vida humana tem sido assombrosa. O realismo materialista postula um universo sem qualquer significado espiritual: mecânico, vazio e solitário. Para nós — os habitantes do cosmo — este é talvez o aspecto mais inquietante porque, em um grau assustador, a sabedoria convencional sustenta que o realismo materialista predomina sobre teologias que propõem um componente espiritual da realidade, em acréscimo ao componente material.

Os fatos provam o contrário. A ciência prova a superioridade de uma filosofia monística sobre o dualismo — sobre o espírito separado da matéria. Este livro fornece uma argumentação convincente, fundamentada em dados existentes, de que a filosofia monística, necessária agora no mundo, não é o materialismo, mas o idealismo.

Na filosofia idealista, a consciência é fundamental e, nessa conformidade, nossas experiências espirituais são reconhecidas e validadas como dotadas de pleno sentido. Esta filosofia aceita muitas das interpretações da experiência espiritual humana que deflagraram o nascimento das várias religiões mundiais. Desse ponto de observação, vemos que algunsdos conceitos das várias tradições religiosas tornam-se tão lógicos, ele gantes e satisfatórios quanto a interpretação dos experimentos da física quântica.

Conhece-te a ti mesmo. Este foi o conselho dado através das idades por filósofos inteiramente cientes de que nosso self é o que organiza o mundo e lhe dá significado, e compreender o self juntamente com a natureza era o objetivo abrangente a que visavam.

A aceitação do realismo materialista pela ciência moderna mudou tudo isso. Em vez de unidade com a natureza, a consciência afastou-se dela, dando origem a uma psicologia separada da física. Conforme observa Morris Berman, esta visão realista materialista do mundo exilou-nos do mundo encantado em que vivíamos no passado e condenou-nos a um mundo alienígena.
(Berman - 1984)

Atualmente, vivemos como exilados nesta terra estranha. Quem, senão um exilado, arriscar-se-ia a destruir esta bela terra com a guerra nuclear e a poluição ambiental.? Sentirmo-nos como exilados solapa nosso incentivo para mudar a perspectiva.

Condicionaram-nos a acreditar que somos máquinas — que todas as nossas ações são determinadas pelos estímulos que recebemos e por nosso condicionamento anterior. Como exilados, não temos responsabilidade nem escolha. E o livre-arbítrio é uma miragem.

Este o motivo por que se tornou tão importante para cada um de nós analisarmos em profundidade nossa visão do mundo. Por que estou sendo ameaçado de aniquilação nuclear? Por que a guerra continua a ser um meio bárbaro para resolver litígios mundiais? Por que há fome endêmica na África, quando nós, só nos Estados Unidos, podemos tirar da terra alimento suficiente para saciar o mundo?

Como foi que adquiri uma visão do mundo (mais importante ainda, estou engasgado com ela?) que determina tanta separação entre eu e meus semelhantes, quando todos nós compartilhamos de dotes genéticos, mentais e espirituais semelhantes? Se repudiamos a visão de mundo ultrapassada, que se baseia no realismo materialista e investigamos a nova/velha visão que a física quântica parece exigir, poderemos, o mundo e eu, ser integrados mais uma vez?

Precisamos nos conhecer; precisamos saber se podemos mudar nossas perspectivas — se nossa constituição mental permite isso. Poderão a nova física e a filosofia idealista da consciência dar-nos novos contextos para a mudança?

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O tipo magrelo, falando com um sotaque britânico, objetou:

— De que maneira algo feito de alguma outra coisa pode agir causalmente sobre aquilo de que é constituído? Isso seria equivalente a um comercial de televisão repetindo-se ao agir sobre os circuitos eletrônicos do monitor. Deus nos livre disso! Não, a consciência tem que ser uma entidade diferente do cérebro, a fim de produzir um efeito causal sobre ele. Ela pertence a um mundo separado, fora do mundo material. (Esta, por exemplo, é a posição do filósofo Karl Popper.)

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— Como disse certa vez Abraham Maslow:" Se a única ferramenta que você tem é um martelo, comece a tratar todas as coisas como se elas fossem pregos." Essas pessoas estão acostumadas a considerar o mundo como feito de átomos e separado de si mesmas. Consideram a consciência como um epifenômeno ilusório. Não podem lhe conceder consciência.
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Propriedades quânticas:
• Um objeto quântico (como, por exemplo, um elétron) pode estar, no mesmo instante, em mais de um lugar {a propriedade da
onda).
• Não podemos dizer que um objeto quântico se manifeste na realidade comum espaço-tempo até que o observemos como uma
partícula (o colapso da onda).
• Um objeto quântico deixa de existir aqui e simultaneamente passa a existir ali, e não podemos dizer que ele passou através do espaço interveniente (o salfo quântico).
• A manifestação de um objeto quântico, ocasionada por nossa observação, influencia simultaneamente seu objeto gêmeo correlato
— pouco importando a distância que os separa (ação quântica
distânda).

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Não podemos ligar a física quântica a dados experimentais sem utilizar alguns esquemas de interpretação, e a interpretação depende da filosofia com que encaramos os dados. A filosofia que há séculos domina a ciência (o materialismo físico, ou material) supõe que só a matéria— que consiste de átomos ou, em última análise, de partículas elementares — é real.

Tudo mais são fenômenos secundários da matéria, apenas uma dança dos átomos constituintes. Essa visão do mundo é denominada de realismo porque se presume que os objetos sejam reais e independentes dos sujeitos, nós, ou da maneira como os observamos. A idéia, contudo, de que todas as coisas são constituídas de átomos é uma suposição não provada. Não se baseia em prova direta no tocante a todas as coisas.

Quando a nova física nos desafia com uma situação que parece paradoxal, quando vista da perspectiva do realismo materialista, tende mos a ignorar a possibilidade de que os paradoxos possam estar surgindo por causa da falsidade de nossa suposição não comprovada. (Tendemos a esquecer que uma suposição mantida por longo tempo não se transforma, por isso, em verdade, e, não raro, não gostamos que nos lembrem disso.)

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Homem-Bomba
O ato do homem-bomba é suicídio ou sacrifício ??? Ele vai para o céu ou para o inferno ???
A resposta para essa pergunta envolve a verdade e a justiça...
Pretendo trabalhar essa questão numa obra específica que tratará do Direito de Resistência àTirania e à opressão
Homem-Bomba
O ato do homem-bomba é suicídio ou sacrifício ??? Ele vai para o céu ou para o inferno ???
A resposta para essa pergunta envolve a verdade e a justiça...
Pretendo trabalhar essa questão numa obra específica que tratará do Direito de Resistência àTirania e à opressão
Voltando ao que importa...
Não vou perder tempo escrevendo sobre guerras, manipulações e mentiras... A minha missão é continuar desenvolvendo minhas idéias e teorias... Idéias e teorias fundamentais para a construção de um mundo de verdade, justiça e paz...

Contudo, preciso fazer uma separação importante... Quando falo do Povo de Israel como Guardiões da Palavra de Deus, certamente, não me refiro às autoridades seculares que promovem guerras que começam no Sábado... Essas autoridades são incapazes de guardar a si mesmas, o que dirá a Palavra de Deus... Além disso, é válido observar que o Povo de Israel sempre foi severamente castigado e açoitado por seguirem autoridades idólatras, autoridades que viraram as costas para o Poderoso Deus de Abraão... Basta ler a Bíblia para se ver isso claramente...

Inclusive, vou aproveitar esse momento para refletir sobre Abraão, Ismael e Isaque... Além disso, percebi uma relação, uma semelhança interessante, entre a história de Adão e a história de Abraão...A fé de Abraão é a chave... Depois eu conto mais !!!

Resolvi dar uma palhinha agora !!! Vamos movimentar a nossa centelha de Deus, centelha de Energia Consciente que há em nosso cérebro, ou seja, vamos pensar !!! Primeiro vamos comparar, de um lado a árvore do conhecimento do bem e do mal, do outro lado Isaque... No meio uma escolha - obedecer a Palavra de Deus... Se Abraão estivesse no Éden, ele teria comido o fruto da árvore ???

Na minha perspectiva, Abraão recupera algo que foi perdido no Éden... Tanto recupera que Deus faz-lhe uma promessa, dando-lhe, justamente, outro Jardim... Um Jardim que não era bem um Éden, mas que dá para o gasto... E além do Jardim, Deus faz a promessa da descendência... Perspectiva interessante esta, não é mesmo ???

Oh... Poderoso Deus de Abraão, dai-nos sabedoria, conhecimento, entendimento e discernimento para entender todos os aspectos de Sua Palavra... Amém !!!
Voltando ao que importa...
Não vou perder tempo escrevendo sobre guerras, manipulações e mentiras... A minha missão é continuar desenvolvendo minhas idéias e teorias... Idéias e teorias fundamentais para a construção de um mundo de verdade, justiça e paz...

Contudo, preciso fazer uma separação importante... Quando falo do Povo de Israel como Guardiões da Palavra de Deus, certamente, não me refiro às autoridades seculares que promovem guerras que começam no Sábado... Essas autoridades são incapazes de guardar a si mesmas, o que dirá a Palavra de Deus... Além disso, é válido observar que o Povo de Israel sempre foi severamente castigado e açoitado por seguirem autoridades idólatras, autoridades que viraram as costas para o Poderoso Deus de Abraão... Basta ler a Bíblia para se ver isso claramente...

Inclusive, vou aproveitar esse momento para refletir sobre Abraão, Ismael e Isaque... Além disso, percebi uma relação, uma semelhança interessante, entre a história de Adão e a história de Abraão...A fé de Abraão é a chave... Depois eu conto mais !!!

Resolvi dar uma palhinha agora !!! Vamos movimentar a nossa centelha de Deus, centelha de Energia Consciente que há em nosso cérebro, ou seja, vamos pensar !!! Primeiro vamos comparar, de um lado a árvore do conhecimento do bem e do mal, do outro lado Isaque... No meio uma escolha - obedecer a Palavra de Deus... Se Abraão estivesse no Éden, ele teria comido o fruto da árvore ???

Na minha perspectiva, Abraão recupera algo que foi perdido no Éden... Tanto recupera que Deus faz-lhe uma promessa, dando-lhe, justamente, outro Jardim... Um Jardim que não era bem um Éden, mas que dá para o gasto... E além do Jardim, Deus faz a promessa da descendência... Perspectiva interessante esta, não é mesmo ???

Oh... Poderoso Deus de Abraão, dai-nos sabedoria, conhecimento, entendimento e discernimento para entender todos os aspectos de Sua Palavra... Amém !!!

domingo, 28 de dezembro de 2008

Memória do mal, tentação do bem
Tzvetan Todorov

Fichamento do Leonildo
1- (...) No mundo moderno, seja ele democrático ou totalitário, um ato da magnitude do bombardeio nuclear exige a participação de numerosos agentes e a fragmentação da responsabilidade entre múltiplos elos, de modo a que nenhum deles se perceba como diretamente responsável por eventuais conseqüências nefastas. Todos sentem a pressão das circunstâncias e a exigência da comunidade a pesar sobre eles. Todos pensam em termos de meios, não de fins. Os pilotos que soltam as bombas não se crêem responsáveis, evidentemente: estão apenas obedecendo às ordens; de resto, sentem que têm razão de agir assim (estão poupando um milhão de vidas americanas !). Se, no momento do ato, algum remorso desperta em sua consciência, eles logo o adormecem com fórmulas mágicas, eufemismos engraçados: apelidaram de "Little Boy" a bomba de Hiroshima, de "Fat Man" a de Nagasaki. Os físicos que preparam o mecanismo estão encantados por serem capazes de realizar semelhante proeza. O presidente e seus conselheiros fazem o que lhes recomendam os militares competentes - os quais, por sua vez, obedecem à lógica de um movimento do qual não são os iniciadores: os políticos lhes pediram que encontrassem uma solução para a crise fazendo a guerra, e eles a acionam com os meios de que dispõem, bombas incendiárias e atômicas. (...)

2- (...) São múltiplas as lições dos bombardeios a Hiroshima e Nagasaki; aqui, retenho apenas as que nos concernem diretamente. Primeiro, o registro de que as potências totalitárias não são as únicas a participar do mal, embora o genocídio dos camponeses ucranianos ou o dos judeus europeus tenham mais peso: um crime não deixa de ser crime porque outro mais grave foi cometido em outro lugar. Esse mal novo, contudo, é praticado em nome do bem - não só de um bem tautologicamente idêntico ao desejo de cada sujeito, mas de um bem a que aspiramos sempre: a paz e a democracia. Aqui, o mal se realiza segundo outros caminhos, não decorre de uma ideologia cientificista, não acompanha a conquista do poder absoluto. Ele é o produto marginal - mas quão doloroso ! - do combate contra um mal ainda maior. É apenas, dizem-nos, o meio, talvez lamentável mas inevitável, posto a serviço de um fim que permanece nobre. É também o efeito de um pensamento que se esquece de coordenar meios e fins. (...)

3- (...) O totalitarismo pode às vezes aparecer-nos, a justo título, como o império do mal; mas disso não decorre em absoluto que a democracia encarne, por toda parte e sempre, o reinado do bem. (...)

4- (...)Não tentarei desacreditar uma opinião, nem em razão de sua origem nem em função do uso que se poderia fazer dela. Não era por ser Goebbels a acusar os soviéticos de serem os responsáveis por Katyn que essa afirmação deixava de ser verdadeira. Não é porque Billancourt ficará desesperado nem porque a extrema direita ronda nossas cidades que convém dissimular a verdade sobre os regimes comunistas: no debate público, toda verdade é boa de ser dita. Também não quero facilitar minha tarefa formulando oposições cuja escolha está decidida de antemão: você é a favor da barbárie ou da civilização? Da guerra ou da paz ? Quer salvar as crianças ameaçadas ou deixar que as massacrem ? Prefere os assassinos ou as vítimas deles ? Isso seria imitar Lenin, que, no dizer de Grossman, buscava no debate somente a vitória, não a verdade. Talvez tenha chegado o momento, esta é minha esperança, de examinar esse episódio de nossa história recente com um pouco mais de serenidade, sem deixar-se levar pelas vagas da paixão.(...)

5- (...)Todos os dirigentes desses novos países parecem obedecera ao mesmo princípio: uma etnia, um Estado. Isso provoca deslocamentos de populações, designados pela expressão "purificação étnica" e semelhantes aos que se seguiram ao fim da Segunda Guerra mundial: poloneses obrigados a deixar as terras anexadas pela União Soviética, alemães deslocados das regiões agora vinculadas à Polônia, e assim por dinte. (...)

6- (...) Ora, esse princípio de coincidência entre Estado e etnia, convém insistir, é tudo menos incontestável, e isso por duas grandes séries de razões. A primeira é da ordem dos fatos. A frase "direito dos povos à autodeterminação", tão frequentemente invocada nesse contexto, não tem um sentido preciso, pois implica que os povos existam anteriormente à formação de um Estado, o que é uma ilusão. Porque, evidentemente, não se chama de 'povo' qualquer grupo étnico - seja qual for a definição que se dê a essa expressão. Quero lembrar que existem hoje no mundo cerca de duzentos Estados, mas seis mil grupos linguisticos e cinco mil grupos étnicos menos ou mais claramente identificados. Além disso, como todo mundo sabe, as características culturais não se repartem de maneira regular, os contornos religiosos não coincidem com os grupos linguisticos e muito menos com os tipos físicos. O passado comum - ou o inimigo comum - às vezes cria solidariedades mais fortes do que as produzidas pela língua e pela religião. Em suma, o sonho (que, para alguns, pode parecer um pesadelo) de uma superposição perfeita entre território, população e Estado é irrealizável.

7- Ademais, esse sonho é estranho ao espírito democrático. De fato, ele exige encerrar o indivíduo numa identidade que lhe é atribuída por seus parentes e pelas circunstâncias de seu nascimento, em vez de deixar-lhe a possibilidade de manifestar a autonomia de julgamento. O Estado étnico apresenta-se como um Estado Natural; o Estado democrático, ao contrário, deve ser pensado como um Estado contratual, cujos habitantes são sujeitos em pleno uso de sua vontade, e não simples representantes de uma comunidade, submetidos à sua identidade física ou cultural.

8- De fato, o Estado democrático não é uma comunidade de sangue, nem somente de origem; ele também deixa a cada um a possibilidade de exercer sua liberdade e escapar às determinações que sofre. Esse Estado absorve comunidades diversas, adotando um contrato que rege tais diferenças: ora sobre o modelo da tolerância ou do laicismo (a religião é um assunto privado, todas as religiões, tanto quanto a recusa à religião, podem ser praticamente numa democracia moderna), ora sobre o da unidade (a maioria dos países ocidentais, para citar esse outro exemplo, dispõe de uma só lingua oficial).

9- O regime democrático jamais pretende obter uma homogeneização cultural ou 'étnica'do país, mas somente preservar os direitos dos indivíduos, entre os quais figura também o direito de pertencer a uma minoria cultural.

10- Em nome desse princípio, procura-se combater os estereótipos degradantes relativos aos grupos minoritários, ou permitir a estes últimos que pratiquem também sua língua, sua religião e suas tradições. Com isso, consigna-se o fato de que as populações se misturam e se deslocam desde tempos imemoriais, e renuncia-se a reservar exclusivamente uma terra qualquer a uma população precisa.

11- Portanto, à diferença dos direitos do indivíduo ou do respeito pelas minorias, o princípio da pureza étnica não tem qualquer afinidade com o Estado democrático; (...)

12- (...)É uma história bem conhecida: acredita-se de bom grado que é preciso encorajar o nacionalismo da população submetida, quando se trata de libertá-la de uma tutela ao mesmo tempo opressiva e estrangeira. Nada garante, contudo, que o novo poder, autóctone desta vez, não venha a ser mais opressivo ainda - sem falar que se terá apoiado, enquanto isso, o princípio não-democrático da homogeneidade nacional e do Estado natural. (...)
Memória do mal, tentação do bem
Tzvetan Todorov

Fichamento do Leonildo
1- (...) No mundo moderno, seja ele democrático ou totalitário, um ato da magnitude do bombardeio nuclear exige a participação de numerosos agentes e a fragmentação da responsabilidade entre múltiplos elos, de modo a que nenhum deles se perceba como diretamente responsável por eventuais conseqüências nefastas. Todos sentem a pressão das circunstâncias e a exigência da comunidade a pesar sobre eles. Todos pensam em termos de meios, não de fins. Os pilotos que soltam as bombas não se crêem responsáveis, evidentemente: estão apenas obedecendo às ordens; de resto, sentem que têm razão de agir assim (estão poupando um milhão de vidas americanas !). Se, no momento do ato, algum remorso desperta em sua consciência, eles logo o adormecem com fórmulas mágicas, eufemismos engraçados: apelidaram de "Little Boy" a bomba de Hiroshima, de "Fat Man" a de Nagasaki. Os físicos que preparam o mecanismo estão encantados por serem capazes de realizar semelhante proeza. O presidente e seus conselheiros fazem o que lhes recomendam os militares competentes - os quais, por sua vez, obedecem à lógica de um movimento do qual não são os iniciadores: os políticos lhes pediram que encontrassem uma solução para a crise fazendo a guerra, e eles a acionam com os meios de que dispõem, bombas incendiárias e atômicas. (...)

2- (...) São múltiplas as lições dos bombardeios a Hiroshima e Nagasaki; aqui, retenho apenas as que nos concernem diretamente. Primeiro, o registro de que as potências totalitárias não são as únicas a participar do mal, embora o genocídio dos camponeses ucranianos ou o dos judeus europeus tenham mais peso: um crime não deixa de ser crime porque outro mais grave foi cometido em outro lugar. Esse mal novo, contudo, é praticado em nome do bem - não só de um bem tautologicamente idêntico ao desejo de cada sujeito, mas de um bem a que aspiramos sempre: a paz e a democracia. Aqui, o mal se realiza segundo outros caminhos, não decorre de uma ideologia cientificista, não acompanha a conquista do poder absoluto. Ele é o produto marginal - mas quão doloroso ! - do combate contra um mal ainda maior. É apenas, dizem-nos, o meio, talvez lamentável mas inevitável, posto a serviço de um fim que permanece nobre. É também o efeito de um pensamento que se esquece de coordenar meios e fins. (...)

3- (...) O totalitarismo pode às vezes aparecer-nos, a justo título, como o império do mal; mas disso não decorre em absoluto que a democracia encarne, por toda parte e sempre, o reinado do bem. (...)

4- (...)Não tentarei desacreditar uma opinião, nem em razão de sua origem nem em função do uso que se poderia fazer dela. Não era por ser Goebbels a acusar os soviéticos de serem os responsáveis por Katyn que essa afirmação deixava de ser verdadeira. Não é porque Billancourt ficará desesperado nem porque a extrema direita ronda nossas cidades que convém dissimular a verdade sobre os regimes comunistas: no debate público, toda verdade é boa de ser dita. Também não quero facilitar minha tarefa formulando oposições cuja escolha está decidida de antemão: você é a favor da barbárie ou da civilização? Da guerra ou da paz ? Quer salvar as crianças ameaçadas ou deixar que as massacrem ? Prefere os assassinos ou as vítimas deles ? Isso seria imitar Lenin, que, no dizer de Grossman, buscava no debate somente a vitória, não a verdade. Talvez tenha chegado o momento, esta é minha esperança, de examinar esse episódio de nossa história recente com um pouco mais de serenidade, sem deixar-se levar pelas vagas da paixão.(...)

5- (...)Todos os dirigentes desses novos países parecem obedecera ao mesmo princípio: uma etnia, um Estado. Isso provoca deslocamentos de populações, designados pela expressão "purificação étnica" e semelhantes aos que se seguiram ao fim da Segunda Guerra mundial: poloneses obrigados a deixar as terras anexadas pela União Soviética, alemães deslocados das regiões agora vinculadas à Polônia, e assim por dinte. (...)

6- (...) Ora, esse princípio de coincidência entre Estado e etnia, convém insistir, é tudo menos incontestável, e isso por duas grandes séries de razões. A primeira é da ordem dos fatos. A frase "direito dos povos à autodeterminação", tão frequentemente invocada nesse contexto, não tem um sentido preciso, pois implica que os povos existam anteriormente à formação de um Estado, o que é uma ilusão. Porque, evidentemente, não se chama de 'povo' qualquer grupo étnico - seja qual for a definição que se dê a essa expressão. Quero lembrar que existem hoje no mundo cerca de duzentos Estados, mas seis mil grupos linguisticos e cinco mil grupos étnicos menos ou mais claramente identificados. Além disso, como todo mundo sabe, as características culturais não se repartem de maneira regular, os contornos religiosos não coincidem com os grupos linguisticos e muito menos com os tipos físicos. O passado comum - ou o inimigo comum - às vezes cria solidariedades mais fortes do que as produzidas pela língua e pela religião. Em suma, o sonho (que, para alguns, pode parecer um pesadelo) de uma superposição perfeita entre território, população e Estado é irrealizável.

7- Ademais, esse sonho é estranho ao espírito democrático. De fato, ele exige encerrar o indivíduo numa identidade que lhe é atribuída por seus parentes e pelas circunstâncias de seu nascimento, em vez de deixar-lhe a possibilidade de manifestar a autonomia de julgamento. O Estado étnico apresenta-se como um Estado Natural; o Estado democrático, ao contrário, deve ser pensado como um Estado contratual, cujos habitantes são sujeitos em pleno uso de sua vontade, e não simples representantes de uma comunidade, submetidos à sua identidade física ou cultural.

8- De fato, o Estado democrático não é uma comunidade de sangue, nem somente de origem; ele também deixa a cada um a possibilidade de exercer sua liberdade e escapar às determinações que sofre. Esse Estado absorve comunidades diversas, adotando um contrato que rege tais diferenças: ora sobre o modelo da tolerância ou do laicismo (a religião é um assunto privado, todas as religiões, tanto quanto a recusa à religião, podem ser praticamente numa democracia moderna), ora sobre o da unidade (a maioria dos países ocidentais, para citar esse outro exemplo, dispõe de uma só lingua oficial).

9- O regime democrático jamais pretende obter uma homogeneização cultural ou 'étnica'do país, mas somente preservar os direitos dos indivíduos, entre os quais figura também o direito de pertencer a uma minoria cultural.

10- Em nome desse princípio, procura-se combater os estereótipos degradantes relativos aos grupos minoritários, ou permitir a estes últimos que pratiquem também sua língua, sua religião e suas tradições. Com isso, consigna-se o fato de que as populações se misturam e se deslocam desde tempos imemoriais, e renuncia-se a reservar exclusivamente uma terra qualquer a uma população precisa.

11- Portanto, à diferença dos direitos do indivíduo ou do respeito pelas minorias, o princípio da pureza étnica não tem qualquer afinidade com o Estado democrático; (...)

12- (...)É uma história bem conhecida: acredita-se de bom grado que é preciso encorajar o nacionalismo da população submetida, quando se trata de libertá-la de uma tutela ao mesmo tempo opressiva e estrangeira. Nada garante, contudo, que o novo poder, autóctone desta vez, não venha a ser mais opressivo ainda - sem falar que se terá apoiado, enquanto isso, o princípio não-democrático da homogeneidade nacional e do Estado natural. (...)
Rebatendo Samuel Huntington
Texto de Samuel Huntington:
Choque do futuro
Veja: Reflexões para o futuro -- 1993
A rota de colisão entre civilizações dominará a política mundial, sustenta o cientista político americano. Seu posto de observação é o Ocidente, que Huntington vê ameaçado num mundo em que governantes, nações-Estados e ideologias foram morrendo. (Texto completo aqui)
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Texto que rebate Huntington:
Não ao fracasso
Wanderley Guilherme dos Santos -- Veja: Reflexões para o futuro -- 1993

Análises políticas de alto risco costumam contrariar ortodoxias e desprezar piedosos otimismos quanto ao futuro. O choque de civilizações ratifica a reputação de seu autor, Samuel Huntington, de exímio adepto de provocações de altíssimo risco. Não será novidade se se tornar objeto da hostilidade intelectual e política de liberais, social-democratas, representantes de heterogêneas minorias, religiosos de todos os matizes e espantados humanistas.

Há cerca de trinta anos, o Brasil e a maioria dos países subdesenvolvidos padeciam da síndrome de crises cumulativas: crise de integração e de legitimidade (na precária aceitação nacional das instituições democráticas vigentes), crise de participação (crescente autonomia da estrutura sindical urbana, surgimento de grupos de interesses organizados, sindicalismo rural), crise de distribuição (reforma agrária, salário, previdência). Contra a corrente que advogava ser possível atender às crises conforme procedimentos democráticos destacou-se uma tendência internacional prevendo, para o Terceiro Mundo, o fatal destino do obscurantismo autoritário. Huntington foi uma estrela guia dessa tendência.

Hoje, o país vive dificuldades de outra sorte. Com um presidente constitucionalmente legítimo e politicamente trôpego, o acelerado crescimento do hiato entre ricos e pobres (sem mencionar miseráveis e desempregados) e a exacerbação do corporativismo como forma privilegiada de associar progresso e liberdade, recuperando sem traumas parte do atraso civilizatório em que se encontram. Mas é de toda conveniência examinar prognóstico que, pelo contrário, antecipam para a região uma permanente subalternidade, numa civilização de segunda classe.

Sucesso e polêmica acompanham Huntington desde que começou a formular o que chamo de silogismo pretoriano - quer dizer, uma sucessão de fenômenos políticos e sociais que têm no autoritarismo um desenlace quase necessário, por oposição ao silogismo democratizante, o encadeamento que tem na democracia a chave de ouro.

Na esteira da descolonização africana e asiática, os teóricos da modernização democrática imaginaram que, aos processos de urbanização, de alfabetização e de difusão da informação, seguir-se-iam o desenvolvimento econômico, a divisão social do trabalho, a criação de grupos de interesse e o alargamento da participação política. Esta, por sua vez, conduziria a mais crescimento econômico, redução nas disparidades de renda e, por fim, à sustentada tendência ao desenvolvimento político. A mobilização social, associada à modernização, acabaria em democracia. Era questão de tempo.

Não, era questão de virtude política, dizia Huntington. "O desenvolvimento político torna a democracia possível, a liderança política a faz real" - essa é a primeira frase do último parágrafo de seu último livro, "A Terceira Onda". Convém examinar as circunstâncias propícias à decadência política, convidava o cientista político americano, pois o regime democrático não resulta apenas de condições antecedentes. Depende sobretudo da qualidade da liderança política e das instituições existentes. Instituições, conceito mágico.

A seu ver é devido à má qualidade das instituições dos países do Terceiro Mundo que o estímulo à participação política não se traduz em maior distribuição de renda nem - o que é fundamental - em estabilidade democrática. Quando as instituições políticas não são diferenciadas, eficientes e solidamente enraizadas, o excesso de participação tende a politizar todas as questões econômicas e sociais, transfigurando qualquer crise em crise institucional. Daí a recorrência da instabilidade política, da intervenção dos militares na política e do autoritarismo. Eis o silogismo pretoriano.

Nesse cenário, nenhuma sociedade democrática sobrevive se não estabelecer limites às pressões que é legítimo exercer sobre ela. Mais: segundo essa obsessão institucional, a pretensão de levar ao pé da letra e até as últimas conseqüências os ideais históricos da sociedade americana - liberdade, igualdade, hostilidade à autoridade - pode comprometer as instituições e as hierarquias, que, frustrando parte daqueles ideais, seriam entretanto essenciais para o funcionamento de um governo democrático. Em lógica de alto risco: excesso de democracia constitui formidável ameaça à democracia. O silogismo está perfeito e acabado.

Mas o que são instituições sólidas ? São as que superaram os desafios a que foram expostas. Tudo bem, não fosse pela recomendação de que não se deve submeter as instituições a desafios, sob o risco de destruí-las. Então, o processo de institucionalização, purificando-a através de desafios, prejudicaria o desfecho da institucionalização ?

O "Choque de Civilizações" é conceitualmente tão frágil quanto o silogismo pretoriano. Considere-se, por exemplo, a tipologia das civilizações sugerida: ocidental, confuciana, japonesa, islâmica, hindu, eslava ortodoxa, latino-americana e, possivelmente, africana. A olho nu, trata-se de uma tipologia borgiana, antiaristotélica, porque viola dois princípios fundamentais de classificação: exaustão e mútua exclusão. Por que não é possível admitir uma civilização oceânica ou melanésia ? Onde ficam os esquimós ? E os maoris ? Por outro lado, se existe uma civilização geograficamente definida, a ocidental, que abriga católicos, judeus e protestantes, mas exclui a América Latina, por que não se pode conceber uma civilização asiática englobando japoneses e confucianos ?

E o que fazer com a pérola etnocêntrica do autor, que, ouvindo um funcionário do governo mexicano discorrer sobre as reformas em curso no seu país, observou: "Impressionante. Parece que vocês querem transformar o México de um país latino-americano em um país norte-americano" ? Aliás, é dito com todas as letras que "os povos podem e, de fato, redefinem suas identidades, e, como resultado, a composição e as fronteiras das civilizações mudam". Tal como a institucionalização, o conceito de civilização de Huntington também não pertence ao mundo acadêmico. Para que serve, então ?

Se não serve para explicar, pode servir para prever. As duas décadas e meia que vão do início dos anos 60 a meados dos 80 viram, na África, na Ásia e na América Latina, o alastramento do autoritarismo que ele prognosticava. Uma análise de alto risco funciona quando suas previsões se convertem em profecias que se autocumprem. Nisso consiste sua periculosidade.

Uma profecia que se autocumpre é aquela que, ao ser anunciada, aumenta consideravelmente a probabilidade de que venha a acontecer de fato. Se um soldado manifesta a opinião de que ele e seus companheiros vão perder o e já está de antemão derrotado. Se outros o acompanham na previsão, o combate será efetivamente perdido. Pois bem: uma análise política de alto risco tenta tornar realidade aquilo que não estava fatalmente na lógica natural das coisas.

Conceitos como "participação disruptiva" ou "excesso de demandas", assíduos na literatura pretoriana, são subjetivos demais para merecer respeito acadêmico. Mas, politicamente, conseguem ser de uma objetividade explosiva. Nunca existiu um "perigo amarelo" antes que se inventasse a expressão. O silogismo autoritário, para se demonstrar, só precisa de atores estratégicos para os quais a lógica autoritária seja conveniente. Durante as décadas de 60 e 70, ele encontrou em todo o Terceiro Mundo seus agentes transmissores e seus oficiais (em todos os sentidos) executores.

Pelas lições do recente período autoritário nos países subdesenvolvidos, não basta revelar a fragilidade das teorias que justificam ou preconizam o autoritarismo se não houver análises de alto risco que tragam embutidas as previsões favoráveis à materialização da democracia.

Da mesma maneira, se haverá ou não um confronto de civilizações é impossível antecipar com certeza científica. Pode ocorrer, caso não se cultivem os apropriados anticorpos. Por falta deles, assistiu-se no passado ao autoritarismo, patrocinado por blefes analíticos como "excesso de demandas" e "explosão participatória", passar por necessário e inevitável.

Existem poucas coisas necessárias na vida política. Não é necessário que sobrevenha um confronto de civilizações, sobretudo quando estas são definidas de maneira oportunisticamete interessada. Nem existe necessidade de governos fortes no Brasil, por conta de outro conceito pedante e vazio - a ingovernabilidade, o clichê da moda nos meios acadêmicos e fora deles. Não há democracias ingovernáveis, mas democracias mal-governadas, como disse o inglês Richard Rose. E não será por causa de um mau governo que se vai destruir as instituições democráticas, eu acrescento.

O Brasil contemporâneo está sitiado por analistas de alto risco. Eles acreditam, por exemplo, no fantasma da "fujimorização", que ninguém sabe exatamente o que seja, mas que se presume ser o novo vírus autoritário da América Latina. Ajudando a fazer cumprir uma previsão de altíssimo risco, esses analistas transformam-se em instrumentos da mais recente ousadia do brilhante Huntington, para transformar a América Latina numa "civilização" realmente à deriva do resto da humanidade.
Rebatendo Samuel Huntington
Texto de Samuel Huntington:
Choque do futuro
Veja: Reflexões para o futuro -- 1993
A rota de colisão entre civilizações dominará a política mundial, sustenta o cientista político americano. Seu posto de observação é o Ocidente, que Huntington vê ameaçado num mundo em que governantes, nações-Estados e ideologias foram morrendo. (Texto completo aqui)
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Texto que rebate Huntington:
Não ao fracasso
Wanderley Guilherme dos Santos -- Veja: Reflexões para o futuro -- 1993

Análises políticas de alto risco costumam contrariar ortodoxias e desprezar piedosos otimismos quanto ao futuro. O choque de civilizações ratifica a reputação de seu autor, Samuel Huntington, de exímio adepto de provocações de altíssimo risco. Não será novidade se se tornar objeto da hostilidade intelectual e política de liberais, social-democratas, representantes de heterogêneas minorias, religiosos de todos os matizes e espantados humanistas.

Há cerca de trinta anos, o Brasil e a maioria dos países subdesenvolvidos padeciam da síndrome de crises cumulativas: crise de integração e de legitimidade (na precária aceitação nacional das instituições democráticas vigentes), crise de participação (crescente autonomia da estrutura sindical urbana, surgimento de grupos de interesses organizados, sindicalismo rural), crise de distribuição (reforma agrária, salário, previdência). Contra a corrente que advogava ser possível atender às crises conforme procedimentos democráticos destacou-se uma tendência internacional prevendo, para o Terceiro Mundo, o fatal destino do obscurantismo autoritário. Huntington foi uma estrela guia dessa tendência.

Hoje, o país vive dificuldades de outra sorte. Com um presidente constitucionalmente legítimo e politicamente trôpego, o acelerado crescimento do hiato entre ricos e pobres (sem mencionar miseráveis e desempregados) e a exacerbação do corporativismo como forma privilegiada de associar progresso e liberdade, recuperando sem traumas parte do atraso civilizatório em que se encontram. Mas é de toda conveniência examinar prognóstico que, pelo contrário, antecipam para a região uma permanente subalternidade, numa civilização de segunda classe.

Sucesso e polêmica acompanham Huntington desde que começou a formular o que chamo de silogismo pretoriano - quer dizer, uma sucessão de fenômenos políticos e sociais que têm no autoritarismo um desenlace quase necessário, por oposição ao silogismo democratizante, o encadeamento que tem na democracia a chave de ouro.

Na esteira da descolonização africana e asiática, os teóricos da modernização democrática imaginaram que, aos processos de urbanização, de alfabetização e de difusão da informação, seguir-se-iam o desenvolvimento econômico, a divisão social do trabalho, a criação de grupos de interesse e o alargamento da participação política. Esta, por sua vez, conduziria a mais crescimento econômico, redução nas disparidades de renda e, por fim, à sustentada tendência ao desenvolvimento político. A mobilização social, associada à modernização, acabaria em democracia. Era questão de tempo.

Não, era questão de virtude política, dizia Huntington. "O desenvolvimento político torna a democracia possível, a liderança política a faz real" - essa é a primeira frase do último parágrafo de seu último livro, "A Terceira Onda". Convém examinar as circunstâncias propícias à decadência política, convidava o cientista político americano, pois o regime democrático não resulta apenas de condições antecedentes. Depende sobretudo da qualidade da liderança política e das instituições existentes. Instituições, conceito mágico.

A seu ver é devido à má qualidade das instituições dos países do Terceiro Mundo que o estímulo à participação política não se traduz em maior distribuição de renda nem - o que é fundamental - em estabilidade democrática. Quando as instituições políticas não são diferenciadas, eficientes e solidamente enraizadas, o excesso de participação tende a politizar todas as questões econômicas e sociais, transfigurando qualquer crise em crise institucional. Daí a recorrência da instabilidade política, da intervenção dos militares na política e do autoritarismo. Eis o silogismo pretoriano.

Nesse cenário, nenhuma sociedade democrática sobrevive se não estabelecer limites às pressões que é legítimo exercer sobre ela. Mais: segundo essa obsessão institucional, a pretensão de levar ao pé da letra e até as últimas conseqüências os ideais históricos da sociedade americana - liberdade, igualdade, hostilidade à autoridade - pode comprometer as instituições e as hierarquias, que, frustrando parte daqueles ideais, seriam entretanto essenciais para o funcionamento de um governo democrático. Em lógica de alto risco: excesso de democracia constitui formidável ameaça à democracia. O silogismo está perfeito e acabado.

Mas o que são instituições sólidas ? São as que superaram os desafios a que foram expostas. Tudo bem, não fosse pela recomendação de que não se deve submeter as instituições a desafios, sob o risco de destruí-las. Então, o processo de institucionalização, purificando-a através de desafios, prejudicaria o desfecho da institucionalização ?

O "Choque de Civilizações" é conceitualmente tão frágil quanto o silogismo pretoriano. Considere-se, por exemplo, a tipologia das civilizações sugerida: ocidental, confuciana, japonesa, islâmica, hindu, eslava ortodoxa, latino-americana e, possivelmente, africana. A olho nu, trata-se de uma tipologia borgiana, antiaristotélica, porque viola dois princípios fundamentais de classificação: exaustão e mútua exclusão. Por que não é possível admitir uma civilização oceânica ou melanésia ? Onde ficam os esquimós ? E os maoris ? Por outro lado, se existe uma civilização geograficamente definida, a ocidental, que abriga católicos, judeus e protestantes, mas exclui a América Latina, por que não se pode conceber uma civilização asiática englobando japoneses e confucianos ?

E o que fazer com a pérola etnocêntrica do autor, que, ouvindo um funcionário do governo mexicano discorrer sobre as reformas em curso no seu país, observou: "Impressionante. Parece que vocês querem transformar o México de um país latino-americano em um país norte-americano" ? Aliás, é dito com todas as letras que "os povos podem e, de fato, redefinem suas identidades, e, como resultado, a composição e as fronteiras das civilizações mudam". Tal como a institucionalização, o conceito de civilização de Huntington também não pertence ao mundo acadêmico. Para que serve, então ?

Se não serve para explicar, pode servir para prever. As duas décadas e meia que vão do início dos anos 60 a meados dos 80 viram, na África, na Ásia e na América Latina, o alastramento do autoritarismo que ele prognosticava. Uma análise de alto risco funciona quando suas previsões se convertem em profecias que se autocumprem. Nisso consiste sua periculosidade.

Uma profecia que se autocumpre é aquela que, ao ser anunciada, aumenta consideravelmente a probabilidade de que venha a acontecer de fato. Se um soldado manifesta a opinião de que ele e seus companheiros vão perder o e já está de antemão derrotado. Se outros o acompanham na previsão, o combate será efetivamente perdido. Pois bem: uma análise política de alto risco tenta tornar realidade aquilo que não estava fatalmente na lógica natural das coisas.

Conceitos como "participação disruptiva" ou "excesso de demandas", assíduos na literatura pretoriana, são subjetivos demais para merecer respeito acadêmico. Mas, politicamente, conseguem ser de uma objetividade explosiva. Nunca existiu um "perigo amarelo" antes que se inventasse a expressão. O silogismo autoritário, para se demonstrar, só precisa de atores estratégicos para os quais a lógica autoritária seja conveniente. Durante as décadas de 60 e 70, ele encontrou em todo o Terceiro Mundo seus agentes transmissores e seus oficiais (em todos os sentidos) executores.

Pelas lições do recente período autoritário nos países subdesenvolvidos, não basta revelar a fragilidade das teorias que justificam ou preconizam o autoritarismo se não houver análises de alto risco que tragam embutidas as previsões favoráveis à materialização da democracia.

Da mesma maneira, se haverá ou não um confronto de civilizações é impossível antecipar com certeza científica. Pode ocorrer, caso não se cultivem os apropriados anticorpos. Por falta deles, assistiu-se no passado ao autoritarismo, patrocinado por blefes analíticos como "excesso de demandas" e "explosão participatória", passar por necessário e inevitável.

Existem poucas coisas necessárias na vida política. Não é necessário que sobrevenha um confronto de civilizações, sobretudo quando estas são definidas de maneira oportunisticamete interessada. Nem existe necessidade de governos fortes no Brasil, por conta de outro conceito pedante e vazio - a ingovernabilidade, o clichê da moda nos meios acadêmicos e fora deles. Não há democracias ingovernáveis, mas democracias mal-governadas, como disse o inglês Richard Rose. E não será por causa de um mau governo que se vai destruir as instituições democráticas, eu acrescento.

O Brasil contemporâneo está sitiado por analistas de alto risco. Eles acreditam, por exemplo, no fantasma da "fujimorização", que ninguém sabe exatamente o que seja, mas que se presume ser o novo vírus autoritário da América Latina. Ajudando a fazer cumprir uma previsão de altíssimo risco, esses analistas transformam-se em instrumentos da mais recente ousadia do brilhante Huntington, para transformar a América Latina numa "civilização" realmente à deriva do resto da humanidade.
A Espada do Espírito
Há um site interessante sobre os fatos que acontecem na atualidade. Certamente, nesse site há excessos e uma forte dose de fanatismo em alguns artigos, porém, misturado a tudo isso, existem informações verdadeiras e relevantíssimas para compreendermos certas ações da atualidade, principalmente aquelas que são manipulações e mentiras disseminadas pela mídia global...

O site é "A Espada do Espírito" (Clique aqui para acessá-lo)...

Inclusive, chamo a atenção para os textos relacionados com a tal "Terceira Guerra Mundial" (Textos aqui)...

Atualmente, precisamos analisar todos os aspectos de uma notícia ou fato... É preciso analisar todas as falas e discursos para se depurar a questão, obtendo, dessa filtragem, a verdade...

Contudo, é preciso considerar a seguinte questão: "Alguém teve que exercer o papel de Judas para que a história de Jesus se desenvolvesse... O mesmo vale para as outras profecias... Alguém terá que construir o cenário que antecede o Novo Céu e a Nova Terra... As profecias se cumprem pela vontade de Deus, não pela vontade dos homens..."
A Espada do Espírito
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Contudo, é preciso considerar a seguinte questão: "Alguém teve que exercer o papel de Judas para que a história de Jesus se desenvolvesse... O mesmo vale para as outras profecias... Alguém terá que construir o cenário que antecede o Novo Céu e a Nova Terra... As profecias se cumprem pela vontade de Deus, não pela vontade dos homens..."
Planeta-prisão
O Gulag não existe mais. Existem, sim, milhões de indivíduos que hoje trabalham sob condições semelhantes às daquele tempo. Submetidos ao jogo do mercado, os governos impõem, por meio da lei, da força e de ameaças econômicas e de desinformação, regimes de “morte civil” em massa...
Planeta-prisão
O Gulag não existe mais. Existem, sim, milhões de indivíduos que hoje trabalham sob condições semelhantes às daquele tempo. Submetidos ao jogo do mercado, os governos impõem, por meio da lei, da força e de ameaças econômicas e de desinformação, regimes de “morte civil” em massa...
O malabarismo dos camaleões
Estranha metamorfose: os economistas e jornalistas que defenderam, durante décadas, as supostas qualidades do mercado, agora camuflam suas posições. Ou — pior — viram a casaca e, para não perder terreno, fingem esquecer de tudo o que sempre disseram.
O malabarismo dos camaleões
Estranha metamorfose: os economistas e jornalistas que defenderam, durante décadas, as supostas qualidades do mercado, agora camuflam suas posições. Ou — pior — viram a casaca e, para não perder terreno, fingem esquecer de tudo o que sempre disseram.
Ataque de Israel
O ataque de Israel aos Palestinos seria um último espasmo do Governo Bush ??? Será que teria alguma relação com a visita do Papa a Jerusalém ???
Ataque de Israel
O ataque de Israel aos Palestinos seria um último espasmo do Governo Bush ??? Será que teria alguma relação com a visita do Papa a Jerusalém ???
O problema é o pênis
“O mundo seria mais pacífico se fosse governado por mulheres” - Para cientista britânico, embora a agressividade dos machos tenha sido necessária para a evolução da espécie, ela virou um problema no mundo contemporâneo...
Ressaca da evolução - O britânico Malcolm Potts defende que a agressividade masculina que era fundamental para a sobrevivência da espécie tem agora um efeito negativo sobre a humanidade

(Entrevista completa na Revista Época)

Contudo, mulher com TPM ninguém merece !!!
O problema é o pênis
“O mundo seria mais pacífico se fosse governado por mulheres” - Para cientista britânico, embora a agressividade dos machos tenha sido necessária para a evolução da espécie, ela virou um problema no mundo contemporâneo...
Ressaca da evolução - O britânico Malcolm Potts defende que a agressividade masculina que era fundamental para a sobrevivência da espécie tem agora um efeito negativo sobre a humanidade

(Entrevista completa na Revista Época)

Contudo, mulher com TPM ninguém merece !!!

sábado, 27 de dezembro de 2008

Tenho que aprimorar
Acho que terei que aprimorar técnicas de defesa contra os ataques do mundo sombrio... Mais do que isso, tenho que aprender a movimentar as forças do bem... Eu já percebi que essas forças estão ligadas à fé em Deus... A fé no Poderoso Deus de Abraão (pensamento forte) não só move montanha como também movimenta energias e produz milagres...

Até agora restrinjo a minha defesa a pedir proteção ao Poderoso Deus de Abraão e a enviar de volta, aos feiticeiros e magos, o mal que é lançado contra mim...

O lado sombrio já percebeu que não é tão fácil me atingir, pois há forças poderosas protegendo-me, cobrindo os meus passos... A grande evidência disso é o fracasso dos rituais de ataques que executam... Rituais poderosos tem sido utilizados, mas todos eles fracassam diante da presença do Poderoso Deus de Abraão...

Eu tenho que me aprimorar para o que está por vir... Algo grande se aproxima, pois as tentações e as tentativas de influenciar e desviar-me tem se multiplicado...
Tenho que aprimorar
Acho que terei que aprimorar técnicas de defesa contra os ataques do mundo sombrio... Mais do que isso, tenho que aprender a movimentar as forças do bem... Eu já percebi que essas forças estão ligadas à fé em Deus... A fé no Poderoso Deus de Abraão (pensamento forte) não só move montanha como também movimenta energias e produz milagres...

Até agora restrinjo a minha defesa a pedir proteção ao Poderoso Deus de Abraão e a enviar de volta, aos feiticeiros e magos, o mal que é lançado contra mim...

O lado sombrio já percebeu que não é tão fácil me atingir, pois há forças poderosas protegendo-me, cobrindo os meus passos... A grande evidência disso é o fracasso dos rituais de ataques que executam... Rituais poderosos tem sido utilizados, mas todos eles fracassam diante da presença do Poderoso Deus de Abraão...

Eu tenho que me aprimorar para o que está por vir... Algo grande se aproxima, pois as tentações e as tentativas de influenciar e desviar-me tem se multiplicado...
Sociedades Secretas
Certamente, quando ataco algumas sociedades secretas, não estou colocando tudo no mesmo saco !!! Não estou apontando todas as sociedades secretas como manipuladoras da humanidade e servas do lado sombrio...

Inegavelmente, tem sociedades secretas que não conspiram contra o Criador e nem contra a Criação...

O problema é separar o jóio do trigo !!! Separação que é extremamente difícil, para não dizer quase impossível, para os membros dessas sociedades, o que dirá para os de fora...

Os membros de algumas dessas sociedades somente descobrirão a quem realmente serviram, ao longo de toda a vida, quando chegarem no último grau e receberem o 666 na testa...
Sociedades Secretas
Certamente, quando ataco algumas sociedades secretas, não estou colocando tudo no mesmo saco !!! Não estou apontando todas as sociedades secretas como manipuladoras da humanidade e servas do lado sombrio...

Inegavelmente, tem sociedades secretas que não conspiram contra o Criador e nem contra a Criação...

O problema é separar o jóio do trigo !!! Separação que é extremamente difícil, para não dizer quase impossível, para os membros dessas sociedades, o que dirá para os de fora...

Os membros de algumas dessas sociedades somente descobrirão a quem realmente serviram, ao longo de toda a vida, quando chegarem no último grau e receberem o 666 na testa...
Huntington morreu !!!
Samuel Huntington morreu, aos 81 anos (9 x 9), no Estado americano de Massachusetts...
(Notícia aqui)

Huntington morreu !!!
Samuel Huntington morreu, aos 81 anos (9 x 9), no Estado americano de Massachusetts...
(Notícia aqui)

Um Novo Céu e uma Nova Terra
Eu acho muito interessante as profecias que falam em "Um Novo Céu e uma Nova Terra". Geralmente, nos ligamos, rapidamente, no termo "Uma Nova Terra" e não prestamos atenção no outro "Um Novo Céu".

Eu ainda não tive nenhuma visão direta sobre isso, porém, o termo "Um Novo Céu" sugere que a revolução virá de cima para baixo... Parece-me que o Criador vai fazer uma faxina completa nos domínios celestiais...

Vou refletir profundamente sobre isso... Será que o equilíbrio será rompido ???
Um Novo Céu e uma Nova Terra
Eu acho muito interessante as profecias que falam em "Um Novo Céu e uma Nova Terra". Geralmente, nos ligamos, rapidamente, no termo "Uma Nova Terra" e não prestamos atenção no outro "Um Novo Céu".

Eu ainda não tive nenhuma visão direta sobre isso, porém, o termo "Um Novo Céu" sugere que a revolução virá de cima para baixo... Parece-me que o Criador vai fazer uma faxina completa nos domínios celestiais...

Vou refletir profundamente sobre isso... Será que o equilíbrio será rompido ???
A vontade de Deus
Você acha que a vontade dos membros das sociedades secretas é a vontade de Deus ??? Você acha que Deus deu poder para sociedades secretas fazerem cumprir as profecias quando bem quiserem ??? Você acha que Deus deu poder para sociedades secretas escolherem o Messias e dizer qual que serve e qual não serve ??? Enfim, você acha que as sociedades secretas realmente estão ligadas ao Criador ??? Se estivessem, por que seriam secretas ???

Talvez a grande ironia do destino seja justamente isto: os escolhidos serão aqueles que não servem a sociedades secretas, nem seguem seus falsos profetas, aqueles que se mantiveram puros, longes das manipulações e mentiras...