segunda-feira, 13 de abril de 2009

O truque das fundações universitárias
Basta observar as fundações de outros países para se descobrir o truque daquelas criadas em algumas universidades públicas brasileiras, principalmente na USP.

As fundações norte-americanas, por exemplo, são criadas por um riquíssimo e renomado professor ou por um magnata e sua família e, na maioria dos casos, servem para financiar estudos e pesquisas, projetos sociais ou fornecem bolsas de estudos para estudantes de baixa-renda. Por exemplo, o projeto OCW-MIT é financiado por duas fundações.

Já no Brasil, as fundações universitárias são instituídas por um conjunto de professores. O bando reúne, faz uma vaquinha, levantam alguns recursos, oficializam a instituição e assumem parte da estrutura da universidade pública... Como os instituidores da fundação são os controladores da unidade, nada é questionado e tudo é legalizado...

Ao invés de fazerem projetos sociais, financiarem pesquisas, etc... usam a estrutura da universidade, os recursos públicos, para ministrar cursos pagos. Dinheiro que é embolsado pela fundação. Basta ir na USP para ver os caríssimos cursos de especialização fornecidos pelas fundações... Lembra da Carta do Pinotti pedindo vaga num curso da USP, pois é, ela se enquadra nesse contexto.

Nos EUA, geralmente, as fundações estão alinhadas com uma universidade particular. Auxiliam uma universidade particular. E uma universidade particular é muito diferente de uma universidade pública.

Certamente, existem fundações que atuam exatamente como as fundações norte-americanas, porém, as fundações universitárias, em sua maioria, são degenerações... São parasitas da universidades públicas e trabalham para que as instituições públicas sejam privatizadas, inclusive já estão privatizando a universidade, pois estão ministrando cursos pagos dentro de instituição pública.

O objetivo final é: quando o sucateamento atingir o auge e resolverem privatizar a universidade pública, essas fundações assumem completamente as respectivas unidades nas quais funcionam, dividindo os despojos... Isso explica, por exemplo, o fato de ter uma fundação forte em cada unidade, dos professores se reunirem para criar uma fundação, ao invés de fazerem como nos EUA, onde cada professor cria a sua própria fundação, deixando para ela o seu legado acadêmico...

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