quarta-feira, 25 de março de 2009

Repetindo posts
O Deus de Abrahão

Uma história do Povo Judeu - Hans Borger - Editora Sêfer - 1999 p. 23
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O Deus de Abrão pouca semelhança tem com os modelos politeístas contemporâneos. Não foi criado, não nasceu nem morre, não tem colegas nem rivais, ascendência ou descendência, não tem corpo, sexo ou origem, não exige templos ou sacerdotes. E abomina o rito pagão do sacrifício de vidas humanas, o qual é abolido a partir da não-consumada imolação de Isaac - o filho que Abrão tem com sua esposa, Sarai - no grandioso cenário da Akedah.

Os encontros e os colóquios dos patriarcas com seu Deus possuem uma qualidade nova, que é transmitida de geração em geração: a convivência, o diálogo, a intimidade - se assim se pode dizer - com esse Deus dos Pais, Deus que não só se revela aos fiéis como - também isto é novo - busca os homens, vai atrás deles, cuida do destino humano, sem intermediários profissionais.

Entre outros povos da Antiguidade - Egito, Suméria, Assíria - teria havido espaço para um processo mitológico, Abrão tornando-se ele próprio a divindade de um novo culto. Mas aqui, no Gênesis, não nasce o deus abrão, mas o Deus de Abrahão.
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Em decorrência do Pacto, e como que simbolizando as mudanças com que ele impregnou suas personalidades, o nome de Abrão passa a ser Abrahão e o de Sarai, Sarah. (...)

Plataforma dos grandes sábios
"Uma história do Povo Judeu" - Autor: Hans Borger - Editora: Sêfer Ltda - 1999.

Ensinamento de grandes sábios através de algumas de suas "plataformas" características:

-- Servir sem esperar recompensa (Antígono);

-- Seja sua casa um lugar de reunião de sábios (José ben Ioezer);

-- Afasta-te de má companhia (Nitai);

-- Ama o trabalho e não procures o favor dos governos (Shemaia);

-- Não julgues o teu próximo até que te encontres na sua situação e não te apartes da comunidade (Hilel);

-- Fala pouco e faz muito (Shamai);

-- Arranja um mestre para dirimir dúvidas (Raban Gamaliel);

-- Estudar a Lei não basta, é preciso praticá-la (Simeon ben Gamaliel);

-- O mundo mantém-se pela verdade, pela paz e pela justiça (Simeon ben Gamaliel);

-- A convivência com ignorantes abrevia a vida (Dossá);

-- Tudo está previsto, mas o homem tem livre-arbítrio (Akiva);

-- Onde não há pão não há lei e sem lei não há pão (Eleazar ben Azariá).

-- Um certo dia, enquanto estava caminhando pela estrada, rabi Iochanan viu um homem plantando uma alfarrobeira. E ele perguntou-lhe: "Quanto tempo vai levar para esta árvore dar frutos ?" "Setenta anos", o homem respondeu. "E tens certeza que ainda viverás setenta anos para comer dos seus frutos ?" Ao que o homem retrucou: "Eu encontrei este mundo cheio de alfarrobeiras plenamente crescidas; assim como os meus antepassados plantaram para mim, eu estou plantando para meus filhos." (Bialik 203.7; B.Ta 23a)

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