Seminário preparatório do Fórum Social Mundial defende liberdade de conhecimento
Discutir tecnologia e as mudanças dos meios de produção do conhecimento, relacionando-as com o capitalismo, é o tema do seminário Ciência e capitalismo hoje, que acontece no Centro Universitário Maria Antônia (Ceuma) da USP, entre quarta (28) e quinta (29).
O seminário também visa preparar a contribuição dos pensadores brasileiros ao Fórum Social Mundial (FSM), que, com o tema Ciência e Democracia, ocorrerá em Belém, em 2009. O FSM é organizado, desde 2001, por movimentos sociais com objetivo de ressaltar a diversidade e buscar alternativas para questões sociais.
Pablo Mariconda, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e um organizador de uma das mesas de discussão, resume o objetivo do evento: "discutir algumas das questões cruciais para a relação ciência e sociedade. Dessa forma, discutiremos quatro tópicos: sementes, medicamentos, tecnologias de informação e universidade pública".
O professor Sérgio Amadeu da Silveira, da Faculdade Cásper Líbero, que é e um dos palestrantes do evento, afirma que “as discussões de um ritmo científico adequado ao mundo dependem de fatores, como a propriedade intelectual e a autonomia do conhecimento, e a autonomia está intimamente relacionada com democracia”.
A ciência, segundo ele, sempre cresceu pelo compartilhamento das informações, e não pelo bloqueio. “Estamos sob um ataque. A rede cresceu mais do que os grandes grupos previram. Hoje querem restringir o uso”, lembra o professor, que também recorda o recente episódio de acordo do governo francês com os provedores de internet para barrar o compartilhamento de músicas.
A idéia é corroborada por Mariconda, que explica que "a única maneira em que se pode ter esperança de algum controle social sobre a ciência, é mediante o controle democrático das decisões concernentes a implementação dos produtos e resultados científicos e tecnológicos".
Silveira diz que “nunca se teve tanta capacidade de compartilhar conhecimento e informações, mas os grandes grupos internacionais bloqueiam a internet para manter os fluxos de riqueza”. Uma das formas de manter os lucros, segundo o professor, é a negação de acesso às informações, como ocorre com as patentes e copyrights.
A relação com o FSM mora, para o professor da Cásper, na similaridade das metas, já que os movimentos que participam do Fórum querem uma outra globalização, a autonomia do saber. “A liberdade depende do conhecimento. Não queremos ser meros consumidores dos produtos dos países do primeiro mundo”, fala Silveira.
Para a discussão na USP, estarão presentes, além dos professores da Universidade, membros de outras instituições de ensino do país e do exterior, como José Luís Garcia, da Universidade de Lisboa, e Terry Schinn, do Maison des Sciences de l’Homme, da França.
Serviço:
Veja a programação completa:
O seminário também visa preparar a contribuição dos pensadores brasileiros ao Fórum Social Mundial (FSM), que, com o tema Ciência e Democracia, ocorrerá em Belém, em 2009. O FSM é organizado, desde 2001, por movimentos sociais com objetivo de ressaltar a diversidade e buscar alternativas para questões sociais.
Pablo Mariconda, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e um organizador de uma das mesas de discussão, resume o objetivo do evento: "discutir algumas das questões cruciais para a relação ciência e sociedade. Dessa forma, discutiremos quatro tópicos: sementes, medicamentos, tecnologias de informação e universidade pública".
O professor Sérgio Amadeu da Silveira, da Faculdade Cásper Líbero, que é e um dos palestrantes do evento, afirma que “as discussões de um ritmo científico adequado ao mundo dependem de fatores, como a propriedade intelectual e a autonomia do conhecimento, e a autonomia está intimamente relacionada com democracia”.
A ciência, segundo ele, sempre cresceu pelo compartilhamento das informações, e não pelo bloqueio. “Estamos sob um ataque. A rede cresceu mais do que os grandes grupos previram. Hoje querem restringir o uso”, lembra o professor, que também recorda o recente episódio de acordo do governo francês com os provedores de internet para barrar o compartilhamento de músicas.
A idéia é corroborada por Mariconda, que explica que "a única maneira em que se pode ter esperança de algum controle social sobre a ciência, é mediante o controle democrático das decisões concernentes a implementação dos produtos e resultados científicos e tecnológicos".
Silveira diz que “nunca se teve tanta capacidade de compartilhar conhecimento e informações, mas os grandes grupos internacionais bloqueiam a internet para manter os fluxos de riqueza”. Uma das formas de manter os lucros, segundo o professor, é a negação de acesso às informações, como ocorre com as patentes e copyrights.
A relação com o FSM mora, para o professor da Cásper, na similaridade das metas, já que os movimentos que participam do Fórum querem uma outra globalização, a autonomia do saber. “A liberdade depende do conhecimento. Não queremos ser meros consumidores dos produtos dos países do primeiro mundo”, fala Silveira.
Para a discussão na USP, estarão presentes, além dos professores da Universidade, membros de outras instituições de ensino do país e do exterior, como José Luís Garcia, da Universidade de Lisboa, e Terry Schinn, do Maison des Sciences de l’Homme, da França.
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