quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Projetos estruturais
As armas nucleares e mísseis de longo alcance - armas de destruição - na posse de alguns países constitui um risco para a segurança de todos. Uma vez que essas armas podem ser usadas para estabelecer a dominação de quem possui sobre quem não possui. É o que temos hoje, inclusive, essa é a razão de alguns países buscarem construir ou adquirir essas armas.

Inegavelmente, o uso da violência está diretamente ligado ao desenvolvimento social e cultural, desenvolvimento da consciência, da sociedade. Quanto mais primitiva é a consciência, maior é a propensão ao uso da força como meio de dominação e solução dos conflitos.

Certamente, desenvolvimento da consciência, não significa apenas títulos acadêmicos. Conhecimentos técnicos, esvaziados de conhecimentos humanísticos e filosóficos, transforma a pessoa em um Eichmann. Um indivíduo banal que segue ordens sem questionar as finalidades daquilo que está executando e sem ver as consequências práticas de sua ação.

Há muito disso na atualidade: desmatamento, poluição do solo, da água e do ar, uso irracional dos recursos minerais e dos potenciais energéticos. Poucos param para considerar que o desmatamento elimina outras vidas, a poluição do solo, da água e do ar, significa acúmulo de lixo dentro da própria casa e não poderá ser recuperada da noite para o dia; os recursos minerais são escassos e limitados e seu uso cresce numa reta ascendente. Mais cedo ou mais tarde vai acabar e daí, as próximas gerações farão o quê. A mesma coisa se aplica aos potenciais energéticos.

E tudo isso decorre da falta de desenvolvimento da consciência humana. O modelo atual de educação e desenvolvimento ensina que a melhor forma de agir para alcançar o sucesso é seguindo o caminho da individualidade, do egoísmo, da falta de consideração pelos semelhantes e pela biodiversidade. Quanto mais riquezas, mais lucros e mais acumulação de riquezas para o indivíduo ou empresa. Quem vem depois e não tem acesso àquela riqueza é mais um excluído condenado a padecer na miséria.

Somando tudo isso e projetando para o futuro, percebe-se, claramente, que se esse paradigma não mudar, regressaremos para o período do colonialismo. Quem tem mais armas, tem mais força e toma as riquezas minerais e vegetais dos mais fracos. Portanto, a solução dos futuros conflitos tem que começar agora com o desenvolvimento eficaz das consciências. Consciência de uso racional dos recursos, consciência da fragilidade humana frente a problemas ambientais, consciência de que não podemos passar adiante uma herança envenenada.

O envenenamento da espécie humana, causado por esse modelo irracional de desenvolvimento, vai, sem dúvida nenhuma, destruir muitas outras espécies. Assim como, a poluição do solo, da água e do ar.

Logo, há apenas dois caminhos: ou se investe no desenvolvimento e implantação de uma consciência universal ou se investe no desenvolvimento de armas, para preservar as riquezas que possui ou, então, para obter recursos para sobrevivência futura de sua nação. Inegavelmente, é melhor seguir pelo caminho da consciência universal, implantando, inclusive, um sistema de recuperação daquilo que foi destruído.

Além disso, retomando a questão das armas nucleares e dos mísseis de longo alcance, considero que nenhum país deve manter esse tipo de arma. Contudo, devem existir uma organização internacional, um tipo de ONU das armas, que desenvolva e produza esse tipo de arma para defender a espécie humana de asteróides e outros ataques vindos de fora do planeta.

Hoje, poucos países se preocupam em construir um plano de ação coletiva que resolva não só o seu problema, mas também resolva o problema do seu vizinho. Não adianta resolver o seu problema e deixar o vizinho rodar, pois, inegavelmente, o problema do seu vizinho trará consequências para você e para a harmonia do sistema. Todo sistema caótico tende a se estabilizar, porém, essa estabilidade exige ação em conjunto dos integrantes do sistema e, principalmente, o cumprimento exato daquilo que foi acordado.

Isso se aplica, principalmente, às questões das imigrações transnacionais. Esse problema somente se resolve com uma ação coletiva, tanto nos países destinatários quanto nos países de origem dos imigrantes. Ações coletivas simples podem estabilizar, ou reduzir a patamares mínimos, o fluxo de imigrantes. Isso pode ser feito por meio do uso intensivo de tecnologia e da construção de industrias virtuais: linhas de proteção controladas a distância, ou seja, por trabalhadores de outros países, ou seja, o indivíduo não vai precisar mais emigrar para trabalhar numa empresa, por exemplo, da comunidade a européia. A linha de produção instalada na Comunidade Européia pode ser controlada a distância, por exemplo, por trabalhadores que vivem em cidades da África. Precisa apenas ter um computador com internet.

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