quarta-feira, 10 de outubro de 2007

A importância dos EUA para o mundo

Eu sou um crítico feroz de algumas ações do Governo norte-americano. Contudo, reconheço, assim como qualquer pessoa sensata reconhece, que o desenvolvimento mundial atual e as tecnologias que temos e utilizamos hoje nasceram nos EUA. Logo, o planeta tem uma grande dívida com o povo norte-americano. E é justamente por isso que não podemos deixar essa grande nação regredir em suas conquistas e/ou trilhar caminhos que levem à destruição. Precisamos criticar as condutas nefastas do Governo dos EUA, mas também sugerir soluções que ajudem essa nação a se manter firme em seu propósito de promover as Democracias e a liberdade dos indivíduos no mundo, assim como a proteção dos Direitos Humanos.

Certamente, alguns indivíduos, ao lerem o parágrafo anterior, já torceram o nariz e começaram a pensar/vomitar besteiras, principalmente se forem chavistas. Para estes indivíduos peço coerência e sensatez. Se são contra os EUA e o Povo Norte-Americano, a primeira coisa que Vocês devem fazer é pegar o computador e jogar pela janela. Parem de usar a internet imediatamente e voltem a usar sinal de fumaça, pombo-correio, etc... Logo, a segunda coisa é arrancar o cabo de internet e de telefone no dente, pois também foram tecnologias criadas nos States. Além disso, liguem para a empresa de eletricidade e peça para ela desligar a energia elétrica, pois foi um gringo que desenvolveu o negócio, sem contar que vocês devem quebrar as lâmpadas (Thomas A. Edison que inventou), etc. Enfim, se não fossem os EUA, com seu investimento maciço em pesquisas científicas e a inteligência do Povo norte-americano, não teríamos o desenvolvimento tecnológico que temos hoje no planeta...

Isso é esquecido por muitos que só sabem falar mal dos norte-americanos. Não só esquecem, como vão falar mal dos gringos no McDonald, enquanto comem um Big Mac e tomam uma coca-cola, ou durante algum filme de HollyWood no Shopping mais próximo, ou então, via email do Google, Yahoo ou coisas parecidas. Eu não sei se esses indivíduos são burros ou o quê... Sei apenas que é gente que deve ser ignorada, pois entre suas palavras e suas ações há um abismo de contradição, incoerência e insensatez...

Isso não significa que temos que aceitar intervenções e guerras dos EUA em outras nações, etc... Significa que temos que criticar os erros e aplaudir os acertos dos EUA... Não só isso, significa que temos que auxiliar o Governo Americano na promoção da Democracia, das liberdades e dos Direitos Humanos no mundo. Precisamos dar efetividade a esses ideais. Certamente, respeitando as culturas e os costumes de cada povo, mas atacando a opressão, a tirania, as exclusões e as explorações...

E cito como exemplo o caso de Myanmar, Mianmar ou Mianmá (a antiga Birmânia ou Burma). Os EUA impuseram embargos ao País e os outros países, o que fizeram ? Muitos não fizeram nada, alegando a soberania interna daquele Estado Nacional. Contudo, é um Estado que subjuga seu povo, que mantém uma sangrenta repressão e um controle rígido sobre o pensamento... Isso é natural ? Gostaríamos de viver em um país assim ? Se estivéssemos em um país assim, não gostaríamos que uma outra nação mais poderosa fosse nos libertar ? Certamente que sim... Portanto, temos que apoiar a ação americana que busca libertar esse povo, assim como libertou o Iraque do Saddam.

Contudo, não podemos esquecer que muitos dos ditadores que andaram/andam por aí foram resultados de ações norte-americanas durante a guerra fria. Mas o próprio EUA sofreram as conseqüências de terem apoiado e treinado esses grupos. Um exemplo claro disso é o Bin Laden que é cria dos EUA, treinado pela CIA. Outro caso foi o próprio Saddam e seu regime sanguinário. Isso tem que ser lembrado para não se repetir, ou seja, os EUA devem apoiar a libertação de um Povo e não o domínio de uma classe, ou de um ditador, sobre a população. Logo, as ações devem ser dirigidas em favor da liberdade, da democracia e dos direitos humanos da população.

Os demais países precisam sentar com o Governo norte-americano e discutir, planejar e auxiliar na promoção da democracia, das liberdades e dos direitos humanos pelo mundo. Devem fazer isso para não dizer depois que os EUA são um império, que forçam a implantação da democracia, da liberdade e dos direitos humanos pelo mundo... Se eles forçam isso, penso que estão no caminho certo, pois ninguém quer viver subjugado, embaixo de botas militares ou de governos ditatoriais.

O mundo acadêmico, assim como o mundo dos negócios, reconhecem a importância dos EUA para o planeta. Reconhecem que alguém deve liderar a disseminação da liberdade e o fim da escravidão política, pois cada povo deve ter o direito de escolher os seus governantes e o seu destino. E os EUA desempenham bem esse papel. Certamente, cometem alguns excessos que podem ser corrigidos, mas são bons líderes nessa área. Por isso, devem ser apoiados e aplaudidos.

No mundo dos negócios os EUA aparecem como um dos maiores consumidores de produtos importados do planeta. Inclusive o Professor Rubens Ricupero, no artigo "Os Estados Unidos e o comércio mundial: protecionistas ou campeões do livre-comércio?"
(http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142002000300002&script=sci_arttext) da Revista de Estudos Avançados da USP de (vol.16 no.46 São Paulo Sept./Dec. 2002) faz a seguinte afirmação:

"Tive, sobretudo, receio de reduzir a uma simplificação distorcida da realidade que é extraordinariamente mais complexa. No ano em que o Congresso e o Executivo de Washington reafirmaram a disposição de proteger setores não-competitivos da economia com uma série encadeada de três graves medidas unilaterais - as salvaguardas para o aço, a nova lei agrícola e o mecanismo de consulta especial do Trade Promotion Authority ou fast track - seria absurdo negar a realidade do protecionismo que viceja às margens do Potomac.

Contudo, nesse mesmo ano e nos quatro ou cinco precedentes, o déficit em contas correntes aumentou constantemente até superar os 4% e aproximar-se dos 5% do PIB, devido ao insaciável apetite por importações de uma economia que é obviamente uma das mais abertas do mundo. É possível chamar de protecionista um país que se tornou, na segunda metade dos anos de 1990, a única fonte importante de demanda de importações, uma espécie de gigantesco "buraco negro" que vem engolindo parcela apreciável do excedente de mercadorias mundiais, dos calçados baratos chineses aos sofisticados supercondutores sul-coreanos? Quem ignora que hoje a China e o México, ontem (e ainda agora) todos os temíveis tigres asiáticos, desde o Supremo Dragão japonês até as Filipinas e a Indonésia, passando por Taiwan, Hong Kong, Cingapura, Malásia, Tailândia, devem, sem exceção, o essencial do seu êxito exportador aos vorazes mercados ianques? "

Além disso, muita gente diz que os EUA são um império, que escravizam os demais países, etc. Quem diz isto, não sabe o que está falando, pois se os EUA fossem um império, nós estaríamos perdidos, uma vez que o exército americano tem poder para intervir em qualquer ponto do planeta. Seria, certamente, o maior e mais poderoso império da terra e nós seríamos servos de Washington. Isso não acontece. Se há supremacia militar e econômica, essa supremacia é usada com moderação e com respeito às regras do jogo. Certamente, há ponto isolados, mas o todo mostra que os norte-americanos respeitam e cumprem as regras estabelecidas. Se fossem um império, isso jamais aconteceria. Não cumpririam nada, não negociariam nada e suas posições seriam impostas.

Além disso, eu pergunto: O que a China faz com os Noam Chomsky chineses ? O que Cuba faz com os Noam Chomsky cubanos ? O que o Chaves faz com os Noam Chomsky venezuelanos ? Contudo, o Noam Chomsky dos EUA vive tranquilamente em seu país... Isso é liberdade de expressão, de ação, de crítica, etc. E essa liberdade tem que estar presente em todos os países do mundo, pois o ser humano nasceu para ser livre e não para ser escravo.

E aqui entra um outro ponto importante. Não podemos permitir que os EUA trilhem caminhos que levem ao totalitarismo. Não podemos permitir a decadência da república norte-americana, pois se o poder norte-americano cair nas mãos de um agente totalitário, um Adolf Hitler da vida, estaremos perdidos e condenados.

Isso se aplica não só aos EUA, mas a todos os países. Contudo, a trilha do totalitarismo é, sem dúvida nenhuma, um caminho de fracasso. Foi seguida por inúmeras nações e todas elas chegaram no mesmo ponto: a queda do regime. Isso porque um regime totalitário carrega consigo o germe de auto-destruição. Mais cedo ou mais tarde, nesta geração ou na próxima, daqui a 10, 100 ou 1000 anos o germe de autodestruição é ativado e o regime desmorona. Por que isso acontece ? Acontece por uma razão simples: o totalitarismo tira dos homens a individualidade, a liberdade, a iniciativa, a capacidade de pensar, criar e ser feliz. E sem esses elementos o homem não se desenvolve e não evolui.

Quando os indivíduos, dentro do sistema totalitário, percebem isso, o germe é ativado e o regime cai. Cai porque o totalitarismo é um sistema. E são os homens que criam os sistemas e não os sistemas que criam os homens. Portanto, um sistema totalitário está fadado ao fracasso e à destruição. Contudo, enquanto sobrevive causa grande mal e sofrimento aos seres humanos.

Esta é uma outra razão pela qual temos que apoiar os EUA. As ações do Governo norte-americano, promovendo a democracia, as liberdades e os direitos humanos, inibem e sufocam as intenções totalitárias, matam o germe totalitário antes que ele nasça, pois totalitarismo e liberdade não combinam, assim como totalitarismo e direitos humanos são inimigos. Inclusive temos que lembrar que os norte-americanos salvaram o planeta das principais manifestações totalitárias que se levantaram: o nazismo de Hitler, o comunismo da URSS e outros regimes totalitários que estão sendo sufocados aos pouco...

E para terminar esse texto faço algumas sugestões, ao governo americano, na luta contra o terrorismo:

1) Atacar as causas e não os grupos... Um grupo terrorista só se mantém se existir uma causa alimentando-o, sem causa nenhum grupo se sustenta ou consegue apóio.

2) Lembrem ao mundo, aos países e às pessoas, as conquistas tecnológicas que os EUA obtiveram para a humanidade. Lembrem todas as conquistas e invenções e digam: "Isso aqui fomos nós que inventamos..." Isso dará aos indivíduos uma dimensão da importância dos EUA para a humanidade.

3) A imagem dos EUA está muito ligada a guerras, armas e violência... O Governo norte-americano deve fazer campanhas mostrando a importância da Democracia, das Liberdades e dos Direitos Humanos, principalmente, mostrando que as riquezas dos EUA, assim como a sua estabilidade política derivaram da união dessas características.

4) Os EUA devem evitar ao máximo ações que contrariem os princípios que pregam, principalmente, violações de direitos humanos (Guantánamo, invasão de privacidade, etc), quebra de princípios democráticos e ações unilaterais ou contrárias ao consenso universal. Se querem liderar, devem ser o exemplo e dar o exemplo.

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