segunda-feira, 29 de outubro de 2007

A infiltração do Hugo Chaves no Brasil, inclusive no CMI-Brasil

A infiltração do Hugo Chaves no Brasil deve ser investigada minuciosamente e todos os envolvidos, inclusive os elementos do CMI que defendem o chavismo no Brasil, devem ser identificados e punidos.

Lembro que a liberdade de imprensa ou a liberdade de expressão não acoberta ações que visam a subordinação do Brasil a um governo estrangeiro ou a infiltração de interesses estrangeiros na política e nos movimentos sociais brasileiros, visando submeter o Brasil a uma nação estrangeira.

Certamente, isso deve estar sendo investigado minuciosamente pela ABIN e pela Inteligências dos Militares e das Polícias.

A interferência de um governo estrangeiro dentro do Brasil, cooptando partidos políticos e movimentos sociais, se comprovada, certamente, levará a um incidente internacional, inclusive pode acabar em uma guerra, e os envolvidos na conspiração, principalmente os brasileiros, serão punidos nos termos da lei.

Será que neste caso cabe pena de morte ? A Constituição fala em pena de morte em tempo de guerra...

Portanto, orelhudos do CMI, assim como outros traidores do Brasil e do povo brasileiro, que estão infiltrados e trabalhando para o Chavez dentro dos Movimentos Sociais Brasileiros, podem ter certeza: vocês foram vistos e estão sendo monitorados.

Textos escondidos no CMI Brasil:

Texto 1: Infiltração do Hugo Chaves em Movimentos Sociais do Brasil http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2007/10/400453.shtml

Círculos Bolivarianos no Brasil

A infiltração ideológica do governo venezuelano no Brasil vai muito além do lançamento do livro de Simon Bolívar. Hugo Chávez tem um projeto político especial para o país, no qual assenta as bases de uma luta revolucionária em prol do seu Socialismo do Século XXI.

?Durante vinte anos tive o poder e tirei umas poucas conclusões inquestionáveis: 1. A América é ingovernável por nós. 2. Quem serve à causa da revolução perde tempo. 3. A única coisa a fazer na América é emigrar. 4. Este País cairá infalivelmente nas mãos de um bando desenfreado de tiranos mesquinhos de todas as raças e cores, que não merecem consideração. 5. Devorados por todos os crimes e aniquilados pela ferocidade, seremos desprezados pelos europeus. 6. Se fosse possível que parte do mundo voltasse ao caos primitivo, esta parte seria a América?.

(Simon Bolívar, falecido em 17 de dezembro de 1830)

Em 24 de outubro de 2007, o jornal Correio Brasiliense, de Brasília, publicou matéria a respeito dos Circulos Bolivarianos existentes no Brasil, bem como o esforço do governo venezuelano, através de um grupo de diplomatas, de municiar essa organização ? Círculos Bolivarianos ? de política anti-imperialista para transformar o Brasil numa democracia socialista. O título do artigo é apropriado ao tema: Ameaça à Soberania.

Segundo a matéria, a infiltração ideológica de Hugo Chávez no Brasil vai muito além do lançamento e distribuição às universidades e escolas do livro Simon Bolívar - O Libertador. O livro é apenas a ponta de um iceberg do projeto político de Hugo Chavez para o Brasil, país no qual assenta as bases de uma luta revolucionária em prol do Socialismo do Século XXI.

O trabalho de campo está sendo articulado e coordenado pelo venezuelano Maximilian Arvelaiz, assessor de política internacional de Hugo Chávez ( http://www.cartanaescola.com.br/edicoes/19/o-brasil-e-imperialista/). Diz a matéria que a infiltração ideológica do governo venezuelano no Brasil vai muito além do lançamento do livro de Simon Bolívar. Hugo Chávez tem um projeto político especial para o país, no qual assenta as bases de uma luta revolucionária em prol do seu Socialismo do Século XXI. Nesse sentido, Maximilian Arvelaiz há quase um mês percorre várias capitais brasileiras com a missão de coordenar os Círculos Bolivarianos e outras unidades de apoio à causa chavista.

Tal articulação culminará com a realização da I Assembléia Bolivariana Nacional, em dezembro, no Rio de Janeiro, quando será lançada a versão tupiniquim do Movimento Bolivariano, uma frente anti-imperialista que não passa de um ambicioso projeto destinado a transformar o país numa democracia socialista. As linhas teóricas do Estatuto desse organismo ? obtido pelo autor da reportagem ? repetem, sem timidez, o ideário da reforma constitucional que está sendo feita na Venezuela, bem como a meta de Hugo Chávez de construir um poder popular para formar uma Federação Socialista Latino-Americana.

O Movimento Bolivariano terá um hino, um símbolo e uma bandeira, e prevê a cooptação de posições estratégicas em partidos políticos, sindicatos, associações de moradores, grupos religiosos, ligas camponesas e empresas. Nesse trabalho, Arvelaiz não está sozinho. Dispõe de uma equipe de 15 diplomatas lotados na embaixada e em diversos consulados, inclusive um Adido de Inteligência. Essas pessoas foram mandadas ao Brasil com a justificativa oficial de que se trata de um reforço diplomático para impulsionar as relações bilaterais. Sem dúvida, uma justificativa coerente, uma vez que o próprio presidente Luiz Inácio classifica Hugo Chávez como um parceiro importantíssimo e sua base parlamentar faz esforços para a imediata aprovação no Congresso do Protocolo de Adesão da Venezuela ao Mercosul.

Prossegue o autor da reportagem, escrevendo que o enviado especial de Chávez tem se reunido com os coordenadores dos vários Círculos Bolivarianos já existentes no Brasil, a fim de instruí-los sobre a mudança de status dessas células sociais: deixam de ser unidades para a disseminação da doutrina bolivariana e tornam-se parte de uma estrutura nacional, uma frente política aparelhada, composta por mulheres e homens dispostos a assumir a responsabilidade de conduzir a pátria brasileira e latino-americana à definitiva independência.

A convocatória para a realização da conferência para a criação dos Círculos Bolivarianos, dias 8 e 9 de dezembro, no Rio de Janeiro, termina com as seguintes palavras-de-ordem em uma página ( http://assembleiabolivariananacional2007.blogspot.com) mantida pelos Círculos Bolivarianos Leonel Brizola, coordenada pelo jornalista Aurelio Fernandes, membro da CUT e do Diretório Nacional do PDT:

Ousar sonhar! Ousar Lutar! Ousar Vencer!

Não ao imperialismo, não ao liberalismo, não ao reformismo!

Poder Popular!

Pátria, Socialismo ou Morte! Venceremos!

Recorde-se que os Círculos Bolivarianos Leonel Brizola são uma iniciativa do Partido Comunista Marxista-Leninista e as palavras-de-ordem Ousar Lutar! Ousar Vencer! eram as utilizadas pela Vanguarda Popular Revolucionária durante a luta armada dos anos 60 e 70.

Aurélio Fernandes conseguiu unificar todas as organizações similares existentes no Rio, como o Círculo Bolivariano Che Guevara, que reúne universitários e para isso recebeu apoio do Cônsul da Venezuela no Rio de Janeiro, embaixador Mario Guglielmelli Vera.

O Movimento a ser fundado em dezembro de 2007 terá como fachada jurídica a Associação Nacional pela Educação Popular e a Cidadania ( http://assembleiabolivariananacional2007.blogspot.com/), em cujo nome estarão todas as propriedades e documentos legais do Movimento Bolivariano, à semelhança do que já acontece com o MST, que legalmente não existe, e tem suas finanças geridas pela ANCA ? Associação Nacional de Cooperação Agrícola.

Os Círculos Bolivarianos reúnem em sua direção intelectuais, políticos, sindicalistas, empresários e estudantes. Há membros do PT, PSol, PDT, CUT e MST. O Rio de Janeiro é o estado com maior números de unidades bolivarianas (sete), grande parte sob o guarda-chuva do Círculo Bolivariano Leonel Brizola. Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Bahia e Amazonas também têm organizações bolivarianas.

Trechos do Estatuto do Movimento Bolivariano do Brasil ( http://assembleiabolivariananacional2007.blogspot.com):

"É UMA ORGANIZAÇÃO POLÍTICA QUE SE DEFINE COMO BOLIVARIANA, GUEVARISTA E BRIZOLISTA. FUNDAMENTA NA TEORIA MARXISTA SUA VISÃO CRÍTICA E REVOLUCIONÁRIA, CONTRA O CAPITALISMO (?) Se propõe a combater por meio da luta ideológica frontal. UTILIZAREMOS TODAS AS FORMAS de luta tendentes à resolução da luta de classes que tem COMO OBJETIVO A TOMADA DO PODER.

"LUTAMOS POR UMA SOCIEDADE SOCIALISTA QUE PREPARE AS CONDIÇÕES PARA UMA SOCIEDADE SEM CLASSES E SEM ESTADO: A SOCIEDADE COMUNISTA. Um movimento da luta socialista pela libertação nacional brasileira, pela unidade e independência da América Latina?.

"O POVO TRABALHADOR DEVE SER ORGANIZAR E LUTAR PARA CONSTRUIR O PODER POPULAR ATRAVÉS DA CONQUISTA DO ESTADO E O CONTROLE DOS MEIOS DE PRODUÇÃO. Precisamos de uma educação política que garanta a unidade da teoria à prática local concreta?.

?O Congresso Bolivariano Nacional é a instância máxima do Movimento. Reúne delegados de todos os círculos bolivarianos dos estados e municípios?.

?A Assembléia Bolivariana Nacional reunirá a Coordenação Nacional, os coletivos e equipes nacionais e dois representantes por estado?.

?As principais missões que deverão agrupar os companheiros e ter planos de ação são: Educação Política, Comunicação e Propaganda, Finanças, Mobilização. Haverá ainda o Coletivo de Relações Internacionais?.

?O Movimento deverá implementar e organizar seus militantes na forma de círculos bolivarianos, agrupando os companheiros, desde a base, em seus locais de luta no trabalho, na moradia e no estudo. Para o melhor funcionamento dos círculos, a coordenação nacional elaborará normas de funcionamento específicas?.

"EM TODAS AS ATIVIDADES DO MOVIMENTO DEVEM ESTAR PRESENTES A BANDEIRA E O HINO (a serem definidos). Todos os meios de comunicação possíveis, como rádio, folhetos, filmes, vídeos serão utilizados para divulgação?.

Essas atividades bolivarianas, no entanto, vêm de longe, como se observará pela leitura da página do Círculo Bolivariano de São Paulo

A Casa Bolivariana, no Rio, funciona na Praça da República 25-3º andar, local onde nos dias 13 a 17 de novembro de 2006, a pretexto de comemorar os dois anos de fundação dos Círculos Bolivarianos Leonel Brizola, foram realizadas uma série de conferências sobre os temas ?Pensamento Social Latino-Americano?, ?Marxismo, Bolivarianismo e Brizolismo?, e ?Poder Popular e Movimentos Sociais?, bem como um ato público em favor da reeleição de Hugo Chavez à presidência da Venezuela.

Antes disso, em 5, 6 e 7 de outubro foi realizada em São Paulo uma reunião do Grupo de Trabalho, preparatória para o Congresso Bolivariano dos Povos, realizado em Caracas em 20/23 de novembro de 2003, com a presença de membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Movimento Al Socialismo boliviano, Movimento Pachakutuk, do Equador, Movimento Piquetero Barrios de Pie, da Argentina e Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional, de El Salvador, partidos e movimentos que organizaram o Congresso de Caracas. Fernando Bossi, historiador argentino, membro do Projeto Emancipação, foi o Secretário de Organização do Congresso.

Uma das decisões do Grupo de Trabalho foi a de articular o seguinte calendario de protestos com o objetivo de potencializar a boa capacidade de mobiização existente:

- 13 a 15 de novembro de 2003: Cúpula Social dos Povos Santa Cruz de la Sierra;

- 16 a 23 de novembro de 2003: Campanha contra a Militarização;

- 18 a 21 de novembro de 2003: Miami ? Mobilização contra a ALCA;

- 20 a 23 de novembro de 2003: Congresso Bolivariano dos Povos;

- 26 a 30 de janeiro de 2004: Havana ? Campanha Continental contra a ALCA;

- 08 a 12 de março: Quito ?Foro Social Americano.

O I Congresso Bolivariano dos Povos foi antecedido pela Reunião de um Grupo de Trabalho, realizado em Caracas dias 28 a 30 de agosto de 2003, e adotou as seguintes Resoluções:

- Criação de uma Secretaria Provisional do Congresso Bolivariano dos Povos;

- Criação de Comitês Nacionais que sirvam para comunicar o que for discutido e resolvido neste Encontro preparatório e impulsionar a mais ampla convocatoria, sem exclusões, às forças populares de cada país;

- Organização obrigatória, por parte dos Comitês Nacionais, de um encontro preparatório para a realização do Congresso Bolivariano dos Povos em novembro de 2003;

- São propostas as datas comuns de mobilização em todos os países latino-americanos e caribenhos, o 12 de outubro, Dia da Resistencia Indígena, e o 13 de abril, Dia da Democracia Participativa e em homenagem à vitória do povo venezuelano ante o golpe fascista de 11 de abril de 2002;

- Construção de uma ferramenta imediata de comunicação entre as organizações populares paricipantes desta convocatoria. A proposta é a criação de uma página-web onde se publiquem as Resoluções deste Encontro e as diferentes informações sobre iniciativas de cada país;

- Realização de um vídeo que sirva para propagandear o Congresso Bolivariano dos Povos a través de TVs de cada país;

- Preparação e edição de material didático sobre a reconstrução das lutas populares, onde se incluam acontecimentos e figuras das batalhas de libertação e independência de nossos povos, com ênfase na menção dos militares patriotas do nosso continente;

- Avançar na idéia de establecer convênios de educação popular e formação política entre nossos países e organizações, partindo da existencia da Universidade Bolivariana da Venezuela e auspiciando que seja esta que coordene a referida tarefa. Propiciar também a idéia de cátedras bolivarianas em cada um de nossos países, onde se estude a verdadeira história e realidade de nossos povos - realizar uma lista e cadastro de todas as organizações populares de nosso continente, a fim de que cada país convocante conheça o amplo marco de concorrência ao evento de novembro.

Para implementar as propostas acima, aprovadas por unanimidade, foi decidido designar os integrantes da Secretaria Provisional:

? Circulos Bolivarianos, Venezuela

? Comitês de Defesa da Revolução, Cuba

? Frente Farabundo Martí de Libertação Nacinoal, El Salvador

? Movimiento Al Socialismo, Bolívia

? Movimiento Piquetero Bairros de Pie, Argentina

? Movimento dos Sem-Terra, Brasil

Em 2004, a Resolução Final do II Congresso Bolivariano dos Povos (Caracas, 06/09 de dezembro de 2004) aprovada por cerca de 200 delegados de toda a América Latina, reiterou a necessidade de manter articulada uma rede de movimentos sociais do continente contra as políticas que ameaçam a livre determinação dos povos e sua sobrevivência. As políticas neoliberais e suas e suas variadas vertentes como os tratados de livre comércio, a militarização do continente e a exploração dos recursos naturais centralizaram as discussões do encontro que teve como consigna a unidade latino-americana. Entre as principais propostas está a formação de uma Organização Internacional de Trabalhadores, a consolidação de um Tribunal Bolivariano dos Povos, com atuação permanente e a criação de um banco de sementes crioulas, para preservar as variedades em ameaça pela expansão do agronegócio. O presidente venezuelano, que no encerramento do encontro de intelectuais, dia 5, propôs o enlace entre as redes dos intelectuais e dos movimentos sociais, reiterou a urgência para a formação de um movimento internacional para enfrentar as agressões a Cuba, à Venezuela e ?as que serão lançadas a qualquer governo ou qualquer país que se afaste do império? ( http://www.voltairenet.org/article123170.html).


PARTICIPANTES DO II CONGRESSO BOLIVARIANO DOS POVOS


ARGENTINA:

* MOVIMIENTO PIQUETERO BARRIOS DE PIE

Representante: Jorge Ceballos, Coordinador Nacional.

* PARTIDO COMUNISTA en IZQUIERDA UNIDA

Representante: Rubén Varone, Miembro de la Secretaria de Relaciones Internacionales y Coordinador de la Junta Popular Argentina del Congreso Anfictiónico Bolivariano.

* FEDERACION DE TRABAJADORES DE LA ENERGIA DE LA REPUBLICA ARGENTINA (FeTERA)/ CENTRAL DE TRABAJADORES ARGENTNOS (CTA)

Representante: José Rigane, Secretario General y miembro de Dirección Nacional de la CTA.

* CORRIENTE PATRIA LIBRE

Representante: Daniel Ezcurra, Miembro del Comité Internacional y Coordinador de la Junta Popular Argentina del Congreso Anfictiónico Bolivariano.

BOLIVIA:

* MAS ? MOVIMIENTO AL SOCIALISMO

Representante: Evo Morales, Presidente.

* COORDINADORA DE PUEBLOS ÉTNICOS DE SANTA CRUZ (CPESC)

Representante: Bienvenido Zacu, miembro de la dirección.

* FUNDACIÓN CHE GUEVARA DE BOLIVIA - MAS/CONVERGENCIA

Representante: Osvaldo Peredo Leigue, Presidente de ambas instituciones.

BRASIL:

* MST. MOVIMIENTO DE LOS TRABAJADORES RURALES SIN TIERRA

Representante: Egidio Brunetto, miembro de dirección nacional.

* PARTIDO DE LOS TRABAJADORES/PT BRASIL SOCIALISTA/INSTITUTO DE ESTUDIOS POLÍTICOS MARIO ALVES

Representante: Bruno Costa de Albuquerque Maranhão. Miembro Ejecutiva Nacional del PT. Coordinador Instituto de Estudios Políticos Mario Alves y del Movimiento de Libertação dos Sem Terra.

* UNIÓN NACIONAL DE LOS ESTUDIANTES

Representante: Pedro Campos Pereyra. Miembro dirección ejecutiva.

* MOVIMIENTO REVOLUCIONARIO 8 DE OCTUBRE

Representante: Susana Lischinsky, miembro de la dirección nacional.

COLOMBIA:

* PARTIDO COMUNISTA Y FRENTE COLOMBIANO CONTRA EL ALCA

Representante: Alfredo Holguín, Dirección Nacional.

* SINTRATELEFONOS

Representante: Rodrigo Acosta ? Rafael Galvis, miembros de la Dirección Nacional.

* CABALLO DE TROYA

Representante: Gloria Gaitán ? Candidata a Alcaldía Mayor de Bogotá por AICO ? Autoridades Indígenas de Colombia.

* REVISTA DESDE ABAJO

Representante: Omar Rodríguez, Director Editorial.

* CORPORACIÓN BOLIVARIANA SIMÒN RODRÍGUEZ

Representante: Hernán Darío Vergara.

CUBA:

* PARTIDO COMUNISTA CUBA (PCC)

Representante: Jesús Lancha, Dirección Nacional.

* COMITÉS DE DEFENSA DE LA REVOLUCIÓN (CDR)

Representante: Glenda Azoy. Directora de la Escuela de Formación

* CENTRAL DE TRABAJADORES DE CUBA (CTC)

Representante: José Miguel Hernández Mederos, Secretario de Relaciones Internacionales.

CHILE:

* LA SURDA

Representante: Rodrigo Ruiz, miembro de Dirección Nacional

* MELI WIXAN MAPU

Representante: Alihuén Antileo, Secretario General.

* PARTIDO COMUNISTA

Representante: María Cristina Lártiga, miembro del Comité Central.

* FRENTE UNIDOS VENCEREMOS / MOVIMIENTO PATRIÓTICO MANUEL RODRIGUEZ

Representante: Roberto Muñoz, miembro de dirección.

ECUADOR:

* PACHAKUTIK

Representante: Víctor Hugo Jijón, Dirección Nacional.

* CONAIE - CONFEDERACIÓN DE NACIONALIDADES INDÍGENAS DEL ECUADOR

Representante: Blanca Chancoso, Dirección Nacional de Ecuarunari/CONAIE y Coordinadora del Capítulo Ecuador del Foro Social Mundial.

* APDH ? ASAMBLEA PERMANENTE POR LOS DERECHOS HUMANOS

Representante: Alexis Ponce, Vocero Nacional.

EL SALVADOR:

* FRENTE FARABUNDO MARTÍ DE LIBERACIÓN NACIONAL (FMLN)

Representante: Roger Alberto Blandino Nerio, miembro de la Comisión Política.

GUATEMALA:

* CLOC ? COORDINADORA LATINOAMERICANA DE ORGANIZACIONES DEL CAMPO CONIC - COORDINADORA NACIONAL E INDÍGENA Y CAMPESINA

Representante: Juan Tiney, Coordinador Nacional.

* URNG - UNIDAD REVOLUCIONARIA NACIONAL GUATEMALTECA

Representante: Silvia Solórzano, Secretaria de Relaciones Internacionales.

HAITI:

* ORGANIZACION PUEBLO EN LUCHA (OPL)

Representante: Fritz-Pierre Joseph. Miembro del secretariado.

HONDURAS:

* VÍA CAMPESINA

Representantes: Doris Gutiérrez - Rafael Alegría, Miembros de la Dirección Nacional.

* UNIFICACIÓN DEMOCRATICA

Representantes: Matías Funes, Secretario General.

MEXICO:

* FUNDACIÓN PARA LA DEMOCRACIA

Representante: Cuauhtémoc Cárdenas, Presidente .PARTIDO DEL TRABAJO / PT

Representante: Arturo Aparicio. Dirección Nacional.

* MOVIMIENTO MEXICANO JUARISTA BOLIVARIANO

Representante: Cuauhtémoc Amezcua, Coordinador General.

NICARAGUA:

* FRENTE SANDINISTA DE LIBERACIÓN NACIONAL - FSLN

Representante: Samuel Santos López, Secretario de Relaciones Internacionales y Nelson Artola, Diputado Nacional y Miembro de la Asamblea Sandinista.

PANAMA:

* FUNDACION OMAR TORRIJOS ? PARTIDO DE LA REVOLUCION DEMOCRATICA (PRD) Regional

Representante: Álvaro Menéndez Franco, miembro de Dirección.

* FUNDACION CASA AZUL

Representante: Carlos Wong. Presidente

* CENTRAL NACIONAL DE TRABAJADORES DE PANAMA

Representante: Alberto Aguilera, Secretario Adjunto.

PARAGUAY:

* PARTIDO PATRIA LIBRE (PPL)

Representante: Camilo Soares, miembro de la Dirección Nacional.

PERU:

* FRENTE POPULAR

Representante: Héctor Béjar Rivera, miembro de dirección.

PUERTO RICO:

* TODO PUERTO RICO CON VIEQUES

Representante: José Paralitici, Portavoz.

* CONSEJO NACIONAL DE INSTITUCIONES CULTURALES AUTÓNOMAS

Representante: José Ignacio Jiménez, Asesor Internacional.

REPUBLICA DOMINICANA:

* FUERZA DE LA REVOLUCION

Representante: José Noel Germán, dirección nacional.

* MOVIMIENTO IZQUIERDA UNIDA

Representante: Miguel Mejía, Presidente.

* CENTRAL GENERAL DE TRABAJADORES

Representante: Francisca Peguero, Relaciones Internacionales.

URUGUAY:

* FEDERACIÓN DE ESTUDIANTES UNIVERSITARIOS DEL URUGUAY ? FEUU.

Representante: Leandro Grille, Presidente.

* FEDERACIÓN URUGUAYA DE COOPERATIVAS DE VIVIENDA POR AYUDA MUTUA - FUCVAM

Representante: Gustavo González, Secretario General.

* CONOSUR

Representante: Beatriz Briozzo, Secretaria.

VENEZUELA:

? Círculos Bolivarianos, ? Congreso Anfictiónico Bolivariano, ? Fuerza Bolivariana de Trabajadores, ? Federación Bolivariana de Estudiantes, ? Coordinadora Simón Bolívar

? Movimiento Quinta República (MVR), ? Unidad Popular de Venezuela, ? Asociación Nacional de Redes y Organizaciones Sociales (ANROS), ? Campaña Admirable/Cooordinadora Continental Bolivariana, ? Consejo Nacional Indígena de Venezuela (CONIVE), ? Fundalatín, ? Movimiento Electoral del Pueblo (MEP), ? Universidad Bolivariana de Venezuela (alumnos y profesores), ? Juventud de Patria Para Todos (PPT)

? Misión Robinson, ? Partido Comunista de Venezuela (PCV), ? Pueblo Soberano

? Tupamaros, ? Comité Bolivariano de Solidaridad y Amistad con los Pueblos (CBSA)

? Frente Agrario ? Fuerza Bolivariana Internacional, ? Podemos, ? Agrupación de Profesionales y Técnicos, ? Otras organizaciones locales.

Para concluir, em dezembro de 2006 foi fundado no Rio de Janeiro o Partido da Revolução Bolivariana Nacional, com 109 assinaturas de eleitores de 11 Estados. Seus integrantes dizem se inspirar em Simón Bolívar (1783-1830), herói da independência de colônias espanholas na América, e no presidente da Venezuela Hugo Chávez, que diz promover uma revolução ?bolivariana? e socialista. Os militantes do PRBN iriam propor a Chávez, que estava no Rio para a cúpula do Mercosul, uma ?Internacional Bolivariana?, que una organizações de ideários semelhantes. O PRBN diz-se nacionalista e defensor da economia de mercado com presença forte do Estado. O presidente do PRBN é o empresário Paulo Memória, que já foi do PMDB e do PT do B. Como não poderia deixar de ser, o PRBN apóia o governo federal, mas seu modelo não é Lula, e sim Chávez, disse Paulo Memória ( http://www.panoramabrasil.com.br/noticia_completa.asp?p=conteudo/txt/2006/12/27/21788722.htm).

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Texto 2: Cardeal venezuelano sofre na própria carne as pressões do Regime de Chavez
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2007/10/400450.shtml

Castillo Lara: o maior venezuelano da História Contemporânea

O Cardeal Rosario Castillo Lara viveu na própria carne as pressões do Regime que tratou sem sucesso desprestigiá-lo e silenciá-lo.

A Venezuela vive, sem dúvida, a crise mais grave de toda sua história porque o atual regime destrói os tecidos sociais, tergiversa a História e acaba com a identidade nacional, com o objtivo de criar outro país, feito à imagem e semelhança de Cuba. O principal instrumento para conseguir estes fins é o terror: o uso da desqualificação, a mentira, os tribunais e até as armas, para aniquilar aos que discordem do projeto.

O Cardeal Rosario Castillo Lara viveu na própria carne as pressões do Regime que tratou sem sucesso desprestigiá-lo e silenciá-lo. Porém, Sua Eminência, guiado por sua fé cristã, fez caso omisso dessas pressões e atuou de maneira valente e patriótica.

Cumprindo com seu dever de venezuelano, Castillo Lara advertiu publicamente o perigo: ?Nos encontramos em uma situação de extrema gravidade como muito poucas em nossa história. Um governo eleito democraticamente há sete anos perdeu seu rumo democrático e apresenta lampejos de ditadura, onde todos os poderes estão praticamente nas mãos de uma só pessoa que os exerce arbitrária e despoticamente, não para procurar o bem maior da nação, mas para um torcido e anacrônico projeto político: o de implantar na Venezuela um regime desastroso como o que Fidel Castro, a custa de tantas vidas humanas e do progresso de sua nação, impôs a Cuba?, disse Sua Eminência em 14 de janeiro de 2006, em uma Homilia em Barquisimeto (1), no dia da Divina Pastora.

Cumprindo com sua função de sacerdote, Castillo Lara expôs os motivos espirituais desta situação: ?Nosso Senhor Jesus Cristo quis dar-nos uma dura lição por nossas infidelidades, por não termos sabido aproveitar os dons que nos deu de uma natureza tão fértil e rica, de um povo inteligente, trabalhador e generoso, e por não termos ajudado devidamente os mais necessitados e não termos vivido limpamente nossa fé cristã?, disse na mesma Homilia.

Castillo Lara instou o povo a orar para superar a crise: ?Ante a triste situação que vivemos e ante o perigo de que, se o povo venezuelano não tomar consciência de sua gravidade, e não se pronunciar categoricamente a favor da democracia e da liberdade, nos encontraremos submetidos a uma ditadura de tipo marxista, vamos pedir, todos unidos, à Divina Pastora: ?Virgem Santíssima, que em nossa história manifestaste muitas vezes tua benevolência e carinho por este povo, te pedimos que não nos abandones neste momento! Apoia-nos, doce Divina Pastora, a aprender a lição e dá-nos a todos a clareza da mente para conhecer e evitar o perigo, e a força para superar democraticamente este momento difícil??.

Porém, provavelmente, a contribuição mais valiosa do Cardeal na atual crise foi inspirar os venezuelanos, transmitindo ? com sua atitude e com seu testemunho ? tranqüilidade, confiança, esperança e, especialmente, valentia. Sua Eminência jamais mostrou medo frente às pressões do Regime, porque sua fé inquebrantável o fazia ver as ameaças terrenas como o que são: provas que se atravessam no caminho para a eternidade.

Castillo Lara foi o compatriota que alcançou os cargos mais altos no Vaticano e isto já é dizer muito, porém, sobretudo, foi o mais importante líder espiritual do povo venezuelano nos momentos mais graves de sua história.

Para aqueles que amparam-se numa cosmovisão materialista, Castillo Lara simplesmente deixou de existir. Porém, quão equivocados estão! Seu trabalho apenas começou, porque desde o Céu implorará ao Senhor Deus Todo-Poderoso e Eterno, e à Santíssima Divina Pastora, para que se apiadem dos venezuelanos e nos salvem do totalitarismo marxista.

Quanto a nós, a melhor maneira de agradecer a Deus ter-nos deleitado com a presença de Rosario Castillo Lara é continuar lutando, como ele fez, com humildade, com confiança, com firmeza e com valentia. E, além disso, comprometermo-nos conosco mesmos a experimentar uma profunda conversão que nos leve, de agora em diante, a ?ajudar os mais necessitados e a viver limpamente nossa fé cristã?, como nos pediu o Cardeal.
URL:: http://www.analitica.com/bitblio/castillo_lara/homilia.asp
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A infiltração do Hugo Chaves no Brasil, inclusive no CMI-Brasil

A infiltração do Hugo Chaves no Brasil deve ser investigada minuciosamente e todos os envolvidos, inclusive os elementos do CMI que defendem o chavismo no Brasil, devem ser identificados e punidos.

Lembro que a liberdade de imprensa ou a liberdade de expressão não acoberta ações que visam a subordinação do Brasil a um governo estrangeiro ou a infiltração de interesses estrangeiros na política e nos movimentos sociais brasileiros, visando submeter o Brasil a uma nação estrangeira.

Certamente, isso deve estar sendo investigado minuciosamente pela ABIN e pela Inteligências dos Militares e das Polícias.

A interferência de um governo estrangeiro dentro do Brasil, cooptando partidos políticos e movimentos sociais, se comprovada, certamente, levará a um incidente internacional, inclusive pode acabar em uma guerra, e os envolvidos na conspiração, principalmente os brasileiros, serão punidos nos termos da lei.

Será que neste caso cabe pena de morte ? A Constituição fala em pena de morte em tempo de guerra...

Portanto, orelhudos do CMI, assim como outros traidores do Brasil e do povo brasileiro, que estão infiltrados e trabalhando para o Chavez dentro dos Movimentos Sociais Brasileiros, podem ter certeza: vocês foram vistos e estão sendo monitorados.

Textos escondidos no CMI Brasil:

Texto 1: Infiltração do Hugo Chaves em Movimentos Sociais do Brasil http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2007/10/400453.shtml

Círculos Bolivarianos no Brasil

A infiltração ideológica do governo venezuelano no Brasil vai muito além do lançamento do livro de Simon Bolívar. Hugo Chávez tem um projeto político especial para o país, no qual assenta as bases de uma luta revolucionária em prol do seu Socialismo do Século XXI.

?Durante vinte anos tive o poder e tirei umas poucas conclusões inquestionáveis: 1. A América é ingovernável por nós. 2. Quem serve à causa da revolução perde tempo. 3. A única coisa a fazer na América é emigrar. 4. Este País cairá infalivelmente nas mãos de um bando desenfreado de tiranos mesquinhos de todas as raças e cores, que não merecem consideração. 5. Devorados por todos os crimes e aniquilados pela ferocidade, seremos desprezados pelos europeus. 6. Se fosse possível que parte do mundo voltasse ao caos primitivo, esta parte seria a América?.

(Simon Bolívar, falecido em 17 de dezembro de 1830)

Em 24 de outubro de 2007, o jornal Correio Brasiliense, de Brasília, publicou matéria a respeito dos Circulos Bolivarianos existentes no Brasil, bem como o esforço do governo venezuelano, através de um grupo de diplomatas, de municiar essa organização ? Círculos Bolivarianos ? de política anti-imperialista para transformar o Brasil numa democracia socialista. O título do artigo é apropriado ao tema: Ameaça à Soberania.

Segundo a matéria, a infiltração ideológica de Hugo Chávez no Brasil vai muito além do lançamento e distribuição às universidades e escolas do livro Simon Bolívar - O Libertador. O livro é apenas a ponta de um iceberg do projeto político de Hugo Chavez para o Brasil, país no qual assenta as bases de uma luta revolucionária em prol do Socialismo do Século XXI.

O trabalho de campo está sendo articulado e coordenado pelo venezuelano Maximilian Arvelaiz, assessor de política internacional de Hugo Chávez ( http://www.cartanaescola.com.br/edicoes/19/o-brasil-e-imperialista/). Diz a matéria que a infiltração ideológica do governo venezuelano no Brasil vai muito além do lançamento do livro de Simon Bolívar. Hugo Chávez tem um projeto político especial para o país, no qual assenta as bases de uma luta revolucionária em prol do seu Socialismo do Século XXI. Nesse sentido, Maximilian Arvelaiz há quase um mês percorre várias capitais brasileiras com a missão de coordenar os Círculos Bolivarianos e outras unidades de apoio à causa chavista.

Tal articulação culminará com a realização da I Assembléia Bolivariana Nacional, em dezembro, no Rio de Janeiro, quando será lançada a versão tupiniquim do Movimento Bolivariano, uma frente anti-imperialista que não passa de um ambicioso projeto destinado a transformar o país numa democracia socialista. As linhas teóricas do Estatuto desse organismo ? obtido pelo autor da reportagem ? repetem, sem timidez, o ideário da reforma constitucional que está sendo feita na Venezuela, bem como a meta de Hugo Chávez de construir um poder popular para formar uma Federação Socialista Latino-Americana.

O Movimento Bolivariano terá um hino, um símbolo e uma bandeira, e prevê a cooptação de posições estratégicas em partidos políticos, sindicatos, associações de moradores, grupos religiosos, ligas camponesas e empresas. Nesse trabalho, Arvelaiz não está sozinho. Dispõe de uma equipe de 15 diplomatas lotados na embaixada e em diversos consulados, inclusive um Adido de Inteligência. Essas pessoas foram mandadas ao Brasil com a justificativa oficial de que se trata de um reforço diplomático para impulsionar as relações bilaterais. Sem dúvida, uma justificativa coerente, uma vez que o próprio presidente Luiz Inácio classifica Hugo Chávez como um parceiro importantíssimo e sua base parlamentar faz esforços para a imediata aprovação no Congresso do Protocolo de Adesão da Venezuela ao Mercosul.

Prossegue o autor da reportagem, escrevendo que o enviado especial de Chávez tem se reunido com os coordenadores dos vários Círculos Bolivarianos já existentes no Brasil, a fim de instruí-los sobre a mudança de status dessas células sociais: deixam de ser unidades para a disseminação da doutrina bolivariana e tornam-se parte de uma estrutura nacional, uma frente política aparelhada, composta por mulheres e homens dispostos a assumir a responsabilidade de conduzir a pátria brasileira e latino-americana à definitiva independência.

A convocatória para a realização da conferência para a criação dos Círculos Bolivarianos, dias 8 e 9 de dezembro, no Rio de Janeiro, termina com as seguintes palavras-de-ordem em uma página ( http://assembleiabolivariananacional2007.blogspot.com) mantida pelos Círculos Bolivarianos Leonel Brizola, coordenada pelo jornalista Aurelio Fernandes, membro da CUT e do Diretório Nacional do PDT:

Ousar sonhar! Ousar Lutar! Ousar Vencer!

Não ao imperialismo, não ao liberalismo, não ao reformismo!

Poder Popular!

Pátria, Socialismo ou Morte! Venceremos!

Recorde-se que os Círculos Bolivarianos Leonel Brizola são uma iniciativa do Partido Comunista Marxista-Leninista e as palavras-de-ordem Ousar Lutar! Ousar Vencer! eram as utilizadas pela Vanguarda Popular Revolucionária durante a luta armada dos anos 60 e 70.

Aurélio Fernandes conseguiu unificar todas as organizações similares existentes no Rio, como o Círculo Bolivariano Che Guevara, que reúne universitários e para isso recebeu apoio do Cônsul da Venezuela no Rio de Janeiro, embaixador Mario Guglielmelli Vera.

O Movimento a ser fundado em dezembro de 2007 terá como fachada jurídica a Associação Nacional pela Educação Popular e a Cidadania ( http://assembleiabolivariananacional2007.blogspot.com/), em cujo nome estarão todas as propriedades e documentos legais do Movimento Bolivariano, à semelhança do que já acontece com o MST, que legalmente não existe, e tem suas finanças geridas pela ANCA ? Associação Nacional de Cooperação Agrícola.

Os Círculos Bolivarianos reúnem em sua direção intelectuais, políticos, sindicalistas, empresários e estudantes. Há membros do PT, PSol, PDT, CUT e MST. O Rio de Janeiro é o estado com maior números de unidades bolivarianas (sete), grande parte sob o guarda-chuva do Círculo Bolivariano Leonel Brizola. Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Bahia e Amazonas também têm organizações bolivarianas.

Trechos do Estatuto do Movimento Bolivariano do Brasil ( http://assembleiabolivariananacional2007.blogspot.com):

"É UMA ORGANIZAÇÃO POLÍTICA QUE SE DEFINE COMO BOLIVARIANA, GUEVARISTA E BRIZOLISTA. FUNDAMENTA NA TEORIA MARXISTA SUA VISÃO CRÍTICA E REVOLUCIONÁRIA, CONTRA O CAPITALISMO (?) Se propõe a combater por meio da luta ideológica frontal. UTILIZAREMOS TODAS AS FORMAS de luta tendentes à resolução da luta de classes que tem COMO OBJETIVO A TOMADA DO PODER.

"LUTAMOS POR UMA SOCIEDADE SOCIALISTA QUE PREPARE AS CONDIÇÕES PARA UMA SOCIEDADE SEM CLASSES E SEM ESTADO: A SOCIEDADE COMUNISTA. Um movimento da luta socialista pela libertação nacional brasileira, pela unidade e independência da América Latina?.

"O POVO TRABALHADOR DEVE SER ORGANIZAR E LUTAR PARA CONSTRUIR O PODER POPULAR ATRAVÉS DA CONQUISTA DO ESTADO E O CONTROLE DOS MEIOS DE PRODUÇÃO. Precisamos de uma educação política que garanta a unidade da teoria à prática local concreta?.

?O Congresso Bolivariano Nacional é a instância máxima do Movimento. Reúne delegados de todos os círculos bolivarianos dos estados e municípios?.

?A Assembléia Bolivariana Nacional reunirá a Coordenação Nacional, os coletivos e equipes nacionais e dois representantes por estado?.

?As principais missões que deverão agrupar os companheiros e ter planos de ação são: Educação Política, Comunicação e Propaganda, Finanças, Mobilização. Haverá ainda o Coletivo de Relações Internacionais?.

?O Movimento deverá implementar e organizar seus militantes na forma de círculos bolivarianos, agrupando os companheiros, desde a base, em seus locais de luta no trabalho, na moradia e no estudo. Para o melhor funcionamento dos círculos, a coordenação nacional elaborará normas de funcionamento específicas?.

"EM TODAS AS ATIVIDADES DO MOVIMENTO DEVEM ESTAR PRESENTES A BANDEIRA E O HINO (a serem definidos). Todos os meios de comunicação possíveis, como rádio, folhetos, filmes, vídeos serão utilizados para divulgação?.

Essas atividades bolivarianas, no entanto, vêm de longe, como se observará pela leitura da página do Círculo Bolivariano de São Paulo

A Casa Bolivariana, no Rio, funciona na Praça da República 25-3º andar, local onde nos dias 13 a 17 de novembro de 2006, a pretexto de comemorar os dois anos de fundação dos Círculos Bolivarianos Leonel Brizola, foram realizadas uma série de conferências sobre os temas ?Pensamento Social Latino-Americano?, ?Marxismo, Bolivarianismo e Brizolismo?, e ?Poder Popular e Movimentos Sociais?, bem como um ato público em favor da reeleição de Hugo Chavez à presidência da Venezuela.

Antes disso, em 5, 6 e 7 de outubro foi realizada em São Paulo uma reunião do Grupo de Trabalho, preparatória para o Congresso Bolivariano dos Povos, realizado em Caracas em 20/23 de novembro de 2003, com a presença de membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Movimento Al Socialismo boliviano, Movimento Pachakutuk, do Equador, Movimento Piquetero Barrios de Pie, da Argentina e Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional, de El Salvador, partidos e movimentos que organizaram o Congresso de Caracas. Fernando Bossi, historiador argentino, membro do Projeto Emancipação, foi o Secretário de Organização do Congresso.

Uma das decisões do Grupo de Trabalho foi a de articular o seguinte calendario de protestos com o objetivo de potencializar a boa capacidade de mobiização existente:

- 13 a 15 de novembro de 2003: Cúpula Social dos Povos Santa Cruz de la Sierra;

- 16 a 23 de novembro de 2003: Campanha contra a Militarização;

- 18 a 21 de novembro de 2003: Miami ? Mobilização contra a ALCA;

- 20 a 23 de novembro de 2003: Congresso Bolivariano dos Povos;

- 26 a 30 de janeiro de 2004: Havana ? Campanha Continental contra a ALCA;

- 08 a 12 de março: Quito ?Foro Social Americano.

O I Congresso Bolivariano dos Povos foi antecedido pela Reunião de um Grupo de Trabalho, realizado em Caracas dias 28 a 30 de agosto de 2003, e adotou as seguintes Resoluções:

- Criação de uma Secretaria Provisional do Congresso Bolivariano dos Povos;

- Criação de Comitês Nacionais que sirvam para comunicar o que for discutido e resolvido neste Encontro preparatório e impulsionar a mais ampla convocatoria, sem exclusões, às forças populares de cada país;

- Organização obrigatória, por parte dos Comitês Nacionais, de um encontro preparatório para a realização do Congresso Bolivariano dos Povos em novembro de 2003;

- São propostas as datas comuns de mobilização em todos os países latino-americanos e caribenhos, o 12 de outubro, Dia da Resistencia Indígena, e o 13 de abril, Dia da Democracia Participativa e em homenagem à vitória do povo venezuelano ante o golpe fascista de 11 de abril de 2002;

- Construção de uma ferramenta imediata de comunicação entre as organizações populares paricipantes desta convocatoria. A proposta é a criação de uma página-web onde se publiquem as Resoluções deste Encontro e as diferentes informações sobre iniciativas de cada país;

- Realização de um vídeo que sirva para propagandear o Congresso Bolivariano dos Povos a través de TVs de cada país;

- Preparação e edição de material didático sobre a reconstrução das lutas populares, onde se incluam acontecimentos e figuras das batalhas de libertação e independência de nossos povos, com ênfase na menção dos militares patriotas do nosso continente;

- Avançar na idéia de establecer convênios de educação popular e formação política entre nossos países e organizações, partindo da existencia da Universidade Bolivariana da Venezuela e auspiciando que seja esta que coordene a referida tarefa. Propiciar também a idéia de cátedras bolivarianas em cada um de nossos países, onde se estude a verdadeira história e realidade de nossos povos - realizar uma lista e cadastro de todas as organizações populares de nosso continente, a fim de que cada país convocante conheça o amplo marco de concorrência ao evento de novembro.

Para implementar as propostas acima, aprovadas por unanimidade, foi decidido designar os integrantes da Secretaria Provisional:

? Circulos Bolivarianos, Venezuela

? Comitês de Defesa da Revolução, Cuba

? Frente Farabundo Martí de Libertação Nacinoal, El Salvador

? Movimiento Al Socialismo, Bolívia

? Movimiento Piquetero Bairros de Pie, Argentina

? Movimento dos Sem-Terra, Brasil

Em 2004, a Resolução Final do II Congresso Bolivariano dos Povos (Caracas, 06/09 de dezembro de 2004) aprovada por cerca de 200 delegados de toda a América Latina, reiterou a necessidade de manter articulada uma rede de movimentos sociais do continente contra as políticas que ameaçam a livre determinação dos povos e sua sobrevivência. As políticas neoliberais e suas e suas variadas vertentes como os tratados de livre comércio, a militarização do continente e a exploração dos recursos naturais centralizaram as discussões do encontro que teve como consigna a unidade latino-americana. Entre as principais propostas está a formação de uma Organização Internacional de Trabalhadores, a consolidação de um Tribunal Bolivariano dos Povos, com atuação permanente e a criação de um banco de sementes crioulas, para preservar as variedades em ameaça pela expansão do agronegócio. O presidente venezuelano, que no encerramento do encontro de intelectuais, dia 5, propôs o enlace entre as redes dos intelectuais e dos movimentos sociais, reiterou a urgência para a formação de um movimento internacional para enfrentar as agressões a Cuba, à Venezuela e ?as que serão lançadas a qualquer governo ou qualquer país que se afaste do império? ( http://www.voltairenet.org/article123170.html).


PARTICIPANTES DO II CONGRESSO BOLIVARIANO DOS POVOS


ARGENTINA:

* MOVIMIENTO PIQUETERO BARRIOS DE PIE

Representante: Jorge Ceballos, Coordinador Nacional.

* PARTIDO COMUNISTA en IZQUIERDA UNIDA

Representante: Rubén Varone, Miembro de la Secretaria de Relaciones Internacionales y Coordinador de la Junta Popular Argentina del Congreso Anfictiónico Bolivariano.

* FEDERACION DE TRABAJADORES DE LA ENERGIA DE LA REPUBLICA ARGENTINA (FeTERA)/ CENTRAL DE TRABAJADORES ARGENTNOS (CTA)

Representante: José Rigane, Secretario General y miembro de Dirección Nacional de la CTA.

* CORRIENTE PATRIA LIBRE

Representante: Daniel Ezcurra, Miembro del Comité Internacional y Coordinador de la Junta Popular Argentina del Congreso Anfictiónico Bolivariano.

BOLIVIA:

* MAS ? MOVIMIENTO AL SOCIALISMO

Representante: Evo Morales, Presidente.

* COORDINADORA DE PUEBLOS ÉTNICOS DE SANTA CRUZ (CPESC)

Representante: Bienvenido Zacu, miembro de la dirección.

* FUNDACIÓN CHE GUEVARA DE BOLIVIA - MAS/CONVERGENCIA

Representante: Osvaldo Peredo Leigue, Presidente de ambas instituciones.

BRASIL:

* MST. MOVIMIENTO DE LOS TRABAJADORES RURALES SIN TIERRA

Representante: Egidio Brunetto, miembro de dirección nacional.

* PARTIDO DE LOS TRABAJADORES/PT BRASIL SOCIALISTA/INSTITUTO DE ESTUDIOS POLÍTICOS MARIO ALVES

Representante: Bruno Costa de Albuquerque Maranhão. Miembro Ejecutiva Nacional del PT. Coordinador Instituto de Estudios Políticos Mario Alves y del Movimiento de Libertação dos Sem Terra.

* UNIÓN NACIONAL DE LOS ESTUDIANTES

Representante: Pedro Campos Pereyra. Miembro dirección ejecutiva.

* MOVIMIENTO REVOLUCIONARIO 8 DE OCTUBRE

Representante: Susana Lischinsky, miembro de la dirección nacional.

COLOMBIA:

* PARTIDO COMUNISTA Y FRENTE COLOMBIANO CONTRA EL ALCA

Representante: Alfredo Holguín, Dirección Nacional.

* SINTRATELEFONOS

Representante: Rodrigo Acosta ? Rafael Galvis, miembros de la Dirección Nacional.

* CABALLO DE TROYA

Representante: Gloria Gaitán ? Candidata a Alcaldía Mayor de Bogotá por AICO ? Autoridades Indígenas de Colombia.

* REVISTA DESDE ABAJO

Representante: Omar Rodríguez, Director Editorial.

* CORPORACIÓN BOLIVARIANA SIMÒN RODRÍGUEZ

Representante: Hernán Darío Vergara.

CUBA:

* PARTIDO COMUNISTA CUBA (PCC)

Representante: Jesús Lancha, Dirección Nacional.

* COMITÉS DE DEFENSA DE LA REVOLUCIÓN (CDR)

Representante: Glenda Azoy. Directora de la Escuela de Formación

* CENTRAL DE TRABAJADORES DE CUBA (CTC)

Representante: José Miguel Hernández Mederos, Secretario de Relaciones Internacionales.

CHILE:

* LA SURDA

Representante: Rodrigo Ruiz, miembro de Dirección Nacional

* MELI WIXAN MAPU

Representante: Alihuén Antileo, Secretario General.

* PARTIDO COMUNISTA

Representante: María Cristina Lártiga, miembro del Comité Central.

* FRENTE UNIDOS VENCEREMOS / MOVIMIENTO PATRIÓTICO MANUEL RODRIGUEZ

Representante: Roberto Muñoz, miembro de dirección.

ECUADOR:

* PACHAKUTIK

Representante: Víctor Hugo Jijón, Dirección Nacional.

* CONAIE - CONFEDERACIÓN DE NACIONALIDADES INDÍGENAS DEL ECUADOR

Representante: Blanca Chancoso, Dirección Nacional de Ecuarunari/CONAIE y Coordinadora del Capítulo Ecuador del Foro Social Mundial.

* APDH ? ASAMBLEA PERMANENTE POR LOS DERECHOS HUMANOS

Representante: Alexis Ponce, Vocero Nacional.

EL SALVADOR:

* FRENTE FARABUNDO MARTÍ DE LIBERACIÓN NACIONAL (FMLN)

Representante: Roger Alberto Blandino Nerio, miembro de la Comisión Política.

GUATEMALA:

* CLOC ? COORDINADORA LATINOAMERICANA DE ORGANIZACIONES DEL CAMPO CONIC - COORDINADORA NACIONAL E INDÍGENA Y CAMPESINA

Representante: Juan Tiney, Coordinador Nacional.

* URNG - UNIDAD REVOLUCIONARIA NACIONAL GUATEMALTECA

Representante: Silvia Solórzano, Secretaria de Relaciones Internacionales.

HAITI:

* ORGANIZACION PUEBLO EN LUCHA (OPL)

Representante: Fritz-Pierre Joseph. Miembro del secretariado.

HONDURAS:

* VÍA CAMPESINA

Representantes: Doris Gutiérrez - Rafael Alegría, Miembros de la Dirección Nacional.

* UNIFICACIÓN DEMOCRATICA

Representantes: Matías Funes, Secretario General.

MEXICO:

* FUNDACIÓN PARA LA DEMOCRACIA

Representante: Cuauhtémoc Cárdenas, Presidente .PARTIDO DEL TRABAJO / PT

Representante: Arturo Aparicio. Dirección Nacional.

* MOVIMIENTO MEXICANO JUARISTA BOLIVARIANO

Representante: Cuauhtémoc Amezcua, Coordinador General.

NICARAGUA:

* FRENTE SANDINISTA DE LIBERACIÓN NACIONAL - FSLN

Representante: Samuel Santos López, Secretario de Relaciones Internacionales y Nelson Artola, Diputado Nacional y Miembro de la Asamblea Sandinista.

PANAMA:

* FUNDACION OMAR TORRIJOS ? PARTIDO DE LA REVOLUCION DEMOCRATICA (PRD) Regional

Representante: Álvaro Menéndez Franco, miembro de Dirección.

* FUNDACION CASA AZUL

Representante: Carlos Wong. Presidente

* CENTRAL NACIONAL DE TRABAJADORES DE PANAMA

Representante: Alberto Aguilera, Secretario Adjunto.

PARAGUAY:

* PARTIDO PATRIA LIBRE (PPL)

Representante: Camilo Soares, miembro de la Dirección Nacional.

PERU:

* FRENTE POPULAR

Representante: Héctor Béjar Rivera, miembro de dirección.

PUERTO RICO:

* TODO PUERTO RICO CON VIEQUES

Representante: José Paralitici, Portavoz.

* CONSEJO NACIONAL DE INSTITUCIONES CULTURALES AUTÓNOMAS

Representante: José Ignacio Jiménez, Asesor Internacional.

REPUBLICA DOMINICANA:

* FUERZA DE LA REVOLUCION

Representante: José Noel Germán, dirección nacional.

* MOVIMIENTO IZQUIERDA UNIDA

Representante: Miguel Mejía, Presidente.

* CENTRAL GENERAL DE TRABAJADORES

Representante: Francisca Peguero, Relaciones Internacionales.

URUGUAY:

* FEDERACIÓN DE ESTUDIANTES UNIVERSITARIOS DEL URUGUAY ? FEUU.

Representante: Leandro Grille, Presidente.

* FEDERACIÓN URUGUAYA DE COOPERATIVAS DE VIVIENDA POR AYUDA MUTUA - FUCVAM

Representante: Gustavo González, Secretario General.

* CONOSUR

Representante: Beatriz Briozzo, Secretaria.

VENEZUELA:

? Círculos Bolivarianos, ? Congreso Anfictiónico Bolivariano, ? Fuerza Bolivariana de Trabajadores, ? Federación Bolivariana de Estudiantes, ? Coordinadora Simón Bolívar

? Movimiento Quinta República (MVR), ? Unidad Popular de Venezuela, ? Asociación Nacional de Redes y Organizaciones Sociales (ANROS), ? Campaña Admirable/Cooordinadora Continental Bolivariana, ? Consejo Nacional Indígena de Venezuela (CONIVE), ? Fundalatín, ? Movimiento Electoral del Pueblo (MEP), ? Universidad Bolivariana de Venezuela (alumnos y profesores), ? Juventud de Patria Para Todos (PPT)

? Misión Robinson, ? Partido Comunista de Venezuela (PCV), ? Pueblo Soberano

? Tupamaros, ? Comité Bolivariano de Solidaridad y Amistad con los Pueblos (CBSA)

? Frente Agrario ? Fuerza Bolivariana Internacional, ? Podemos, ? Agrupación de Profesionales y Técnicos, ? Otras organizaciones locales.

Para concluir, em dezembro de 2006 foi fundado no Rio de Janeiro o Partido da Revolução Bolivariana Nacional, com 109 assinaturas de eleitores de 11 Estados. Seus integrantes dizem se inspirar em Simón Bolívar (1783-1830), herói da independência de colônias espanholas na América, e no presidente da Venezuela Hugo Chávez, que diz promover uma revolução ?bolivariana? e socialista. Os militantes do PRBN iriam propor a Chávez, que estava no Rio para a cúpula do Mercosul, uma ?Internacional Bolivariana?, que una organizações de ideários semelhantes. O PRBN diz-se nacionalista e defensor da economia de mercado com presença forte do Estado. O presidente do PRBN é o empresário Paulo Memória, que já foi do PMDB e do PT do B. Como não poderia deixar de ser, o PRBN apóia o governo federal, mas seu modelo não é Lula, e sim Chávez, disse Paulo Memória ( http://www.panoramabrasil.com.br/noticia_completa.asp?p=conteudo/txt/2006/12/27/21788722.htm).

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Texto 2: Cardeal venezuelano sofre na própria carne as pressões do Regime de Chavez
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2007/10/400450.shtml

Castillo Lara: o maior venezuelano da História Contemporânea

O Cardeal Rosario Castillo Lara viveu na própria carne as pressões do Regime que tratou sem sucesso desprestigiá-lo e silenciá-lo.

A Venezuela vive, sem dúvida, a crise mais grave de toda sua história porque o atual regime destrói os tecidos sociais, tergiversa a História e acaba com a identidade nacional, com o objtivo de criar outro país, feito à imagem e semelhança de Cuba. O principal instrumento para conseguir estes fins é o terror: o uso da desqualificação, a mentira, os tribunais e até as armas, para aniquilar aos que discordem do projeto.

O Cardeal Rosario Castillo Lara viveu na própria carne as pressões do Regime que tratou sem sucesso desprestigiá-lo e silenciá-lo. Porém, Sua Eminência, guiado por sua fé cristã, fez caso omisso dessas pressões e atuou de maneira valente e patriótica.

Cumprindo com seu dever de venezuelano, Castillo Lara advertiu publicamente o perigo: ?Nos encontramos em uma situação de extrema gravidade como muito poucas em nossa história. Um governo eleito democraticamente há sete anos perdeu seu rumo democrático e apresenta lampejos de ditadura, onde todos os poderes estão praticamente nas mãos de uma só pessoa que os exerce arbitrária e despoticamente, não para procurar o bem maior da nação, mas para um torcido e anacrônico projeto político: o de implantar na Venezuela um regime desastroso como o que Fidel Castro, a custa de tantas vidas humanas e do progresso de sua nação, impôs a Cuba?, disse Sua Eminência em 14 de janeiro de 2006, em uma Homilia em Barquisimeto (1), no dia da Divina Pastora.

Cumprindo com sua função de sacerdote, Castillo Lara expôs os motivos espirituais desta situação: ?Nosso Senhor Jesus Cristo quis dar-nos uma dura lição por nossas infidelidades, por não termos sabido aproveitar os dons que nos deu de uma natureza tão fértil e rica, de um povo inteligente, trabalhador e generoso, e por não termos ajudado devidamente os mais necessitados e não termos vivido limpamente nossa fé cristã?, disse na mesma Homilia.

Castillo Lara instou o povo a orar para superar a crise: ?Ante a triste situação que vivemos e ante o perigo de que, se o povo venezuelano não tomar consciência de sua gravidade, e não se pronunciar categoricamente a favor da democracia e da liberdade, nos encontraremos submetidos a uma ditadura de tipo marxista, vamos pedir, todos unidos, à Divina Pastora: ?Virgem Santíssima, que em nossa história manifestaste muitas vezes tua benevolência e carinho por este povo, te pedimos que não nos abandones neste momento! Apoia-nos, doce Divina Pastora, a aprender a lição e dá-nos a todos a clareza da mente para conhecer e evitar o perigo, e a força para superar democraticamente este momento difícil??.

Porém, provavelmente, a contribuição mais valiosa do Cardeal na atual crise foi inspirar os venezuelanos, transmitindo ? com sua atitude e com seu testemunho ? tranqüilidade, confiança, esperança e, especialmente, valentia. Sua Eminência jamais mostrou medo frente às pressões do Regime, porque sua fé inquebrantável o fazia ver as ameaças terrenas como o que são: provas que se atravessam no caminho para a eternidade.

Castillo Lara foi o compatriota que alcançou os cargos mais altos no Vaticano e isto já é dizer muito, porém, sobretudo, foi o mais importante líder espiritual do povo venezuelano nos momentos mais graves de sua história.

Para aqueles que amparam-se numa cosmovisão materialista, Castillo Lara simplesmente deixou de existir. Porém, quão equivocados estão! Seu trabalho apenas começou, porque desde o Céu implorará ao Senhor Deus Todo-Poderoso e Eterno, e à Santíssima Divina Pastora, para que se apiadem dos venezuelanos e nos salvem do totalitarismo marxista.

Quanto a nós, a melhor maneira de agradecer a Deus ter-nos deleitado com a presença de Rosario Castillo Lara é continuar lutando, como ele fez, com humildade, com confiança, com firmeza e com valentia. E, além disso, comprometermo-nos conosco mesmos a experimentar uma profunda conversão que nos leve, de agora em diante, a ?ajudar os mais necessitados e a viver limpamente nossa fé cristã?, como nos pediu o Cardeal.
URL:: http://www.analitica.com/bitblio/castillo_lara/homilia.asp
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domingo, 28 de outubro de 2007

Coletânea de documentários gratuitos na Web

Aproveita para baixá-los todos, pois na internet a gente nunca sabe por quanto tempo a coisa ficará disponível.

Coletânea de documentários na Web:

http://www.guba.com/user/pfilosofia
Coletânea de documentários gratuitos na Web

Aproveita para baixá-los todos, pois na internet a gente nunca sabe por quanto tempo a coisa ficará disponível.

Coletânea de documentários na Web:

http://www.guba.com/user/pfilosofia

sábado, 27 de outubro de 2007

Documentário "The Corporation" disponível na Web

Todos os militantes dos movimentos sociais e de proteção da coletividade devem analisar e estudar o documentário "A Corporação" para conhecerem os truques dos capitalistas.


Documentário "The Corporation"

Primeira parte: http://www.guba.com/watch/3000084218

Segunda parte: http://www.guba.com/watch/3000084247

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Noam Chomsky fala das corporações

Texto original: http://www.2001video.com.br/email/especial/corporation2.htm

Origem, evolução e prognóstico das corporações

Noam Chomsky diz que as corporações são pessoas sem valores morais que visam somente os interesses de seus acionistas. Seguindo essa afirmação, quem deve ser a consciência dessas empresas: a opinião pública ou o Estado? Por quê?

Eu colocaria a palavra ?pessoas? entre aspas em relação ao estado legal das grandes corporações nesse contexto. O ponto de vista de Noam é claro. As corporações não podem ter uma consciência. Essas entidades não são humanas e suas prioridades são ditadas pela lei. Milton Friedman sugere que os valores morais das corporações devem vir dos indivíduos das companhias, mas as pessoas são, geralmente, confrontadas por escolhas conflitantes quando executam seus papéis na estrutura das grandes empresas. Sam Gibara, da Goodyear, descreve como o seu papel na corporação excede o seu próprio sistema de valores ? e faz piada de como é bem pago para fazer isso.

A opinião pública expressará preocupação moral quando for motivada e isso é uma resposta apropriada, dado os abusos ultrajantes de pessoas, animais e da natureza por parte de algumas corporações. Mas a forma mais democrática de controle é através do Estado ? até onde ele puder ser descrito como democrático. Por fim, somos confrontados com a tentativa de controlar uma instituição não democrática via meios democráticos. O problema está tanto na essência da estrutura corporativa ? que copia o fascismo ? quanto no Estado que é suscetível à corrupção e a outras influências não democráticas.

Como o senhor vê o enfraquecimento do Estado perante as corporações? Não é paradoxal falarmos em retomada de controle do governo diante da atual tendência de privatizações?

Apesar de parecer paradoxal, não precisa continuar assim, a não ser que desistamos da democracia. O Estado é a única instituição cujo poder legal excede o das corporações. É uma questão de eleger pessoas e partidos que exercerão o poder para o benefício da população geral, e não de acionistas de grandes empresas.

Tirania contradiz, teoricamente, o espírito democrático. No entanto, quando pensamos nos abusos cometidos pelas corporações, cujos interesses estão acima do bem público, não podemos ver nesse poder quase ilimitado a falência do modelo democrático neoliberal?

Sim, apesar de não acreditar que o modelo neoliberal tenha tido um balanço positivo. Em sua aplicação internacional, a frase ?democracia neoliberal? soa contraditória. Esse termo é usado para uma aplicação estadunidense, o que incorpora, a meu ver, valores liberais. Em todo o caso, eu acrescentaria que tirania contradiz o espírito democrático de fato, não só teoricamente.

Os interesses de uma corporação só dizem respeito ao Estado enquanto esse possibilita ou inibe a geração de grandes lucros para aquela empresa. Democracia é, geralmente, um obstáculo à geração de lucro e as corporações procurarão contornar, acordar com ou destruir qualquer obstáculo ao lucro. O fato de que os ?Estados democráticos? tenham apoiado a expansão do poder das grandes corporações deveria nos levar a questionar a natureza do que consideramos Estados democráticos.

Como o cidadão comum poderá se salvaguardar das ?externalidades negativas? quando o maior meio de informação, a televisão, faz parte desses jogos de interesses?

Educação. Alfabetização midiática o mais cedo possível. Internet. Mídia independente. Autodefesa intelectual. Chomsky foi questionado, no filme Manufactoring Consent, a respeito de como a mídia pode ser mais democrática. Ele respondeu: ?isto é a mesma coisa que perguntar: como tornar as corporações mais democráticas??. E ele disse: ?a única maneira de fazer isso é se livrando delas?.

Em sua opinião, a que se deve o crescente interesse do público pelo documentário?

As pessoas percebem que há muito mais acontecendo no mundo do que a mídia elitista e mainstream descreve. Elas sabem que há análises que fazem mais sentido e têm mais relevância para suas vidas do que aquelas apresentadas pela mídia. E uma vez que alguém formula uma análise alternativa de forma atrativa, a idéia se espalha. Eu já vi isso acontecer duas vezes, primeiro com o filme Manufactoring Consent: Noam Chomsky and the Media e agora com The Corporation. O Canadá é um país com uma forte tradição de documentários e os dois filmes citados foram os maiores sucessos na história do país no gênero documentário. Uma vez ou outra, filmes como o meu, e outras críticas radicais, irão parar na TV comercial se for claro que terão audiência e, principalmente, se forem capazes de gerar dólares. Mas cada vez mais, mídias interessadas no lucro verão possibilidades de ganhos nesses documentários e, assim, eles terão que ser mais criativos para atingir o público. Em contrapartida, o público tem que se esforçar e ver esses filmes, ou simplesmente nada funcionará.

Michael Moore diz que um filme pode mobilizar a sociedade. Você acredita neste poder? Quais foram as reações do público ao The Corporation na América do Norte?

Uma maneira de começar a medir o impacto de um documentário é verificando o tamanho de seu público. Aqui, Michael Moore é um universo à parte. No entanto, The Corporation faturou mais de 4 milhões de dólares de bilheteria nos EUA e Canadá (*). O filme foi visto em cinemas comerciais e por mais de cinco meses em complexos de dez salas em grandes centros. Cinco meses! Isso é um recorde. Um público desse não é composto apenas por anarquistas radicais. Com certeza atingiu muito além!

Mais de 500 mil cópias foram baixadas ilegalmente via Internet. Mais de 100 mil DVDs foram vendidos na América do Norte, mais de 1.500 comprados por instituições educacionais e vários outros DVDs estão sendo usados por professores. Muitas escolas de administração ? provavelmente a maioria ? estão usando o filme também.

Mas, fora os números, eu posso contar algumas reações do público. Eu acabei de voltar da pequena cidade de Essex (Ontário). Ao longo do último ano, um professor incluiu The Corporation na grade curricular dos alunos de 13 anos. O autor do livro e do filme, Joel Bakan, e eu fomos conversar com os alunos e ver como o filme estava sendo usado. O nível de preocupação, compreensão e otimismo, mas também cinismo, dessas crianças foi uma grande surpresa. Nós filmamos tudo e vamos desenvolver um material em vídeo e impresso para outros educadores trabalharem com jovens. Eu recebo cartas de pessoas da área de negócios que abandonaram seus trabalhos em empresas grandes, corruptas e poluentes (essa descrição é deles e não minha) depois de ver The Corporation. A legislação em níveis municipais e estaduais nos EUA tem mudado como resposta ao filme. Leis que retiram das empresas direitos associados ao status de ?pessoa? foram votadas e as pessoas que formulam a legislação citam o filme como inspiração inicial.

Esta carta chegou ontem do México:

?Olá! Eu acabei de ver seu documentário The Corporation e fiquei chocado. Eu sempre suspeitei que todas as grandes empresas eram as verdadeiras mãos por trás do boneco chamado governo. Eu pulei do sofá assim que o filme acabou e vim aqui escrever porque eu não vou deixar o dinheiro governar minha vida. Estou pensando em pegar todo o meu dinheiro e doar para uma comunidade em Tulum que protege as tartarugas, mas além disso eu vou me mudar para lá e lutar contra qualquer um que tentar interferir na vida dessas criaturas. Eu sei que isso não é muito, mas é por mim. Parabéns por me fazer mudar esse egocêntrico modo de vida. Grande abraço daqui do México.?

Sim, documentários podem mudar os indivíduos. E talvez estes possam mudar o mundo. Se essa mudança pode ser rápida o suficiente, é uma outra pergunta.

* Por favor, não confundam ?faturado? com ?lucro?. Lucro é o que sobra depois das despesas serem pagas. Apesar do faturado com a bilheteria eu já estive para falir, mesmo com o The Corporation. Muita gente leva uma parte do lucro antes de mim.

Tradução de Anderson Vitorino

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Viagem a uma empresa utópica

No sul da Espanha, uma companhia que não visa lucro, pratica o comércio justo e paga salários iguais a todos os sócios e funcionários atua há vinte anos ? e está em perfeita saúde econômica

Carola Reintjes -- Le Monde Diplomatique
http://diplo.uol.com.br/2007-10,a1983

A ilha que descobriremos, por meio de um de seus povoados, é a da Economia Alternativa e Solidária. Um dos tesouros guardados a sete chaves ? tesouro privado-intimista ? é um pequeno povoado chamado Ideas. O nome é referência às visões de mundo ? rebeldes, insubmissas, transformadoras ? que se cultivam por lá. Idéias nobres, que se encontram no pólo oposto da suposta nobreza do sangue azul. (Alíás, nunca entendi como se pode associar classismo e elitismo à cor-símbolo do mar, do alto vôo sobre horizontes esperançosos).

Venham comigo a um rincão de Andaluzia, ao extremo sul da Espanha, mais próximo da África do que do coração da velha Europa, para conhecer uma organização de Economia Alternativa e Solídária, denominada Ideas. O que o ela tem de especial? Comecemos pelo que diz sua página web:

?Ideas (Iniciativas de Economia Alternativa e Solídária) é uma Organização de Comércio Justo, cuja missão consiste em transformar o plano econômico e social, com o fim de construir um mundo mais justo e sustentável, desenvolvendo iniciativas de Comércio Justo, Economia Solidária e Consumo Responsável, tanto no âmbito local quanto internacional. Todas as ações da organização fundamentam-se em princípios de igualdade, participação e solidariedade?.

Belas palavras... Mas o papel é paciente, e entre a missão declarada de tantas organizações e a prática há uma pequena fratura, ou um abismo. O que existe de fato de alternativo e transformador na organização? Vejamos.
Quando os "donos" renunciam a sua propriedade

Quantas empresas existem no mundo, nas quais a gestão econômica não obedece a lógica de maximizar lucros? São denominadas empresas de Economia Solídária. Os lucros eventualmente obtidos não são repartidos entre acionistas e sócios ? mas utilizados para ampliar as ações em curso. Os "donos" renunciam também à propriedade. Ao deixarem a empresa, oferecem ao coletivo sua "parte" no capital. Existem empresas assim, e não são poucas. Ideas é uma de muitas...

Quantas empresas dedicam-se a atividades que vão contra a lógica de mercado, deixando de se apoiar na competitividade, na lei do mais forte ou na lógica de oferta e procura do comércio tradicional? Essas também existem. E crescem cada vez mais, seja pelo ?esgotamento do modelo globalizador excludente?, por suposta responsabilidade social ou pelo verdadeiro compromisso. Ideas é uma dessas.

Em quantas empresas comerciais as compras e vendas são baseadas em outras lógicas, que não as do mercado? Recusa-se o poder do comprador sobre o provedor, mais débil. Rompe-se a lógica de desigualdade e se desenvolvem, em vez dela, relações de cooperação e práticas de comércio justo, a serviço do empoderamento dos pequenos produtores marginalizados. São as Organizações de Comércio Justo. Ideas, mais uma vez, está neste grupo, credenciada pela Associação Internacional de Comércio Justo (IFAT).

Quantas empresas comerciais investem energia e recursos na reivindicação, campanhas, sensibilização, incidência política e educação de consumidores, jovens e cidadãos em geral? Neste caso, são poucas ? Ideas solitárias.
Almoxarife e diretor: mesmo empenho, igual salário

Em quantas empresas pratica-se a horizontalidade salarial? Os trabalhadores com formação acadêmica ou experiência em setores valorizados no mercado recebem salário igual ao daqueles que não tiveram a mesma sorte. Acredita-se que o encarregado do armazém emprega o mesmo esforço e empenho de um diretor. Ainda não há muitas empresas assim, mas posso assegurar que Ideas é uma delas.

Quantas empresas conhecemos onde o número de mulheres em cargos diretivos é igual ou proporcional ao número de homens? Em Ideas, nunca houve um debate sobre a denominada ?questão de gênero?: há a prática natural diária de respeito e igualdade.

E, por fim, em quantas empresas a revolução se faz de segunda-feira a sábado? Os sócios e trabalhadores expressam o protesto contra a globalização econômica, a guerra e tantas misérias mais. Possuem militância construtiva no tecido social, contribuindo, com ativistas e consumidores, na formulação de alternativas sociais, econômicas e ecológicas. Ideas que, de outra forma, estariam em perigo de extinção.

Em perigo de extinção? Depois de vinte anos, estas boas e nobres Ideas ? idéias rebeldes, insubmissas e transformadoras ? sobrevivem, resistem e constróem. Gozam de muito boa saúde...

Tradução: Carolina Gutierrez
carol@diplo.org.br

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Documentário "The Corporation" disponível na Web

Todos os militantes dos movimentos sociais e de proteção da coletividade devem analisar e estudar o documentário "A Corporação" para conhecerem os truques dos capitalistas.


Documentário "The Corporation"

Primeira parte: http://www.guba.com/watch/3000084218

Segunda parte: http://www.guba.com/watch/3000084247

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Noam Chomsky fala das corporações

Texto original: http://www.2001video.com.br/email/especial/corporation2.htm

Origem, evolução e prognóstico das corporações

Noam Chomsky diz que as corporações são pessoas sem valores morais que visam somente os interesses de seus acionistas. Seguindo essa afirmação, quem deve ser a consciência dessas empresas: a opinião pública ou o Estado? Por quê?

Eu colocaria a palavra ?pessoas? entre aspas em relação ao estado legal das grandes corporações nesse contexto. O ponto de vista de Noam é claro. As corporações não podem ter uma consciência. Essas entidades não são humanas e suas prioridades são ditadas pela lei. Milton Friedman sugere que os valores morais das corporações devem vir dos indivíduos das companhias, mas as pessoas são, geralmente, confrontadas por escolhas conflitantes quando executam seus papéis na estrutura das grandes empresas. Sam Gibara, da Goodyear, descreve como o seu papel na corporação excede o seu próprio sistema de valores ? e faz piada de como é bem pago para fazer isso.

A opinião pública expressará preocupação moral quando for motivada e isso é uma resposta apropriada, dado os abusos ultrajantes de pessoas, animais e da natureza por parte de algumas corporações. Mas a forma mais democrática de controle é através do Estado ? até onde ele puder ser descrito como democrático. Por fim, somos confrontados com a tentativa de controlar uma instituição não democrática via meios democráticos. O problema está tanto na essência da estrutura corporativa ? que copia o fascismo ? quanto no Estado que é suscetível à corrupção e a outras influências não democráticas.

Como o senhor vê o enfraquecimento do Estado perante as corporações? Não é paradoxal falarmos em retomada de controle do governo diante da atual tendência de privatizações?

Apesar de parecer paradoxal, não precisa continuar assim, a não ser que desistamos da democracia. O Estado é a única instituição cujo poder legal excede o das corporações. É uma questão de eleger pessoas e partidos que exercerão o poder para o benefício da população geral, e não de acionistas de grandes empresas.

Tirania contradiz, teoricamente, o espírito democrático. No entanto, quando pensamos nos abusos cometidos pelas corporações, cujos interesses estão acima do bem público, não podemos ver nesse poder quase ilimitado a falência do modelo democrático neoliberal?

Sim, apesar de não acreditar que o modelo neoliberal tenha tido um balanço positivo. Em sua aplicação internacional, a frase ?democracia neoliberal? soa contraditória. Esse termo é usado para uma aplicação estadunidense, o que incorpora, a meu ver, valores liberais. Em todo o caso, eu acrescentaria que tirania contradiz o espírito democrático de fato, não só teoricamente.

Os interesses de uma corporação só dizem respeito ao Estado enquanto esse possibilita ou inibe a geração de grandes lucros para aquela empresa. Democracia é, geralmente, um obstáculo à geração de lucro e as corporações procurarão contornar, acordar com ou destruir qualquer obstáculo ao lucro. O fato de que os ?Estados democráticos? tenham apoiado a expansão do poder das grandes corporações deveria nos levar a questionar a natureza do que consideramos Estados democráticos.

Como o cidadão comum poderá se salvaguardar das ?externalidades negativas? quando o maior meio de informação, a televisão, faz parte desses jogos de interesses?

Educação. Alfabetização midiática o mais cedo possível. Internet. Mídia independente. Autodefesa intelectual. Chomsky foi questionado, no filme Manufactoring Consent, a respeito de como a mídia pode ser mais democrática. Ele respondeu: ?isto é a mesma coisa que perguntar: como tornar as corporações mais democráticas??. E ele disse: ?a única maneira de fazer isso é se livrando delas?.

Em sua opinião, a que se deve o crescente interesse do público pelo documentário?

As pessoas percebem que há muito mais acontecendo no mundo do que a mídia elitista e mainstream descreve. Elas sabem que há análises que fazem mais sentido e têm mais relevância para suas vidas do que aquelas apresentadas pela mídia. E uma vez que alguém formula uma análise alternativa de forma atrativa, a idéia se espalha. Eu já vi isso acontecer duas vezes, primeiro com o filme Manufactoring Consent: Noam Chomsky and the Media e agora com The Corporation. O Canadá é um país com uma forte tradição de documentários e os dois filmes citados foram os maiores sucessos na história do país no gênero documentário. Uma vez ou outra, filmes como o meu, e outras críticas radicais, irão parar na TV comercial se for claro que terão audiência e, principalmente, se forem capazes de gerar dólares. Mas cada vez mais, mídias interessadas no lucro verão possibilidades de ganhos nesses documentários e, assim, eles terão que ser mais criativos para atingir o público. Em contrapartida, o público tem que se esforçar e ver esses filmes, ou simplesmente nada funcionará.

Michael Moore diz que um filme pode mobilizar a sociedade. Você acredita neste poder? Quais foram as reações do público ao The Corporation na América do Norte?

Uma maneira de começar a medir o impacto de um documentário é verificando o tamanho de seu público. Aqui, Michael Moore é um universo à parte. No entanto, The Corporation faturou mais de 4 milhões de dólares de bilheteria nos EUA e Canadá (*). O filme foi visto em cinemas comerciais e por mais de cinco meses em complexos de dez salas em grandes centros. Cinco meses! Isso é um recorde. Um público desse não é composto apenas por anarquistas radicais. Com certeza atingiu muito além!

Mais de 500 mil cópias foram baixadas ilegalmente via Internet. Mais de 100 mil DVDs foram vendidos na América do Norte, mais de 1.500 comprados por instituições educacionais e vários outros DVDs estão sendo usados por professores. Muitas escolas de administração ? provavelmente a maioria ? estão usando o filme também.

Mas, fora os números, eu posso contar algumas reações do público. Eu acabei de voltar da pequena cidade de Essex (Ontário). Ao longo do último ano, um professor incluiu The Corporation na grade curricular dos alunos de 13 anos. O autor do livro e do filme, Joel Bakan, e eu fomos conversar com os alunos e ver como o filme estava sendo usado. O nível de preocupação, compreensão e otimismo, mas também cinismo, dessas crianças foi uma grande surpresa. Nós filmamos tudo e vamos desenvolver um material em vídeo e impresso para outros educadores trabalharem com jovens. Eu recebo cartas de pessoas da área de negócios que abandonaram seus trabalhos em empresas grandes, corruptas e poluentes (essa descrição é deles e não minha) depois de ver The Corporation. A legislação em níveis municipais e estaduais nos EUA tem mudado como resposta ao filme. Leis que retiram das empresas direitos associados ao status de ?pessoa? foram votadas e as pessoas que formulam a legislação citam o filme como inspiração inicial.

Esta carta chegou ontem do México:

?Olá! Eu acabei de ver seu documentário The Corporation e fiquei chocado. Eu sempre suspeitei que todas as grandes empresas eram as verdadeiras mãos por trás do boneco chamado governo. Eu pulei do sofá assim que o filme acabou e vim aqui escrever porque eu não vou deixar o dinheiro governar minha vida. Estou pensando em pegar todo o meu dinheiro e doar para uma comunidade em Tulum que protege as tartarugas, mas além disso eu vou me mudar para lá e lutar contra qualquer um que tentar interferir na vida dessas criaturas. Eu sei que isso não é muito, mas é por mim. Parabéns por me fazer mudar esse egocêntrico modo de vida. Grande abraço daqui do México.?

Sim, documentários podem mudar os indivíduos. E talvez estes possam mudar o mundo. Se essa mudança pode ser rápida o suficiente, é uma outra pergunta.

* Por favor, não confundam ?faturado? com ?lucro?. Lucro é o que sobra depois das despesas serem pagas. Apesar do faturado com a bilheteria eu já estive para falir, mesmo com o The Corporation. Muita gente leva uma parte do lucro antes de mim.

Tradução de Anderson Vitorino

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Viagem a uma empresa utópica

No sul da Espanha, uma companhia que não visa lucro, pratica o comércio justo e paga salários iguais a todos os sócios e funcionários atua há vinte anos ? e está em perfeita saúde econômica

Carola Reintjes -- Le Monde Diplomatique
http://diplo.uol.com.br/2007-10,a1983

A ilha que descobriremos, por meio de um de seus povoados, é a da Economia Alternativa e Solidária. Um dos tesouros guardados a sete chaves ? tesouro privado-intimista ? é um pequeno povoado chamado Ideas. O nome é referência às visões de mundo ? rebeldes, insubmissas, transformadoras ? que se cultivam por lá. Idéias nobres, que se encontram no pólo oposto da suposta nobreza do sangue azul. (Alíás, nunca entendi como se pode associar classismo e elitismo à cor-símbolo do mar, do alto vôo sobre horizontes esperançosos).

Venham comigo a um rincão de Andaluzia, ao extremo sul da Espanha, mais próximo da África do que do coração da velha Europa, para conhecer uma organização de Economia Alternativa e Solídária, denominada Ideas. O que o ela tem de especial? Comecemos pelo que diz sua página web:

?Ideas (Iniciativas de Economia Alternativa e Solídária) é uma Organização de Comércio Justo, cuja missão consiste em transformar o plano econômico e social, com o fim de construir um mundo mais justo e sustentável, desenvolvendo iniciativas de Comércio Justo, Economia Solidária e Consumo Responsável, tanto no âmbito local quanto internacional. Todas as ações da organização fundamentam-se em princípios de igualdade, participação e solidariedade?.

Belas palavras... Mas o papel é paciente, e entre a missão declarada de tantas organizações e a prática há uma pequena fratura, ou um abismo. O que existe de fato de alternativo e transformador na organização? Vejamos.
Quando os "donos" renunciam a sua propriedade

Quantas empresas existem no mundo, nas quais a gestão econômica não obedece a lógica de maximizar lucros? São denominadas empresas de Economia Solídária. Os lucros eventualmente obtidos não são repartidos entre acionistas e sócios ? mas utilizados para ampliar as ações em curso. Os "donos" renunciam também à propriedade. Ao deixarem a empresa, oferecem ao coletivo sua "parte" no capital. Existem empresas assim, e não são poucas. Ideas é uma de muitas...

Quantas empresas dedicam-se a atividades que vão contra a lógica de mercado, deixando de se apoiar na competitividade, na lei do mais forte ou na lógica de oferta e procura do comércio tradicional? Essas também existem. E crescem cada vez mais, seja pelo ?esgotamento do modelo globalizador excludente?, por suposta responsabilidade social ou pelo verdadeiro compromisso. Ideas é uma dessas.

Em quantas empresas comerciais as compras e vendas são baseadas em outras lógicas, que não as do mercado? Recusa-se o poder do comprador sobre o provedor, mais débil. Rompe-se a lógica de desigualdade e se desenvolvem, em vez dela, relações de cooperação e práticas de comércio justo, a serviço do empoderamento dos pequenos produtores marginalizados. São as Organizações de Comércio Justo. Ideas, mais uma vez, está neste grupo, credenciada pela Associação Internacional de Comércio Justo (IFAT).

Quantas empresas comerciais investem energia e recursos na reivindicação, campanhas, sensibilização, incidência política e educação de consumidores, jovens e cidadãos em geral? Neste caso, são poucas ? Ideas solitárias.
Almoxarife e diretor: mesmo empenho, igual salário

Em quantas empresas pratica-se a horizontalidade salarial? Os trabalhadores com formação acadêmica ou experiência em setores valorizados no mercado recebem salário igual ao daqueles que não tiveram a mesma sorte. Acredita-se que o encarregado do armazém emprega o mesmo esforço e empenho de um diretor. Ainda não há muitas empresas assim, mas posso assegurar que Ideas é uma delas.

Quantas empresas conhecemos onde o número de mulheres em cargos diretivos é igual ou proporcional ao número de homens? Em Ideas, nunca houve um debate sobre a denominada ?questão de gênero?: há a prática natural diária de respeito e igualdade.

E, por fim, em quantas empresas a revolução se faz de segunda-feira a sábado? Os sócios e trabalhadores expressam o protesto contra a globalização econômica, a guerra e tantas misérias mais. Possuem militância construtiva no tecido social, contribuindo, com ativistas e consumidores, na formulação de alternativas sociais, econômicas e ecológicas. Ideas que, de outra forma, estariam em perigo de extinção.

Em perigo de extinção? Depois de vinte anos, estas boas e nobres Ideas ? idéias rebeldes, insubmissas e transformadoras ? sobrevivem, resistem e constróem. Gozam de muito boa saúde...

Tradução: Carolina Gutierrez
carol@diplo.org.br

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sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Irã hoje. Venezuela amanhã.
Não há espaço no mundo atual para autoritarismo e totalitarismo.

"O Povo não deve temer o governo, o governo é que deve temer o povo." (V de Vingança -- Filme)

No mundo atual não há espaço para o autoritarismo e nem para o fundamentalismo. Os últimos regimes de opressão política estão sendo sufocados e isolados: Coréia do Norte, Cuba, Irã, China, etc. Isto porque tais regimes contrariam a natureza humana que necessita de liberdade para viver. O homem é um ser que nasceu para ser livre e não para ser escravo.

A trilha do autoritarismo, assim como a trilha do totalitarismo (mil vezes pior), foram seguidos por inúmeras nações e todas elas chegaram no mesmo ponto: a queda do regime.

Isto porque um regime autoritário e o totalitário carregam consigo o germe de auto-destruição. Mais cedo ou mais tarde, nesta geração ou na próxima, daqui a 10, 100 ou 1000 anos o germe de autodestruição é ativado e o regime desmorona. Por que isso acontece ? Acontece por uma razão simples: o autoritarismo e o totalitarismo tiram dos homens a individualidade, a liberdade, a iniciativa, a capacidade de pensar, criar e ser feliz. E sem esses elementos o homem não se desenvolve e não evolui. Quando os indivíduos, dentro do sistema autoritário ou totalitário, percebem isto, o germe é ativado e o regime cai. Cai porque o autoritarismo ou totalitarismo são sistemas. E são os homens que criam os sistemas e não os sistemas que criam os homens.

Portanto, um sistema autoritário ou totalitário está fadado ao fracasso e à destruição. Contudo, enquanto sobrevive causa grande mal e sofrimento aos seres humanos.

Irã e Venezuela caminham, inegavelmente, para o mesmo fim: a destruição do regime de opressão. No Irã os aiatolás, com seu fundamentalismo religioso, sangram a sociedade dia após dia. Na Venezuela os ferros do carrasco e os grilhões ainda estão sendo forjados e construídos. O Povo venezuelano ainda está vendendo e abrindo mão de sua liberdade. Quando se derem conta do que fizeram, será tarde demais, pois os ferros do carrasco e os grilhões estarão terminados e prontos para serem usados naqueles que contestarem o regime.

O discurso de V, no filme V de vingança, pode ser aplicado ao Povo da Venezuela. Basta substituir o terror forjado pelo governo pela pobreza que assola o país. O Povo da Venezuela abre mão de sua liberdade em troca de uma grande mentira chamada socialismo do séc. XXI. Buscam um sonho, mas encontrarão o pesadelo do autoritarismo no fim do túnel.

Os discursos são mentirosos. As ações mostram a realidade e indicam o futuro. A pobreza está servindo, como sempre serviu, como uma boa justificativa para instauração de um regime autoritário ou totalitário.

Diz V:

"Boa noite, Londres. Primeiro, quero pedir desculpas por utilizar esse canal de emergência. Como muitos de vocês, eu também aprecio os confortos da rotina diária, a segurança do que é familiar, a tranqüilidade do repetitivo. Gosto disso, como qualquer um.

No intuito de comemorar eventos importantes do passado, geralmente associados à morte de alguém ou o fim de alguma horrível luta sangrenta, vocês celebram um feriado legal.

Achei que podíamos marcar esse dia 5 de novembro, um dia que certamente não é mais lembrado, tirando um dia das nossas vidas diárias para sentar e bater um papinho.

Claro que há alguns que não querem que falemos. Neste momento estão gritando ordens nos telefones e homens armados estão a caminho. Por que ?

Porque enquanto o cassetete é usado no lugar da conversa as palavras sempre manterão seu poder. As palavras expressam um significado e são para aqueles que aceitam ouvir a revelação da verdade. E a verdade é que há algo terrivelmente errado com este país, não é ?

Crueldade e injustiça, intolerância e opressão. Enquanto que antes vocês tinham a liberdade de objetar, de pensar e falar o que quisessem, hoje têm a censura e sistemas de vigilância coagindo vocês a conformidade e a submissão.

Como isso aconteceu ? De quem é a culpa ? Certamente uns são mais culpados que outros, mas serão responsabilizados. Mas o certo é que se quiserem achar o culpado, basta olharem no espelho.

Sei porque fizeram isso. Sei que estavam com medo. Quem não estaria ? Guerras, terror, doenças. Milhões de problemas conspiraram para corromper sua razão e roubar seu sentido comum. O medo os dominou. E em seu pânico, recorreram ao Alto Chanceler. Ele lhes prometeu ordem e paz. E a única coisa que pediu em troca foi seu consentimento calado e obediente.

Ontem à noite, busquei acabar com esse silêncio. Ontem à noite destruí o velho Barley (Edifício da Justiça) para lembrar este país o que está esquecido.

Mais de 400 anos atrás um grande cidadão quis incrustar o dia 5 de novembro para sempre em nossa memória. Sua esperança era lembrar ao mundo que retidão, justiça e liberdade não são meras palavras. Elas são perspectivas. (...)".

Enfim, talvez em um futuro próximo V de Vingança seja uma grande inspiração para a resistência democrática na Venezuela.

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A união Irã + Venezuela não é apenas perigosa, é perigosíssima, pois se o Irã conseguir obter armas atômicas, certamente, essas armas chegarão à Venezuela.

O Irã não consegue atingir cidades americanas de sua posição, somente Israel... Mas mísseis nucleares na Venezuela conseguirão atingir o território norte-americano.

Portanto, o caminho mais seguro será cortar estes regimes autoritários pelo meio, pois eles colocam em risco a paz e a segurança internacional.
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Irã Hoje. Venezuela amanhã...

Sanções dos EUA podem afetar 300 empresas

Entre elas está a Petrobrás, que pode perder investimentos americanos

Estadão Online -- Patrícia Campos Mello -- WASHINGTON
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20071026/not_imp70922,0.php


No mundo, cerca de 300 empresas de capital aberto, como a Petrobrás, mantêm negócios com o Irã e podem ser afetadas, ainda que indiretamente, pelas sanções anunciadas ontem pelo governo dos EUA contra Teerã. A informação é do grupo DivestTerror (algo como "desinvista do terror"), grupo que prega o boicote a investimentos em países considerados "patrocinadores de terrorismo" pelo Departamento de Estado - Irã, Síria, Coréia do Norte e Sudão.

"As empresas precisam escolher. Ou fazem negócio com os Estados Unidos ou com o Irã", disse ao Estado Christopher Holton, diretor do DivestTerror. "Essas novas sanções são muito bem-vindas, esperamos que o governo americano seja realmente rígido na aplicação das medidas."

Ontem, o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, divulgou uma lista de 18 empresas iranianas proibidas de manter negócios com os Estados Unidos, entre elas os grandes bancos estatais iranianos Melli, Mellat e Saderat. Todas as empresas americanas estão proibidas de manter negócios com o Irã e os bens das companhias iranianas relacionadas pelo Tesouro nos EUA serão congelados.

Atualmente, segundo pesquisa do instituto conservador American Enterprise Institute, são pouquíssimas as empresas com sede em solo americano que ainda mantêm ligação direta com o Irã. Neste ano, só a Pepsi e a Coca-Cola fizeram negócios diretos com o país. A Halliburton - onde o vice-presidente americano, Dick Cheney, trabalhou - só parou este ano de fazer negócios com o Irã.

A Casa Branca não pode forçar empresas de outros países a deixar de negociar com o Irã, mas espera que companhias européias e latino-americanas gradualmente cortem seus negócios com o país, por medo de retaliações. Isso já vem ocorrendo com vários bancos europeus, entre eles o Deutsche Bank, que se retiraram do mercado iraniano.

"Bancos e empresas responsáveis ao redor do mundo" não devem ter relacionamento com essas entidades ligadas ao governo iraniano, disse ontem o secretário do Tesouro americano. "Muitos bancos no mundo decidiram que manter negociações com o Irã simplesmente não vale a pena. Instituições de boa reputação não querem ser os banqueiros desse regime perigoso", declarou Paulson

O DivestTerror divulga uma lista das empresas que mantêm o maior volume de negócios com os iranianos e prega boicote contra elas - são as "12 empresas sujas", entre elas Alcatel, BNP Paribas, ENI, Hyundai e Siemens. O DivestTerror conclama investidores a não aplicar seu dinheiro em fundos que investem em empresas presentes no Irã.

Uma lei tramitando na Câmara dos EUA prevê penalidades para empresas estrangeiras de energia que mantenham negócios com o Irã. Essa lei, se aprovada, vai atingir em cheio a Petrobrás.

A Petrobrás é a única empresa brasileira citada na pesquisa do American Enterprise Institute. Alguns Estados americanos, como Califórnia e Flórida, já promulgaram leis que proíbem seus fundos de pensão de investir em empresas que negociam com países considerados terroristas - e os Estados devem se desfazer de investimentos na Petrobrás.