terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Ouriço Raposa e Hiena

No Livro do Professor Celso Lafer, "A Reconstrução dos Direitos Humanos" há uma passagem interessante sobre o Ouriço e a Raposa. Diz o seguinte:

"Muitas coisas sabe a raposa; mas o ouriço uma grande", é um verso do poeta grego Arquíloco, a partir do qual Isaiah Berlin propôs um critério para classificar escritores e pensadores, diferenciando-os a partir de certos traços definidores de suas obras. Existem, observa ele, os que relacionam tudo a uma visão unitária e coerente, que funciona como um princípio organizador básico do que pensam e percebem. São os ouriços, que assim articulam uma perspectiva centrípeta e monista da realidade.

Outros, ao contrário, se interessam por várias coisas, perseguem vários fins e objetivos - por vezes não-relacionados ou até mesmo contraditório - cuja interconexão não é nem óbvia nem explícita. São as raposas, que dessa maneira exprimem uma perspectiva centrífuga e pluralista da realidade. Dante, por exemplo, é centrípeto; Shakespeare é centrífugo. Platão, Hegel e Marx, por serem mais centrípetos, são mais ouriços do que Aristóteles, Montesquieu, Tocqueville ou Max Weber, que por força de uma visão mais centrífuga da realidade podem ser qualificados como raposas. (p.13)."

Com base na idéia do Grego Arquíloco (está escrito Arquíloco e não Ai que Louco), citada pelo Professor Celso Lafer, resolvi mirar a USP. E descobri que o que mais tem na USP não são nem Raposas e nem Ouriços, mas sim Hienas. Isso mesmo, Hienas !!! A raposa sabe muitas coisas. O ouriço sabe uma coisa grande. Já as Hienas não sabem muitas, nem sabe uma coisa grande, mas dão risada de tudo.

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