segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

O sacrifício da liberdade pela igualdade
O sacrifício da liberdade pela igualdade não vale a pena. Não vale a pena porque sacrificar a liberdade significa sacrificar a consciência. E a igualdade, entendida como condição, é uma coisa fora do organismo humano. A liberdade integra a essência do humano, a igualdade não.

Mais do que isto, ambos, liberdade e igualdade, são criações da consciência. Contudo, a liberdade é a forma da consciência se expressar e respirar. Liberdade é o Poder do indivíduo de agir de acordo com a sua própria consciência, ou então, é o poder do indivíduo de executar as ordens da própria consciência. Logo, ela está ligada à essência. Quando colocamos a igualdade em cima da liberdade, a consciência para de se expressar e respirar.

A implantação da uniformidade, imposta pela igualdade, mata a liberdade e faz a consciência murchar. Murcha porque cada consciência é unica, é diferente, é desigual. Isto é natural. As coisas devem ser assim. Impôr uma uniformidade de cima para baixo atinge esta essência e a vida torna-se um fardo, um inferno.

A igualdade, entendida como uniformidade de características humanas, não deve ser buscada. Devemos buscar a redução das desigualdades sociais. Mas a igualdade entre os homens como seres humanos é uma aberração. Não existe humanos puros, raça pura, sangue azul. E se não existe, impôr isto na sociedade é ir diretamente contra a essência do humano que é diferente por natureza.

É trazer algo de fora (uma máscara de ferro) e colocá-la na cabeça. É isto que a igualdade, entendida como igualdade social, faz com a liberdade. Quando imposta, a igualdade é uma máscara de ferro colocada sobre a liberdade. Contudo, o corpo não suporta uma máscara de ferro por muito tempo, assim como a liberdade.

A liberdade não pode, também, correr livremente por aí. É preciso limitá-la ,em alguns aspectos, para que a vida em sociedade seja possível e harmoniosa. A igualdade entre humanos (características) não é desejável e nem deve ser almejada. Somos diferentes por natureza. Contudo, as desigualdades sociais devem ser reduzidas ao mínimo possível. Desigualdades sociais são condições e não características humanas.

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