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Executivo comprou área que seria desmatada |
Johan Eliasch, 43 anos, vive na Grã-Bretanha, onde é presidente da empresa de equipamento esportivo Head. Ele também é vice-tesoureiro do Partido Conservador britânico.
Em entrevista à BBC, Eliasch não revelou quanto pagou pelo terreno de 1.618 quilômetros quadrados, localizado ao norte do rio Madeira. Mas, de acordo com o jornal britânico The Sunday Times, a área - maior do que a cidade de Londres - vale cerca de US$ 8 milhões (R$ 17 milhões).
"É um pedaço de terra com muitas árvores. Como eu gosto de árvores, fiz parar todo o desmatamento e quando me perguntam o que vou fazer com a terra a resposta é simples: nada", disse.
"A Amazônia é o pulmão do mundo", disse à BBC. "Ela fornece 20% do oxigênio do mundo e 30% da água limpa".
Exemplo
Eliasch está tentando convencer outros milionários a seguir seu caminho.
"Há uma relação direta entre o aumento dos furacões no golfo do México e a devastação da floresta Amazônica", disse.
"Conversei com um executivo de uma das maiores seguradoras do mundo e ele me contou que o setor perde US$ 150 bilhões por ano com os furacões", disse. "Então, se seguradoras comprassem pedaços da Amazônia, o retorno seria rápido pelo impacto que isso teria na incidência de furacões, como o Katrina".
Eliasch negou que esteja praticando o que vem sendo chamado de "colonialismo verde", quando executivos ricos de países desenvolvidos compram áreas de países pobres para garantir sua preservação.
"É o contrário de colonialismo. Você está comprando algo para garantir que uma coisa muito, muito valiosa não será destruída."
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