Estadão Online - EFE - 18 de fevereiro de 2006 - 10:55
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Nova Délhi - Um ministro regional do estado indiano de Uttar Pradesh, no norte do país, ofereceu hoje uma recompensa de 510 milhões de rúpias (mais de US$ 11 milhões) e seu peso em ouro a quem decapitar o desenhista das charges "blasfemas" do profeta Maomé. O ministro do Bem-estar das Minorias, o muçulmano Haji Yaqoob Qureshi, fez esta declaração em reunião pública realizada hoje na cidade de Meerut, em Uttar Pradesh, em protesto pelas charges publicadas no jornal dinamarquês "Jyllands-Posten".
"Qualquer pessoa que corte a cabeça do chargista da Dinamarca que se atreveu a fazer uma caricatura de Maomé e a traga, será recompensado com 510 milhões de rúpias em dinheiro e o equivalente a seu peso em ouro", afirmou Qureshi.
Durante o ato os manifestantes queimaram uma escultura com a imagem do chargista e exigiram que a Índia corte suas relações diplomáticas com a Dinamarca.
Vários grupos políticos do estado pediram a demissão do ministro, reivindicaram que se tomem medidas legais por incitar as massas ao assassinato e solicitaram explicações ao chefe do governo regional, Mulayam Singh Yadav.
No entanto, o secretário de Uttar Pradesh, Alok Sinha, indicou que não perseguirá legalmente Qureshi já que, segundo ele, o anúncio se refere a uma pessoa de um país muito distante e em uma democracia estas questões não podem ser qualificadas como uma violação da lei.
Ontem, um clérigo paquistanês também ofereceu uma recompensa de até US$ 41 mil e um carro novo pela cabeça do desenhista.
O clérigo islâmico Mohammed Yousaf Qureshi, anunciou durante o sermão de sexta-feira que "quem matar o chargista receberá como recompensa 1 milhão de rúpias da associação do mercado de joalheiros, 1 milhão de rúpias da mesquita Mohabat Khan e 500 mil rúpias e um carro da Jamia Ashtrafia (instituição educativa dirigida por Yousaf Qureshi)".
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