Manifestante participa de protesto contra posição de Google na China |
O maior site de buscas do mundo entregou a recusa em um tribunal, em resposta à exigência oficial do governo americano.
No documento, recheado de palavras fortes, a empresa afirma que o pedido violaria a privacidade de seus usuários e revelaria segredos comerciais a seus rivais.
A direção do Google também argumenta que entregar os registros e dados exigidos pelo governo seria impraticável e não iria trazer os resultados esperados pelo governo.
Pedido
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos fez o pedido de entrega de uma semana de registros de buscas em janeiro. Pedidos semelhantes foram feitos à Microsoft, ao Yahoo e para a AOL.
Desde o início, o Google resistiu e a resposta entregue ao tribunal critica o próprio pedido de uma lista com as palavras mais usadas em buscas durante uma semana típica.
Com o pedido, o Departamento de Justiça queria subsídios para mostrar que a regulamentação voluntária não é suficiente para manter as crianças protegidas de conteúdos como pornografia na internet.
O documento registrado pelo Google afirma que a direção da empresa não acredita no argumento de que uma lista de palavras usadas em buscas possa ajudar a entender o comportamento dos usuários da internet.
Críticas
"Afirmar isto demonstra tanta desinformação, como falta de bom senso," diz o documento do Google.
Ainda segundo o documento, os engenheiros do Google também demorariam mais de uma semana trabalhando para compilar a lista.
E acrescenta: "Os usuários acreditam que quando entram no site e digitam palavras para busca que vamos manter sua privacidade, a não ser que sejamos obrigados a revelar o conteúdo".
A União de Liberdades Civis americanas também registrou um documento apoiando a posição do Google e afirmando que "este é o mais recente exemplo de que o governo acredita que pode exigir que entidades privadas entreguem todo o tipo de informações sobre os seus clientes, só porque o governo diz que precisa destas informações".
Um tribunal vai decidir a questão no dia 13 de março.
Apesar da posição dura adotada nos Estados Unidos, o Google aceitou restringir suas buscas na China por exigência do governo e a empresa foi duramente criticada em todo o mundo.
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