sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Faculdades de Medicina

Precisamos de mais alunos, muito mais, das classes populares nas Faculdades de Medicina do Brasil, pois são esses alunos que ocuparão as vagas nos hospitais públicos e em municípios distantes. Essas vagas não são preenchidas por estudantes de classe média alta dos grandes centros urbanos.

Os alunos das classes altas raramente ocupam vagas em hospitais públicos próximo aos locais onde moram. Geralmente, abrem os próprios consultórios e se especializam em áreas de alta rentabilidade e de pouco interesse p/ a população em geral: cirurgia plástica, etc.

Os alunos das classes altas só trabalham nos hospitais públicos na época da residência médica. Passou esse período, não querem nem saber mais de ocupar vagas nessas instituições.

Já os alunos das classes populares tem uma visão diferente das coisas. Geralmente vivem nas periferias e conhecem a realidade social do segmento a que pertencem. São eles que se tornam clínicos gerais e outras especialidades de interesses da população em geral. E acabam ocupando as vagas nos hospitais públicos e em locais distantes.

Os hospitais públicos estão cada vez pior e sem médicos em diversas regiões do Brasil. Isso é um reflexo direto do ensino público. Nas melhores e grandes faculdades de medicina do país é a classe média-alta que predomina.

Além disso, o governo poderia usar o pagamento de bolsas estudantis p/ obter médicos, dentistas, etc p/ os hospitais públicos e postos de saúde. Para isso basta atrelar o pagamento dessas bolsas, após a formação dos alunos, ao trabalho nos hospitais públicos e postos de saúde. Trabalho que pode durar pelo tempo de pagamento da bolsa recebida pelo aluno.

O ponto interessante disso é que o aluno que recebeu tal bolsa já sairá da faculdade empregado no serviço público, pelo tempo que durar o pagamento da bolsa. Depois desse tempo será necessário prestar concurso público.

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