domingo, 31 de maio de 2009

Truques da polícia
Outro problema das drogas, raramente abordado, é o uso, pelos policiais corruptos, de viciados em drogas, ou narcotraficantes, para fazer serviço sujo ou praticar crimes que eles não ousam fazer ou precisam fazer para livrar suas caras...

Certamente, o pagamento feito pelos policiais corruptos é o fornecimento de drogas para esses indivíduos ou vista grossa para aquilo que eles fazem...

Inclusive, é válido observar que a maior parte da droga apreendida pela polícia retorna para as ruas, ou seja, os policiais tomam o carregamento dos bandidos e repassam para os traficantes que dominam e com os quais possuem negócio.

Certamente, não estou falando das apreensões que chegam nas delegacias, pois a maioria das drogas apreendidas não constam das estatíticas oficiais, pois não existe nenhuma apreensão oficial... A única prova dos fatos são aqueles que perderam o carregamento e que sabem que o mesmo foi levado pelos políciais corruptos para ser revendido em outro lugar...

Enfim, tudo isso é consequência do mercado da proibição/repressão...

Mais uma vez repito: o fato de eu defender a descriminalização das drogas não significa que eu sou usuário de drogas ou narcotraficante... Defendo a descriminalização pois sei que é a única forma de desmontar esse estrutura diabólica que une drogas, armas e destruição humana... A maioria dos indivíduos que morrem hoje na guerra das drogas, não morrem de overdose, mas sim de tiro... E tiro significa que quem está matando não são as drogas, mas sim a proibição e a repressão...
Truques da polícia
Outro problema das drogas, raramente abordado, é o uso, pelos policiais corruptos, de viciados em drogas, ou narcotraficantes, para fazer serviço sujo ou praticar crimes que eles não ousam fazer ou precisam fazer para livrar suas caras...

Certamente, o pagamento feito pelos policiais corruptos é o fornecimento de drogas para esses indivíduos ou vista grossa para aquilo que eles fazem...

Inclusive, é válido observar que a maior parte da droga apreendida pela polícia retorna para as ruas, ou seja, os policiais tomam o carregamento dos bandidos e repassam para os traficantes que dominam e com os quais possuem negócio.

Certamente, não estou falando das apreensões que chegam nas delegacias, pois a maioria das drogas apreendidas não constam das estatíticas oficiais, pois não existe nenhuma apreensão oficial... A única prova dos fatos são aqueles que perderam o carregamento e que sabem que o mesmo foi levado pelos políciais corruptos para ser revendido em outro lugar...

Enfim, tudo isso é consequência do mercado da proibição/repressão...

Mais uma vez repito: o fato de eu defender a descriminalização das drogas não significa que eu sou usuário de drogas ou narcotraficante... Defendo a descriminalização pois sei que é a única forma de desmontar esse estrutura diabólica que une drogas, armas e destruição humana... A maioria dos indivíduos que morrem hoje na guerra das drogas, não morrem de overdose, mas sim de tiro... E tiro significa que quem está matando não são as drogas, mas sim a proibição e a repressão...
Eichmann na faculdade de direito
Estive, recentemente, em uma Faculdade de Direito. Uma Faculdade que tem obtido bons conceitos na avaliação do MEC. Fui lá consultar a biblioteca e, surpreendentemente, descobri um, e somente um, livro de Hannah Arendt no meio dos milhares de livros técnicos. Pior do que isso, um livro que foi adquirido recentemente e ainda estava novinho em folha, pouco manuseado...

Achei muito interessante esse fato... Uma Faculdade de Direito que desconhece, não lê e não estuda, Hannah Arendt... Não mirei o currículo para ver se existiam matérias que ensinam a pensar, tais como filosofia, sociologia, etc... Porém, a simples ausência de Hannah Arendt na biblioteca da Faculdade é um fato preocupante.

Certamente, os bons conceitos na avaliação do MEC significa que possuem uma boa formação técnica. Porém, formação técnica não é suficiente para um operador da justiça. É suficiente para um operador da lei ou do direito, mas não é suficiente para um operador da justiça.

Inclusive, é válido ressaltar que a Alemanha Nazista era dominada por operadores da lei e do direito, mas faltavam operadores da justiça. A aplicação da lei e do direito, nem sempre, significa realização da justiça. Mais do que isso, algumas vezes a aplicação da lei e do direito significa a realização do mal, o resultado dessa aplicação é um grande mal...

Eichmann, possivelmente eles desconhecem esse personagem histórico, era um excelente técnico, porém uma pessoa banal, uma pessoa vazia, uma pessoa incapaz de pensar... Uma educação puramente técnica é uma educação alienada de humanidade, uma educação que forma pessoas banais, forma Eichmanns...
Eichmann na faculdade de direito
Estive, recentemente, em uma Faculdade de Direito. Uma Faculdade que tem obtido bons conceitos na avaliação do MEC. Fui lá consultar a biblioteca e, surpreendentemente, descobri um, e somente um, livro de Hannah Arendt no meio dos milhares de livros técnicos. Pior do que isso, um livro que foi adquirido recentemente e ainda estava novinho em folha, pouco manuseado...

Achei muito interessante esse fato... Uma Faculdade de Direito que desconhece, não lê e não estuda, Hannah Arendt... Não mirei o currículo para ver se existiam matérias que ensinam a pensar, tais como filosofia, sociologia, etc... Porém, a simples ausência de Hannah Arendt na biblioteca da Faculdade é um fato preocupante.

Certamente, os bons conceitos na avaliação do MEC significa que possuem uma boa formação técnica. Porém, formação técnica não é suficiente para um operador da justiça. É suficiente para um operador da lei ou do direito, mas não é suficiente para um operador da justiça.

Inclusive, é válido ressaltar que a Alemanha Nazista era dominada por operadores da lei e do direito, mas faltavam operadores da justiça. A aplicação da lei e do direito, nem sempre, significa realização da justiça. Mais do que isso, algumas vezes a aplicação da lei e do direito significa a realização do mal, o resultado dessa aplicação é um grande mal...

Eichmann, possivelmente eles desconhecem esse personagem histórico, era um excelente técnico, porém uma pessoa banal, uma pessoa vazia, uma pessoa incapaz de pensar... Uma educação puramente técnica é uma educação alienada de humanidade, uma educação que forma pessoas banais, forma Eichmanns...
Não apenas a inquisição
As ideias contidas no texto abaixo devem ser aplicadas a todas as grandes tragédias humanas e não apenas à inquisição. Sim, precisamos lembrar sempre da tragédia da Alemanha Nazista, da tragédia da União Soviética Comunista, do Pol Pot do Camboja....

É preciso construir uma cultura universal dos Direitos Humanos e relembrar essas tragédias deve fazer parte dessa cultura...

E quando perguntarem o porquê de defendermos os Direitos Humanos, a liberdade de consciência e religião devemos responder: ""Para evitar que tragédias humanas como essas se repitam."

Mais do que isso, precisamos vigiar e ficar atentos às nossas ações e comportamentos para ver se não fomos dominados pela banalidade do mal, ou seja, se não estamos praticando o mal por meio de nossas omissões, indiferenças e hipocrisias.

Além disso, as sábias palavras de Henry Thoreau continuam valendo:

"De fato, nenhum homem tem o dever de se dedicar à erradicação de qualquer mal, mesmo o maior dos males; ele pode muito bem ter outras preocupações que o mobilizem. Mas ele tem no mínimo a obrigação de lavar as mãos frente à questão e, no caso de não mais se ocupar dela, de não dar qualquer apoio prático à injustiça. Se me dedico a outras metas e considerações, preciso ao menos verificar se não estou fazendo isso à custa de alguém em cujos ombros esteja sentado. É preciso que eu saia de cima dele para que ele também possa estar livre para fazer as suas considerações." (Texto completo -http://www.leonildocorrea.adv.br/ini4-6.htm)
Não apenas a inquisição
As ideias contidas no texto abaixo devem ser aplicadas a todas as grandes tragédias humanas e não apenas à inquisição. Sim, precisamos lembrar sempre da tragédia da Alemanha Nazista, da tragédia da União Soviética Comunista, do Pol Pot do Camboja....

É preciso construir uma cultura universal dos Direitos Humanos e relembrar essas tragédias deve fazer parte dessa cultura...

E quando perguntarem o porquê de defendermos os Direitos Humanos, a liberdade de consciência e religião devemos responder: ""Para evitar que tragédias humanas como essas se repitam."

Mais do que isso, precisamos vigiar e ficar atentos às nossas ações e comportamentos para ver se não fomos dominados pela banalidade do mal, ou seja, se não estamos praticando o mal por meio de nossas omissões, indiferenças e hipocrisias.

Além disso, as sábias palavras de Henry Thoreau continuam valendo:

"De fato, nenhum homem tem o dever de se dedicar à erradicação de qualquer mal, mesmo o maior dos males; ele pode muito bem ter outras preocupações que o mobilizem. Mas ele tem no mínimo a obrigação de lavar as mãos frente à questão e, no caso de não mais se ocupar dela, de não dar qualquer apoio prático à injustiça. Se me dedico a outras metas e considerações, preciso ao menos verificar se não estou fazendo isso à custa de alguém em cujos ombros esteja sentado. É preciso que eu saia de cima dele para que ele também possa estar livre para fazer as suas considerações." (Texto completo -http://www.leonildocorrea.adv.br/ini4-6.htm)
Cinzas da Inquisição
Affonso Sant’anna
Até agora fingíamos que a Inquisição era um episódio da história européia, que tendo durado do século XII ao século XIX, nada tinha a ver com o Brasil. No máximo, se prestássemos muita atenção, íamos ouvir falar de um certo Antônio José — o Judeu, um português de origem brasileira, que foi queimado porque andou escrevendo umas peças de teatro.

Mas não dá mais para escamotear. Acabou de se realizar um congresso que começou em Lisboa, continuou em São Paulo e Rio, reavaliando a Inquisição. O ideal seria que esse congresso tivesse se desdobrado por todas as capitais do país, por todas as cidades, que tivesse merecido mais atenção da televisão e tivesse sacudido a consciência dos brasileiros do Oiapoque ao Chuí, mostrando àqueles que não podem ler jornais nem freqüentar as discussões universitárias o que foi um dos períodos mais tenebrosos da história do Ocidente. Mas mostrar isso, não por prazer sadomasoquista, e sim para reforçar os ideais de dignidade humana e melhorar a debilitada consciência histórica nacional.

Calar a história da Inquisição, como ainda querem alguns, em nada ajuda a história das instituições e países. Ao contrário, isto pode ser ainda um resquício inquisitorial. E no caso brasileiro essa reavaliação é inestimável, porque somos uma cultura que finge viver fora da história.

Por outro lado, estamos vivendo um momento privilegiado em termos de reconstrução da consciência histórica. Se neste ano (1987) foi possível passar a limpo a Inquisição, no ano que vem será necessário refazer a história do negro em nosso país, a propósito dos cem anos da libertação dos escravos. E no ano seguinte, 1989, deveríamos nos concentrar para rever a ‘república’decretada por Deodoro. Os próximos dois anos poderiam se converter em um imenso período de pesquisas, discussões e mapeamento de nossa silenciosa história. Universidades, fundações de pesquisa e os meios de comunicação deveriam se preparar para participar desse projeto arqueológico, convocando a todos: ‘Libertem de novo os escravos’, ‘proclamem de novo a República’.

Fazer história é fazer falar o passado e o presente criando ecos para o futuro.

História é o anti-silêncio. É o ruído emergente das lutas, angústias, sonhos, frustrações. Para o pesquisador, o silêncio da história oficial é um silêncio ensurdecedor. Quando penetra nos arquivos da consciência nacional, os dados e os feitos berram, clamam, gritam, sangram pelas prateleiras.

Engana-se, portanto, quem julga que os arquivos são lugares apenas de poeira e mofo. Ali está pulsando algo. Como num vulcão aparentemente adormecido, ali algo quer emergir. E emerge. Cedo ou tarde. Não se destrói totalmente qualquer documentação. Sempre vai sobrar um herege que não foi queimado, um judeu que escapou ao campo de concentração, um dissidente que sobreviveu aos trabalhos forçados na Sibéria. De nada adiantou aquele imperador chinês ter queimado todos os livros e ter decretado que a história começasse com ele.

A história começa com cada um de nós, apesar dos reis e das inquisições.

(SANT’ANNA, Affonso, R. de. A raiz quadrada do absurdo. Rio de Janeiro, Rocco, 1989. p. 196-8.)
Cinzas da Inquisição
Affonso Sant’anna
Até agora fingíamos que a Inquisição era um episódio da história européia, que tendo durado do século XII ao século XIX, nada tinha a ver com o Brasil. No máximo, se prestássemos muita atenção, íamos ouvir falar de um certo Antônio José — o Judeu, um português de origem brasileira, que foi queimado porque andou escrevendo umas peças de teatro.

Mas não dá mais para escamotear. Acabou de se realizar um congresso que começou em Lisboa, continuou em São Paulo e Rio, reavaliando a Inquisição. O ideal seria que esse congresso tivesse se desdobrado por todas as capitais do país, por todas as cidades, que tivesse merecido mais atenção da televisão e tivesse sacudido a consciência dos brasileiros do Oiapoque ao Chuí, mostrando àqueles que não podem ler jornais nem freqüentar as discussões universitárias o que foi um dos períodos mais tenebrosos da história do Ocidente. Mas mostrar isso, não por prazer sadomasoquista, e sim para reforçar os ideais de dignidade humana e melhorar a debilitada consciência histórica nacional.

Calar a história da Inquisição, como ainda querem alguns, em nada ajuda a história das instituições e países. Ao contrário, isto pode ser ainda um resquício inquisitorial. E no caso brasileiro essa reavaliação é inestimável, porque somos uma cultura que finge viver fora da história.

Por outro lado, estamos vivendo um momento privilegiado em termos de reconstrução da consciência histórica. Se neste ano (1987) foi possível passar a limpo a Inquisição, no ano que vem será necessário refazer a história do negro em nosso país, a propósito dos cem anos da libertação dos escravos. E no ano seguinte, 1989, deveríamos nos concentrar para rever a ‘república’decretada por Deodoro. Os próximos dois anos poderiam se converter em um imenso período de pesquisas, discussões e mapeamento de nossa silenciosa história. Universidades, fundações de pesquisa e os meios de comunicação deveriam se preparar para participar desse projeto arqueológico, convocando a todos: ‘Libertem de novo os escravos’, ‘proclamem de novo a República’.

Fazer história é fazer falar o passado e o presente criando ecos para o futuro.

História é o anti-silêncio. É o ruído emergente das lutas, angústias, sonhos, frustrações. Para o pesquisador, o silêncio da história oficial é um silêncio ensurdecedor. Quando penetra nos arquivos da consciência nacional, os dados e os feitos berram, clamam, gritam, sangram pelas prateleiras.

Engana-se, portanto, quem julga que os arquivos são lugares apenas de poeira e mofo. Ali está pulsando algo. Como num vulcão aparentemente adormecido, ali algo quer emergir. E emerge. Cedo ou tarde. Não se destrói totalmente qualquer documentação. Sempre vai sobrar um herege que não foi queimado, um judeu que escapou ao campo de concentração, um dissidente que sobreviveu aos trabalhos forçados na Sibéria. De nada adiantou aquele imperador chinês ter queimado todos os livros e ter decretado que a história começasse com ele.

A história começa com cada um de nós, apesar dos reis e das inquisições.

(SANT’ANNA, Affonso, R. de. A raiz quadrada do absurdo. Rio de Janeiro, Rocco, 1989. p. 196-8.)
Faça chá. Não guerras !!!
E acreditam nas flores vencendo canhão...


Faça chá. Não guerras !!!
E acreditam nas flores vencendo canhão...


sexta-feira, 29 de maio de 2009

Roda Viva - Entrevista - Amit Goswami



Roda Viva - Entrevista - Amit Goswami



Reflexões reflexivas - Física Teórica
Notebook só é completo se tiver um mouse. Touchpad é irritante demais...

É interessante observar que o choque entre matéria e anti-matéria resulta em energia. Isso mostra que o elemento fundamental do universo não é a matéria e nem a anti-matéria, mas sim a energia... Tudo é feito de energia.

Também penso que: partícula não existe. Repito: partícula não existe. Só existe energia que pode estar condensada em matéria ou anti-matéria, ou pode estar livre. Se estiver condensada se comporta como partícula, estando livre se comporta como onda. Logo, comportamento onda-partícula é o comportamento normal da energia... Entendeu ??? Agora só falta escrever isso matematicamente...

Vou olhar melhor a Teoria de Cordas... "De acordo com esta teoria das cordas, os componentes elementares do universo não são partículas puntiformes (formato de ponto). Em vez disso, são mínimos filamentos unidimensionais, como elásticos infinitamente finos, que vibram sem cessar."

"A teoria das cordas proporciona uma mudança profunda e renovadora na nossa maneira de sondar teoricamente as propriedades ultramicroscópicas do universo — mudança essa que, como aos poucos foi se vendo, altera a relatividade geral de Einstein de maneira tal que a torna integralmente compatível com as leis da mecânica quântica. Permite que um esquema harmônico único incorpore ambas as teorias (Relatividade geral e Mecânica quântica)." (Outras informações)

Além disso, eu também relacionaria a dimensão na qual estamos, incluindo o espaço-tempo, com a condensação da energia na forma de matéria e buscaria encontrar uma configuração dimensional capaz de comportar um espaço-tempo de anti-matéria... Também tem que provar isso matematicamente...

O problema, como sempre, é provar matematicamente... A Física Teórica é muito interessante...

Nada mais pertinente para finalizar estas reflexões reflexivas, para quem ainda tem dúvidas, do que as palavras do sábio Raul Seixas: "O UNIVERSO ME ESPANTA E NÃO POSSO IMAGINAR QUE ESTE RELÓGIO EXISTA E NÃO TENHA UM RELOJOEIRO!"
Reflexões reflexivas - Física Teórica
Notebook só é completo se tiver um mouse. Touchpad é irritante demais...

É interessante observar que o choque entre matéria e anti-matéria resulta em energia. Isso mostra que o elemento fundamental do universo não é a matéria e nem a anti-matéria, mas sim a energia... Tudo é feito de energia.

Também penso que: partícula não existe. Repito: partícula não existe. Só existe energia que pode estar condensada em matéria ou anti-matéria, ou pode estar livre. Se estiver condensada se comporta como partícula, estando livre se comporta como onda. Logo, comportamento onda-partícula é o comportamento normal da energia... Entendeu ??? Agora só falta escrever isso matematicamente...

Vou olhar melhor a Teoria de Cordas... "De acordo com esta teoria das cordas, os componentes elementares do universo não são partículas puntiformes (formato de ponto). Em vez disso, são mínimos filamentos unidimensionais, como elásticos infinitamente finos, que vibram sem cessar."

"A teoria das cordas proporciona uma mudança profunda e renovadora na nossa maneira de sondar teoricamente as propriedades ultramicroscópicas do universo — mudança essa que, como aos poucos foi se vendo, altera a relatividade geral de Einstein de maneira tal que a torna integralmente compatível com as leis da mecânica quântica. Permite que um esquema harmônico único incorpore ambas as teorias (Relatividade geral e Mecânica quântica)." (Outras informações)

Além disso, eu também relacionaria a dimensão na qual estamos, incluindo o espaço-tempo, com a condensação da energia na forma de matéria e buscaria encontrar uma configuração dimensional capaz de comportar um espaço-tempo de anti-matéria... Também tem que provar isso matematicamente...

O problema, como sempre, é provar matematicamente... A Física Teórica é muito interessante...

Nada mais pertinente para finalizar estas reflexões reflexivas, para quem ainda tem dúvidas, do que as palavras do sábio Raul Seixas: "O UNIVERSO ME ESPANTA E NÃO POSSO IMAGINAR QUE ESTE RELÓGIO EXISTA E NÃO TENHA UM RELOJOEIRO!"
Uma coisa que não entendo
A maioria dos artistas, das empresas de entretenimento em geral, não sabem usar a internet para multiplicar seus ganhos. Ao invés de inovarem e buscarem novas saídas, novas formas de rentabilizar seus conteúdos, ficam batendo na tecla da pirataria, etc...

E, em plena era da comunicação globalizada, tentam manter funcionando uma estrutura arcaica e ultrapassada. Querem continuar usando máquina de escrever na era do computador e da impressora... Por que será ???
Uma coisa que não entendo
A maioria dos artistas, das empresas de entretenimento em geral, não sabem usar a internet para multiplicar seus ganhos. Ao invés de inovarem e buscarem novas saídas, novas formas de rentabilizar seus conteúdos, ficam batendo na tecla da pirataria, etc...

E, em plena era da comunicação globalizada, tentam manter funcionando uma estrutura arcaica e ultrapassada. Querem continuar usando máquina de escrever na era do computador e da impressora... Por que será ???
Guerra Virtual no Brasil
A Guerra Virtual não se aplica ao Brasil, pois temos tecnologia própria de comunicação e defesa.

O Brasil usa as tecnologias: CBSF, CRVPC e SMM, ou seja, Comunicação Baseada em Sinal de Fumaça, Comunicação Rápida Via Pombo Correio e Sistemas Movido a Manivela...

Agora só falta substituir os tanques por catapulta e os rifles da segunda guerra por arco e flecha... Também há a saída de puxar os blindados com junta de boi ou jumento...
Guerra Virtual no Brasil
A Guerra Virtual não se aplica ao Brasil, pois temos tecnologia própria de comunicação e defesa.

O Brasil usa as tecnologias: CBSF, CRVPC e SMM, ou seja, Comunicação Baseada em Sinal de Fumaça, Comunicação Rápida Via Pombo Correio e Sistemas Movido a Manivela...

Agora só falta substituir os tanques por catapulta e os rifles da segunda guerra por arco e flecha... Também há a saída de puxar os blindados com junta de boi ou jumento...
Windows Vista e Guerra Virtual
O Exercito americano se prepara para a guerra virtual e cria um comando militar para proteger o ciberespaço (Notícia abaixo). Agora, descubro outra notícia que diz que o Exército americano vai atualizar as suas máquinas instalando o windows vista (Notícia aqui).

Não quero ser chato, mas acho que o Windows Vista não é ferramenta adequada para quem pretende proteger o ciberespaço... É melhor usar o Windows 7 ou, então, desenvolver um sistema próprio... De repente, rodando o vista, no meio da tal guerra virtual, os computadores travam, e daí ???

Por falar em Windows 7... O meu travou de novo... O travamento aconteceu depois de formatar o pendrive. Cliquei em propriedades do pendrive e a coisa parou de responder... Reiniciei o computer e o problema desapareceu... Agora tudo está funcionando perfeitamente.

Certamente, comparado à quantidade de travamentos e limitações de outros sistemas, acho que o Windows7 é o que tem a maior nota. Não tem nota 10, mas está no campo da nota 9...
Windows Vista e Guerra Virtual
O Exercito americano se prepara para a guerra virtual e cria um comando militar para proteger o ciberespaço (Notícia abaixo). Agora, descubro outra notícia que diz que o Exército americano vai atualizar as suas máquinas instalando o windows vista (Notícia aqui).

Não quero ser chato, mas acho que o Windows Vista não é ferramenta adequada para quem pretende proteger o ciberespaço... É melhor usar o Windows 7 ou, então, desenvolver um sistema próprio... De repente, rodando o vista, no meio da tal guerra virtual, os computadores travam, e daí ???

Por falar em Windows 7... O meu travou de novo... O travamento aconteceu depois de formatar o pendrive. Cliquei em propriedades do pendrive e a coisa parou de responder... Reiniciei o computer e o problema desapareceu... Agora tudo está funcionando perfeitamente.

Certamente, comparado à quantidade de travamentos e limitações de outros sistemas, acho que o Windows7 é o que tem a maior nota. Não tem nota 10, mas está no campo da nota 9...
Monte Horeb e Moriá
Ontem passei um tempo no Google Earth mirando os Montes Horeb e Moriá, assim como voando sobre Israel... É uma coisa muito interessante para se fazer...

Para fazer isso é só instalar o Google Earth (baixar aqui). O programa é gratuito e existem milhares de fotos, postadas por turistas, sobre os locais citados...

Também dei uma passada na Coréia do Norte...
Monte Horeb e Moriá
Ontem passei um tempo no Google Earth mirando os Montes Horeb e Moriá, assim como voando sobre Israel... É uma coisa muito interessante para se fazer...

Para fazer isso é só instalar o Google Earth (baixar aqui). O programa é gratuito e existem milhares de fotos, postadas por turistas, sobre os locais citados...

Também dei uma passada na Coréia do Norte...
Epifania do FHC
Em Londres, Fernando Henrique defende descriminalização das drogas
BBC-BRASIL - 29/05/2009

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu, em entrevista ao jornal britânico The Guardian, a descriminalização das drogas como forma de reverter o fracasso da guerra contra entorpecentes em todo o mundo.

O ex-presidente esteve em Londres na quinta-feira para participar de um evento da Comissão Latino-Americana para Drogas e Democracia, co-presidida por ele e por outros líderes latino-americanos, como o ex-presidente da Colômbia César Gaviria.

A comissão foi criada em 1998 para levar uma visão latino-americana às discussões da ONU sobre a luta contra as drogas. Entre os integrantes da comissão também estão os escritores Mario Vargas Llosa e Paulo Coelho.

O ex-presidente afirmou ao diário britânico, um dos mais influentes do país, que é chegada a hora para uma "mudança de paradigma" no debate sobre as drogas.

"A guerra contra as drogas é baseada na corrupção. Como as pessoas podem acreditar na democracia se a regra da lei não funciona? Os usuários deveriam ter acesso a tratamento e não à prisão", disse Fernando Henrique.

Estados Unidos

Ainda segundo o ex-presidente, o ponto de partida para a mudança na abordagem do problema das drogas está nos Estados Unidos.

"Agora temos uma nova administração, que é muito mais aberta do que antes. E o clima está mudando pela primeira vez em muitos anos. Até nos Estados Unidos se reconhece que há um impasse. Obama já deixou claro que ideia da guerra contra drogas não funciona", disse o ex-presidente ao Guardian.

Na opinião de FHC, a guerra contra drogas "fracassou" apesar dos enormes esforços em lugares como as Colômbia.

"As áreas de plantio de coca não estão diminuindo", disse ele.

O ex-presidente ainda destacou o sucesso do Brasil em reduzir os casos de HIV/Aids, obtido, entre outros fatores, graças à promoção do uso do preservativos.

"Isto é um exemplo de como o comportamento das pessoas pode ser alterado pela educação em vez de repressão", afirmou.
Epifania do FHC
Em Londres, Fernando Henrique defende descriminalização das drogas
BBC-BRASIL - 29/05/2009

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu, em entrevista ao jornal britânico The Guardian, a descriminalização das drogas como forma de reverter o fracasso da guerra contra entorpecentes em todo o mundo.

O ex-presidente esteve em Londres na quinta-feira para participar de um evento da Comissão Latino-Americana para Drogas e Democracia, co-presidida por ele e por outros líderes latino-americanos, como o ex-presidente da Colômbia César Gaviria.

A comissão foi criada em 1998 para levar uma visão latino-americana às discussões da ONU sobre a luta contra as drogas. Entre os integrantes da comissão também estão os escritores Mario Vargas Llosa e Paulo Coelho.

O ex-presidente afirmou ao diário britânico, um dos mais influentes do país, que é chegada a hora para uma "mudança de paradigma" no debate sobre as drogas.

"A guerra contra as drogas é baseada na corrupção. Como as pessoas podem acreditar na democracia se a regra da lei não funciona? Os usuários deveriam ter acesso a tratamento e não à prisão", disse Fernando Henrique.

Estados Unidos

Ainda segundo o ex-presidente, o ponto de partida para a mudança na abordagem do problema das drogas está nos Estados Unidos.

"Agora temos uma nova administração, que é muito mais aberta do que antes. E o clima está mudando pela primeira vez em muitos anos. Até nos Estados Unidos se reconhece que há um impasse. Obama já deixou claro que ideia da guerra contra drogas não funciona", disse o ex-presidente ao Guardian.

Na opinião de FHC, a guerra contra drogas "fracassou" apesar dos enormes esforços em lugares como as Colômbia.

"As áreas de plantio de coca não estão diminuindo", disse ele.

O ex-presidente ainda destacou o sucesso do Brasil em reduzir os casos de HIV/Aids, obtido, entre outros fatores, graças à promoção do uso do preservativos.

"Isto é um exemplo de como o comportamento das pessoas pode ser alterado pela educação em vez de repressão", afirmou.
Pentágono prepara comando militar para o ciberespaço

'NYT' afirma que Obama anunciará criação de departamento para preparar ações contra a guerra virtual.


WASHINGTON - O Pentágono pretende criar um novo comando militar para proteger o ciberespaço, melhorando a preparação das Forças Armadas dos EUA para ações defensivas e ofensivas de guerra por computador, disse o jornal The New York Times nesta sexta-feira, 29. Esse comando militar complementaria um esforço civil que o presidente Barack Obama deve anunciar nesta sexta, no sentido de reformular as salvaguardas para as redes de computação no país, segundo o site do jornal.

Citando fontes oficiais, o Times disse que o presidente vai detalhar a criação de um departamento da Casa Branca para coordenar um bilionário esforço para restringir o acesso a computadores do governo e proteger os sistemas que administram as Bolsas dos EUA, liberam transações bancárias e integram o controle do tráfego aéreo. O departamento civil será responsável pela coordenação entre as defesas do setor privado e do governo contra milhares de ataques virtuais realizados todos os dias contra os EUA, em geral por hackers, mas às vezes por governos estrangeiros.

Fontes do governo disseram que Obama não falará sobre o plano do Pentágono na sexta-feira. Mas o presidente deve assinar nas próximas semanas um decreto sigiloso para criar o comando cibernético.

A necessidade de melhorar a segurança digital dos EUA ficou clara em abril, quando o Wall Street Journal afirmou que ciberespiões haviam invadido rede elétrica dos EUA e deixado softwares que poderiam afetar o sistema. O Times disse que os EUA já têm muitas armas no seu arsenal informático, e deve preparar estratégias para usá-las como dissuasão, junto com armas convencionais, em diversos tipos de possíveis conflitos.

A Reuters já havia informado que empresas no mercado da segurança digital incluem fabricantes de softwares de segurança, como Symantec e McAfee, empresas tradicionais de defesa, como Northrop Grumman e Lockheed Martin, e companhias de tecnologia da informação, como CACI International.

O Pentágono trabalhou durante meses numa estratégia para o ciberespaço, concluída há poucas semanas, mas cuja divulgação foi adiada devido a divergências a respeito da autoridade do departamento da Casa Branca e do orçamento para toda a iniciativa, segundo a reportagem.
Pentágono prepara comando militar para o ciberespaço

'NYT' afirma que Obama anunciará criação de departamento para preparar ações contra a guerra virtual.


WASHINGTON - O Pentágono pretende criar um novo comando militar para proteger o ciberespaço, melhorando a preparação das Forças Armadas dos EUA para ações defensivas e ofensivas de guerra por computador, disse o jornal The New York Times nesta sexta-feira, 29. Esse comando militar complementaria um esforço civil que o presidente Barack Obama deve anunciar nesta sexta, no sentido de reformular as salvaguardas para as redes de computação no país, segundo o site do jornal.

Citando fontes oficiais, o Times disse que o presidente vai detalhar a criação de um departamento da Casa Branca para coordenar um bilionário esforço para restringir o acesso a computadores do governo e proteger os sistemas que administram as Bolsas dos EUA, liberam transações bancárias e integram o controle do tráfego aéreo. O departamento civil será responsável pela coordenação entre as defesas do setor privado e do governo contra milhares de ataques virtuais realizados todos os dias contra os EUA, em geral por hackers, mas às vezes por governos estrangeiros.

Fontes do governo disseram que Obama não falará sobre o plano do Pentágono na sexta-feira. Mas o presidente deve assinar nas próximas semanas um decreto sigiloso para criar o comando cibernético.

A necessidade de melhorar a segurança digital dos EUA ficou clara em abril, quando o Wall Street Journal afirmou que ciberespiões haviam invadido rede elétrica dos EUA e deixado softwares que poderiam afetar o sistema. O Times disse que os EUA já têm muitas armas no seu arsenal informático, e deve preparar estratégias para usá-las como dissuasão, junto com armas convencionais, em diversos tipos de possíveis conflitos.

A Reuters já havia informado que empresas no mercado da segurança digital incluem fabricantes de softwares de segurança, como Symantec e McAfee, empresas tradicionais de defesa, como Northrop Grumman e Lockheed Martin, e companhias de tecnologia da informação, como CACI International.

O Pentágono trabalhou durante meses numa estratégia para o ciberespaço, concluída há poucas semanas, mas cuja divulgação foi adiada devido a divergências a respeito da autoridade do departamento da Casa Branca e do orçamento para toda a iniciativa, segundo a reportagem.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Dúvida...
Dúvida...
PF desmonta quadrilha que usava escutas e falsificava diplomas
Detetives, policiais e funcionário de telefonia estariam envolvidos.
Ação acontece em sete cidades do Espírito Santo.

A ação ocorre em Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Guarapari, Piúma e Itarana. Segundo a PF, as investigações começaram há três meses e apontam que detetives particulares "grampeavam" os telefones de seus alvos e passavam semanas espionando as conversas telefônicas. Os diálogos eram vendidos ou usados em chantagens.

A polícia diz que os gravadores eram colocados nos armários de telefonia nas ruas e, diariamente, um dos suspeitos de envolvimento no grupo trocava as fitas. O funcionário de uma empresa terceirizada por uma concessionária também é suspeito de participar do esquema. A polícia afirma que ele fornecia informações para a instalação do gravador, como a localização do armário de telefonia e a chave dele. Além deles, a PF informa que um policial militar e um ex-policial militar também são alvos da operação.

PF desmonta quadrilha que usava escutas e falsificava diplomas
Detetives, policiais e funcionário de telefonia estariam envolvidos.
Ação acontece em sete cidades do Espírito Santo.

A ação ocorre em Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Guarapari, Piúma e Itarana. Segundo a PF, as investigações começaram há três meses e apontam que detetives particulares "grampeavam" os telefones de seus alvos e passavam semanas espionando as conversas telefônicas. Os diálogos eram vendidos ou usados em chantagens.

A polícia diz que os gravadores eram colocados nos armários de telefonia nas ruas e, diariamente, um dos suspeitos de envolvimento no grupo trocava as fitas. O funcionário de uma empresa terceirizada por uma concessionária também é suspeito de participar do esquema. A polícia afirma que ele fornecia informações para a instalação do gravador, como a localização do armário de telefonia e a chave dele. Além deles, a PF informa que um policial militar e um ex-policial militar também são alvos da operação.

Teste do Windows 7
1- Ocorreu um travamento durante a leitura/inicialização de um pendrive - solução: o velho ctrl+alt+del seguido de "start task manage" e "end process". Descrevendo o acontecido: coloquei o pendrive. O sistema reconheceu. Em seguida abriu uma janela de verificação e correção de erros. Mandei ler e corrigir eventuais erros. No final da leitura o programa travou. Não deixava fechar a janela e nem cancelar e também não avançava.

2- Bloqueio de download do Megaupload - Nenhum navegador instalado no windows7 (iexplorer, firefox, opera) abriu a página de download. Mudei de sistema - windows xp - e a página abriu.... Logo, o windows7 não gosta de alguns endereços de download... (Observe: estou falando de uma página de download, não do site inteiro megaupload)

3- Vamos continuar testando... A nota não subiu, mas caiu... Porém, de uma forma ou de outra, o sistema é muito bom... Contudo, se ele possuir algum dispositivo de censura embutido, não vai fazer muito sucesso, principalmente porque não cabe a uma empresa de software censurar o comportamento dos consumidores... Cada macaco no seu galho !!!

Não precisamos de programas que controlam as nossas ações. A consciência de cada um já faz isso.

Imagine se resolverem modificar o word para impedir que as pessoas digitem palavrões e blasfêmia !!! Você manda, por escrito, alguém ir tomar no símbolo atômico do elemento químico cobre, e o word apaga o que você digitou... Mesmo que, nesse caso específico, acho que o xingamento burlaria o sistema... A menos, é claro, que o computador tenha evoluído e compreenda o sentido geral da coisa...

Esse é outro tema muitíssimo interessante: cérebro da máquina x cérebro humano...
Teste do Windows 7
1- Ocorreu um travamento durante a leitura/inicialização de um pendrive - solução: o velho ctrl+alt+del seguido de "start task manage" e "end process". Descrevendo o acontecido: coloquei o pendrive. O sistema reconheceu. Em seguida abriu uma janela de verificação e correção de erros. Mandei ler e corrigir eventuais erros. No final da leitura o programa travou. Não deixava fechar a janela e nem cancelar e também não avançava.

2- Bloqueio de download do Megaupload - Nenhum navegador instalado no windows7 (iexplorer, firefox, opera) abriu a página de download. Mudei de sistema - windows xp - e a página abriu.... Logo, o windows7 não gosta de alguns endereços de download... (Observe: estou falando de uma página de download, não do site inteiro megaupload)

3- Vamos continuar testando... A nota não subiu, mas caiu... Porém, de uma forma ou de outra, o sistema é muito bom... Contudo, se ele possuir algum dispositivo de censura embutido, não vai fazer muito sucesso, principalmente porque não cabe a uma empresa de software censurar o comportamento dos consumidores... Cada macaco no seu galho !!!

Não precisamos de programas que controlam as nossas ações. A consciência de cada um já faz isso.

Imagine se resolverem modificar o word para impedir que as pessoas digitem palavrões e blasfêmia !!! Você manda, por escrito, alguém ir tomar no símbolo atômico do elemento químico cobre, e o word apaga o que você digitou... Mesmo que, nesse caso específico, acho que o xingamento burlaria o sistema... A menos, é claro, que o computador tenha evoluído e compreenda o sentido geral da coisa...

Esse é outro tema muitíssimo interessante: cérebro da máquina x cérebro humano...
Midiatrix Revelations
Eu sempre gosto de rever esse video !!! Revejo para lembrar algumas coisas...

Midiatrix Revelations
Eu sempre gosto de rever esse video !!! Revejo para lembrar algumas coisas...

Razão, fé e consciência
A razão sem a consciência perde a iluminação, assim como a fé sem a consciência vira fanatismo.
Razão, fé e consciência
A razão sem a consciência perde a iluminação, assim como a fé sem a consciência vira fanatismo.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Exemplo de banalidade do mal
Notícia de Jornal
Fernando Sabino

Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, 30 anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros, em pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada durante 72 horas, para finalmente morrer de fome.

Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos e comentários, uma ambulância do Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome.

Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome) era da alçada da Delegacia de Mendicância, especialista em homens que morrem de fome. E o homem morreu de fome.

O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Anatômico sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que morreu de fome.

Um homem morre de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um pária, um marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa - não é um homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e duas horas todos passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem olhar nenhum. Passam, e o homem continua morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão.

Não é da alçada do comissário, nem do hospital, nem da rádiopatrulha, por que haveria de ser daminha alçada? Que é que eu tenho com isso? Deixa o homem morrer de fome.

E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis. Pobremente vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve-se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão de fome, pedindo providências às autoridades. As autoridades nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem. Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos outros homens. Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome.

E ontem, depois de setenta e duas horas de inanição, tombado em plena rua, no centro mais movimentado da cidade do Rio de Janeiro, Estado da Guanabara, um homem morreu de fome.
Exemplo de banalidade do mal
Notícia de Jornal
Fernando Sabino

Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, 30 anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros, em pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada durante 72 horas, para finalmente morrer de fome.

Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos e comentários, uma ambulância do Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome.

Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome) era da alçada da Delegacia de Mendicância, especialista em homens que morrem de fome. E o homem morreu de fome.

O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Anatômico sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que morreu de fome.

Um homem morre de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um pária, um marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa - não é um homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e duas horas todos passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem olhar nenhum. Passam, e o homem continua morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão.

Não é da alçada do comissário, nem do hospital, nem da rádiopatrulha, por que haveria de ser daminha alçada? Que é que eu tenho com isso? Deixa o homem morrer de fome.

E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis. Pobremente vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve-se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão de fome, pedindo providências às autoridades. As autoridades nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem. Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos outros homens. Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome.

E ontem, depois de setenta e duas horas de inanição, tombado em plena rua, no centro mais movimentado da cidade do Rio de Janeiro, Estado da Guanabara, um homem morreu de fome.
A banalidade do mal
Colunista rebate entrevista falaciosa de um polêmico cientista político americano

As palavras precisam ser um pouco selvagens,
pois representam o ataque do pensamento
contra aqueles que não pensam
John Maynard Keynes (1883-1946)

Selo alemão de 1988 lançado em memória da grande teorista política Hannah Arendt (1906-1975).

A teorista política Hannah Arendt (1906-1975) cunhou a notável expressão “a banalidade do mal” para descrever o infame nazista Adolf Eichmann (1906-1962), que havia sido responsável pela logística da deportação em massa dos judeus da Europa oriental para campos de concentração na Segunda Guerra Mundial.

Arendt ficou abismada com a vacuidade ideológica de Eichmann e levantou a questão de que o mal não precisa ser algo radicalmente diferente do normal. Ele pode ser simplesmente banal, decorrendo da tendência das pessoas a seguir ordens e a se alinhar com a opinião da maioria sem pensar criticamente sobre os resultados da sua ação ou inação.

Em sua edição de 15 de outubro, a revista brasileira IstoÉ publicou uma entrevista com o cientista político americano Charles Murray (1943-), sob o título “Miscigenação diminui o QI dos brasileiros”.

É desnecessário dizer que, do ponto de vista ético, a IstoÉ tem todo o direito de publicar essa entrevista e não pode ser censurada por fazê-lo. Entretanto, as razões pela qual a revista decidiu ouvir Charles Murray, publicar a entrevista e escolher um título tão chocante não ficaram claras. O tom da entrevista é neutro – não se nota nenhuma concordância dos jornalistas com as idéias de Murray, nem por outro lado há qualquer crítica explícita, incredulidade ou sarcasmo em relação a ele.

Murray é um personagem muito controverso no cenário intelectual americano. Em 1994, junto com Richard Herrnstein ele publicou The Bell Curve: Intelligence and Class Structure in American Life (A curva normal: inteligência e estrutura de classes na vida americana), um livro doutrinário, com forte conteúdo de darwinismo social, que causou grande polêmica nos Estados Unidos.

Segundo o evolucionista americano Stephen Jay Gould (1941-2002), velho conhecido dos leitores da Deriva Genética, o livro não passa de um manifesto do pensamento ultraconservador, maltratando a ciência e distorcendo dados para promover uma agenda de redução de programas sociais do governo na área educacional.

Falácias e sofismas
Em 1961 Gould já havia publicado um esplêndido livro chamado The mismeasure of man (traduzido para o português como A falsa medida do homem), no qual estudou historicamente o imbroglio sobre inteligência, QI, genética e raças. Gould demonstra brilhantemente como uma cadeia desastrada de falácias e sofismas, acidentais ou propositais, pode gerar construções culturais enganosas e perversas e, infelizmente, influentes e duradouras. A receita é simples:

Capa do brilhante livro The mismeasure of man (“A falsa medida do homem”), publicado em 1961 por Stephen Jay Gould. Com erudição e fria lógica, Gould disseca historicamente a relação entre inteligência, QI, genética e raças, expondo sofismas e exorcizando falácias.

1) Colecione uma série de variadas características comportamentais humanas, como raciocínio abstrato, memória, capacidade de concentração, velocidade de aprendizado e habilidade para expressão verbal. Chame o conjunto destas habilidades de “inteligência”. Passe a se referir a essa “inteligência” como se fosse algo concreto de nossa experiência empírica do mundo (esse processo chama-se “reificação”, do latim res, que quer dizer “coisa”).

2) Desenvolva um questionário para medir essa “inteligência” e chame a medida de “quociente de inteligência” (QI).

3) Passe a tratar a “medida da inteligência” (o QI) como se fosse a própria “inteligência”.

4) Encontre correlações familiares nas medidas de QI e anuncie ao mundo que a “inteligência” tem alta herdabilidade.

5) Introduza em seu teste de QI alguns vieses que privilegiem a sua própria cultura. Por exemplo, pergunte fatos da história dos Estados Unidos. Negue a existência desses vieses em qualquer tratamento futuro do tema. (Para ter uma idéia deles, imaginemos um teste de QI desenvolvido por uma nação de índios na Amazônia, para os quais inteligência é a “capacidade de viver com sucesso na floresta”. O teste de QI envolveria identificação de raízes comestíveis, fabricação de arco e flecha, construção de canoas etc. Certamente, nesse teste, Einstein teria um QI baixíssimo.)

6) Compare medidas de QI entre dois grupos, por exemplo, brancos e negros americanos, e observe que as médias dos grupos diferem em 10 ou 15 pontos. Ignore a variabilidade dentro dos grupos e concentre seu discurso nas médias. Ignore também as características culturais dos grupos e atribua qualquer diferença observada exclusivamente a fatores genéticos.

7) Anuncie ao mundo que é perda de tempo querer fazer programas sociais educativos e de ação afirmativa para o grupo com média inferior argumentando que ele é biologicamente inferior.

Quando li The mismeasure of man, fiquei tão impressionado com a argumentação de Gould que pensei que, depois desse livro, ninguém nunca mais teria a “cara de pau” de argumentar a favor de uma diferença genética de “inteligência”entre populações ou povos. Ledo engano!

A reemergência do mal
Tal é a natureza do mal. Ele fica dormente por algum tempo, mas periodicamente reemerge, mostrando a sua horrenda cabeça. Isso ocorreu em 2007 com as desastradas declarações de James Watson que já foram tratadas em uma coluna anterior. Ocorreu agora novamente nas páginas da IstoÉ.

Examinemos agora, à luz da nossa receita acima, algumas passagens da entrevista de Charles Murray:
IstoÉ – Qual o peso do ambiente na inteligência?
Murray - As estimativas são de que o QI é entre 40% e 60% produzido pelo ambiente e o resto é genético.
Meu comentário – Observe que a pergunta refere-se ao peso do ambiente na “inteligência” e que a resposta Murray fala sobre a genética do QI. Ocorre aqui a falácia de confundir algo (“inteligência”) com a sua medida (QI).

IstoÉ – O sr. já foi acusado de racismo. Os brancos são mesmo mais inteligentes que os negros?
Murray – Fui acusado de racismo porque mostrei um indiscutível fato empírico: quando amostras representativas de brancos e negros são submetidas a testes que medem a habilidade cognitiva, os resultados médios são diferentes. Isto não é uma opinião.
Meu comentário – Observe que Murray afirma que o teste de QI mede de maneira fiel algo mal definido, que ele chama de “habilidade cognitiva das pessoas” e que também é chamado de “inteligência”. Se ele acredita, como demonstrado na resposta anterior, que “inteligência” (ou “habilidade cognitiva”) é aquilo que é medido pelo teste de QI, temos uma tautologia: o teste de QI mede aquilo que o teste de QI mede. Adicionalmente, não há nenhuma menção a respeito dos vieses culturais dos testes de QI.

IstoÉ – O Brasil é um país onde a miscigenação é a regra. Isso significa que o QI médio do brasileiro é inferior ao dos nórdicos, por exemplo?
Murray – É uma questão de aritmética. Se em testes o QI é sempre maior com amostras de nórdicos do que com amostras de negros, então um país com uma significativa proporção de negros terá um QI médio inferior ao de um país que consiste exclusivamente de nórdicos. Isso é verdade, por exemplo, quando comparamos os Estados Unidos com a Suécia, da mesma forma que é verdade quando comparamos o Brasil e a Suécia. A única questão é empírica: as médias são sempre diferentes? Se são, a questão está respondida por si mesma.
Meu comentário – Observe que Murray está fazendo afirmativas derrogatórias a respeito do QI dos brasileiros sem nenhum dado empírico, sem nenhuma base científica e tão somente alicerçado em convicções doutrinárias. Essas afirmativas dele me lembram Gobineau e Spencer, ideólogos do racismo científico do século 19, para quem havia desigualdade entre as “raças” humanas. Segundo o racismo científico (que de científico não tinha nada), qualquer mistura entre as raças “puras” superiores (leia-se os nórdicos, no exemplo acima) com raças “inferiores” (os negros, no caso em questão) é inevitavelmente disgênica e desastrosa.

Esperança em Obama

Barack Hussein Obama II (1961-), negro, filho de um queniano da etnia Luo e de uma americana, eleito o 44º Presidente dos Estados Unidos.

Termino de escrever esta coluna no dia 5 de novembro de 2008. Ontem, Barack Hussein Obama II (1961-), negro, filho de um queniano da etnia Luo e de uma americana, foi eleito o 44º Presidente dos Estados Unidos.

Imagino que Charles Murray esteja de luto. Afinal, Obama – que, de acordo com a sua aritmética, deveria ter baixa inteligência – foi eleito por “goleada”. Ademais, a ideologia conservadora de Murray foi rejeitada nas urnas pelo povo americano.

Percebo Barack Obama como um homem brilhante, uma esperança para a solução dos problemas americanos e do mundo. E percebo Charles Murray como um homem banal. Qual dos dois será lembrado nos livros de história?


Sergio Danilo Pena
Professor Titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia
Universidade Federal de Minas Gerais
14/11/2008
A banalidade do mal
Colunista rebate entrevista falaciosa de um polêmico cientista político americano

As palavras precisam ser um pouco selvagens,
pois representam o ataque do pensamento
contra aqueles que não pensam
John Maynard Keynes (1883-1946)

Selo alemão de 1988 lançado em memória da grande teorista política Hannah Arendt (1906-1975).

A teorista política Hannah Arendt (1906-1975) cunhou a notável expressão “a banalidade do mal” para descrever o infame nazista Adolf Eichmann (1906-1962), que havia sido responsável pela logística da deportação em massa dos judeus da Europa oriental para campos de concentração na Segunda Guerra Mundial.

Arendt ficou abismada com a vacuidade ideológica de Eichmann e levantou a questão de que o mal não precisa ser algo radicalmente diferente do normal. Ele pode ser simplesmente banal, decorrendo da tendência das pessoas a seguir ordens e a se alinhar com a opinião da maioria sem pensar criticamente sobre os resultados da sua ação ou inação.

Em sua edição de 15 de outubro, a revista brasileira IstoÉ publicou uma entrevista com o cientista político americano Charles Murray (1943-), sob o título “Miscigenação diminui o QI dos brasileiros”.

É desnecessário dizer que, do ponto de vista ético, a IstoÉ tem todo o direito de publicar essa entrevista e não pode ser censurada por fazê-lo. Entretanto, as razões pela qual a revista decidiu ouvir Charles Murray, publicar a entrevista e escolher um título tão chocante não ficaram claras. O tom da entrevista é neutro – não se nota nenhuma concordância dos jornalistas com as idéias de Murray, nem por outro lado há qualquer crítica explícita, incredulidade ou sarcasmo em relação a ele.

Murray é um personagem muito controverso no cenário intelectual americano. Em 1994, junto com Richard Herrnstein ele publicou The Bell Curve: Intelligence and Class Structure in American Life (A curva normal: inteligência e estrutura de classes na vida americana), um livro doutrinário, com forte conteúdo de darwinismo social, que causou grande polêmica nos Estados Unidos.

Segundo o evolucionista americano Stephen Jay Gould (1941-2002), velho conhecido dos leitores da Deriva Genética, o livro não passa de um manifesto do pensamento ultraconservador, maltratando a ciência e distorcendo dados para promover uma agenda de redução de programas sociais do governo na área educacional.

Falácias e sofismas
Em 1961 Gould já havia publicado um esplêndido livro chamado The mismeasure of man (traduzido para o português como A falsa medida do homem), no qual estudou historicamente o imbroglio sobre inteligência, QI, genética e raças. Gould demonstra brilhantemente como uma cadeia desastrada de falácias e sofismas, acidentais ou propositais, pode gerar construções culturais enganosas e perversas e, infelizmente, influentes e duradouras. A receita é simples:

Capa do brilhante livro The mismeasure of man (“A falsa medida do homem”), publicado em 1961 por Stephen Jay Gould. Com erudição e fria lógica, Gould disseca historicamente a relação entre inteligência, QI, genética e raças, expondo sofismas e exorcizando falácias.

1) Colecione uma série de variadas características comportamentais humanas, como raciocínio abstrato, memória, capacidade de concentração, velocidade de aprendizado e habilidade para expressão verbal. Chame o conjunto destas habilidades de “inteligência”. Passe a se referir a essa “inteligência” como se fosse algo concreto de nossa experiência empírica do mundo (esse processo chama-se “reificação”, do latim res, que quer dizer “coisa”).

2) Desenvolva um questionário para medir essa “inteligência” e chame a medida de “quociente de inteligência” (QI).

3) Passe a tratar a “medida da inteligência” (o QI) como se fosse a própria “inteligência”.

4) Encontre correlações familiares nas medidas de QI e anuncie ao mundo que a “inteligência” tem alta herdabilidade.

5) Introduza em seu teste de QI alguns vieses que privilegiem a sua própria cultura. Por exemplo, pergunte fatos da história dos Estados Unidos. Negue a existência desses vieses em qualquer tratamento futuro do tema. (Para ter uma idéia deles, imaginemos um teste de QI desenvolvido por uma nação de índios na Amazônia, para os quais inteligência é a “capacidade de viver com sucesso na floresta”. O teste de QI envolveria identificação de raízes comestíveis, fabricação de arco e flecha, construção de canoas etc. Certamente, nesse teste, Einstein teria um QI baixíssimo.)

6) Compare medidas de QI entre dois grupos, por exemplo, brancos e negros americanos, e observe que as médias dos grupos diferem em 10 ou 15 pontos. Ignore a variabilidade dentro dos grupos e concentre seu discurso nas médias. Ignore também as características culturais dos grupos e atribua qualquer diferença observada exclusivamente a fatores genéticos.

7) Anuncie ao mundo que é perda de tempo querer fazer programas sociais educativos e de ação afirmativa para o grupo com média inferior argumentando que ele é biologicamente inferior.

Quando li The mismeasure of man, fiquei tão impressionado com a argumentação de Gould que pensei que, depois desse livro, ninguém nunca mais teria a “cara de pau” de argumentar a favor de uma diferença genética de “inteligência”entre populações ou povos. Ledo engano!

A reemergência do mal
Tal é a natureza do mal. Ele fica dormente por algum tempo, mas periodicamente reemerge, mostrando a sua horrenda cabeça. Isso ocorreu em 2007 com as desastradas declarações de James Watson que já foram tratadas em uma coluna anterior. Ocorreu agora novamente nas páginas da IstoÉ.

Examinemos agora, à luz da nossa receita acima, algumas passagens da entrevista de Charles Murray:
IstoÉ – Qual o peso do ambiente na inteligência?
Murray - As estimativas são de que o QI é entre 40% e 60% produzido pelo ambiente e o resto é genético.
Meu comentário – Observe que a pergunta refere-se ao peso do ambiente na “inteligência” e que a resposta Murray fala sobre a genética do QI. Ocorre aqui a falácia de confundir algo (“inteligência”) com a sua medida (QI).

IstoÉ – O sr. já foi acusado de racismo. Os brancos são mesmo mais inteligentes que os negros?
Murray – Fui acusado de racismo porque mostrei um indiscutível fato empírico: quando amostras representativas de brancos e negros são submetidas a testes que medem a habilidade cognitiva, os resultados médios são diferentes. Isto não é uma opinião.
Meu comentário – Observe que Murray afirma que o teste de QI mede de maneira fiel algo mal definido, que ele chama de “habilidade cognitiva das pessoas” e que também é chamado de “inteligência”. Se ele acredita, como demonstrado na resposta anterior, que “inteligência” (ou “habilidade cognitiva”) é aquilo que é medido pelo teste de QI, temos uma tautologia: o teste de QI mede aquilo que o teste de QI mede. Adicionalmente, não há nenhuma menção a respeito dos vieses culturais dos testes de QI.

IstoÉ – O Brasil é um país onde a miscigenação é a regra. Isso significa que o QI médio do brasileiro é inferior ao dos nórdicos, por exemplo?
Murray – É uma questão de aritmética. Se em testes o QI é sempre maior com amostras de nórdicos do que com amostras de negros, então um país com uma significativa proporção de negros terá um QI médio inferior ao de um país que consiste exclusivamente de nórdicos. Isso é verdade, por exemplo, quando comparamos os Estados Unidos com a Suécia, da mesma forma que é verdade quando comparamos o Brasil e a Suécia. A única questão é empírica: as médias são sempre diferentes? Se são, a questão está respondida por si mesma.
Meu comentário – Observe que Murray está fazendo afirmativas derrogatórias a respeito do QI dos brasileiros sem nenhum dado empírico, sem nenhuma base científica e tão somente alicerçado em convicções doutrinárias. Essas afirmativas dele me lembram Gobineau e Spencer, ideólogos do racismo científico do século 19, para quem havia desigualdade entre as “raças” humanas. Segundo o racismo científico (que de científico não tinha nada), qualquer mistura entre as raças “puras” superiores (leia-se os nórdicos, no exemplo acima) com raças “inferiores” (os negros, no caso em questão) é inevitavelmente disgênica e desastrosa.

Esperança em Obama

Barack Hussein Obama II (1961-), negro, filho de um queniano da etnia Luo e de uma americana, eleito o 44º Presidente dos Estados Unidos.

Termino de escrever esta coluna no dia 5 de novembro de 2008. Ontem, Barack Hussein Obama II (1961-), negro, filho de um queniano da etnia Luo e de uma americana, foi eleito o 44º Presidente dos Estados Unidos.

Imagino que Charles Murray esteja de luto. Afinal, Obama – que, de acordo com a sua aritmética, deveria ter baixa inteligência – foi eleito por “goleada”. Ademais, a ideologia conservadora de Murray foi rejeitada nas urnas pelo povo americano.

Percebo Barack Obama como um homem brilhante, uma esperança para a solução dos problemas americanos e do mundo. E percebo Charles Murray como um homem banal. Qual dos dois será lembrado nos livros de história?


Sergio Danilo Pena
Professor Titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia
Universidade Federal de Minas Gerais
14/11/2008
A foto do post abaixo
Olhando para a foto do post abaixo o que você vê ??? Um cachorro preto ou um demônio ???
Certamente, a visão depende daquilo em que você acredita... De uma forma ou de outra, a foto em preto e branco mostra mais coisa do que parece... Você não acha que Hitler era guiado por um anjo de luz ???

Na verdade, Hitler não tinha um cachorro, mas uma cadela chamada Blondi. E não era preta.Certamente, a culpa pela destruição nazista não recai, exclusivamente, sobre as entidades do mundo sombrio. Os demônios influenciam, preparam o cenário, fornecem os elementos, alinham interesses, mas a decisão final é do homem. O homem tem livre-arbítrio para decidir suas ações.

Inclusive, nesse contexto, percebe-se que há uma relação direta entre a consciência, marcada pela incapacidade de pensar e a propensão do livre-arbítrio para prática do mal. Decisões sem reflexão caracterizam pessoas banais. Pessoas banais são mais suscetíveis a influências, manipulações e fanatismos.

Portanto, pessoas banais constituem uma porta aberta para a influência do mal, para se transformarem em instrumentos de injustiças, violência e destruição.
A foto do post abaixo
Olhando para a foto do post abaixo o que você vê ??? Um cachorro preto ou um demônio ???
Certamente, a visão depende daquilo em que você acredita... De uma forma ou de outra, a foto em preto e branco mostra mais coisa do que parece... Você não acha que Hitler era guiado por um anjo de luz ???

Na verdade, Hitler não tinha um cachorro, mas uma cadela chamada Blondi. E não era preta.Certamente, a culpa pela destruição nazista não recai, exclusivamente, sobre as entidades do mundo sombrio. Os demônios influenciam, preparam o cenário, fornecem os elementos, alinham interesses, mas a decisão final é do homem. O homem tem livre-arbítrio para decidir suas ações.

Inclusive, nesse contexto, percebe-se que há uma relação direta entre a consciência, marcada pela incapacidade de pensar e a propensão do livre-arbítrio para prática do mal. Decisões sem reflexão caracterizam pessoas banais. Pessoas banais são mais suscetíveis a influências, manipulações e fanatismos.

Portanto, pessoas banais constituem uma porta aberta para a influência do mal, para se transformarem em instrumentos de injustiças, violência e destruição.
Debate em torno do nazismo divide historiadores
Fonte:http://cafehistoria.ning.com/
"Poderíamos dizer que uma explicação intelectualmente satisfatória do nazismo é impossível", previne Ian Kershaw. "O fenômeno parece ultrapassar qualquer análise racional”.Mais de 120 mil obras já foram escritas sobre Hitler.


Que lugar e que importância devemos atribuir a ele no interior do sistema nazista, no governo do Terceiro Reich, na elaboração da política contra os judeus e da política externa? Sobre essa questão, os historiadores se dividem entre "intencionalistas" e "funcionalistas".

Os intencionalistas dominaram as pesquisas no pós-guerra (principalmente com historiadores alemães como Friedrich Melnecke e Gerhard A. Ritter). Seus trabalhos são centrados na personalidade "demente" do Führer, seu poder ditatorial e seu antissemitismo.

Eles querem mostrar que a solução final é o resultado de um plano refletido e amadurecido que Hitler elaborou nos anos 1920 e formulou em "Minha Luta".

Outra forma de intencionalismo consiste em ampliar a intenção (do genocídio judaico) para o conjunto da população alemã.

Em 1996 o historiador americano Daniel J. Goldhagen publicou um livro que teve grande repercussão na Alemanha.

Ele declarou que havia um antissemitismo especialmente violento e profundamente enraizado entre os alemães, de modo que todos eles teriam sido cúmplices do Holocausto.

Desde os anos de 1970, porém, são as teses funcionalistas que vêm predominando na análise do nazismo, com, por exemplo, o historiador alemão Martin Broszet ou o inglês Ian Kershaw. Mais do que a vontade do ditador, eles destacam os fatores estruturais: as engrenagens e a lógica de um sistema que foi se radicalizando progressivamente.

Esse debate entre historiadores se deslocou e repercutiu de maneira passional com a "querela dos historiadores alemães", que inflamou a opinião pública e a mídia alemã ocidental no final dos anos 1980.

Em um artigo na revista "Die Zeit", o filósofo Jürgen Habermas protestou contra as teses "revisionistas" de certos historiadores (entre os quais Ernst Nolte), a quem acusou de querer relativizar o nazismo e a singularidade do Holocausto.

Às questões ética e histórica em jogo se somava um problema político: tratava-se de barrar o avanço da extrema direita alemã renascente. Os ataques disparados por vários historiadores contra os revisionistas atingiram seu alvo plenamente na Alemanha.

Na Alemanha reunificada, a memória do nazismo continua a ser uma memória exacerbada e sempre exposta a novas controvérsias.

Fonte: Olhar Direto
Debate em torno do nazismo divide historiadores
Fonte:http://cafehistoria.ning.com/
"Poderíamos dizer que uma explicação intelectualmente satisfatória do nazismo é impossível", previne Ian Kershaw. "O fenômeno parece ultrapassar qualquer análise racional”.Mais de 120 mil obras já foram escritas sobre Hitler.


Que lugar e que importância devemos atribuir a ele no interior do sistema nazista, no governo do Terceiro Reich, na elaboração da política contra os judeus e da política externa? Sobre essa questão, os historiadores se dividem entre "intencionalistas" e "funcionalistas".

Os intencionalistas dominaram as pesquisas no pós-guerra (principalmente com historiadores alemães como Friedrich Melnecke e Gerhard A. Ritter). Seus trabalhos são centrados na personalidade "demente" do Führer, seu poder ditatorial e seu antissemitismo.

Eles querem mostrar que a solução final é o resultado de um plano refletido e amadurecido que Hitler elaborou nos anos 1920 e formulou em "Minha Luta".

Outra forma de intencionalismo consiste em ampliar a intenção (do genocídio judaico) para o conjunto da população alemã.

Em 1996 o historiador americano Daniel J. Goldhagen publicou um livro que teve grande repercussão na Alemanha.

Ele declarou que havia um antissemitismo especialmente violento e profundamente enraizado entre os alemães, de modo que todos eles teriam sido cúmplices do Holocausto.

Desde os anos de 1970, porém, são as teses funcionalistas que vêm predominando na análise do nazismo, com, por exemplo, o historiador alemão Martin Broszet ou o inglês Ian Kershaw. Mais do que a vontade do ditador, eles destacam os fatores estruturais: as engrenagens e a lógica de um sistema que foi se radicalizando progressivamente.

Esse debate entre historiadores se deslocou e repercutiu de maneira passional com a "querela dos historiadores alemães", que inflamou a opinião pública e a mídia alemã ocidental no final dos anos 1980.

Em um artigo na revista "Die Zeit", o filósofo Jürgen Habermas protestou contra as teses "revisionistas" de certos historiadores (entre os quais Ernst Nolte), a quem acusou de querer relativizar o nazismo e a singularidade do Holocausto.

Às questões ética e histórica em jogo se somava um problema político: tratava-se de barrar o avanço da extrema direita alemã renascente. Os ataques disparados por vários historiadores contra os revisionistas atingiram seu alvo plenamente na Alemanha.

Na Alemanha reunificada, a memória do nazismo continua a ser uma memória exacerbada e sempre exposta a novas controvérsias.

Fonte: Olhar Direto