terça-feira, 1 de agosto de 2006

Rejeição a Lula atinge 46,3% do eleitorado paulistano ???

A posição do Jornal "O Estado de São Paulo", assim como de seus filhotes "Estadão Online", etc, contra o Presidente Lula é notória. Certamente, a posição deste Jornal é perfeitamente justificada e compreensível, principalmente quando se observa que ele reúne a casta dominante conservadora brasileira. Também conhecida como elite fascista, direita esquizofrênica, classe dominante, etc.

Até aí tudo bem. Estamos numa democracia e, por mais podre que eles sejam, temos que tolerá-los e ouvir suas asneiras. Ouvi-los e contradizê-los, dissecando a natureza e a falsidade do discurso que proferem.

Neste contexto produziram uma pesquisa. Quem produziu foi a Federação do Comércio, mas quem divulgou foi o Estadão Online. Tudo mancomunado. Tudo farinha do mesmo saco. Um cria a mentira e o outro conta.

Assim produziram uma pesquisa que diz que a rejeição do Presidente Lula em São Paulo é de 46,3%, ou seja, 46,3% das pessoas ouvidas pela pesquisa jamais votariam no Presidente Lula. Agora eu pergunto ? Quem são as pessoas ouvidas ? Quantas pessoas "realmente" foram ouvidas ? Como foram ouvidas ? Como conseguiram ouvir só paulistanos ? É possível fazer tal generalização para "46,3% dos paulistanos jamais votariam em Lula" ?

Certamente, se fizeram a pesquisa dentro do Comitê Eleitoral do Alckmin ou próximo dele, o número esta certo. Contudo, se a pesquisa foi feita nas ruas de São Paulo os dados estão completamente errados. Entretanto, como a pesquisa envolve o termo "paulistano", suspeito que foi realizada apenas com os paulistanos amigos do picolé de chuchu. No mínimo devem ter montado uma lista com o nome de mil pessoas nascidas em São Paulo no Comitê do Alckmin e, a partir disso, realizado a pesquisa.

Mas lembremos que tudo foi registrado na Justiça Eleitoral. Ahhh, a Justiça Brasileira... A Justiça Brasileira registra cada coisa. Cada mentira cabeluda. MAs tudo dentro da estreita legalidade. Além disso, enrolar a justiça brasileira é coisa fácil.

Por exemplo, vou produzir uma pesquisa mentirosa dizendo que a rejeição do picolé de chuchu é de 90% em São Paulo. Além disso, vou registrar essa pesquisa mentirosa na Justiça brasileira (A Justiça Brasileira registra cada coisa...). Para isso tenho que fazer tudo como manda o figurino. Toda a papelada bonitinha. Os métodos da pesquisa, etc. Eu só tenho que reformatar um ponto: o local da pesquisa. Ao invés de perguntar nas ruas de São Paulo, em toda a parte, eu vou mandar os pesquisadores ficarem nos arredores dos comitês eleitorais do PT e de outros partidos que tem gente que nunca votariam no picolé de chuchu. Assim, quando o pesquisador ver um militante petista passando é só perguntar: "EM quem você nunca votaria ?". Se ele responder outro nome, o pesquisador marca: picolé de chuchu. A mesma coisa se aplica a grupos específicos, etc...

Mas é possível utilizar a seguinte hipótese: Por que é que eu vou contratar pesquisador, gastar dinheiro, etc, se eu posso ficar em casa e preencher todos os formulários da pesquisa ? Enfim, o método não importa. O que importa é que a pesquisa seja realizada e o objetivo seja alcançado: 90% dos supostos entrevistados jamais votariam no picolé de chuchu.

Portanto, as pesquisas de intenção se forem imparciais e feitas com fiscalização produzem resultados interessantes e próximos da realidade. Contudo, não se deve dar créditos a pesquisas que foram realizadas sem métodos e sem fiscalização, assim como a pesquisas realizadas com grupos específicos de pessoas (Por exemplo: 100% dos eleitores do Lula não votariam no picolé de chuchu).

Enfim, as pesquisas também podem ser utilizadas para criar mentiras com cara de verdade ou mentiras que visam camuflar a realidade.

Vamos ficar de olho no Estadão e nas mentiras que estão contando.

Leonildo Correa
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Rejeição a Lula atinge 46,3% do eleitorado paulistano

Estadão Online - Jander Ramon/AE - 01 de agosto de 2006 - 12:36

http://www.estadao.com.br/ultimas/nacional/eleicoes2006/noticias/2006/ago/01/138.htm

Pesquisa realizada pela Fecomércio mostra que rejeição de Alckmin é de 11,9% dos entrevistados

SÃO PAULO - Pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) indica que o presidente da República e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva, tem rejeição de 46,3% entre o eleitorado da cidade de São Paulo. A Pesquisa de Avaliação Política (PAP) foi produzida em 7 de julho e ouviu cerca de mil eleitores na capital paulista, sendo registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número PET 1970 e tem como margem de erro 3 pontos porcentuais, para mais ou para menos.

Ao responderem a pergunta "e a eleição para presidente do Brasil fosse hoje, em quem o(a) Sr.(a) NÃO votaria de maneira alguma?", 46,3% dos entrevistados citaram Lula; 11,9%, Geraldo Alckmin (PSDB); 6,8%, Heloísa Helena (PSOL); 6,3%, Rui Pimenta (PCO); 7,8%, José Maria Eymael (PSDC); 3,5%, Cristovam Buarque (PDT); e 3,8%, Luciano Bivar (PSL).

A PAP constatou que Alckmin lidera a corrida presidencial na capital paulista, com 46,9% das intenções de voto, seguido por Lula, com 27,1%; Heloísa Helena (8,5%); Rui Pimenta (0,7%); José Maria Eymael (0,6%); Cristovam Buarque (0,5%); e Luciano Bivar (0,1%). Votos brancos e nulos representaram 5,3% das citações, enquanto 10,4% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder.

Também foi pesquisado pela Fecomércio qual a avaliação dos eleitores paulistanos sobre o governo Lula. Para 7,7% dos entrevistados, a administração é ótima; 41,3% a consideram boa; 48,6%, ruim; e 2,5% não sabem ou não quiseram responder.

Instigados a avaliar a administração de Alckmin à frente do governo de São Paulo, 76% a aprovaram, resultado de 10,8% de indicação ótima e 65,2% de boa. Para 18,5% dos entrevistados, o governo Alckmin foi ruim, ao passo que 5,5% não sabem ou não responderam a pergunta.

Os eleitores paulistanos também acreditam que, independentemente de quem seja eleito presidente este ano, a situação econômica do País vai melhorar ou permanecer estável. Segundo a PAP, 33,1% dos entrevistados acreditam em melhora, enquanto 56,3% entendem que a situação econômica permanecerá estável e, por fim, 10,5% imagina que ficará pior.

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