domingo, 2 de abril de 2006

Roupa suja se lava em casa

Blog do Josias

Mônica Bergamo revelou no último domingo que, enquanto Geraldo Alckmin dava “banho de ética” na administração de São Paulo, a mulher dele, Lu Alckmin (na foto), tomava “banho de loja”. O estilista Rogério Figueiredo contou que deu a ela de presente nada menos que 400 vestidos. Coisa fina –entre R$ 3.000 e R$ 5.000 cada peça.

A encrenca teve desdobramentos. O deputado estadual Romeu Tuma Jr. (PMDB-SP) enviou a Geraldo Alckmin, antes que ele deixasse o Palácio dos Bandeirantes, um requerimento pedindo explicações acerca dos “confortos proporcionados de graça à sua esposa”. Não recebeu, por ora, resposta.

Dona Lu faz o que pode para explicar-se sozinha. Sua assessoria diz que os vestidos que ela recebeu não atingem a soma de 400. Informa que “as poucas peças” efetivamente doadas pelo estilista foram depois doadas a uma entidade social chamada Fraternidade Irmã Clara.

O diabo é que a presidente da entidade, Elizabeth Teixeira, diz "não ter conhecimento" das doações. Conta que recebeu um telefonema de Lu Alckmin na última terça-feira, dia 28, dois dias depois de Bergamo ter trazido à tona a encrenca.
No telefonema temporão à casa de caridade, Lu Alckmin disse que faria uma doação. Segundo Elizabeth, "foram dez vestidos de festa", entregues no mesmo dia. "Que eu saiba, foi a primeira doação de vestidos", entregou a presidente da Fraternidade Irmã Clara.
Como se vê, não será por falta de matéria-prima que Geraldo Alckmin deixará de levar adiante a idéia de promover uma “lavagem ética”. Pode começar pela roupa suja doméstica. O estilista jura dispor de provas de que foram mesmo “mais de 400” os pedaços de pano doados à primeira-dama.

Alckmin não há de ter dificuldades para identificar o material. Como diz o aliado César Maia, “imagine o tamanho de um armário para guardar tudo isso!”

Nenhum comentário:

Postar um comentário