Para Vaticano, excesso de TV e internet é pecado
Se assistir TV em excesso e passar muito tempo online afastam o fiel da religião, então isso também é pecado
Alexandre Barbosa
SÃO PAULO - Em meio às celebrações da Páscoa, na semana passada, a notícia de que a internet era pecado ecoou pela Europa, com destaque em jornais de Portugal e passou quase desapercebida no Brasil.
Tudo começou com uma celebração do sacramento da confissão, feita para padres e fiéis por ocasião da Páscoa, em que o cardeal norte-americano James Francis Stafford propôs um ´exame de consciência´ com 18 itens, entre os quais estavam o tempo dedicado a jornais, à TV e à navegação na internet.
Para ele, os excessos praticados com o consumo de informação em meios eletrônicos estariam no mesmo patamar da gula ou da cobiça (dois dos sete pecados capitais), na medida que afastem o religioso do exercício de sua fé.
"O que o cardeal condenou não foi a internet, mas o excesso", amenizou o monsenhor Dario Bevilacqua, porta-voz da Arquidiocese de São Paulo.
Segundo ele, o cardeal norte-americano não quis criar um ´novo pecado´, mas apenas condenar os excessos, a dedicação desproporcional de tempo a qualquer coisa, de forma adaptada à realidade atual.
"O uso da internet, como meio de comunicação, em si, não é pecado. É só quando as pessoas passam á fazer suas vidas e o seu tempo girar em torno disso, afastando o fiel do exercício da espiritualidade e, portanto, se distanciando de Deus, é que isso se torna condenável", afirma.
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