quinta-feira, 17 de abril de 2008

Para quebrar a proibição e a repressão das drogas
A única forma de acabar, definitivamente, com a política de proibição e repressão das drogas, é iniciar uma série de movimentos sociais contra o sistema dominante. Não são as drogas que matam. O que mata é a proibição, é a repressão.

Para se ver isto claramente é só verificar o número de pessoas que sofrem overdose anualmente. Quantas pessoas morreram de overdose no último ano? E cruzar este número com as pessoas que foram mortas pela polícia no combate às drogas. Estes números mostram cristalinamente que quem mata é a polícia, enquanto as drogas matam, por overdose, um número inexpressivo de pessoas.

Além disso, a política de proibição e repressão é inútil, completamente inúltil. Quem quer usar drogas usa e compra em qualquer esquina ou em qualquer festa. Sempre tem gente vendendo.

Contudo, o narcotráfico virou uma indústria que movimenta mais de um trilhão de dólares por ano, seja em verbas, seja em armas, seja em equipamentos para detectar drogas, etc. Logo, os interesses na proibição estão enraizados dentro da classe dominante e dentro do capitalismo. Por isso, a descriminalização deve ser promovida pela sociedade, por movimentos sociais e ser empurrada goela abaixo dos políticos e da classe dominante.

A minha idéia para fazer isto é reunir os usuários de drogas. Todos os usuários, todos os familiares que sofrem com a proibição, todos os simpatizantes que são contrário à proibição, ou seja, reunir milhões e milhões de pessoas.

Cada uma dessas pessoas deverá pegar um quilo de droga, seja qual for, e ir até a delegacia mais próxima e tentar vender a droga para o delegado ou declarar a ele que é usuário/simpatizante das drogas e que comercializa o produto. Logo, cada uma dessa pessoas, pela lei, deverá ser presa como traficante. Isto fará surgir, da noite para o dia, milhões e milhões de inquéritos e essa "gentarada" terá que ser presa, dando início a milhões de processos judiciais.

O sistema atual está no limite e milhões de inquérito, milhões de presos, milhões de processos, iniciados da noite para o dia, quebrará o sistema todo. Tanto o sistema policial, quanto o sistema presidiário e o sistema judicial. Não há espaço para tanto inquérito, não há espaço para tantos presos e o judiciário não conseguirá julgar tantos processos. A Lei terá de drogas terá que ser ignorada...

Isto deverá ser repetido continuamente, até que a Lei seja retirada do ordenamento jurídico e as drogas descriminalizadas pela quebra do sistema de proibição e repressão.

Esta é uma das poucas formas existentes para se acabar, definitivamente, com a guerra das drogas que está matando mais gente que a Guerra do Iraque. Uma guerra de baixo nível que mata moradores das periferias, geralmente, pessoas pobres. Uma guerra que serve para amedrontar a população, ampliar os poderes do Estado sobre os cidadãos e limitar a liberdade dos indivíduos.

É hora de quebrar o sistema de proibição e repressão de baixo para cima. É hora da sociedade impôr a sua vontade e bater na cara dos políticos que mantém a proibição e a repressão das drogas como uma forma de controle da sociedade, como um negócio para obtenção de verbas públicas.

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