quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

As Pessoas banais e os amaldiçoados da USP

(Atenção: este texto está sendo revisado, ampliado e corrigido)

Antes de ler este texto você precisa ter em mente que ele não se aplica a todos os docentes, funcionários e alunos da USP, pois existe uma minoria, dentro dessa universidade, que resiste e luta contra a privatização e o sucateamento da instituição. Uma minoria que luta contra o desvio de finalidade que elimina os projetos sociais e as pesquisas de interesse da coletividade em prol de projetos capitalistas e interesses privados, sejam de indivíduos ou de grupos. Sim, existem pequenos grupos e indivíduos que lutam contra a opressão e a exclusão impostas pelo poder hegemônico que controla e domina a USP.

Além disso, o temo "banal", usado neste texto, é empregado no sentido que foi utilizado por Hannah Arendt na obra Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. E, ao longo do texto, as características de uma pessoa banal serão reveladas.

Já o termo amaldiçoado é utilizado para caracterizar humanos que possuem comportamentos de demônios, ou seja, fazem o mal pelo mal, pela perversidade e pela diversão de fazê-lo.

-----------------------------------------------------------------------------------------

Durante as últimas semanas não tive acesso a internet dentro da USP. Não só eu, mas outras pessoas também não conseguiram acessar a internet. A partir disso concluímos que os servidores de aceso a internet ficaram desligados. Por que os analistas e técnicos do CCE-USP fizeram isso ?

Os técnicos e analistas, picaretas e vagabundos, simplesmente desligaram os servidores e foram embora, deixando o acesso Wireless desconectado por mais de uma semana. Quem autorizou esses técnicos e analistas a desligarem os servidores e a boicotarem a internet nesse período? Quem está autorizando esses elementos a monitorarem e espionarem os computadores pessoais dos alunos, copiarem seus HDs, listarem os sites por onde navegam e os programas que estão rodando? Quem deu autoridade e competência para esses técnicos e analistas interferirem no processo de aprendizagem dos alunos da USP, controlando e monitorando suas ações na internet e invadindo suas privacidades ? Perguntas sem respostas. Irresponsabilidades e ilegalidades sem punição. A impunidade corre solta dentro da USP.

Por que os técnicos e analistas desligaram os servidores e impediram o acesso dos alunos à internet por mais de uma semana? A resposta é simples, porque nesse período os alunos ficariam sem monitoramento e sem espionagem, assim desligaram os servidores para que ninguém pudesse utilizar a internet sem que eles vissem o que estávamos fazendo ou, então, desligaram simplesmente por perversidade e maldade, pois teriam a desculpa de que os servidores quebraram enquanto eles estavam de folga, etc. Uma desculpa esfarrapada e estúpida que, certamente, será usada, quando, na verdade, tudo foi calculado e planejado minuciosamente, inclusive a desculpa a ser dada.

Pior do que isso, e este é um alerta para os poucos alunos, funcionários e professores decentes da USP, alguns grupos de funcionários, em colaboração com alguns docentes e alunos; estão praticando uma série de ações que visam sucatear e empurrar a universidade para a privatização. Esses indivíduos preparam, nos subterrâneos da instituição, uma série de medidas com a finalidade de controlar e limitar liberdades e direitos acadêmicos, inclusive as liberdades de expressão e direitos de privacidade. Sem contar que esses elementos aplicam, dissimuladamente, meios e técnicas que visam calar e minimizar as vozes que denunciam as ações criminosas e as ilegalidades que se disseminam dentro da USP.

Um exemplo da ação nazista desses grupos, que dominam e controlam a universidade, pode ser visualizada na construção de uma biblioteca no gramado de frente à Reitoria. Mas o que há de errado na construção dessa biblioteca ? Vocês já se perguntaram por que eles estão construindo a biblioteca justamente naquele gramado ? A resposta é simples: com a biblioteca lá, não haverá mais reuniões e manifestações grevistas naquele local. Um local estratégico que atingia a Reitoria na cara e com a mão fechada. Agora os grevistas e manifestantes terão que ficar longe da Reitoria. A opressão, ardilosamente, está calando os movimentos democráticos, existentes dentro da USP. A meta é fazer sumir ou minimizar todos os movimentos que reivindicam mudanças nesta Universidade Pública.

Contudo, se alguns funcionários lutam contra a privatização e o sucateamento da Universidade, outros trabalham a favor. E isso fica evidente nas ações de funcionários "puxando o tapete" de colegas, funcionários prejudicando alunos, etc. Praticam ações que burocratizam as solicitações estudantis, sejam de documentos ou requerimentos. Ações que visam prejudicar/impedir o acesso à internet, etc. Enfim, há uma guerra silenciosa dentro da Universidade. E essa guerra está sendo vencida por aqueles que praticam o mal e querem o fim da universidade pública aliada, em seus estudos e pesquisas, à coletividade.

Esses funcionários, principalmente técnicos e analistas, não trabalham somente contra os alunos, mas principalmente contra os próprios funcionários. Olhem para o CCE e vejam se há coisa boa lá. Pergunto: eles participam das greves em benefício da coletividade ? Eles apóiam os funcionários em suas reivindicações ? O que eles fazem quando todos lutam para o bem comum ? A resposta é só uma: eles conspiram contra a maioria, maquinam o mal na surdina, monitoram os acessos via internet, controlam e invadem emails, desligam os servidores para que os alunos não utilizem a internet, etc.

O mal tem suas estratégias e seus métodos. O mal tem inteligência e é ardiloso em suas construções e em seus procedimentos. E a cada dia que passa ele cresce mais e mais. Por isso eu digo com grande convicção e certeza: o holocausto vai se repetir e será muito mais violento e sangrento do que foi na década de 40. Isso porque o sistema atual, aos poucos, está sendo tomado e controlado por pessoas banais e amaldiçoadas, iguais aos nazistas alemães. Pessoas que não se importam com o seu semelhante. Pessoas que trabalham exclusivamente para obter benefício individual ou vantagens para seus grupos (raça superior, irmandade, etc). Trabalham para enriquecer e aparecer. Trabalham contra a maioria e contra a coletividade.

Hoje, centenas de Eichmanns, talvez milhares, estão assumindo postos chaves e cargos importantes em várias instâncias do poder, tanto em organizações sociais, quanto em instituições políticas. A Universidade de São Paulo tem exemplos claros disso. Basta olhar para o CCE-USP para se ver pessoas banais e amaldiçoadas agindo e trabalhando para prejudicar os outros e causar o mal.

Não se engane, caro leitor, não pense que Eichmanns são pessoas ignorantes e estúpidas, pois o Eichmann, descrito por Hannah Arendt, lia Kant. (Clique aqui para ler sobre isso) Quantas pessoas você conhece que lêem o filósofo Kant, não só lêem, mas que conduzem suas vidas, igual ao Eichmann nazista, de acordo com os ensinamentos de Kant ? Pois é, os Eichmanns brasileiros, principalmente os da USP, assim como a alta cúpula nazista, são pessoas letradas, amantes das artes e da música clássica. Pessoas que possuem diplomas, alguns são doutores e até mesmo pós-doutores. Contudo, padecem do mal de serem banais e amaldiçoados.

Mas quais são as características de uma pessoa banal, ou seja, as características que aproximam o Eichmann, descrito por Hannah Arendt, das pessoas banais e amaldiçoadas, não só da USP, mas de toda a sociedade brasileira? Essa resposta pode ser encontrada na Dissertação de Mestrado de Nádia Souki, apresentada na UFMG, intitulada: Hannah Arendt e a banalidade do mal.

De acordo com Souki:

O homem Eichmann era o perfeito instrumento para levar a cabo a "solução final": organizado, regular e eficiente tal qual a empreitada de que ele estava encarregado. Na sua função de encarregado do transporte, ele era normal e medíocre e, no entanto, perfeitamente adaptado a seu trabalho que consistia em "fazer as rodas deslizarem suavemente", no sentido literal e no figurativo. Sua função era tornar a "solução final", normal. Com sua vaidade e exibicionismo e seus clichês pretensiosos, ele era, ao mesmo tempo, ridículo e ordinário. Eichmann representava o melhor exemplo de um assassino de massa que era, ao mesmo tempo, um perfeito homem de família. Chamar alguém de monstro não o torna mais culpado, da mesma forma que chamá-lo de besta ou demônio.

Eichmann não era um monstro, embora seus atos fossem monstruosos. Sua personalidade destacava-se unicamente por uma extraordinária superficialidade. Por mais extraordinários que fossem os atos, neste caso, o agente não era nem monstruoso, nem demoníaco; a única característica específica que se podia detectar em seu passado, bem como em seu comportamento, durante o julgamento e o inquérito policial que o precedeu, afigurava-se como algo totalmente negativo: não se tratava de estupidez, mas de uma curiosa e bastante autêntica incapacidade de pensar.

Eichmann não era um insano que odiava os judeus ou adepto fanático do anti-semitismo ou de qualquer outro tipo de doutrinação. Para ele, o conteúdo da ideologia nazista e sua lógica destrutiva eram menos importantes que a "família" que ele tinha encontrado no movimento nazista. Na verdade, segundo mostram suas notas biográficas, sua principal motivação era a ascensão na carreira; ele era um jovem ambicioso, que estava farto do seu trabalho de vendedor ambulante. Filiou-se à S.S. por oferecimento de um amigo do pai. Não conhecia o programa do partido e nunca leu Mein Kampf. Como ele salientou na corte, "era como ser engolido pelo partido contra todas as expectativas e sem decisão prévia. Aconteceu tão rápida e inesperadamente".

Na corte, ele deu a impressão de um membro típico da baixa classe média, e essa impressão foi comprovada em cada sentença que falou ou escreveu, enquanto esteve na prisão. Ele era, na verdade, o filho déclassé de uma sólida família de classe média, e essa situação era indicativa da sua descida no status social. Ele nunca deixou de ser tratado pela elite da S.S. como pessoa socialmente inferior e nunca conseguia falar de sua mágoa em relação aos "cavalheiros" da alta classe média, apesar de conseguir mandar milhões de pessoas para a morte. Era impressionante o apego de Eichmann à educação e às regras de bom comportamento, mostrando vergonha e constrangimento face à lembrança de pequenos deslizes sociais cometidos no seu passado, o que é um dado inteiramente contraditório no contexto de seus atos." (Clique aqui para ler o texto completo)

Transportando e enquadrando essas características, citadas por Souki e apresentadas por Hannah Arendt sobre Eichmann, nos indivíduos da USP e de outras instituições brasileiras, sejam diretores, gerentes, professores, funcionários ou alunos, o que se obtém ? Percebam que não dá para saber se Souki e Hannah Arendt estão descrevendo o Eichmann nazista ou os indivíduos da USP e de outras instituições brasileiras. A única diferença relevante entre ambos está no estágio em que se encontram. Os indivíduos brasileiros são Eichmann no início da carreira, antes dele assumir a posição máxima e mandar para a morte milhões de judeus.

Dessa constatação vem a minha convicção e certeza de que o aumento do número de indivíduos com essas qualidades, acompanhado do domínio, por esses indivíduos, dos principais cargos e funções do Estado, levará, inevitavelmente, a um novo holocausto e a uma nova guerra de libertação. Isso porque as pessoas banais e amaldiçoadas formam a máquina totalitária com capacidade máxima de destruição. A única coisa que falta é o surgimento de um novo operador dessa máquina, ou seja, um novo Hitler, Mussolini ou Stálin. Falta também a determinação de quem serão os exterminados dessa vez.

Em outros pontos da sociedade observa-se a construção e o fortalecimento de instrumentos totalitários eficientes. As formas e os tipos de controle estão sendo testados e se disseminando na sociedade. Os serviços de inteligência, mão forte do Estado, estão tomando corpo e os pilares da democracia começam a ceder, ou seja, os poderes da república estão perdendo a harmonia e transformando-se em inimigos da coletividade que os gera e alimenta. Basta observar que o legislativo já não representa mais o povo que o elegeu, mas tão-somente seus interesses particulares. Os políticos, assim como a burocracia subalterna, são pessoas banais e amaldiçoadas.

Outro exemplo do avanço totalitário na USP é a notícia, no site da internet Wireless do CCE, de que os programas de compartilhamento de informações e dados deixam a rede wireless instável. Essa é mais uma grande mentira, criada pelos técnicos e analistas do CCE-USP, com o objetivo de impedir a democratização do conhecimento e o acesso dos alunos a dados compartilhados nas redes P2P em outros países.

Resumindo, essa é uma tentativa dos técnicos e analistas amaldiçoados do CCE de impedirem e prejudicarem os alunos que usam a rede USPnet. Inventam mentiras para restringirem o acesso. Inventam mentiras para controlar os programas que são utilizados pelos alunos em seus computadores pessoais. Não há dúvidas de que irão forjar, se já não forjaram, um laudo com essas informações falsas para apresentarem aos diretores, coordenadores e até mesmo à Reitoria da Universidade, justificando, assim, o controle, a restrição de direitos e a invasão de privacidade dos usuários da rede USPnet.

Do jeito que a coisa está indo, logo irão dizer que somente os computadores que usam programas da Microsoft podem acessar a rede Wireless da USP, pois programas abertos tornam instáveis a USPnet. Digo isso porque as salas pró-aluno dessa universidade, ou seja, as salas que disponibilizam computadores para os alunos de graduação acessarem a internet e fazerem seus trabalhos, somente rodam programas da Microsoft. O Linux que está instalado em algumas dessas máquinas é só para enganar os bobos e aqueles que não conhecem o dia-a-dia dessas salas.

Além disso, os computadores da sala pró-aluno são bloqueados e impedem a instalação de quaisquer outros software. Não importa se é software que o aluno criou ou um freeware, etc. Nos computadores dessa sala não se instala nada, ou seja, as salas pró-aluno da USP somente rodam programas da Microsoft ou algum outro programa disponibilizado pelas unidades. O que é muito raro.

Com essa medida limitam a liberdade e a criatividade dos alunos que são impedidos de criar e rodar seus próprios programas, assim como são obrigados a usar coisas que, muitas vezes, não são suficientes para a solução de problemas que tentam resolver. Portanto, as salas pró-alunos da USP são salas de formação e treinamento de usuários e consumidores dos produtos Microsoft.

Qual é o resultado disso ? Os alunos estão sendo formatados e induzidos, durante toda a graduação, a usarem os produtos da Microsoft. Logo, quando terminam o curso, a única coisa que sabem usar é o Windows e o pacote Office. Assim, para conseguirem trabalhar eficientemente, terão que adquirir os software do Bill Gates. Existe maneira mais eficiente de se vender um produto do que esse utilizado pela USP ? É um método eficientíssimo, pois você cria e condiciona um seleto e rico mercado consumidor. Não acredita em mim ? Venha até a USP e investigue os fatos.

Esses funcionários e docentes, banais e amaldiçoados,abusam e extrapolam seus cargos e suas competências, atuando ilegalmente e contra as normas estabelecidas no Estatuto e no Regimento da USP. Como servidores públicos estão sujeitos à lei e somente podem fazer aquilo que a lei estabelece. Contudo, na USP a impunidade e a ilegalidade são premiadas e recompensadas. Isso porque há uma cadeia de pessoas banais e amaldiçoadas, assim os cargos mais elevados legitimam e recompensam as ilegalidades e falcatruas dos cargos subalternos.

Limitar liberdades, direitos e comportamentos é matéria de lei e não de ato discricionário de funcionário público de baixo escalão. Quem autorizou os técnicos e analistas do CCE a invadirem a privacidade e a liberdade dos alunos, assim como a estabelecerem quais programas devem ou não rodarem em seus computadores pessoais ? Isso é uma limitação de liberdade, assim como uma limitação de direitos. Logo, os atos desses servidores são ilegais e constituem excesso de poder. Contudo, na USP a lei é mero objeto de estudo, assim como o direito, a liberdade ou justiça.

Quer um exemplo claro disso ? Veja, estudamos e esgotamos, em sala de aula, tudo o que se escreveu sobre Democracia e participação popular no poder público. Discussões acaloradas e espinhosas, trabalhos extensos, seminários infindáveis. Tudo sobre democracia. Contudo, na USP o reitor é eleito da mesma forma que se elegia o governante no regime militar. É isso mesmo. O costume ditatorial de eleição indireta continua em pleno vigor dentro da USP. Resumindo: na USP há uma longa distância entre a teoria e a prática.

Os funcionários e docentes, banais e amaldiçoados, somente clamam por justiça e buscam a lei quando são ameaçados de morte. Quando percebem que a destruição e a maldade que disseminam será vingada e que eles não possuem nenhum poder ou resistência contra a força e a violência dos vingadores. Aí então eles buscam a lei, falam em direitos humanos, pedem justiça, pregam a paz, falam em união, etc.

Outro exemplo de impunidade na USP é o fato dos técnicos e analistas dessa Universidade, assim como alguns alunos, continuarem invadindo os computadores da rede Wireless (internet sem fio), inclusive suspeito que existem professores da USP mancomunados com esses elementos, ou seja, deve haver docentes envolvidos nos esquema de invasão de computadores e furto de senhas e trabalhos acadêmicos dos micros pessoais de graduandos e pós-graduandos. Somente isso explica o fato dos chefões da USP e demais autoridades da Universidade, mesmo tendo amplo conhecimento desses acontecimentos, não fazerem nada, absolutamente nada, contra a criminalidade que está se instalando e operando dentro da USP.

Talvez a alta cúpula da Universidade não esteja mancomunada com a criminalidade, contudo estão sendo conduzidos e enganados por laudos falsificados ou mentirosos produzidos/emitidos pelos técnicos e analistas que trabalham no CCE-USP. Se vocês vissem as explicações e as informações absurdas escritas nesses laudos ficariam estarrecidos e se perguntariam: como pode um professor da USP acreditar nisso ? Mas acreditam.

Outro exemplo do domínio de pessoas banais e amaldiçoadas na Universidade de São Paulo pode ser vislumbrada na falta de compromisso e responsabilidade social dessa instituição. A USP hoje é um centro de formação dos herdeiros da classe dominante ou dos grupos dominantes. É uma instituição que reproduz e perpetua a opressão e a exclusão social. Por isso a maioria dos que estão na USP são ricos. Por isso a USP se recusa a adotar a política de cotas e a desenvolver projetos e pesquisas que tem finalidade social, que beneficiem a maioria da população ou a coletividade.

Perguntas: o que a USP sabe sobre a criminalidade organizada que controla os presídios? A USP tem pesquisas que buscam soluções para os problemas sociais das periferias de São Paulo? E sobre a descriminalização das drogas, há estudos na USP? O que a USP diz sobre a democratização do conhecimento, a democracia direta na era da globalização? Onde está a finalidade, o compromisso e a responsabilidade social dessa universidade? Enfim, todas essas perguntas tem apenas duas respostas: nada e não.

E não é por falta de iniciativa, pois diante da inércia dessa universidade em estudar a criminalidade organizada nos presídios eu mesmo fiz um projeto e encaminhei aos professores que dão disciplinas na área. Simplesmente me ignoraram, ou seja, além deles não estudarem o tema da criminalidade organizada, também não se dispõe a orientar quem quer estudar a questão. O mesmo ocorreu com a descriminalização das drogas e com a democratização do conhecimento.

Por que a maioria dos docentes da USP ignoram os temas que têm relevância e podem causar impacto social ou trazerem benefício à coletividade ? Por que não estudam e nem se dispõe a orientarem trabalhos nessas áreas ? A resposta deriva da qualidade desses professores. São pessoas banais e amaldiçoadas que banalizam o próprio conhecimento, tornando-o irrelevante e insignificante. Banalizando o conhecimento descartam e eliminam a capacidade transformadora da educação. Isso porque uma educação banalizada, composta de conhecimentos e informações irrelevantes e insignificantes, não serve para nada e não faz absolutamente nada.

A educação banalizada é caracterizada pela mera reprodução de informações. Estuda-se, não para aprender, mas para passar nas provas ou para tirar notas altas. Nada mais do que isso. Sabendo disso, os professores também não se preocupam em transformar aquela pedra bruta (o aluno quando chega na universidade) em um ser pensante, um ator capaz de ocasionar transformações e revoluções sociais, políticas, culturais, etc.

Professores banais banalizam o conhecimento e a educação. Uma educação banalizada, composta de conhecimentos banais, transmitidas por pessoas banais e amaldiçoadas constituem uma poderosa máquina reprodutora de si mesma, ou seja, uma máquina que forma pessoas medíocres, banais e amaldiçoadas. Os discípulos são iguais aos mestres. Pensam como os mestres e agem como eles. Essa é a fábrica totalitária criadora e reprodutora de Eichmanns.

Os militares tentaram instalar essa máquina criadora de Eichmanns durante a ditadura. Por isso implantaram uma série de medidas e políticas visando banalizar a educação. Contudo, o regime militar acabou antes da inauguração da máquina. Porém, mesmo sem os militares, a banalização da educação continuou e hoje, pode-se dizer, a máquina totalitária funciona a pleno vapor, criando e reproduzindo banalidades e pessoas banais.

O que eu observo, quando olho para a USP, são funcionários, professores e alunos que não se importam com a coletividade e nem com a instituição. Pessoas que desconsideram a finalidade, o compromisso e a responsabilidade social da universidade pública. Pouco lhes importa se o dinheiro é da coletividade, se estão desviando recursos, se a universidade é elitizada, etc. Estão aqui para enriquecer, alcançar sucesso fácil e rápido. O resto que se dane. Pior do que isso, essas pessoas banais e amaldiçoadas se unem e lutam contra quem se importa com a universidade pública, contra quem tem um discurso social e busca democratizar o conhecimento financiado com recursos coletivos.

Hoje, predomina na USP a ordem dos parasitas, ou seja, a maioria dos personagens que atuam nessa universidade só pensam em si mesmos e em sugar o máximo possível de recursos públicos, dinheiro da coletividade, transformando-o, em seguida, em recursos privados, supostamente destinados à pesquisa, mas que foi embolsado pelos chefões dos grupos.

Esses indivíduos usam a universidade pública, principalmente a USP, como uma extensão de seus negócios privados. Estão aqui para ganhar mais, para se tornarem ainda mais ricos ou então enriquecerem. Os técnicos e funcionários buscam caminhos para sugar o máximo da Universidade. Trabalham pouco e querem ganhar muito.

Os professores querem o nome: Professor da USP e, com isso, aumentar o valor de seus pareceres ou consultoria, assim como os altos salários pagos por essa Universidade Pública. Lembro que muitos desses professores são contratados em regime de dedicação integral à Universidade, mas a maioria deles só vêm na USP nas horas de aulas. Como podem ter dedicação integral se não possuem nem sala na Universidade ?

Os alunos, sejam de graduação ou de pós-graduação, vêem na Universidade um caminho para o sucesso e para o enriquecimento. Trabalho social, projetos sociais, etc, não interessa a ninguém. Por isso a ordem dos parasitas impõe silêncio absoluto a todos os seus membros, pois se ninguém falar, se ninguém questionar, se ninguém denunciar, a ordem parasita se eterniza. E como a maioria dos atores da universidade ganham com essa ordem e a integram, ela se estabelece como uma estrutura de poder. Os únicos perdedores são as minorias que aceitam esse tipo de coisa e a coletividade ou sociedade. Contudo essa última não fica nem sabendo do que se passa no interior da máquina totalitária. Não acredita em mim ? Então investigue o que estou dizendo e verá coisa ainda pior.

Mas a USP não tem pesquisas voltadas para a sociedade, assim como estudos científicos importantes ? Tirando o marketing, o que sobra é de pouca relevância social. Vejam que, ao invés de adotar as políticas de cotas, a USP criou um cursinho para estudantes carentes. Qual é a relevância social de um cursinho pré-vestibular para algumas dezenas de alunos carentes ? A resposta é: nenhuma. Mas a USP escolheu o cursinho ao invés de estabelecer a política de cotas que beneficiaria milhares de estudantes carentes e excluídos.

Outro exemplo da estupidez que se dissemina na USP são as inscrições gratuita para o vestibular. Essa medida deveria ser denunciada como forma de ironia social ou ação que serve apenas para enganar e humilhar a população. Os doutores e pós-doutores que controlam a USP sabem que o aluno da escola pública não consegue passar no vestibular que foi feito sob medida para alunos das escolas particulares e dos cursinhos privados. Se sabem disso, por que dão inscrição gratuita para os alunos de escola pública ? Para humilhar o aluno e inferiorizá-los perante os demais ? Para dizer que ele não passou, mesmo tendo inscrição gratuita, porque é inferior, ou seja, por que ele não tem capacidade intelectual para entrar na USP ?

Eu gosto de comparar o vestibular para a USP com uma corrida de carros, onde o aluno, em sua maioria branco ou rico, da escola privadas e dos cursinhos caros recebem uma ferrari turbinada, enquanto que o aluno pobre ou negro, das escolas públicas, recebe um fuscão preto com os pneus furados. A minha pergunta é: quem vai ganhar a corrida ? Por isso a maioria dos alunos da USP são brancos e ricos, ou seja, negro só passa no vestibular quando a ferrari quebra na corrida, ou quando o fuscão é o Derby do filme "Se meu fusca falasse".

Mas se tudo isso ocorre na USP, por que ela aparece no topo da qualidade de ensino ou no ranking das melhores universidades ? Se eliminarmos o marketing, como disse anteriormente, pouca coisa sobra da USP. Contudo, a qualidade de ensino dessa instituição deriva da qualidade dos alunos e do trabalho de pequenos grupos de professores que tem uma visão e um projeto social.

A FUVEST é eficientíssima no seu trabalho de seleção, pois a maioria dos alunos aprovados são autodidatas, ou seja, estudantes que não precisam de professores, pois aprendem e se desenvolvem sozinhos. São esses alunos, no âmbito do ensino-aprendizagem, e uns poucos professores, no âmbito da pesquisa, que mantém a USP no topo. Certamente, soma-se a isso boas bibliotecas e sistemas de apóio ao ensino.

Contudo, tudo isso está sendo contaminado e destruído pela banalidade da maioria dos docentes, funcionários e alunos. Esses seres banais que não raciocinam e não pensam, são incapazes de medir a extensão de seus atos. Praticam o mal porque gostam da maldade e da perversidade. Praticam o mal por diversão e deleite. Esses indivíduos são a desgraça da USP, pois a maldição e a desgraça que os acompanham contaminam os demais e forma um ambiente de intolerância, violência, desconfiança, etc.

Enfim, indivíduos banais e amaldiçoados estão roubando a USP na cara dura. Estão desviando a maioria dos recursos destinados à pesquisa, ou então, destinando dinheiro público para coisas completamente irrelevantes e insignificante. E ninguém faz nada. Por que ninguém faz nada ? A resposta é simples: porque ganham com as falcatruas, com as picaretagens e com os desvios. Se todos ganham, ninguém fala nada. Assim, a roubalheira pode continuar indefinidamente. A USP está se transformando em um aglomerado de pessoas banais, sejam professores, sejam funcionários ou alunos. Pessoas banais que só pensam em si mesmas, em ganhar, em enriquecer. Se não são ricas, querem ficar ricas. Se são ricas, querem ficar ainda mais ricas.

Esse tipo de medida e esse tipo de pessoa, seja docente, funcionário ou aluno, está transformando a USP em um antro de gente amaldiçoados. Pessoas que trabalham para fazer e disseminar o mal na sociedade. São amaldiçoados e são desgraçados, pois além de não fazerem o bem e de não ajudarem os outros, trabalham ferozmente para que o bem não seja feito e para silenciar quem trabalha pela coletividade e pelos os hipossuficientes. Técnicos, analistas, professores e alunos amaldiçoados e desgraçados tentam impedir a solidariedade, a democratização e o compartilharmos do conhecimento e da informação, enfim, daquilo que temos e sabemos.

Precisamos saber quem são essas pessoas amaldiçoadas e desgraçadas para podermos atacá-las ferozmente, arrancá-las de dentro da USP e destruí-las, pois elas, com seu comportamento banal e amaldiçoado, estão destruindo a universidade pública e contaminando a sociedade brasileira. Temos que conter esse avanço totalitário em seu início, antes que ele se torne comum, ou seja, a banalidade seja tão comum e tão presente no dia-a-dia que ninguém consegue vê-la ou percebê-la. Portanto, a fábrica totalitária tem que ser fechada e os Eichmanns produzidos devem ser destruídos ou imunizados, assim como o poder monopolizado por pessoas banais e amaldiçoadas deve ser devolvido para a coletividade e utilizado em benefícios da maioria e em favor dos hipossuficientes e excluídos..

-----------------------------------------

As Pessoas banais e os amaldiçoados da USP

(Atenção: este texto está sendo revisado, ampliado e corrigido)

Antes de ler este texto você precisa ter em mente que ele não se aplica a todos os docentes, funcionários e alunos da USP, pois existe uma minoria, dentro dessa universidade, que resiste e luta contra a privatização e o sucateamento da instituição. Uma minoria que luta contra o desvio de finalidade que elimina os projetos sociais e as pesquisas de interesse da coletividade em prol de projetos capitalistas e interesses privados, sejam de indivíduos ou de grupos. Sim, existem pequenos grupos e indivíduos que lutam contra a opressão e a exclusão impostas pelo poder hegemônico que controla e domina a USP.

Além disso, o temo "banal", usado neste texto, é empregado no sentido que foi utilizado por Hannah Arendt na obra Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. E, ao longo do texto, as características de uma pessoa banal serão reveladas.

Já o termo amaldiçoado é utilizado para caracterizar humanos que possuem comportamentos de demônios, ou seja, fazem o mal pelo mal, pela perversidade e pela diversão de fazê-lo.

-----------------------------------------------------------------------------------------

Durante as últimas semanas não tive acesso a internet dentro da USP. Não só eu, mas outras pessoas também não conseguiram acessar a internet. A partir disso concluímos que os servidores de aceso a internet ficaram desligados. Por que os analistas e técnicos do CCE-USP fizeram isso ?

Os técnicos e analistas, picaretas e vagabundos, simplesmente desligaram os servidores e foram embora, deixando o acesso Wireless desconectado por mais de uma semana. Quem autorizou esses técnicos e analistas a desligarem os servidores e a boicotarem a internet nesse período? Quem está autorizando esses elementos a monitorarem e espionarem os computadores pessoais dos alunos, copiarem seus HDs, listarem os sites por onde navegam e os programas que estão rodando? Quem deu autoridade e competência para esses técnicos e analistas interferirem no processo de aprendizagem dos alunos da USP, controlando e monitorando suas ações na internet e invadindo suas privacidades ? Perguntas sem respostas. Irresponsabilidades e ilegalidades sem punição. A impunidade corre solta dentro da USP.

Por que os técnicos e analistas desligaram os servidores e impediram o acesso dos alunos à internet por mais de uma semana? A resposta é simples, porque nesse período os alunos ficariam sem monitoramento e sem espionagem, assim desligaram os servidores para que ninguém pudesse utilizar a internet sem que eles vissem o que estávamos fazendo ou, então, desligaram simplesmente por perversidade e maldade, pois teriam a desculpa de que os servidores quebraram enquanto eles estavam de folga, etc. Uma desculpa esfarrapada e estúpida que, certamente, será usada, quando, na verdade, tudo foi calculado e planejado minuciosamente, inclusive a desculpa a ser dada.

Pior do que isso, e este é um alerta para os poucos alunos, funcionários e professores decentes da USP, alguns grupos de funcionários, em colaboração com alguns docentes e alunos; estão praticando uma série de ações que visam sucatear e empurrar a universidade para a privatização. Esses indivíduos preparam, nos subterrâneos da instituição, uma série de medidas com a finalidade de controlar e limitar liberdades e direitos acadêmicos, inclusive as liberdades de expressão e direitos de privacidade. Sem contar que esses elementos aplicam, dissimuladamente, meios e técnicas que visam calar e minimizar as vozes que denunciam as ações criminosas e as ilegalidades que se disseminam dentro da USP.

Um exemplo da ação nazista desses grupos, que dominam e controlam a universidade, pode ser visualizada na construção de uma biblioteca no gramado de frente à Reitoria. Mas o que há de errado na construção dessa biblioteca ? Vocês já se perguntaram por que eles estão construindo a biblioteca justamente naquele gramado ? A resposta é simples: com a biblioteca lá, não haverá mais reuniões e manifestações grevistas naquele local. Um local estratégico que atingia a Reitoria na cara e com a mão fechada. Agora os grevistas e manifestantes terão que ficar longe da Reitoria. A opressão, ardilosamente, está calando os movimentos democráticos, existentes dentro da USP. A meta é fazer sumir ou minimizar todos os movimentos que reivindicam mudanças nesta Universidade Pública.

Contudo, se alguns funcionários lutam contra a privatização e o sucateamento da Universidade, outros trabalham a favor. E isso fica evidente nas ações de funcionários "puxando o tapete" de colegas, funcionários prejudicando alunos, etc. Praticam ações que burocratizam as solicitações estudantis, sejam de documentos ou requerimentos. Ações que visam prejudicar/impedir o acesso à internet, etc. Enfim, há uma guerra silenciosa dentro da Universidade. E essa guerra está sendo vencida por aqueles que praticam o mal e querem o fim da universidade pública aliada, em seus estudos e pesquisas, à coletividade.

Esses funcionários, principalmente técnicos e analistas, não trabalham somente contra os alunos, mas principalmente contra os próprios funcionários. Olhem para o CCE e vejam se há coisa boa lá. Pergunto: eles participam das greves em benefício da coletividade ? Eles apóiam os funcionários em suas reivindicações ? O que eles fazem quando todos lutam para o bem comum ? A resposta é só uma: eles conspiram contra a maioria, maquinam o mal na surdina, monitoram os acessos via internet, controlam e invadem emails, desligam os servidores para que os alunos não utilizem a internet, etc.

O mal tem suas estratégias e seus métodos. O mal tem inteligência e é ardiloso em suas construções e em seus procedimentos. E a cada dia que passa ele cresce mais e mais. Por isso eu digo com grande convicção e certeza: o holocausto vai se repetir e será muito mais violento e sangrento do que foi na década de 40. Isso porque o sistema atual, aos poucos, está sendo tomado e controlado por pessoas banais e amaldiçoadas, iguais aos nazistas alemães. Pessoas que não se importam com o seu semelhante. Pessoas que trabalham exclusivamente para obter benefício individual ou vantagens para seus grupos (raça superior, irmandade, etc). Trabalham para enriquecer e aparecer. Trabalham contra a maioria e contra a coletividade.

Hoje, centenas de Eichmanns, talvez milhares, estão assumindo postos chaves e cargos importantes em várias instâncias do poder, tanto em organizações sociais, quanto em instituições políticas. A Universidade de São Paulo tem exemplos claros disso. Basta olhar para o CCE-USP para se ver pessoas banais e amaldiçoadas agindo e trabalhando para prejudicar os outros e causar o mal.

Não se engane, caro leitor, não pense que Eichmanns são pessoas ignorantes e estúpidas, pois o Eichmann, descrito por Hannah Arendt, lia Kant. (Clique aqui para ler sobre isso) Quantas pessoas você conhece que lêem o filósofo Kant, não só lêem, mas que conduzem suas vidas, igual ao Eichmann nazista, de acordo com os ensinamentos de Kant ? Pois é, os Eichmanns brasileiros, principalmente os da USP, assim como a alta cúpula nazista, são pessoas letradas, amantes das artes e da música clássica. Pessoas que possuem diplomas, alguns são doutores e até mesmo pós-doutores. Contudo, padecem do mal de serem banais e amaldiçoados.

Mas quais são as características de uma pessoa banal, ou seja, as características que aproximam o Eichmann, descrito por Hannah Arendt, das pessoas banais e amaldiçoadas, não só da USP, mas de toda a sociedade brasileira? Essa resposta pode ser encontrada na Dissertação de Mestrado de Nádia Souki, apresentada na UFMG, intitulada: Hannah Arendt e a banalidade do mal.

De acordo com Souki:

O homem Eichmann era o perfeito instrumento para levar a cabo a "solução final": organizado, regular e eficiente tal qual a empreitada de que ele estava encarregado. Na sua função de encarregado do transporte, ele era normal e medíocre e, no entanto, perfeitamente adaptado a seu trabalho que consistia em "fazer as rodas deslizarem suavemente", no sentido literal e no figurativo. Sua função era tornar a "solução final", normal. Com sua vaidade e exibicionismo e seus clichês pretensiosos, ele era, ao mesmo tempo, ridículo e ordinário. Eichmann representava o melhor exemplo de um assassino de massa que era, ao mesmo tempo, um perfeito homem de família. Chamar alguém de monstro não o torna mais culpado, da mesma forma que chamá-lo de besta ou demônio.

Eichmann não era um monstro, embora seus atos fossem monstruosos. Sua personalidade destacava-se unicamente por uma extraordinária superficialidade. Por mais extraordinários que fossem os atos, neste caso, o agente não era nem monstruoso, nem demoníaco; a única característica específica que se podia detectar em seu passado, bem como em seu comportamento, durante o julgamento e o inquérito policial que o precedeu, afigurava-se como algo totalmente negativo: não se tratava de estupidez, mas de uma curiosa e bastante autêntica incapacidade de pensar.

Eichmann não era um insano que odiava os judeus ou adepto fanático do anti-semitismo ou de qualquer outro tipo de doutrinação. Para ele, o conteúdo da ideologia nazista e sua lógica destrutiva eram menos importantes que a "família" que ele tinha encontrado no movimento nazista. Na verdade, segundo mostram suas notas biográficas, sua principal motivação era a ascensão na carreira; ele era um jovem ambicioso, que estava farto do seu trabalho de vendedor ambulante. Filiou-se à S.S. por oferecimento de um amigo do pai. Não conhecia o programa do partido e nunca leu Mein Kampf. Como ele salientou na corte, "era como ser engolido pelo partido contra todas as expectativas e sem decisão prévia. Aconteceu tão rápida e inesperadamente".

Na corte, ele deu a impressão de um membro típico da baixa classe média, e essa impressão foi comprovada em cada sentença que falou ou escreveu, enquanto esteve na prisão. Ele era, na verdade, o filho déclassé de uma sólida família de classe média, e essa situação era indicativa da sua descida no status social. Ele nunca deixou de ser tratado pela elite da S.S. como pessoa socialmente inferior e nunca conseguia falar de sua mágoa em relação aos "cavalheiros" da alta classe média, apesar de conseguir mandar milhões de pessoas para a morte. Era impressionante o apego de Eichmann à educação e às regras de bom comportamento, mostrando vergonha e constrangimento face à lembrança de pequenos deslizes sociais cometidos no seu passado, o que é um dado inteiramente contraditório no contexto de seus atos." (Clique aqui para ler o texto completo)

Transportando e enquadrando essas características, citadas por Souki e apresentadas por Hannah Arendt sobre Eichmann, nos indivíduos da USP e de outras instituições brasileiras, sejam diretores, gerentes, professores, funcionários ou alunos, o que se obtém ? Percebam que não dá para saber se Souki e Hannah Arendt estão descrevendo o Eichmann nazista ou os indivíduos da USP e de outras instituições brasileiras. A única diferença relevante entre ambos está no estágio em que se encontram. Os indivíduos brasileiros são Eichmann no início da carreira, antes dele assumir a posição máxima e mandar para a morte milhões de judeus.

Dessa constatação vem a minha convicção e certeza de que o aumento do número de indivíduos com essas qualidades, acompanhado do domínio, por esses indivíduos, dos principais cargos e funções do Estado, levará, inevitavelmente, a um novo holocausto e a uma nova guerra de libertação. Isso porque as pessoas banais e amaldiçoadas formam a máquina totalitária com capacidade máxima de destruição. A única coisa que falta é o surgimento de um novo operador dessa máquina, ou seja, um novo Hitler, Mussolini ou Stálin. Falta também a determinação de quem serão os exterminados dessa vez.

Em outros pontos da sociedade observa-se a construção e o fortalecimento de instrumentos totalitários eficientes. As formas e os tipos de controle estão sendo testados e se disseminando na sociedade. Os serviços de inteligência, mão forte do Estado, estão tomando corpo e os pilares da democracia começam a ceder, ou seja, os poderes da república estão perdendo a harmonia e transformando-se em inimigos da coletividade que os gera e alimenta. Basta observar que o legislativo já não representa mais o povo que o elegeu, mas tão-somente seus interesses particulares. Os políticos, assim como a burocracia subalterna, são pessoas banais e amaldiçoadas.

Outro exemplo do avanço totalitário na USP é a notícia, no site da internet Wireless do CCE, de que os programas de compartilhamento de informações e dados deixam a rede wireless instável. Essa é mais uma grande mentira, criada pelos técnicos e analistas do CCE-USP, com o objetivo de impedir a democratização do conhecimento e o acesso dos alunos a dados compartilhados nas redes P2P em outros países.

Resumindo, essa é uma tentativa dos técnicos e analistas amaldiçoados do CCE de impedirem e prejudicarem os alunos que usam a rede USPnet. Inventam mentiras para restringirem o acesso. Inventam mentiras para controlar os programas que são utilizados pelos alunos em seus computadores pessoais. Não há dúvidas de que irão forjar, se já não forjaram, um laudo com essas informações falsas para apresentarem aos diretores, coordenadores e até mesmo à Reitoria da Universidade, justificando, assim, o controle, a restrição de direitos e a invasão de privacidade dos usuários da rede USPnet.

Do jeito que a coisa está indo, logo irão dizer que somente os computadores que usam programas da Microsoft podem acessar a rede Wireless da USP, pois programas abertos tornam instáveis a USPnet. Digo isso porque as salas pró-aluno dessa universidade, ou seja, as salas que disponibilizam computadores para os alunos de graduação acessarem a internet e fazerem seus trabalhos, somente rodam programas da Microsoft. O Linux que está instalado em algumas dessas máquinas é só para enganar os bobos e aqueles que não conhecem o dia-a-dia dessas salas.

Além disso, os computadores da sala pró-aluno são bloqueados e impedem a instalação de quaisquer outros software. Não importa se é software que o aluno criou ou um freeware, etc. Nos computadores dessa sala não se instala nada, ou seja, as salas pró-aluno da USP somente rodam programas da Microsoft ou algum outro programa disponibilizado pelas unidades. O que é muito raro.

Com essa medida limitam a liberdade e a criatividade dos alunos que são impedidos de criar e rodar seus próprios programas, assim como são obrigados a usar coisas que, muitas vezes, não são suficientes para a solução de problemas que tentam resolver. Portanto, as salas pró-alunos da USP são salas de formação e treinamento de usuários e consumidores dos produtos Microsoft.

Qual é o resultado disso ? Os alunos estão sendo formatados e induzidos, durante toda a graduação, a usarem os produtos da Microsoft. Logo, quando terminam o curso, a única coisa que sabem usar é o Windows e o pacote Office. Assim, para conseguirem trabalhar eficientemente, terão que adquirir os software do Bill Gates. Existe maneira mais eficiente de se vender um produto do que esse utilizado pela USP ? É um método eficientíssimo, pois você cria e condiciona um seleto e rico mercado consumidor. Não acredita em mim ? Venha até a USP e investigue os fatos.

Esses funcionários e docentes, banais e amaldiçoados,abusam e extrapolam seus cargos e suas competências, atuando ilegalmente e contra as normas estabelecidas no Estatuto e no Regimento da USP. Como servidores públicos estão sujeitos à lei e somente podem fazer aquilo que a lei estabelece. Contudo, na USP a impunidade e a ilegalidade são premiadas e recompensadas. Isso porque há uma cadeia de pessoas banais e amaldiçoadas, assim os cargos mais elevados legitimam e recompensam as ilegalidades e falcatruas dos cargos subalternos.

Limitar liberdades, direitos e comportamentos é matéria de lei e não de ato discricionário de funcionário público de baixo escalão. Quem autorizou os técnicos e analistas do CCE a invadirem a privacidade e a liberdade dos alunos, assim como a estabelecerem quais programas devem ou não rodarem em seus computadores pessoais ? Isso é uma limitação de liberdade, assim como uma limitação de direitos. Logo, os atos desses servidores são ilegais e constituem excesso de poder. Contudo, na USP a lei é mero objeto de estudo, assim como o direito, a liberdade ou justiça.

Quer um exemplo claro disso ? Veja, estudamos e esgotamos, em sala de aula, tudo o que se escreveu sobre Democracia e participação popular no poder público. Discussões acaloradas e espinhosas, trabalhos extensos, seminários infindáveis. Tudo sobre democracia. Contudo, na USP o reitor é eleito da mesma forma que se elegia o governante no regime militar. É isso mesmo. O costume ditatorial de eleição indireta continua em pleno vigor dentro da USP. Resumindo: na USP há uma longa distância entre a teoria e a prática.

Os funcionários e docentes, banais e amaldiçoados, somente clamam por justiça e buscam a lei quando são ameaçados de morte. Quando percebem que a destruição e a maldade que disseminam será vingada e que eles não possuem nenhum poder ou resistência contra a força e a violência dos vingadores. Aí então eles buscam a lei, falam em direitos humanos, pedem justiça, pregam a paz, falam em união, etc.

Outro exemplo de impunidade na USP é o fato dos técnicos e analistas dessa Universidade, assim como alguns alunos, continuarem invadindo os computadores da rede Wireless (internet sem fio), inclusive suspeito que existem professores da USP mancomunados com esses elementos, ou seja, deve haver docentes envolvidos nos esquema de invasão de computadores e furto de senhas e trabalhos acadêmicos dos micros pessoais de graduandos e pós-graduandos. Somente isso explica o fato dos chefões da USP e demais autoridades da Universidade, mesmo tendo amplo conhecimento desses acontecimentos, não fazerem nada, absolutamente nada, contra a criminalidade que está se instalando e operando dentro da USP.

Talvez a alta cúpula da Universidade não esteja mancomunada com a criminalidade, contudo estão sendo conduzidos e enganados por laudos falsificados ou mentirosos produzidos/emitidos pelos técnicos e analistas que trabalham no CCE-USP. Se vocês vissem as explicações e as informações absurdas escritas nesses laudos ficariam estarrecidos e se perguntariam: como pode um professor da USP acreditar nisso ? Mas acreditam.

Outro exemplo do domínio de pessoas banais e amaldiçoadas na Universidade de São Paulo pode ser vislumbrada na falta de compromisso e responsabilidade social dessa instituição. A USP hoje é um centro de formação dos herdeiros da classe dominante ou dos grupos dominantes. É uma instituição que reproduz e perpetua a opressão e a exclusão social. Por isso a maioria dos que estão na USP são ricos. Por isso a USP se recusa a adotar a política de cotas e a desenvolver projetos e pesquisas que tem finalidade social, que beneficiem a maioria da população ou a coletividade.

Perguntas: o que a USP sabe sobre a criminalidade organizada que controla os presídios? A USP tem pesquisas que buscam soluções para os problemas sociais das periferias de São Paulo? E sobre a descriminalização das drogas, há estudos na USP? O que a USP diz sobre a democratização do conhecimento, a democracia direta na era da globalização? Onde está a finalidade, o compromisso e a responsabilidade social dessa universidade? Enfim, todas essas perguntas tem apenas duas respostas: nada e não.

E não é por falta de iniciativa, pois diante da inércia dessa universidade em estudar a criminalidade organizada nos presídios eu mesmo fiz um projeto e encaminhei aos professores que dão disciplinas na área. Simplesmente me ignoraram, ou seja, além deles não estudarem o tema da criminalidade organizada, também não se dispõe a orientar quem quer estudar a questão. O mesmo ocorreu com a descriminalização das drogas e com a democratização do conhecimento.

Por que a maioria dos docentes da USP ignoram os temas que têm relevância e podem causar impacto social ou trazerem benefício à coletividade ? Por que não estudam e nem se dispõe a orientarem trabalhos nessas áreas ? A resposta deriva da qualidade desses professores. São pessoas banais e amaldiçoadas que banalizam o próprio conhecimento, tornando-o irrelevante e insignificante. Banalizando o conhecimento descartam e eliminam a capacidade transformadora da educação. Isso porque uma educação banalizada, composta de conhecimentos e informações irrelevantes e insignificantes, não serve para nada e não faz absolutamente nada.

A educação banalizada é caracterizada pela mera reprodução de informações. Estuda-se, não para aprender, mas para passar nas provas ou para tirar notas altas. Nada mais do que isso. Sabendo disso, os professores também não se preocupam em transformar aquela pedra bruta (o aluno quando chega na universidade) em um ser pensante, um ator capaz de ocasionar transformações e revoluções sociais, políticas, culturais, etc.

Professores banais banalizam o conhecimento e a educação. Uma educação banalizada, composta de conhecimentos banais, transmitidas por pessoas banais e amaldiçoadas constituem uma poderosa máquina reprodutora de si mesma, ou seja, uma máquina que forma pessoas medíocres, banais e amaldiçoadas. Os discípulos são iguais aos mestres. Pensam como os mestres e agem como eles. Essa é a fábrica totalitária criadora e reprodutora de Eichmanns.

Os militares tentaram instalar essa máquina criadora de Eichmanns durante a ditadura. Por isso implantaram uma série de medidas e políticas visando banalizar a educação. Contudo, o regime militar acabou antes da inauguração da máquina. Porém, mesmo sem os militares, a banalização da educação continuou e hoje, pode-se dizer, a máquina totalitária funciona a pleno vapor, criando e reproduzindo banalidades e pessoas banais.

O que eu observo, quando olho para a USP, são funcionários, professores e alunos que não se importam com a coletividade e nem com a instituição. Pessoas que desconsideram a finalidade, o compromisso e a responsabilidade social da universidade pública. Pouco lhes importa se o dinheiro é da coletividade, se estão desviando recursos, se a universidade é elitizada, etc. Estão aqui para enriquecer, alcançar sucesso fácil e rápido. O resto que se dane. Pior do que isso, essas pessoas banais e amaldiçoadas se unem e lutam contra quem se importa com a universidade pública, contra quem tem um discurso social e busca democratizar o conhecimento financiado com recursos coletivos.

Hoje, predomina na USP a ordem dos parasitas, ou seja, a maioria dos personagens que atuam nessa universidade só pensam em si mesmos e em sugar o máximo possível de recursos públicos, dinheiro da coletividade, transformando-o, em seguida, em recursos privados, supostamente destinados à pesquisa, mas que foi embolsado pelos chefões dos grupos.

Esses indivíduos usam a universidade pública, principalmente a USP, como uma extensão de seus negócios privados. Estão aqui para ganhar mais, para se tornarem ainda mais ricos ou então enriquecerem. Os técnicos e funcionários buscam caminhos para sugar o máximo da Universidade. Trabalham pouco e querem ganhar muito.

Os professores querem o nome: Professor da USP e, com isso, aumentar o valor de seus pareceres ou consultoria, assim como os altos salários pagos por essa Universidade Pública. Lembro que muitos desses professores são contratados em regime de dedicação integral à Universidade, mas a maioria deles só vêm na USP nas horas de aulas. Como podem ter dedicação integral se não possuem nem sala na Universidade ?

Os alunos, sejam de graduação ou de pós-graduação, vêem na Universidade um caminho para o sucesso e para o enriquecimento. Trabalho social, projetos sociais, etc, não interessa a ninguém. Por isso a ordem dos parasitas impõe silêncio absoluto a todos os seus membros, pois se ninguém falar, se ninguém questionar, se ninguém denunciar, a ordem parasita se eterniza. E como a maioria dos atores da universidade ganham com essa ordem e a integram, ela se estabelece como uma estrutura de poder. Os únicos perdedores são as minorias que aceitam esse tipo de coisa e a coletividade ou sociedade. Contudo essa última não fica nem sabendo do que se passa no interior da máquina totalitária. Não acredita em mim ? Então investigue o que estou dizendo e verá coisa ainda pior.

Mas a USP não tem pesquisas voltadas para a sociedade, assim como estudos científicos importantes ? Tirando o marketing, o que sobra é de pouca relevância social. Vejam que, ao invés de adotar as políticas de cotas, a USP criou um cursinho para estudantes carentes. Qual é a relevância social de um cursinho pré-vestibular para algumas dezenas de alunos carentes ? A resposta é: nenhuma. Mas a USP escolheu o cursinho ao invés de estabelecer a política de cotas que beneficiaria milhares de estudantes carentes e excluídos.

Outro exemplo da estupidez que se dissemina na USP são as inscrições gratuita para o vestibular. Essa medida deveria ser denunciada como forma de ironia social ou ação que serve apenas para enganar e humilhar a população. Os doutores e pós-doutores que controlam a USP sabem que o aluno da escola pública não consegue passar no vestibular que foi feito sob medida para alunos das escolas particulares e dos cursinhos privados. Se sabem disso, por que dão inscrição gratuita para os alunos de escola pública ? Para humilhar o aluno e inferiorizá-los perante os demais ? Para dizer que ele não passou, mesmo tendo inscrição gratuita, porque é inferior, ou seja, por que ele não tem capacidade intelectual para entrar na USP ?

Eu gosto de comparar o vestibular para a USP com uma corrida de carros, onde o aluno, em sua maioria branco ou rico, da escola privadas e dos cursinhos caros recebem uma ferrari turbinada, enquanto que o aluno pobre ou negro, das escolas públicas, recebe um fuscão preto com os pneus furados. A minha pergunta é: quem vai ganhar a corrida ? Por isso a maioria dos alunos da USP são brancos e ricos, ou seja, negro só passa no vestibular quando a ferrari quebra na corrida, ou quando o fuscão é o Derby do filme "Se meu fusca falasse".

Mas se tudo isso ocorre na USP, por que ela aparece no topo da qualidade de ensino ou no ranking das melhores universidades ? Se eliminarmos o marketing, como disse anteriormente, pouca coisa sobra da USP. Contudo, a qualidade de ensino dessa instituição deriva da qualidade dos alunos e do trabalho de pequenos grupos de professores que tem uma visão e um projeto social.

A FUVEST é eficientíssima no seu trabalho de seleção, pois a maioria dos alunos aprovados são autodidatas, ou seja, estudantes que não precisam de professores, pois aprendem e se desenvolvem sozinhos. São esses alunos, no âmbito do ensino-aprendizagem, e uns poucos professores, no âmbito da pesquisa, que mantém a USP no topo. Certamente, soma-se a isso boas bibliotecas e sistemas de apóio ao ensino.

Contudo, tudo isso está sendo contaminado e destruído pela banalidade da maioria dos docentes, funcionários e alunos. Esses seres banais que não raciocinam e não pensam, são incapazes de medir a extensão de seus atos. Praticam o mal porque gostam da maldade e da perversidade. Praticam o mal por diversão e deleite. Esses indivíduos são a desgraça da USP, pois a maldição e a desgraça que os acompanham contaminam os demais e forma um ambiente de intolerância, violência, desconfiança, etc.

Enfim, indivíduos banais e amaldiçoados estão roubando a USP na cara dura. Estão desviando a maioria dos recursos destinados à pesquisa, ou então, destinando dinheiro público para coisas completamente irrelevantes e insignificante. E ninguém faz nada. Por que ninguém faz nada ? A resposta é simples: porque ganham com as falcatruas, com as picaretagens e com os desvios. Se todos ganham, ninguém fala nada. Assim, a roubalheira pode continuar indefinidamente. A USP está se transformando em um aglomerado de pessoas banais, sejam professores, sejam funcionários ou alunos. Pessoas banais que só pensam em si mesmas, em ganhar, em enriquecer. Se não são ricas, querem ficar ricas. Se são ricas, querem ficar ainda mais ricas.

Esse tipo de medida e esse tipo de pessoa, seja docente, funcionário ou aluno, está transformando a USP em um antro de gente amaldiçoados. Pessoas que trabalham para fazer e disseminar o mal na sociedade. São amaldiçoados e são desgraçados, pois além de não fazerem o bem e de não ajudarem os outros, trabalham ferozmente para que o bem não seja feito e para silenciar quem trabalha pela coletividade e pelos os hipossuficientes. Técnicos, analistas, professores e alunos amaldiçoados e desgraçados tentam impedir a solidariedade, a democratização e o compartilharmos do conhecimento e da informação, enfim, daquilo que temos e sabemos.

Precisamos saber quem são essas pessoas amaldiçoadas e desgraçadas para podermos atacá-las ferozmente, arrancá-las de dentro da USP e destruí-las, pois elas, com seu comportamento banal e amaldiçoado, estão destruindo a universidade pública e contaminando a sociedade brasileira. Temos que conter esse avanço totalitário em seu início, antes que ele se torne comum, ou seja, a banalidade seja tão comum e tão presente no dia-a-dia que ninguém consegue vê-la ou percebê-la. Portanto, a fábrica totalitária tem que ser fechada e os Eichmanns produzidos devem ser destruídos ou imunizados, assim como o poder monopolizado por pessoas banais e amaldiçoadas deve ser devolvido para a coletividade e utilizado em benefícios da maioria e em favor dos hipossuficientes e excluídos..

-----------------------------------------

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

A universidade pública hoje

A universidade pública, atualmente, é um centro de formação dos herdeiros dos grupos hegemônicos. Por isso, ela é indiferente aos problemas e às questões sociais e trabalha, quase exclusivamente, na reprodução dos instrumentos de opressão e dominação institucionalizados e vigentes na sociedade. Pior do que isso, esses instrumentos de dominação e controle são reelaborados e redesenhados, nas pesquisas científicas da universidade, para serem mais eficientes e mais lucrativos na exploração das classes excluídas pelos grupos dominantes. Assim, os temas de interesses sociais ou de interesse da maioria da população são relegados ao último plano, para não dizer censurados e arquivados, nos conselhos universitários.

Os alunos, graduandos das universidades públicas, tem um único objetivo, enquanto estão nos bancos universitários, encontrar um caminho rápido para o enriquecimento. Se não são ricos, querem ficar ricos. Se são ricos, querem ficar ainda mais ricos. Já os professores preferem buscar mecanismos que dobrem a renda pessoal e levem-nos rumo ao estrelato acadêmico de forma rápida e fácil. Quem não faz isso, quem não pensa assim, são excluídos do sistema, das bolsas e das pesquisas, pois ameaçam a "ordem que mascara a realidade e que manipula interesses: uma ordem que reinventa a moral sob o signo da necessidade e que caminha leve e inescrupulosamente com a hipocrisia, ou seja, que muda tudo para nada mudar."

Pior, pensar em problemas e questões sociais dentro da universidade pública, principalmente na USP, é caminhar para o insucesso acadêmico, pois ninguém está disposto a orientar pesquisas e estudos que versem sobre esses temas ou que possam repercutir socialmente. Por exemplo, não se estuda a criminalidade organizada nos presídios, a descriminalização das drogas, etc. Preferem perder tempo e dinheiro público produzindo "basura" intelectual.

Certamente, existem professores, pesquisadores, funcionários e alunos, assim como grupos de pesquisas, que lutam ferozmente e bravamente contra esse tipo de mentalidade e comportamento. Contudo, esses lutadores são minoria e como toda minoria são massacrados pelos imperialistas da universidade. Quando esses atores minoritários buscam verbas para pesquisas sociais recebem, logo no primeiro pedido, um não bem grande e ameaçador. Não há dinheiro para pesquisas e projetos que beneficiem a coletividade ou a maioria da população. Porém, sobram recursos para projetos que beneficiam empresas privadas.

Basta observar os movimentos de patenteamento de tecnologias desenvolvidas nas universidades públicas. Em nome de quem são registradas essas patentes, ou seja, quem é o dono da patente e quem ganha com a exploração dos produtos?

Inclusive, é pertinente citar aqui, eu fiz alguns projetos de pesquisa para estudar a criminalidade organizada nos presídios, outro para analisar a descriminalização das drogas, etc e fui devidamente ignorado pelos professores para os quais enviei tais projetos. Não há interesse em estudar essas questões ? Por que ? Por isso, eu decidi bancar sozinho essas pesquisas e, quando terminá-las, irei apresentá-las em universidades estrangeiras, ou seja, bem longe dos intelectuais macunaímas que povoam as universidades públicas brasileiras. Esse é o caminho mais rápido para se contornar o poder dos grupos dominantes que controlam, desvirtuam e parasitam as finalidades das universidades públicas.

Nesse contexto, os interesses sociais que deveriam ser perseguidos pela universidade pública, alimentada com recursos coletivos, são meros detalhes inconvenientes que devem ser esquecidos e ignorados. Assim, predomina dentro dessas instituições o pacto universitário dos parasitas macunaímas, ou seja, ninguém fala, trabalha ou cobra ações, pesquisas e interesses sociais ou coletivos no âmbito da universidade. Com isso, os problemas e as questões sociais são afastadas das políticas e pesquisas universitárias, sem ocasionar dor de consciência em ninguém. E se alguém de fora insinua algo sobre esse assunto, mudam logo de conversa então adotam a estratégia versátil: fazer uma exposição justificadora em linguagem arcaica, ou seja, explicar minuciosamente a questão sem dizer absolutamente nada. Essa última estratégia é muito utilizada pelo João Plenário no programa Praça é Nossa do SBT. Nas universidades públicas isso está em toda parte, principalmente nas salas de aulas.

Eu não defendo a destinação exclusiva de recursos públicos para pesquisas sociais. O que eu defendo é uma divisão igualitária desses recursos. Metade para tecnologia e metade para estudos sociais. Hoje mais de 80% dos recursos são destinados para tecnologia. Por que isso ? De que adianta ter tanta tecnologia e continuar imerso num mundo de violência, criminalidade e miséria.

Os docentes universitários, principalmente da USP, preferem orientar trabalhos de pouca relevância e repercussão social pois, assim, não são questionados em suas tarefas, ou seja, ganham dinheiro sem ter que mostrar resultados relevantes. Logo, ninguém vai observar a falta de qualidade, criatividade e a irrelevância do trabalho ou a repetição de coisas que já foram feitas em pesquisas de outras universidades, etc. Se não acredita no que estou dizendo, rastreie as pesquisas que estão sendo desenvolvidas hoje nas universidades públicas brasileiras, assim você vai verificar que 90% dessas pesquisas não servem para nada, são dinheiro público jogado no lixo, ou melhor, dinheiro público jogado no bolso dos pesquisadores e orientadores macunaímas, ou seja, a coletividade paga caro pela produção de basura intelectual.

-----------------------------------

A universidade pública hoje

A universidade pública, atualmente, é um centro de formação dos herdeiros dos grupos hegemônicos. Por isso, ela é indiferente aos problemas e às questões sociais e trabalha, quase exclusivamente, na reprodução dos instrumentos de opressão e dominação institucionalizados e vigentes na sociedade. Pior do que isso, esses instrumentos de dominação e controle são reelaborados e redesenhados, nas pesquisas científicas da universidade, para serem mais eficientes e mais lucrativos na exploração das classes excluídas pelos grupos dominantes. Assim, os temas de interesses sociais ou de interesse da maioria da população são relegados ao último plano, para não dizer censurados e arquivados, nos conselhos universitários.

Os alunos, graduandos das universidades públicas, tem um único objetivo, enquanto estão nos bancos universitários, encontrar um caminho rápido para o enriquecimento. Se não são ricos, querem ficar ricos. Se são ricos, querem ficar ainda mais ricos. Já os professores preferem buscar mecanismos que dobrem a renda pessoal e levem-nos rumo ao estrelato acadêmico de forma rápida e fácil. Quem não faz isso, quem não pensa assim, são excluídos do sistema, das bolsas e das pesquisas, pois ameaçam a "ordem que mascara a realidade e que manipula interesses: uma ordem que reinventa a moral sob o signo da necessidade e que caminha leve e inescrupulosamente com a hipocrisia, ou seja, que muda tudo para nada mudar."

Pior, pensar em problemas e questões sociais dentro da universidade pública, principalmente na USP, é caminhar para o insucesso acadêmico, pois ninguém está disposto a orientar pesquisas e estudos que versem sobre esses temas ou que possam repercutir socialmente. Por exemplo, não se estuda a criminalidade organizada nos presídios, a descriminalização das drogas, etc. Preferem perder tempo e dinheiro público produzindo "basura" intelectual.

Certamente, existem professores, pesquisadores, funcionários e alunos, assim como grupos de pesquisas, que lutam ferozmente e bravamente contra esse tipo de mentalidade e comportamento. Contudo, esses lutadores são minoria e como toda minoria são massacrados pelos imperialistas da universidade. Quando esses atores minoritários buscam verbas para pesquisas sociais recebem, logo no primeiro pedido, um não bem grande e ameaçador. Não há dinheiro para pesquisas e projetos que beneficiem a coletividade ou a maioria da população. Porém, sobram recursos para projetos que beneficiam empresas privadas.

Basta observar os movimentos de patenteamento de tecnologias desenvolvidas nas universidades públicas. Em nome de quem são registradas essas patentes, ou seja, quem é o dono da patente e quem ganha com a exploração dos produtos?

Inclusive, é pertinente citar aqui, eu fiz alguns projetos de pesquisa para estudar a criminalidade organizada nos presídios, outro para analisar a descriminalização das drogas, etc e fui devidamente ignorado pelos professores para os quais enviei tais projetos. Não há interesse em estudar essas questões ? Por que ? Por isso, eu decidi bancar sozinho essas pesquisas e, quando terminá-las, irei apresentá-las em universidades estrangeiras, ou seja, bem longe dos intelectuais macunaímas que povoam as universidades públicas brasileiras. Esse é o caminho mais rápido para se contornar o poder dos grupos dominantes que controlam, desvirtuam e parasitam as finalidades das universidades públicas.

Nesse contexto, os interesses sociais que deveriam ser perseguidos pela universidade pública, alimentada com recursos coletivos, são meros detalhes inconvenientes que devem ser esquecidos e ignorados. Assim, predomina dentro dessas instituições o pacto universitário dos parasitas macunaímas, ou seja, ninguém fala, trabalha ou cobra ações, pesquisas e interesses sociais ou coletivos no âmbito da universidade. Com isso, os problemas e as questões sociais são afastadas das políticas e pesquisas universitárias, sem ocasionar dor de consciência em ninguém. E se alguém de fora insinua algo sobre esse assunto, mudam logo de conversa então adotam a estratégia versátil: fazer uma exposição justificadora em linguagem arcaica, ou seja, explicar minuciosamente a questão sem dizer absolutamente nada. Essa última estratégia é muito utilizada pelo João Plenário no programa Praça é Nossa do SBT. Nas universidades públicas isso está em toda parte, principalmente nas salas de aulas.

Eu não defendo a destinação exclusiva de recursos públicos para pesquisas sociais. O que eu defendo é uma divisão igualitária desses recursos. Metade para tecnologia e metade para estudos sociais. Hoje mais de 80% dos recursos são destinados para tecnologia. Por que isso ? De que adianta ter tanta tecnologia e continuar imerso num mundo de violência, criminalidade e miséria.

Os docentes universitários, principalmente da USP, preferem orientar trabalhos de pouca relevância e repercussão social pois, assim, não são questionados em suas tarefas, ou seja, ganham dinheiro sem ter que mostrar resultados relevantes. Logo, ninguém vai observar a falta de qualidade, criatividade e a irrelevância do trabalho ou a repetição de coisas que já foram feitas em pesquisas de outras universidades, etc. Se não acredita no que estou dizendo, rastreie as pesquisas que estão sendo desenvolvidas hoje nas universidades públicas brasileiras, assim você vai verificar que 90% dessas pesquisas não servem para nada, são dinheiro público jogado no lixo, ou melhor, dinheiro público jogado no bolso dos pesquisadores e orientadores macunaímas, ou seja, a coletividade paga caro pela produção de basura intelectual.

-----------------------------------

Relatório Lugano

O que a autora compreendeu foi o modo como, para os neoliberais, tornava-se incontornável o problema da redução de população e, com ele, a discussão de estratégias para “resolver” a questão dos excluídos; ou seja, para falar com franqueza, a discussão de um processo de seleção que o poeta Heiner Müller qualificou certa vez como “limpeza social”, a partir das escabrosas experiências de “limpeza étnica”.

Mas a “solução” não poderia significar uma reabilitação de sistemas genocidas como o Holocausto, pois como dizem os especialistas do Relatório: “O modelo de Auschwitz é o contrário do que precisamos para atingir o objetivo. (...)

A seleção das «vítimas” não deve ser responsabilidade de ninguém, senão das próprias “vítimas”. Elas selecionarão a si mesmas a partir de critérios de incompetência, de inaptidão, de pobreza, de ignorância, de preguiça, de criminalidade, e assim por diante; numa palavra, elas encontrar-se-ão no grupo dos perdedores”.

Desentranhando a lógica do extermínio das políticas e das práticas neoliberais contemporâneas, Susan George desvendou a radicalidade do processo em curso e por isso chegou, em seus comentários finais, a uma conclusão cortante: “Ou declaramos guerra à pobreza agora, ou mais dia menos dias vamos nos descobrir em guerra contra os pobres. É essa a escolha”.

A exortação de George evocou em mim um comentário chocante de Gilles Châtelet que certo dia exclamou, num tom desesperado, a um grupo de intelectuais brasileiros: “Do jeito que as coisas vão, se vocês matassem os pobres do Brasil seria menos pior do que os horrores que vocês vão cometer contra eles”.

A observação surpreendeu os ouvintes, que conheciam o caráter radicalmente antifascista do filósofo francês; mas gravou-se como ferro em brasa em nosso espírito, porque sabíamos que ele evidentemente não estava defendendo o genocídio dos pobres mas apontando, por um lado, a criminosa e hipócrita face oculta das elites brasileiras, e por outro, o que considerava nossa inação. Meses depois, perdendo definitivamente a esperança no mundo, Châtelet suicidou-se...

Perigos Controle Impacto Conclusões Metas

Pilares A conquista e a guerra A fome Prevenção

A peste Quebra-cabeças In fine...

---------------------------------------

Relatório Lugano

O que a autora compreendeu foi o modo como, para os neoliberais, tornava-se incontornável o problema da redução de população e, com ele, a discussão de estratégias para “resolver” a questão dos excluídos; ou seja, para falar com franqueza, a discussão de um processo de seleção que o poeta Heiner Müller qualificou certa vez como “limpeza social”, a partir das escabrosas experiências de “limpeza étnica”.

Mas a “solução” não poderia significar uma reabilitação de sistemas genocidas como o Holocausto, pois como dizem os especialistas do Relatório: “O modelo de Auschwitz é o contrário do que precisamos para atingir o objetivo. (...)

A seleção das «vítimas” não deve ser responsabilidade de ninguém, senão das próprias “vítimas”. Elas selecionarão a si mesmas a partir de critérios de incompetência, de inaptidão, de pobreza, de ignorância, de preguiça, de criminalidade, e assim por diante; numa palavra, elas encontrar-se-ão no grupo dos perdedores”.

Desentranhando a lógica do extermínio das políticas e das práticas neoliberais contemporâneas, Susan George desvendou a radicalidade do processo em curso e por isso chegou, em seus comentários finais, a uma conclusão cortante: “Ou declaramos guerra à pobreza agora, ou mais dia menos dias vamos nos descobrir em guerra contra os pobres. É essa a escolha”.

A exortação de George evocou em mim um comentário chocante de Gilles Châtelet que certo dia exclamou, num tom desesperado, a um grupo de intelectuais brasileiros: “Do jeito que as coisas vão, se vocês matassem os pobres do Brasil seria menos pior do que os horrores que vocês vão cometer contra eles”.

A observação surpreendeu os ouvintes, que conheciam o caráter radicalmente antifascista do filósofo francês; mas gravou-se como ferro em brasa em nosso espírito, porque sabíamos que ele evidentemente não estava defendendo o genocídio dos pobres mas apontando, por um lado, a criminosa e hipócrita face oculta das elites brasileiras, e por outro, o que considerava nossa inação. Meses depois, perdendo definitivamente a esperança no mundo, Châtelet suicidou-se...

Perigos Controle Impacto Conclusões Metas

Pilares A conquista e a guerra A fome Prevenção

A peste Quebra-cabeças In fine...

---------------------------------------