domingo, 29 de julho de 2007

O sistema presidiário brasileiro

"A Prisão" - Autor: Luís Francisco Carvalho Filho
Editora: Publifolha

"A prisão priva o homem de elementos imprescindíveis

à sua existência, como a luz, o ar e o movimento."
Hildebrando Thomaz de Carvalho,

"Hygiene das Escolas e das Prisões", 1917

Crueldade e Descontrole

Em 18 de fevereiro de 2001, o Brasil seria surpreendido por uma super-rebelião de presos. Sob a regência da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que se notabilizara pela prática de atos de violência e fugas sensacionais, 28 mil detentos de 29 unidades prisionais do estado de São Paulo, em 19 cidades, amotinaram-se ao mesmo tempo. A Secretaria de Assuntos Penitenciários só readquiriu o controle da situação 27 horas depois e contabilizou 16 mortos.

Ocorrência de tal magnitude não se explica apenas pelo atrevimento do chamado crime organizado ou pela posse de telefones celulares, contrabandeados para dentro dos presídios com a conivência do sistema de segurança. Um caldo de revolta e desespero anima os movimentos da massa prisioneira do país.

Dias depois do levante, um parlamentar ouviria ameaças de retaliação caso o governo estadual se recusasse a negociar uma lista de reivindicações, da qual apenas um item se relacionava diretamente com a organização: o cancelamento das transferências feitas para desarticular o PCC. Os outros itens da pauta diziam respeito ao tratamento que todos recebem: fim da tortura, punição de agentes penitenciários por abuso de poder e espancamentos, melhoria da assistência judiciária gratuita e fim das revistas vexatórias das visitas. 1

Dois episódios nada explosivos, de impacto bastante reduzido, capazes de afetar apenas o cotidiano de seus protagonistas, também revelam o estado de nossas prisões.

Em 16 de outubro de 2001, Augusto Sátiro de Jesus, 45, funcionário de uma rede de restaurantes havia 18 meses, foi detido em flagrante delito com uma coxa e uma sobrecoxa de frango, com prazo de validade vencido, no interior de sua mochila. Sem dinheiro para comprar comida, segundo sua versão, correu o risco de passar pelo crivo da vigilância dos patrões com o produto do "crime", avaliado pela polícia em R$ 0,90. Preso por furto qualificado (por ter abusado da confiança do empregador), sem assistência de advogado, ele permaneceria 16 dias numa cela de 12 metros quadrados com outros 25 homens, num dos muitos distritos policiais da cidade de São Paulo. 2

Cerca de um ano antes, duas jovens advogadas paulistanas foram procuradas por um homem negro, acompanhado da mulher e de uma criança de colo, em situação jurídica inusitada, que poderia fazer parte da narrativa de Lewis Carroll em Aventuras de Alice no País das Maravilhas. Condenado à prisão, ele recebera autorização para passar o fim de semana com a família. Por motivo de doença, apresentara-se à portaria da penitenciária com atraso. Foi simplesmente impedido de entrar. O funcionário da recepção fechou arbitrariamente as portas da prisão para ele, deixando-o do lado de fora --"livre" e perplexo, ameaçado de ser considerado fugitivo e perder o prontuário de bom comportamento. As advogadas, acostumadas a formular pedidos de liberdade, viram-se na contingência de requerer sua prisão, o que, evidentemente, logo se deferiu. Dias depois, receberiam um telefonema de agradecimento, quando também souberam que o preso, como retaliação, fora punido com isolamento.

As prisões brasileiras são insalubres, corrompidas, superlotadas, esquecidas. A maioria de seus habitantes não exerce o direito de defesa. Milhares de condenados cumprem penas em locais impróprios.

O Relatório da caravana da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados por diversos presídios do país, divulgado em setembro de 2000, aponta um quadro "fora da lei", trágico e vergonhoso, que invariavelmente atinge gente pobre, jovem e semi-alfabetizada.

No Ceará, presos se alimentavam com as mãos, e a comida, "estragada", era distribuída em sacos plásticos --sacos plásticos que, em Pernambuco, serviam para que detentos isolados pudessem defecar.

No Rio de Janeiro, em Bangu I, penitenciária de segurança máxima, verificou-se que não havia oportunidade de trabalho e de estudo porque trabalho e estudo ameaçavam a segurança.

No Paraná, os deputados se defrontaram com um preso recolhido em cela de isolamento (utilizada para punição disciplinar) havia sete anos, período que passou sem ter recebido visitas nem tomado banho de sol.

No Rio Grande do Sul, na Penitenciária do Jacuí, com 1.241 detentos, apesar de progressos, havia a assistência jurídica de um único procurador do estado e, em dias de visita, o "desnudamento" dos familiares dos presos, com "flexões e arregaçamento da vagina e do ânus".

Há uma mistura estrategicamente inconcebível de pessoas perigosas e não-perigosas. Há tuberculosos, aidéticos e esquizofrênicos sem atendimento.3 O cheiro e o ar que dominam as carceragens do Brasil são indescritíveis, e não se imagina que nelas é possível viver.

Quem ler os trabalhos resultantes das incursões de Percival de Souza (nos anos 70) e Drauzio Varella (nos anos 90),4 cada um a seu modo, à Casa de Detenção de São Paulo, no Carandiru, o maior presídio do país, verá que, durante décadas, milhares e milhares de homens foram remetidos para um mundo assustador, onde nada é capaz de lembrar propósitos de reabilitação.

Os motins se espalham. Em 2 de janeiro de 2002, rebelião no presídio de segurança máxima Urso Branco, em Porto Velho, Rondônia, deixaria um saldo de pelo menos 27 mortos, os corpos espalhados pelas celas, muitos deles mutilados, resultantes do confronto de grupos rivais. Os cadáveres eram retirados por trator tipo retroescavadeira, que os recolhia do interior do presídio e os jogava num caminhão, que os levaria para o IML. O presídio tinha capacidade para 360 homens e abrigava cerca de 900. Em dezembro de 2001, a arquidiocese local já alertara para a iminência de uma "carnificina".5

Curiosamente, o próprio diretor do presídio, afastado do cargo dois dias depois da mortandade, fora condenado em 2001 a cumprir pena de dois anos e um mês de prisão por prevaricação e falsidade, acusado de ter explorado o trabalho de presos na reforma de sua residência particular.6

Do lado de fora dos muros, os índices de criminalidade violenta aumentam, os sentimentos de impunidade e insegurança se generalizam. As leis e os magistrados tendem a ser cada vez mais severos. O sistema judiciário é profundamente desigual. A exclusão econômica aumenta ainda mais a freguesia das prisões.

O número de presos cresce em ritmo acelerado. O censo penitenciário de 1995 apontava a existência de 148.760 presos no Brasil: 95,4 para cada grupo de 100 mil habitantes (critério internacional para o cálculo da taxa de encarceramento nos diversos países). O censo de 1997 detectava a prisão de 170.602 homens e mulheres, com taxa de encarceramento de 108,6 e déficit de 96.010 vagas.

Em abril de 2001, já havia 223.220 presos no Brasil, o que representava 142,1 detentos para cada grupo de 100 mil habitantes. A maior concentração estava em São Paulo, com 94.737 presos e uma proporção sensivelmente mais alta: 277,7 presos para cada grupo de 100 mil habitantes.7

Em outubro de 2001, existia déficit de pelo menos 26 mil vagas no complexo formado pelas penitenciárias e pelas carceragens das delegacias de polícia de São Paulo. O poder público se esforça, mas lembra a fábula do homem que tenta evitar o vazamento da represa com o dedo. Como admitem as autoridades, só para dar conta do crescimento da população presa mensalmente (de 800 a mil réus), seria necessário construir um novo presídio a cada trinta dias.8 E presídios custam muito caro.

As cifras não contabilizam os infratores menores de 18 anos, que tecnicamente não estão presos, mas "internados", e não cumprem pena, mas recebem "medida socioeducativa". No primeiro semestre do ano 2000, foram aplicadas mais de 99 mil medidas socioeducativas contra adolescentes em São Paulo; entre elas, contavam-se 54.871 casos de liberdade assistida, 21.729 casos de prestação de serviço à comunidade e 17.088 internações compulsórias.9 São os presos de amanhã.

A imagem do país no exterior se deteriora: entidades internacionais de defesa dos direitos humanos têm sistematicamente condenado as terríveis condições de vida dos presídios brasileiros. O sistema é visto como um rastilho de pólvora e fator de incentivo à violência. Não só pela desumanidade medieval que patrocina, mas pela absoluta ausência de interesse político em relação ao que acontece em seu interior.

EXCLUSÃO E NEGÓCIO

Nossos números são aparentemente modestos se o parâmetro de comparação é o sistema prisional dos Estados Unidos da América, que, em 30 de junho do ano 2000, abrigava 1.931.859 presos.10

É o equivalente à população de Brasília ou à soma das populações inteiras de cidades prósperas do estado de São Paulo, como Campinas, São José dos Campos e Santos. São 702 detentos para cada grupo de 100 mil habitantes --a mais alta taxa de encarceramento do planeta. Se a base de crescimento for mantida, estima-se que em 31 de dezembro de 2005 haverá mais de 2,2 milhões de presos nos EUA.

Além da população encarcerada, uma quantidade assombrosa de homens e mulheres, mais de 4,5 milhões, estava sob a vigilância do sistema punitivo norte-americano (ameaçados de prisão no caso de não-cumprimento das exigências impostas pela Justiça), em regime de suspensão da pena privativa de liberdade (probation) ou em liberdade condicional (parole) em dezembro de 2000. A soma de pessoas presas ou vigiadas correspondia a 3,1% da população residente adulta dos EUA (uma em cada 32 pessoas nessa faixa etária).

O mais rico país do mundo não pratica em seus presídios a crueldade crua que invariavelmente se encontra nos cárceres do Terceiro Mundo, mas o gigantismo do sistema faz com que a violência sexual contra prisioneiros, por exemplo, torne-se motivo de grande preocupação.

Ao contrário de outros países, que ainda não se voltaram para o problema, como se a hipótese do "estupro"11 fosse inerente à perda da liberdade, há nos EUA uma saudável mobilização contra a violência sexual (rape), prática entranhada no sistema, inclusive como mecanismo de punição informal de presos. Por seu impacto psicológico devastador, a violência sexual é apontada como um dos fatores determinantes da reincidência criminal e como uma das principais causas de suicídio, que, por sua vez, é uma das principais causas de óbito entre encarcerados. Em outubro de 2001, uma organização não-governamental exclusivamente voltada para a questão (a Stop Prison Rape) estimava em cerca de 364 mil o número de atos de violência sexual praticados por ano nas prisões dos EUA. Atingem, sobretudo, jovens e presos não-violentos.12

Os números expõem, também, o caráter racista do sistema. Apenas cerca de 6% da população norte-americana é composta de homens negros e adultos, mas quase a metade dos presos são homens negros e adultos. A taxa de encarceramento de negros em 1994 era em média 7,66 vezes superior à taxa de encarceramento de brancos. Em Minnesota, havia 1.275 presos negros e 56 presos brancos por grupo de 100 mil habitantes dos respectivos universos populacionais. Em Nova York, 1.138 negros e 202 brancos. No Texas, 1.943 negros e 178 brancos (Stern, p. 50 e 119).

A quantidade crescente de presos ainda indica um cenário de exclusão política, sem paralelo em países democráticos. Segundo cálculo de 1998,13 cerca de 3,9 milhões de pessoas adultas estariam sem direito político de votar nos EUA em virtude dos efeitos colaterais da condenação. Além dos efetivamente encarcerados, diversos estados impedem o voto de condenados em regime de probation ou parole. Outros inviabilizam o direito de voto até de condenados que já cumpriram suas penas. O quadro atinge de forma marcante a minoria negra: cerca de 1,4 milhão de indivíduos (13% do total). Em dez estados, a proporção era de um em cada cinco negros sem direito de voto.

A sensação de insegurança e a queda dos índices de criminalidade têm estimulado o movimento encarcerador. Em 1980, eram 1.842.100 pessoas presas ou vigiadas (probation e parole); no final do ano 2000, eram 6.467.200.14 O custo anual do sistema ultrapassou US$ 40 bilhões. O número de presos é tão expressivo que interfere, decisivamente, nos cálculos das taxas de desemprego.

Medidas legislativas baseadas no princípio da "tolerância zero" (que pretende prevenir delitos mais graves com a punição de infrações mais leves), apoiadas pela maioria da população, indicam que a disposição dos governantes não é prender apenas os autores dos crimes violentos, e sim abortar carreiras criminosas no nascedouro, não se importando com o custo humano, financeiro e político disso.

Em alguns estados norte-americanos, a aplicação de leis conhecidas por three strikes you're out (expressão emprestada do beisebol, um dos esportes mais populares do país) pode resultar hoje na prisão perpétua, sem direito à liberdade condicional, de reincidentes em três delitos não-violentos.

Nas últimas duas décadas, os EUA endureceram o regime punitivo, modificaram suas prioridades orçamentárias e ampliaram a infra-estrutura carcerária, recorrendo, inclusive, à iniciativa privada para a construção e gestão de penitenciárias.

As prisões e os réus passaram a ser o núcleo de um poderoso interesse industrial, um grande negócio. Na esteira da globalização, empresas dedicadas ao cárcere movimentam milhões de dólares anualmente, prometendo aliviar as despesas estatais e resolver o problema da superlotação. Segundo Minhoto, já têm interesses econômicos espalhados por países como França, Canadá, Inglaterra, Alemanha, Austrália e Porto Rico. Para elas, pelo menos, o crime compensa.

Este livro tem por objetivo introduzir o leitor no assunto prisão. Além de discorrer sobre as origens e os desenvolvimentos históricos dos sistemas penitenciários, traz explicações rápidas do regime punitivo brasileiro atual. No último capítulo, são apresentadas algumas das principais polêmicas: dos efeitos negativos causados no ser humano pelo encarceramento às tendências de privatização, do absoluto desinteresse político em torno da figura do preso à discussão sobre a eficácia da prisão como instrumento de combate à violência.

Trata-se de um livro breve. O pequeno conjunto de obras que serviu de base para sua elaboração constitui um acervo de leitura recomendável para quem pretende se aprofundar, mas é apenas uma amostra do quanto já se escreveu, mais e melhor, sobre o tema.

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1 Folha de S.Paulo, 21/2/2001, p. C3, "Líderes do PCC Ameaçam Novas Rebeliões".

2 Folha de S.Paulo, 2/11/2001, p. C3, "Homem Fica 16 Dias Preso por Furtar Comida".

3 O Estado de S. Paulo, 24/11/2001, p. C10, "Juiz Quer Indulto Para Presos em Fase Terminal". Jornal do Advogado (OAB/SP), novembro 2001, p. 9, "Doenças Graves e Contagiosas nas Carceragens".

4 Todas as referências a livros e documentos podem ser encontradas na Bibliografia final. Apenas artigos de periódicos e sites serão indicados nas notas de rodapé.

5 O Globo, 4/1/2002, p. 8, "Governo Vai Apurar Rebelião em Rondônia". Na véspera, a imprensa chegou a noticiar a morte de 46 detentos.

6 O Globo, 5/1/2002, p. 5, "Diretor de Presídio Já Tinha Sido Condenado".

7 Ministério da Justiça, Departamento Penitenciário Nacional (www.mj.gov.br/snj/depen/sipen/).

8 Folha de S.Paulo, 16/10/2001, p. C3, "Seria Necessário Construir um Presídio por Mês".

9 Ministério da Justiça, Secretaria de Estado dos Direitos Humanos (www.mj.gov.br/sedh/dca/mse1sem2000.htm).

10 Allen J. Beck e Jennifer C. Karberg, Prison and Jail Inmates at Midyear 2000. Washington: Bureau of Justice Statistics Bulletin, U.S. Department of Justice, March 2001 (www.ojp.usdoj.gov/bjs/).

11 No Brasil, a violência sexual contra homens é definida não como estupro, mas como "atentado violento ao pudor".

12 Stop Prison Rape (www.spr.org).

13 The Sentencing Project e Human Rights Watch, Losing the Vote - the Impact of Felony Disenfranchisement Laws in the United States (www.hrw.org/reports98/vote).

14 U.S. Department of Justice, Bureau of Justice Statistics (www.ojp.usdoj.gov/bjsglance/tables/).

O sistema presidiário brasileiro

"A Prisão" - Autor: Luís Francisco Carvalho Filho
Editora: Publifolha

"A prisão priva o homem de elementos imprescindíveis

à sua existência, como a luz, o ar e o movimento."
Hildebrando Thomaz de Carvalho,

"Hygiene das Escolas e das Prisões", 1917

Crueldade e Descontrole

Em 18 de fevereiro de 2001, o Brasil seria surpreendido por uma super-rebelião de presos. Sob a regência da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que se notabilizara pela prática de atos de violência e fugas sensacionais, 28 mil detentos de 29 unidades prisionais do estado de São Paulo, em 19 cidades, amotinaram-se ao mesmo tempo. A Secretaria de Assuntos Penitenciários só readquiriu o controle da situação 27 horas depois e contabilizou 16 mortos.

Ocorrência de tal magnitude não se explica apenas pelo atrevimento do chamado crime organizado ou pela posse de telefones celulares, contrabandeados para dentro dos presídios com a conivência do sistema de segurança. Um caldo de revolta e desespero anima os movimentos da massa prisioneira do país.

Dias depois do levante, um parlamentar ouviria ameaças de retaliação caso o governo estadual se recusasse a negociar uma lista de reivindicações, da qual apenas um item se relacionava diretamente com a organização: o cancelamento das transferências feitas para desarticular o PCC. Os outros itens da pauta diziam respeito ao tratamento que todos recebem: fim da tortura, punição de agentes penitenciários por abuso de poder e espancamentos, melhoria da assistência judiciária gratuita e fim das revistas vexatórias das visitas. 1

Dois episódios nada explosivos, de impacto bastante reduzido, capazes de afetar apenas o cotidiano de seus protagonistas, também revelam o estado de nossas prisões.

Em 16 de outubro de 2001, Augusto Sátiro de Jesus, 45, funcionário de uma rede de restaurantes havia 18 meses, foi detido em flagrante delito com uma coxa e uma sobrecoxa de frango, com prazo de validade vencido, no interior de sua mochila. Sem dinheiro para comprar comida, segundo sua versão, correu o risco de passar pelo crivo da vigilância dos patrões com o produto do "crime", avaliado pela polícia em R$ 0,90. Preso por furto qualificado (por ter abusado da confiança do empregador), sem assistência de advogado, ele permaneceria 16 dias numa cela de 12 metros quadrados com outros 25 homens, num dos muitos distritos policiais da cidade de São Paulo. 2

Cerca de um ano antes, duas jovens advogadas paulistanas foram procuradas por um homem negro, acompanhado da mulher e de uma criança de colo, em situação jurídica inusitada, que poderia fazer parte da narrativa de Lewis Carroll em Aventuras de Alice no País das Maravilhas. Condenado à prisão, ele recebera autorização para passar o fim de semana com a família. Por motivo de doença, apresentara-se à portaria da penitenciária com atraso. Foi simplesmente impedido de entrar. O funcionário da recepção fechou arbitrariamente as portas da prisão para ele, deixando-o do lado de fora --"livre" e perplexo, ameaçado de ser considerado fugitivo e perder o prontuário de bom comportamento. As advogadas, acostumadas a formular pedidos de liberdade, viram-se na contingência de requerer sua prisão, o que, evidentemente, logo se deferiu. Dias depois, receberiam um telefonema de agradecimento, quando também souberam que o preso, como retaliação, fora punido com isolamento.

As prisões brasileiras são insalubres, corrompidas, superlotadas, esquecidas. A maioria de seus habitantes não exerce o direito de defesa. Milhares de condenados cumprem penas em locais impróprios.

O Relatório da caravana da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados por diversos presídios do país, divulgado em setembro de 2000, aponta um quadro "fora da lei", trágico e vergonhoso, que invariavelmente atinge gente pobre, jovem e semi-alfabetizada.

No Ceará, presos se alimentavam com as mãos, e a comida, "estragada", era distribuída em sacos plásticos --sacos plásticos que, em Pernambuco, serviam para que detentos isolados pudessem defecar.

No Rio de Janeiro, em Bangu I, penitenciária de segurança máxima, verificou-se que não havia oportunidade de trabalho e de estudo porque trabalho e estudo ameaçavam a segurança.

No Paraná, os deputados se defrontaram com um preso recolhido em cela de isolamento (utilizada para punição disciplinar) havia sete anos, período que passou sem ter recebido visitas nem tomado banho de sol.

No Rio Grande do Sul, na Penitenciária do Jacuí, com 1.241 detentos, apesar de progressos, havia a assistência jurídica de um único procurador do estado e, em dias de visita, o "desnudamento" dos familiares dos presos, com "flexões e arregaçamento da vagina e do ânus".

Há uma mistura estrategicamente inconcebível de pessoas perigosas e não-perigosas. Há tuberculosos, aidéticos e esquizofrênicos sem atendimento.3 O cheiro e o ar que dominam as carceragens do Brasil são indescritíveis, e não se imagina que nelas é possível viver.

Quem ler os trabalhos resultantes das incursões de Percival de Souza (nos anos 70) e Drauzio Varella (nos anos 90),4 cada um a seu modo, à Casa de Detenção de São Paulo, no Carandiru, o maior presídio do país, verá que, durante décadas, milhares e milhares de homens foram remetidos para um mundo assustador, onde nada é capaz de lembrar propósitos de reabilitação.

Os motins se espalham. Em 2 de janeiro de 2002, rebelião no presídio de segurança máxima Urso Branco, em Porto Velho, Rondônia, deixaria um saldo de pelo menos 27 mortos, os corpos espalhados pelas celas, muitos deles mutilados, resultantes do confronto de grupos rivais. Os cadáveres eram retirados por trator tipo retroescavadeira, que os recolhia do interior do presídio e os jogava num caminhão, que os levaria para o IML. O presídio tinha capacidade para 360 homens e abrigava cerca de 900. Em dezembro de 2001, a arquidiocese local já alertara para a iminência de uma "carnificina".5

Curiosamente, o próprio diretor do presídio, afastado do cargo dois dias depois da mortandade, fora condenado em 2001 a cumprir pena de dois anos e um mês de prisão por prevaricação e falsidade, acusado de ter explorado o trabalho de presos na reforma de sua residência particular.6

Do lado de fora dos muros, os índices de criminalidade violenta aumentam, os sentimentos de impunidade e insegurança se generalizam. As leis e os magistrados tendem a ser cada vez mais severos. O sistema judiciário é profundamente desigual. A exclusão econômica aumenta ainda mais a freguesia das prisões.

O número de presos cresce em ritmo acelerado. O censo penitenciário de 1995 apontava a existência de 148.760 presos no Brasil: 95,4 para cada grupo de 100 mil habitantes (critério internacional para o cálculo da taxa de encarceramento nos diversos países). O censo de 1997 detectava a prisão de 170.602 homens e mulheres, com taxa de encarceramento de 108,6 e déficit de 96.010 vagas.

Em abril de 2001, já havia 223.220 presos no Brasil, o que representava 142,1 detentos para cada grupo de 100 mil habitantes. A maior concentração estava em São Paulo, com 94.737 presos e uma proporção sensivelmente mais alta: 277,7 presos para cada grupo de 100 mil habitantes.7

Em outubro de 2001, existia déficit de pelo menos 26 mil vagas no complexo formado pelas penitenciárias e pelas carceragens das delegacias de polícia de São Paulo. O poder público se esforça, mas lembra a fábula do homem que tenta evitar o vazamento da represa com o dedo. Como admitem as autoridades, só para dar conta do crescimento da população presa mensalmente (de 800 a mil réus), seria necessário construir um novo presídio a cada trinta dias.8 E presídios custam muito caro.

As cifras não contabilizam os infratores menores de 18 anos, que tecnicamente não estão presos, mas "internados", e não cumprem pena, mas recebem "medida socioeducativa". No primeiro semestre do ano 2000, foram aplicadas mais de 99 mil medidas socioeducativas contra adolescentes em São Paulo; entre elas, contavam-se 54.871 casos de liberdade assistida, 21.729 casos de prestação de serviço à comunidade e 17.088 internações compulsórias.9 São os presos de amanhã.

A imagem do país no exterior se deteriora: entidades internacionais de defesa dos direitos humanos têm sistematicamente condenado as terríveis condições de vida dos presídios brasileiros. O sistema é visto como um rastilho de pólvora e fator de incentivo à violência. Não só pela desumanidade medieval que patrocina, mas pela absoluta ausência de interesse político em relação ao que acontece em seu interior.

EXCLUSÃO E NEGÓCIO

Nossos números são aparentemente modestos se o parâmetro de comparação é o sistema prisional dos Estados Unidos da América, que, em 30 de junho do ano 2000, abrigava 1.931.859 presos.10

É o equivalente à população de Brasília ou à soma das populações inteiras de cidades prósperas do estado de São Paulo, como Campinas, São José dos Campos e Santos. São 702 detentos para cada grupo de 100 mil habitantes --a mais alta taxa de encarceramento do planeta. Se a base de crescimento for mantida, estima-se que em 31 de dezembro de 2005 haverá mais de 2,2 milhões de presos nos EUA.

Além da população encarcerada, uma quantidade assombrosa de homens e mulheres, mais de 4,5 milhões, estava sob a vigilância do sistema punitivo norte-americano (ameaçados de prisão no caso de não-cumprimento das exigências impostas pela Justiça), em regime de suspensão da pena privativa de liberdade (probation) ou em liberdade condicional (parole) em dezembro de 2000. A soma de pessoas presas ou vigiadas correspondia a 3,1% da população residente adulta dos EUA (uma em cada 32 pessoas nessa faixa etária).

O mais rico país do mundo não pratica em seus presídios a crueldade crua que invariavelmente se encontra nos cárceres do Terceiro Mundo, mas o gigantismo do sistema faz com que a violência sexual contra prisioneiros, por exemplo, torne-se motivo de grande preocupação.

Ao contrário de outros países, que ainda não se voltaram para o problema, como se a hipótese do "estupro"11 fosse inerente à perda da liberdade, há nos EUA uma saudável mobilização contra a violência sexual (rape), prática entranhada no sistema, inclusive como mecanismo de punição informal de presos. Por seu impacto psicológico devastador, a violência sexual é apontada como um dos fatores determinantes da reincidência criminal e como uma das principais causas de suicídio, que, por sua vez, é uma das principais causas de óbito entre encarcerados. Em outubro de 2001, uma organização não-governamental exclusivamente voltada para a questão (a Stop Prison Rape) estimava em cerca de 364 mil o número de atos de violência sexual praticados por ano nas prisões dos EUA. Atingem, sobretudo, jovens e presos não-violentos.12

Os números expõem, também, o caráter racista do sistema. Apenas cerca de 6% da população norte-americana é composta de homens negros e adultos, mas quase a metade dos presos são homens negros e adultos. A taxa de encarceramento de negros em 1994 era em média 7,66 vezes superior à taxa de encarceramento de brancos. Em Minnesota, havia 1.275 presos negros e 56 presos brancos por grupo de 100 mil habitantes dos respectivos universos populacionais. Em Nova York, 1.138 negros e 202 brancos. No Texas, 1.943 negros e 178 brancos (Stern, p. 50 e 119).

A quantidade crescente de presos ainda indica um cenário de exclusão política, sem paralelo em países democráticos. Segundo cálculo de 1998,13 cerca de 3,9 milhões de pessoas adultas estariam sem direito político de votar nos EUA em virtude dos efeitos colaterais da condenação. Além dos efetivamente encarcerados, diversos estados impedem o voto de condenados em regime de probation ou parole. Outros inviabilizam o direito de voto até de condenados que já cumpriram suas penas. O quadro atinge de forma marcante a minoria negra: cerca de 1,4 milhão de indivíduos (13% do total). Em dez estados, a proporção era de um em cada cinco negros sem direito de voto.

A sensação de insegurança e a queda dos índices de criminalidade têm estimulado o movimento encarcerador. Em 1980, eram 1.842.100 pessoas presas ou vigiadas (probation e parole); no final do ano 2000, eram 6.467.200.14 O custo anual do sistema ultrapassou US$ 40 bilhões. O número de presos é tão expressivo que interfere, decisivamente, nos cálculos das taxas de desemprego.

Medidas legislativas baseadas no princípio da "tolerância zero" (que pretende prevenir delitos mais graves com a punição de infrações mais leves), apoiadas pela maioria da população, indicam que a disposição dos governantes não é prender apenas os autores dos crimes violentos, e sim abortar carreiras criminosas no nascedouro, não se importando com o custo humano, financeiro e político disso.

Em alguns estados norte-americanos, a aplicação de leis conhecidas por three strikes you're out (expressão emprestada do beisebol, um dos esportes mais populares do país) pode resultar hoje na prisão perpétua, sem direito à liberdade condicional, de reincidentes em três delitos não-violentos.

Nas últimas duas décadas, os EUA endureceram o regime punitivo, modificaram suas prioridades orçamentárias e ampliaram a infra-estrutura carcerária, recorrendo, inclusive, à iniciativa privada para a construção e gestão de penitenciárias.

As prisões e os réus passaram a ser o núcleo de um poderoso interesse industrial, um grande negócio. Na esteira da globalização, empresas dedicadas ao cárcere movimentam milhões de dólares anualmente, prometendo aliviar as despesas estatais e resolver o problema da superlotação. Segundo Minhoto, já têm interesses econômicos espalhados por países como França, Canadá, Inglaterra, Alemanha, Austrália e Porto Rico. Para elas, pelo menos, o crime compensa.

Este livro tem por objetivo introduzir o leitor no assunto prisão. Além de discorrer sobre as origens e os desenvolvimentos históricos dos sistemas penitenciários, traz explicações rápidas do regime punitivo brasileiro atual. No último capítulo, são apresentadas algumas das principais polêmicas: dos efeitos negativos causados no ser humano pelo encarceramento às tendências de privatização, do absoluto desinteresse político em torno da figura do preso à discussão sobre a eficácia da prisão como instrumento de combate à violência.

Trata-se de um livro breve. O pequeno conjunto de obras que serviu de base para sua elaboração constitui um acervo de leitura recomendável para quem pretende se aprofundar, mas é apenas uma amostra do quanto já se escreveu, mais e melhor, sobre o tema.

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1 Folha de S.Paulo, 21/2/2001, p. C3, "Líderes do PCC Ameaçam Novas Rebeliões".

2 Folha de S.Paulo, 2/11/2001, p. C3, "Homem Fica 16 Dias Preso por Furtar Comida".

3 O Estado de S. Paulo, 24/11/2001, p. C10, "Juiz Quer Indulto Para Presos em Fase Terminal". Jornal do Advogado (OAB/SP), novembro 2001, p. 9, "Doenças Graves e Contagiosas nas Carceragens".

4 Todas as referências a livros e documentos podem ser encontradas na Bibliografia final. Apenas artigos de periódicos e sites serão indicados nas notas de rodapé.

5 O Globo, 4/1/2002, p. 8, "Governo Vai Apurar Rebelião em Rondônia". Na véspera, a imprensa chegou a noticiar a morte de 46 detentos.

6 O Globo, 5/1/2002, p. 5, "Diretor de Presídio Já Tinha Sido Condenado".

7 Ministério da Justiça, Departamento Penitenciário Nacional (www.mj.gov.br/snj/depen/sipen/).

8 Folha de S.Paulo, 16/10/2001, p. C3, "Seria Necessário Construir um Presídio por Mês".

9 Ministério da Justiça, Secretaria de Estado dos Direitos Humanos (www.mj.gov.br/sedh/dca/mse1sem2000.htm).

10 Allen J. Beck e Jennifer C. Karberg, Prison and Jail Inmates at Midyear 2000. Washington: Bureau of Justice Statistics Bulletin, U.S. Department of Justice, March 2001 (www.ojp.usdoj.gov/bjs/).

11 No Brasil, a violência sexual contra homens é definida não como estupro, mas como "atentado violento ao pudor".

12 Stop Prison Rape (www.spr.org).

13 The Sentencing Project e Human Rights Watch, Losing the Vote - the Impact of Felony Disenfranchisement Laws in the United States (www.hrw.org/reports98/vote).

14 U.S. Department of Justice, Bureau of Justice Statistics (www.ojp.usdoj.gov/bjsglance/tables/).

sábado, 28 de julho de 2007

O Projeto OCW-USP e o INCLUSP

Leonildo Correa - 28/07/2007

Uma das deficiências do Programa de inclusão criado pela USP reside no alcance das ações. A maioria dos projetos, dentro desse programa, tem alcance limitado e restrito, surtindo pouco efeito prático na solução do problema das desigualdades. Por exemplo, aumentar a nota de um aluno de escola pública em 3% é irrelevante, pois a defasagem de conhecimento desse aluno não é de apenas 3%. Dar isenção de taxas no vestibular, também é irrelevante, pois o problema não é o pagamento de taxa, mas sim a carência de ensino público de qualidade. Criar um cursinho vestibular gratuito piora ainda mais a coisa, pois gera, antes da chegada no vestibular, uma outra exclusão, a do aluno que não conseguiu fazer o cursinho da USP, sem contar que esse cursinho atenderá apenas uma parcela diminuta dos vestibulando de baixa renda.

Portanto, os projetos do INCLUSP constituem pequenas gotas d'agua lançadas em um deserto de desigualdades. Gotas que atingem a areia e evaporam rapidamente, não resolvendo o problema da falta de água. É preciso fazer uma coisa grande. É preciso que o INCLUSP seja grande e atinja toda a sociedade e dê possibilidades para todas as pessoas, atacando o problema das desigualdades na raiz, simultaneamente, de vários ângulos.

O Projeto OCW-USP do Instituto OCW Br@sil tem essa capacidade. É um projeto grande que possibilita à Universidade de São Paulo utilizar a sua matéria-prima de melhor qualidade, o conhecimento, contra as desigualdades que assolam a educação e as regiões brasileiras.

A disponibilização gratuita do conteúdo de todas as disciplinas de todos os cursos da USP, incluindo textos, som e vídeo, assim como todos os demais materiais relacionados a essa disciplina, constituirá o maior programa de inclusão já promovido por uma Universidade Pública brasileira. A USP não vai dar o seu diploma para todo os brasileiros. Vai dar, gratuitamente, algo maior do que isso: o conhecimento que ensina e transmite aos seus alunos em seus cursos. Os alunos que querem o diploma da USP continuam tendo que se submeter ao vestibular. Contudo, as pessoas que querem só o conhecimento da USP, precisarão apenas acessar a internet para assistir às aulas e refazer os cursos, estudar os materiais, ouvir e ver os professores, etc.

Com isso, o INCLUSP não incluiu apenas os alunos de escolas públicas no seu vestibular, mas inclui todos os brasileiros nas salas de aula da USP, dando possibilidade de todos acessarem o seu conhecimento, aprenderam mais e melhor e, a partir disso, modificarem a realidade em que vivem. Não é o diploma da USP que transforma a realidade. Não é o diploma da USP que faz de uma pessoa comum um líder, de um estudioso um intelectual, de um estudante um engenheiro, etc. É o conhecimento que transforma a pessoa. É a ação com conhecimento que transforma a realidade. O diploma é apenas uma confirmação de que a pessoa tem conhecimentos e foi treinada por essa ou aquela instituição. O diploma é isso. Nada mais do que isso.

Inclusive eu penso que se uma pessoa tem um profundo conhecimento do assunto, depois de ser aprovada em todas as provas necessárias e fazer todos os estágios exigidos, deveria receber o diploma, independentemente de ter feito cursos, aulas, seminários, etc. Penso que as pessoas deveriam ter a liberdade para escolher entre ter aulas com professores em sala, ter aulas com professores pela internet, ou estudarem sozinhas sem professor. Não só isso, considero que deveria existir um órgão educacional nacional que verificasse conhecimentos e emitisse diplomas.

Por exemplo, o aluno autodidata vai até o órgão e diz: "Tenho todos os conhecimentos para ser bacharel em direito. Portanto, gostaria de fazer as provas." O órgão responde: "Em tal dia, tal horário, você deverá fazer as provas do primeiro ano. Se passar, em tal dia fará as do segundo. Se passar, em tal dia fará as do terceiro, etc." E, uma vez aprovado em todas as provas, não há nenhuma razão para que esse aluno não receba o diploma de bacharel em direito. E, depois que receber o diploma, ele se submeterá às provas da OAB. Continuando o ciclo atual.

Não entendo e acho uma estupidez obrigar o aluno a ficar cinco anos estudando para receber o diploma de alguma coisa. Para certas pessoas cinco anos é pouco, precisariam de vinte. Para outras cinco anos é muito, precisariam de apenas um. Tem moleque de quinze anos que sabe mais do que muitos engenheiros e analistas de sistema, inclusive consegue invadir os servidores do Pentágono, nos EUA, com os olhos fechados. Não podemos obrigar todo mundo a ficar o mesmo tempo estudando, assim como não podemos submeter todos os alunos ao mesmo método de avaliação.

O que importa é o conhecimento que a pessoa adquire. O modo como ela adquiriu esse conhecimento é irrelevante, completamente irrelevante para a aquisição do diploma. Contudo, nesse momento, essa idéia é avançada demais. A maioria das autoridades públicas universitárias e dos docentes ainda estão com a cabeça no século passado e consideram que a única forma possível de obter aprendizagem e diplomas é ficando sentado em carteiras de madeira enfileiradas, durante vários anos, ouvindo várias pessoas falarem. Meu Deus do Céu, precisamos evoluir !!! Não podemos ficar amarrados a costumes de séculos anteriores. Certamente, em um futuro próximo os métodos de ensino de hoje serão considerados ridículos.

Mas, voltando ao assunto, nós do Instituto OCW Br@sil planejamos também estender o Projeto OCW-USP um pouco além das disciplinas da Universidade. Queremos englobar também as disciplinas, os conteúdos e os materiais do cursinho da USP para estudantes de baixa renda e de escolas públicas. Assim, esse cursinho pré-vestibular deixará de atender apenas uma pequena parcela de eleitos e chegará a todos os vestibulandos, a todas as escolas públicas do país. Isso irá globalizar o INCLUSP atual que está restrito a uma centena de alunos.

Logo, depois do Projeto OCW-USP, todos os estudantes secundaristas brasileiros terão acesso gratuito ás aulas ministradas no cursinho da USP, assim como acesso aos materiais utilizados nessas aulas. Essa ação é justa. Ela democratiza o conhecimento, socializa os saberes e dá oportunidades iguais para todos, sejam de escolas públicas, sejam de escolas particulares. Bastará apenas o estudante ter acesso a um computador com internet para fazer o cursinho da USP e depois prestar o vestibular.

Contudo, ainda há o problema do computador com acesso a internet. A primeira solução é o governo implantar computador com internet em todas as escolas públicas rapidamente, assim como criar cybercafés para estudantes de baixa renda.

Já a nossa solução temporária, que pode ser implementada pelo Instituto OCW Br@sil, é gravar as aulas (MP3 e Vídeo) em CDs que possam ser lidos em aparelhos de DVDS comuns, distribuindo esses CDs e DVDs para todas as escolas e bibliotecas públicas do país, assim como enviando, via postal, para os alunos que solicitarem cópias, etc. Com isso aumentamos, exponencialmente, o alcance e o sucesso do INCLUSP.

Além disso, o aluno poderá receber as apostilas em arquivos textos nos CDs, podendo imprimir esse material, etc. Enfim, o objetivo do Instituto OCW Br@sil é democratizar o conhecimento e socializar os saberes. É dar oportunidade para quem não tem. É construir e implementar mecanismos e soluções criativas, inovadoras, que reduzam as desigualdades educacionais e regionais, impulsionem o Brasil rumo ao desenvolvimento e ao primeiro mundo.

E o melhor de tudo, todas as ações do Instituto OCW Br@sil, todos os projetos, são open e free. Enfim, tudo isso está sendo detalhado para ser apresentado à Pró-Reitora de Graduação da USP, Prof. Selma Garrido, e ao Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nas audiências que solicitamos via ofício.
Nós criamos um Instituto, o Instituto OCW Br@sil, para ser um mecanismo rápido, direto e eficiente contra as desigualdades, as exclusões e as privações. E esses projetos serão implementados com o máximo de qualidade possível, com a qualidade USP.

A USP e a inclusão social

Fonte: A Universidade e as Profissões

Como instituição pública de Ensino Superior, a Universidade de São Paulo é considerada uma referência significativa para a sociedade brasileira. As atividades de ensino, pesquisa e extensão que realiza contribuem significativamente para o desenvolvimento social, cultural e econômico do país, produzindo conhecimentos e preparando cidadãos para desempenhar papel de liderança intelectual e profissional.

Reconhecendo a desigualdade social que marca a sociedade brasileira, a USP pretende contribuir para a sua superação por meio do Programa de Inclusão Social (Inclusp), que articulará excelência acadêmica, autonomia universitária e inclusão social. Por meio desse Programa, a USP dará organicidade e visibilidade às ações que já vêm sendo desenvolvidas nas suas diversas Unidades e instâncias, articulando-as na forma de uma política institucional.

Tendo como foco o aluno do Ensino Médio da escola pública, o Inclusp articulará um conjunto de ações, antes, durante e após o processo seletivo de ingresso na Universidade, com a finalidade de democratizar o acesso dos segmentos menos favorecidos da sociedade aos seus cursos, sem comprometimento do critério de mérito como legitimador desse acesso.

Objetivos do Programa

* Ampliar as probabilidades de acesso dos estudantes egressos da escola pública;
* Atuar positivamente na superação das barreiras educacionais que dificultam esse acesso;
* Apoiar as escolas públicas, seus professores e alunos mediante ações especializadas;
* Incentivar a participação dos egressos da escola pública no processo seletivo de ingresso na Universidade, por meio de medidas de apoio didático-pedagógico e de divulgação;
* Apoiar, com ações específicas, a permanência dos alunos no curso superior.

Ações do Programa

a) antes do ingresso na Universidade

Dadas as situações objetivas de desigualdade social que penalizam os estudantes que cursam o Ensino Médio na rede pública, a ampliação das possibilidades de acesso desses alunos na USP e a garantia de sua permanência na Universidade requerem ações sistemáticas de apoio ainda na fase anterior à sua participação no vestibular.

Para tanto, o Inclusp implementará mecanismos capazes de estimular, favorecer e respaldar a formação geral e o preparo dos estudantes do Ensino Médio público para o vestibular. Assim, a partir do núcleo central de atuação da Universidade, o Inclusp buscará intensificar um relacionamento sistemático e permanente com a escola básica mantida pelo poder público, visando:

* Constituir canais ágeis e eficientes de comunicação, para viabilizar relacionamento mais estável e fecundo entre a Universidade e o Ensino Médio público;
* Sinalizar às escolas de Ensino Médio diretrizes que favoreçam a formação geral e o preparo específico dos estudantes para o vestibular;
* Manter a sociedade mais informada sobre este Programa de Inclusão Social, bem como sobre os conteúdos programáticos do exame vestibular da Universidade;
* Tomar os Parâmetros Curriculares Nacionais como uma das referências para a elaboração desses conteúdos, visando exercer papel indutor junto às escolas públicas no seu desenvolvimento curricular.

b) no momento do ingresso

O Inclusp pretende identificar estudantes que tenham condições de obter maiores benefícios com o curso superior, independentemente de sua história social e econômica.
O Programa prevê um Sistema de Pontuação Acrescida para os alunos que cursaram integralmente o Ensino Médio na rede pública que, mesmo em condições desfavoráveis, se aproximaram da nota necessária para aprovação no vestibular, revelando ter potencial para o Ensino Superior. Com o acréscimo de 3% na nota, esses candidatos poderão atingir a pontuação requerida para o ingresso.
O Inclusp prevê, também, a instituição do Sistema de Avaliação Seriada para escolas de Ensino Médio da rede púbica que manifestem interesse de participar do processo.

c) após o ingresso

A política de inclusão social da USP pretende oferecer várias formas de apoio aos alunos ingressantes, para que possam completar com êxito sua trajetória universitária. Um Programa de Bolsas será especialmente criado para tal fim, incluindo as já existentes. Adicionalmente, visando à ampliação da formação humanística dos alunos, serão empreendidas ações para divulgação, criação e participação em eventos artísticos e culturais, integrando orquestras, corais, cinemateca, museus e outros institutos especializados. Atenção especial será dada às ações culturais diretamente voltadas aos alunos que residam nas moradias estudantis da Universidade na capital e no interior.

O Projeto OCW-USP e o INCLUSP

Leonildo Correa - 28/07/2007

Uma das deficiências do Programa de inclusão criado pela USP reside no alcance das ações. A maioria dos projetos, dentro desse programa, tem alcance limitado e restrito, surtindo pouco efeito prático na solução do problema das desigualdades. Por exemplo, aumentar a nota de um aluno de escola pública em 3% é irrelevante, pois a defasagem de conhecimento desse aluno não é de apenas 3%. Dar isenção de taxas no vestibular, também é irrelevante, pois o problema não é o pagamento de taxa, mas sim a carência de ensino público de qualidade. Criar um cursinho vestibular gratuito piora ainda mais a coisa, pois gera, antes da chegada no vestibular, uma outra exclusão, a do aluno que não conseguiu fazer o cursinho da USP, sem contar que esse cursinho atenderá apenas uma parcela diminuta dos vestibulando de baixa renda.

Portanto, os projetos do INCLUSP constituem pequenas gotas d'agua lançadas em um deserto de desigualdades. Gotas que atingem a areia e evaporam rapidamente, não resolvendo o problema da falta de água. É preciso fazer uma coisa grande. É preciso que o INCLUSP seja grande e atinja toda a sociedade e dê possibilidades para todas as pessoas, atacando o problema das desigualdades na raiz, simultaneamente, de vários ângulos.

O Projeto OCW-USP do Instituto OCW Br@sil tem essa capacidade. É um projeto grande que possibilita à Universidade de São Paulo utilizar a sua matéria-prima de melhor qualidade, o conhecimento, contra as desigualdades que assolam a educação e as regiões brasileiras.

A disponibilização gratuita do conteúdo de todas as disciplinas de todos os cursos da USP, incluindo textos, som e vídeo, assim como todos os demais materiais relacionados a essa disciplina, constituirá o maior programa de inclusão já promovido por uma Universidade Pública brasileira. A USP não vai dar o seu diploma para todo os brasileiros. Vai dar, gratuitamente, algo maior do que isso: o conhecimento que ensina e transmite aos seus alunos em seus cursos. Os alunos que querem o diploma da USP continuam tendo que se submeter ao vestibular. Contudo, as pessoas que querem só o conhecimento da USP, precisarão apenas acessar a internet para assistir às aulas e refazer os cursos, estudar os materiais, ouvir e ver os professores, etc.

Com isso, o INCLUSP não incluiu apenas os alunos de escolas públicas no seu vestibular, mas inclui todos os brasileiros nas salas de aula da USP, dando possibilidade de todos acessarem o seu conhecimento, aprenderam mais e melhor e, a partir disso, modificarem a realidade em que vivem. Não é o diploma da USP que transforma a realidade. Não é o diploma da USP que faz de uma pessoa comum um líder, de um estudioso um intelectual, de um estudante um engenheiro, etc. É o conhecimento que transforma a pessoa. É a ação com conhecimento que transforma a realidade. O diploma é apenas uma confirmação de que a pessoa tem conhecimentos e foi treinada por essa ou aquela instituição. O diploma é isso. Nada mais do que isso.

Inclusive eu penso que se uma pessoa tem um profundo conhecimento do assunto, depois de ser aprovada em todas as provas necessárias e fazer todos os estágios exigidos, deveria receber o diploma, independentemente de ter feito cursos, aulas, seminários, etc. Penso que as pessoas deveriam ter a liberdade para escolher entre ter aulas com professores em sala, ter aulas com professores pela internet, ou estudarem sozinhas sem professor. Não só isso, considero que deveria existir um órgão educacional nacional que verificasse conhecimentos e emitisse diplomas.

Por exemplo, o aluno autodidata vai até o órgão e diz: "Tenho todos os conhecimentos para ser bacharel em direito. Portanto, gostaria de fazer as provas." O órgão responde: "Em tal dia, tal horário, você deverá fazer as provas do primeiro ano. Se passar, em tal dia fará as do segundo. Se passar, em tal dia fará as do terceiro, etc." E, uma vez aprovado em todas as provas, não há nenhuma razão para que esse aluno não receba o diploma de bacharel em direito. E, depois que receber o diploma, ele se submeterá às provas da OAB. Continuando o ciclo atual.

Não entendo e acho uma estupidez obrigar o aluno a ficar cinco anos estudando para receber o diploma de alguma coisa. Para certas pessoas cinco anos é pouco, precisariam de vinte. Para outras cinco anos é muito, precisariam de apenas um. Tem moleque de quinze anos que sabe mais do que muitos engenheiros e analistas de sistema, inclusive consegue invadir os servidores do Pentágono, nos EUA, com os olhos fechados. Não podemos obrigar todo mundo a ficar o mesmo tempo estudando, assim como não podemos submeter todos os alunos ao mesmo método de avaliação.

O que importa é o conhecimento que a pessoa adquire. O modo como ela adquiriu esse conhecimento é irrelevante, completamente irrelevante para a aquisição do diploma. Contudo, nesse momento, essa idéia é avançada demais. A maioria das autoridades públicas universitárias e dos docentes ainda estão com a cabeça no século passado e consideram que a única forma possível de obter aprendizagem e diplomas é ficando sentado em carteiras de madeira enfileiradas, durante vários anos, ouvindo várias pessoas falarem. Meu Deus do Céu, precisamos evoluir !!! Não podemos ficar amarrados a costumes de séculos anteriores. Certamente, em um futuro próximo os métodos de ensino de hoje serão considerados ridículos.

Mas, voltando ao assunto, nós do Instituto OCW Br@sil planejamos também estender o Projeto OCW-USP um pouco além das disciplinas da Universidade. Queremos englobar também as disciplinas, os conteúdos e os materiais do cursinho da USP para estudantes de baixa renda e de escolas públicas. Assim, esse cursinho pré-vestibular deixará de atender apenas uma pequena parcela de eleitos e chegará a todos os vestibulandos, a todas as escolas públicas do país. Isso irá globalizar o INCLUSP atual que está restrito a uma centena de alunos.

Logo, depois do Projeto OCW-USP, todos os estudantes secundaristas brasileiros terão acesso gratuito ás aulas ministradas no cursinho da USP, assim como acesso aos materiais utilizados nessas aulas. Essa ação é justa. Ela democratiza o conhecimento, socializa os saberes e dá oportunidades iguais para todos, sejam de escolas públicas, sejam de escolas particulares. Bastará apenas o estudante ter acesso a um computador com internet para fazer o cursinho da USP e depois prestar o vestibular.

Contudo, ainda há o problema do computador com acesso a internet. A primeira solução é o governo implantar computador com internet em todas as escolas públicas rapidamente, assim como criar cybercafés para estudantes de baixa renda.

Já a nossa solução temporária, que pode ser implementada pelo Instituto OCW Br@sil, é gravar as aulas (MP3 e Vídeo) em CDs que possam ser lidos em aparelhos de DVDS comuns, distribuindo esses CDs e DVDs para todas as escolas e bibliotecas públicas do país, assim como enviando, via postal, para os alunos que solicitarem cópias, etc. Com isso aumentamos, exponencialmente, o alcance e o sucesso do INCLUSP.

Além disso, o aluno poderá receber as apostilas em arquivos textos nos CDs, podendo imprimir esse material, etc. Enfim, o objetivo do Instituto OCW Br@sil é democratizar o conhecimento e socializar os saberes. É dar oportunidade para quem não tem. É construir e implementar mecanismos e soluções criativas, inovadoras, que reduzam as desigualdades educacionais e regionais, impulsionem o Brasil rumo ao desenvolvimento e ao primeiro mundo.

E o melhor de tudo, todas as ações do Instituto OCW Br@sil, todos os projetos, são open e free. Enfim, tudo isso está sendo detalhado para ser apresentado à Pró-Reitora de Graduação da USP, Prof. Selma Garrido, e ao Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nas audiências que solicitamos via ofício.
Nós criamos um Instituto, o Instituto OCW Br@sil, para ser um mecanismo rápido, direto e eficiente contra as desigualdades, as exclusões e as privações. E esses projetos serão implementados com o máximo de qualidade possível, com a qualidade USP.

A USP e a inclusão social

Fonte: A Universidade e as Profissões

Como instituição pública de Ensino Superior, a Universidade de São Paulo é considerada uma referência significativa para a sociedade brasileira. As atividades de ensino, pesquisa e extensão que realiza contribuem significativamente para o desenvolvimento social, cultural e econômico do país, produzindo conhecimentos e preparando cidadãos para desempenhar papel de liderança intelectual e profissional.

Reconhecendo a desigualdade social que marca a sociedade brasileira, a USP pretende contribuir para a sua superação por meio do Programa de Inclusão Social (Inclusp), que articulará excelência acadêmica, autonomia universitária e inclusão social. Por meio desse Programa, a USP dará organicidade e visibilidade às ações que já vêm sendo desenvolvidas nas suas diversas Unidades e instâncias, articulando-as na forma de uma política institucional.

Tendo como foco o aluno do Ensino Médio da escola pública, o Inclusp articulará um conjunto de ações, antes, durante e após o processo seletivo de ingresso na Universidade, com a finalidade de democratizar o acesso dos segmentos menos favorecidos da sociedade aos seus cursos, sem comprometimento do critério de mérito como legitimador desse acesso.

Objetivos do Programa

* Ampliar as probabilidades de acesso dos estudantes egressos da escola pública;
* Atuar positivamente na superação das barreiras educacionais que dificultam esse acesso;
* Apoiar as escolas públicas, seus professores e alunos mediante ações especializadas;
* Incentivar a participação dos egressos da escola pública no processo seletivo de ingresso na Universidade, por meio de medidas de apoio didático-pedagógico e de divulgação;
* Apoiar, com ações específicas, a permanência dos alunos no curso superior.

Ações do Programa

a) antes do ingresso na Universidade

Dadas as situações objetivas de desigualdade social que penalizam os estudantes que cursam o Ensino Médio na rede pública, a ampliação das possibilidades de acesso desses alunos na USP e a garantia de sua permanência na Universidade requerem ações sistemáticas de apoio ainda na fase anterior à sua participação no vestibular.

Para tanto, o Inclusp implementará mecanismos capazes de estimular, favorecer e respaldar a formação geral e o preparo dos estudantes do Ensino Médio público para o vestibular. Assim, a partir do núcleo central de atuação da Universidade, o Inclusp buscará intensificar um relacionamento sistemático e permanente com a escola básica mantida pelo poder público, visando:

* Constituir canais ágeis e eficientes de comunicação, para viabilizar relacionamento mais estável e fecundo entre a Universidade e o Ensino Médio público;
* Sinalizar às escolas de Ensino Médio diretrizes que favoreçam a formação geral e o preparo específico dos estudantes para o vestibular;
* Manter a sociedade mais informada sobre este Programa de Inclusão Social, bem como sobre os conteúdos programáticos do exame vestibular da Universidade;
* Tomar os Parâmetros Curriculares Nacionais como uma das referências para a elaboração desses conteúdos, visando exercer papel indutor junto às escolas públicas no seu desenvolvimento curricular.

b) no momento do ingresso

O Inclusp pretende identificar estudantes que tenham condições de obter maiores benefícios com o curso superior, independentemente de sua história social e econômica.
O Programa prevê um Sistema de Pontuação Acrescida para os alunos que cursaram integralmente o Ensino Médio na rede pública que, mesmo em condições desfavoráveis, se aproximaram da nota necessária para aprovação no vestibular, revelando ter potencial para o Ensino Superior. Com o acréscimo de 3% na nota, esses candidatos poderão atingir a pontuação requerida para o ingresso.
O Inclusp prevê, também, a instituição do Sistema de Avaliação Seriada para escolas de Ensino Médio da rede púbica que manifestem interesse de participar do processo.

c) após o ingresso

A política de inclusão social da USP pretende oferecer várias formas de apoio aos alunos ingressantes, para que possam completar com êxito sua trajetória universitária. Um Programa de Bolsas será especialmente criado para tal fim, incluindo as já existentes. Adicionalmente, visando à ampliação da formação humanística dos alunos, serão empreendidas ações para divulgação, criação e participação em eventos artísticos e culturais, integrando orquestras, corais, cinemateca, museus e outros institutos especializados. Atenção especial será dada às ações culturais diretamente voltadas aos alunos que residam nas moradias estudantis da Universidade na capital e no interior.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Repercussões do Projeto OCW-USP do Instituto OCW Br@sil

A USP é a melhor Universidade da América Latina. Portanto, tem conteúdo e muitas lições para ensinar. Não só para outras universidades e faculdades, mas também para todos os brasileiros e latino-americanos. Vamos compartilhar, gratuitamente, com aqueles que precisam e querem, o conhecimento. Vamos compartilhar e dividir aquilo que temos de melhor. Vamos democratizar o conhecimento e socializar os saberes que estão monopolizados e retidos nesta Universidade de São Paulo.

Contudo, esse Projeto OCW-USP me entristece muito. Pergunto-me por que é que não fizeram isso antes ? Por que demoramos tanto tempo para perceber o poder de compartilhamento, da democratização e da socialização do conhecimento e dos saberes ? Entristece-me porque se esse projeto existisse na década de 80 as aulas de grandes professores da USP teriam sido imortalizadas e compartilhadas com todo o Brasil. Hoje poderíamos reassisti-la e aprender lições importantes, vendo coisas e aspectos que não foram vistos na época. Poderíamos reassistir e repassar as aulas do Professor Schenberg, do Professor Florestan Fernandes, do Professor Milton Santos, Miguel Reale, etc. Tudo estaria gravado, transcrito e disponível, gratuitamente na internet, para todos os brasileiros.

Isso não foi feito e restaram-nos apenas a frieza dos livros desses professores. Por isso um outro grande impacto desse projeto será ocasionado na USP como instituição, pois a partir de sua implementação, os professores e suas aulas serão imortalizados. E daqui a cem anos, quando algum historiador quiser repassar os cursos da USP do começo do século XXI, poderá fazê-los, pois tudo estará gravado e guardado. Tudo estará disponível gratuitamente para todos.

Estou triste por esse projeto não ter sido feito antes e termos perdido as lições de grandes mestres. Mas estou feliz porque iremos fazer esse projeto agora e as lições de grandes professores, que ainda estão entre nós, poderão ser imortalizadas e disseminadas para todo o Brasil e o mundo.

Além disso, esse projeto OCW-USP do Instituto OCW Br@sil irá satisfazer o desejo de muitos brasileiros que desejam estudar com os professores da USP, mas que não tiveram meios e recursos para fazê-lo. Depois desse projeto eles não precisarão mais fazer cursinhos caros, passar no vestibular, etc para conseguir assistir aulas ministradas na USP. terão apenas que obter um computador com acesso a internet. Obter um computador com internet é mais fácil e barato do que passar no vestibular.

Não só isso, essa abertura da Universidade, essa democratização do conhecimento e socialização dos saberes, que faremos no Projeto OCW-USP, quebrará definitivamente a barreira do vestibular como porta obrigatória de acesso ao conhecimento. Vestibular é para quem quer diploma, não para quem quer aprender mais, saber mais, ter acesso ao conhecimento.

Hoje um Professor da USP ministra aulas para turmas de uma centena de alunos, no máximo. Se nós conseguirmos pegar essa aula, com todas as suas nuances e sutilezas, assim como todos os demais materiais utilizados nela, e disponibilizar, gratuitamente, para 30.000.000 (Trinta milhões) de pessoas, ou mais, teremos feito uma coisa surpreendentemente notável. Se fizermos isso em todos os cursos da USP, por tempo indeterminado, provocaremos um salto quântico na educação brasileira e na qualidade do ensino superior do país.

Eu vejo o futuro depois desse Projeto OCW-USP. E nesse futuro vejo profissionais de todas as classes refazendo os cursos que fizeram em uma universidade pouco conceituada. Agora estão refazendo o curso na Universidade mais importante da América Latina. Estão refazendo o curso da USP. Esses profissionais não querem diploma da USP, mas sim o conhecimento que é ministrado na USP, ou seja, querem apenas fazer uma reciclagem profissional, rever pontos que não aprenderam ou não entenderam, etc, ou então, querem aprender mais. Hoje se quiserem fazer isso terão que se submeter novamente ao vestibular. Depois do Projeto OCW-USP terão apenas que acessar a internet.

Eu vejo os professores da Escolas Públicas acessando os cursos da USP para aprimorar a sua formação, principalmente professores de regiões isoladas e distantes que jamais conseguiriam estudar na USP. Agora a USP foi até eles. Precisam apenas de um computador com internet para acessar o Projeto OCW-USP e concretizarem o sonho de saber tanto quanto quaisquer alunos da USP, ou seja, esses professores poderão acessar todas as aulas de todos os cursos da USP. Poderão estudar essas aulas da mesma forma que um aluno da USP estuda. Talvez mais, pois quem nunca teve uma oportunidades, quando tem uma, dedica-se de corpo e alma.

Não só os professores, vejo esse Projeto OCW-USP causando um grande impacto no mundo jurídico, pois todas as aulas da Faculdade de Direito da USP e de seus renomados professores se tornarão acessíveis para todos os advogados, juízes, promotores, estudantes de direitos, etc, de todo o Brasil. O exame da OAB, depois desse Projeto OCW-USP, não será mais o mesmo e não irá reprovar mais tanta gente.

Hoje, existem muitas faculdades de direito com qualidade zero formando bacharéis. Não podemos culpar os alunos por isso, pois essa foi a única chance que tiveram para fazer um Curso de Direito e, muitas vezes, não tiveram recursos suficiente para adquirir os caríssimos livros do curso. Porém, depois desse Projeto OCW-USP eles terão acesso ao ensino (aulas, seminários, apostilas, MP3, Vídeos,e tc) ministrado pela mais importante Faculdade de Direito do Brasil e somente não aprenderão se não quiserem aprender. Somente não passarão nas provas da OAB se não quiserem estudar e se não quiserem passar. O conhecimento estará disponível gratuitamente e cabe ao indivíduo decidir se quer recebê-lo ou não. Ninguém é obrigado a nada. Mas o conhecimento tem que estar acessível gratuitamente.

Hoje impera a exclusão intelectual dos excluídos economicamente, pois o conhecimento está sendo transformado em mercadoria. Para entrar em uma Universidade de ponta tem que pagar um cursinho caro. Para estudar em um Universidade particular com algum conceito tem que pagar mensalidades exorbitantes. Sem contar os livros utilizados que são caríssimos, os xerox diários que são um absurdo, etc. Tudo isso é o poder econômico excluindo as classes menos favorecidas do acesso à educação pública, gratuita e de qualidade. O que a classe dominante diz indiretamente, com essas restrições é: "Quem não tem dinheiro não pode estudar. Quem não tem dinheiro não pode se desenvolver. Quem não tem dinheiro não pode se formar. Quem não tem dinheiro não pode ser um intelectual". Depois desse Projeto OCW-USP o dinheiro se tornará irrelevante e não mais impedirá o acesso ao conhecimento e aos saberes das Universidades Públicas.

Enfim, vejo os alunos de todas as universidades particulares estudando os materiais correlatos da USP. Estudantes que fazem cursos fracos e deficientes poderão corrigir essas falhas e problemas acessando o Projeto OCW-USP. Não só os alunos de fora, mas os próprios alunos da USP terão um salto quântico na sua qualidade de ensino, pois nenhum aula mais será perdida. Se o aluno não esteve presente, poderá acessá-la e assisti-la pela internet. Certamente, a questão da presença obrigatória em sala de aula e das listas de presença não integram o objeto desse projeto. Isso é assunto interno da USP e deve ser resolvido pelos Conselho Universitário.

Portanto, o Brasil ganhará, e muito, com o Instituto OCW Br@sil e com o Projeto OCW-USP, pois vamos acertar as desigualdades regionais em cheio, bem no ponto fraco. Vamos reduzir essas desigualdades criando intelectuais e disseminando, gratuitamente, o conhecimento e os saberes. Os professores da USP estarão presentes em todos os pontos do país, ensinando suas lições, catalisando mudanças e fomentando o desenvolvimento intelectual do povo brasileiro.

A educação pública, gratuita e de qualidade será transferida para a internet e disponibilizada para todos os brasileiros dos quatro cantos do país. Por isso, esse Projeto OCW-USP não é um simples Projeto, mas sim uma verdadeira política pública de transformação social. É um projeto que quebra o paradigma das exclusões e das privações. È um Projeto que acende a luz da esperança e dá aos cidadãos a arma do conhecimento para enfrentarem a adversidade. Não existe arma mais poderosa do que essa.

É um projeto sensato, coerente e justo.

Leonildo Correa - 25/07/2007 - http://leonildoc.ocwbrasil.org/

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Instituto OCW Br@sil - http://www.ocwbrasil.org

Repercussões do Projeto OCW-USP do Instituto OCW Br@sil

A USP é a melhor Universidade da América Latina. Portanto, tem conteúdo e muitas lições para ensinar. Não só para outras universidades e faculdades, mas também para todos os brasileiros e latino-americanos. Vamos compartilhar, gratuitamente, com aqueles que precisam e querem, o conhecimento. Vamos compartilhar e dividir aquilo que temos de melhor. Vamos democratizar o conhecimento e socializar os saberes que estão monopolizados e retidos nesta Universidade de São Paulo.

Contudo, esse Projeto OCW-USP me entristece muito. Pergunto-me por que é que não fizeram isso antes ? Por que demoramos tanto tempo para perceber o poder de compartilhamento, da democratização e da socialização do conhecimento e dos saberes ? Entristece-me porque se esse projeto existisse na década de 80 as aulas de grandes professores da USP teriam sido imortalizadas e compartilhadas com todo o Brasil. Hoje poderíamos reassisti-la e aprender lições importantes, vendo coisas e aspectos que não foram vistos na época. Poderíamos reassistir e repassar as aulas do Professor Schenberg, do Professor Florestan Fernandes, do Professor Milton Santos, Miguel Reale, etc. Tudo estaria gravado, transcrito e disponível, gratuitamente na internet, para todos os brasileiros.

Isso não foi feito e restaram-nos apenas a frieza dos livros desses professores. Por isso um outro grande impacto desse projeto será ocasionado na USP como instituição, pois a partir de sua implementação, os professores e suas aulas serão imortalizados. E daqui a cem anos, quando algum historiador quiser repassar os cursos da USP do começo do século XXI, poderá fazê-los, pois tudo estará gravado e guardado. Tudo estará disponível gratuitamente para todos.

Estou triste por esse projeto não ter sido feito antes e termos perdido as lições de grandes mestres. Mas estou feliz porque iremos fazer esse projeto agora e as lições de grandes professores, que ainda estão entre nós, poderão ser imortalizadas e disseminadas para todo o Brasil e o mundo.

Além disso, esse projeto OCW-USP do Instituto OCW Br@sil irá satisfazer o desejo de muitos brasileiros que desejam estudar com os professores da USP, mas que não tiveram meios e recursos para fazê-lo. Depois desse projeto eles não precisarão mais fazer cursinhos caros, passar no vestibular, etc para conseguir assistir aulas ministradas na USP. terão apenas que obter um computador com acesso a internet. Obter um computador com internet é mais fácil e barato do que passar no vestibular.

Não só isso, essa abertura da Universidade, essa democratização do conhecimento e socialização dos saberes, que faremos no Projeto OCW-USP, quebrará definitivamente a barreira do vestibular como porta obrigatória de acesso ao conhecimento. Vestibular é para quem quer diploma, não para quem quer aprender mais, saber mais, ter acesso ao conhecimento.

Hoje um Professor da USP ministra aulas para turmas de uma centena de alunos, no máximo. Se nós conseguirmos pegar essa aula, com todas as suas nuances e sutilezas, assim como todos os demais materiais utilizados nela, e disponibilizar, gratuitamente, para 30.000.000 (Trinta milhões) de pessoas, ou mais, teremos feito uma coisa surpreendentemente notável. Se fizermos isso em todos os cursos da USP, por tempo indeterminado, provocaremos um salto quântico na educação brasileira e na qualidade do ensino superior do país.

Eu vejo o futuro depois desse Projeto OCW-USP. E nesse futuro vejo profissionais de todas as classes refazendo os cursos que fizeram em uma universidade pouco conceituada. Agora estão refazendo o curso na Universidade mais importante da América Latina. Estão refazendo o curso da USP. Esses profissionais não querem diploma da USP, mas sim o conhecimento que é ministrado na USP, ou seja, querem apenas fazer uma reciclagem profissional, rever pontos que não aprenderam ou não entenderam, etc, ou então, querem aprender mais. Hoje se quiserem fazer isso terão que se submeter novamente ao vestibular. Depois do Projeto OCW-USP terão apenas que acessar a internet.

Eu vejo os professores da Escolas Públicas acessando os cursos da USP para aprimorar a sua formação, principalmente professores de regiões isoladas e distantes que jamais conseguiriam estudar na USP. Agora a USP foi até eles. Precisam apenas de um computador com internet para acessar o Projeto OCW-USP e concretizarem o sonho de saber tanto quanto quaisquer alunos da USP, ou seja, esses professores poderão acessar todas as aulas de todos os cursos da USP. Poderão estudar essas aulas da mesma forma que um aluno da USP estuda. Talvez mais, pois quem nunca teve uma oportunidades, quando tem uma, dedica-se de corpo e alma.

Não só os professores, vejo esse Projeto OCW-USP causando um grande impacto no mundo jurídico, pois todas as aulas da Faculdade de Direito da USP e de seus renomados professores se tornarão acessíveis para todos os advogados, juízes, promotores, estudantes de direitos, etc, de todo o Brasil. O exame da OAB, depois desse Projeto OCW-USP, não será mais o mesmo e não irá reprovar mais tanta gente.

Hoje, existem muitas faculdades de direito com qualidade zero formando bacharéis. Não podemos culpar os alunos por isso, pois essa foi a única chance que tiveram para fazer um Curso de Direito e, muitas vezes, não tiveram recursos suficiente para adquirir os caríssimos livros do curso. Porém, depois desse Projeto OCW-USP eles terão acesso ao ensino (aulas, seminários, apostilas, MP3, Vídeos,e tc) ministrado pela mais importante Faculdade de Direito do Brasil e somente não aprenderão se não quiserem aprender. Somente não passarão nas provas da OAB se não quiserem estudar e se não quiserem passar. O conhecimento estará disponível gratuitamente e cabe ao indivíduo decidir se quer recebê-lo ou não. Ninguém é obrigado a nada. Mas o conhecimento tem que estar acessível gratuitamente.

Hoje impera a exclusão intelectual dos excluídos economicamente, pois o conhecimento está sendo transformado em mercadoria. Para entrar em uma Universidade de ponta tem que pagar um cursinho caro. Para estudar em um Universidade particular com algum conceito tem que pagar mensalidades exorbitantes. Sem contar os livros utilizados que são caríssimos, os xerox diários que são um absurdo, etc. Tudo isso é o poder econômico excluindo as classes menos favorecidas do acesso à educação pública, gratuita e de qualidade. O que a classe dominante diz indiretamente, com essas restrições é: "Quem não tem dinheiro não pode estudar. Quem não tem dinheiro não pode se desenvolver. Quem não tem dinheiro não pode se formar. Quem não tem dinheiro não pode ser um intelectual". Depois desse Projeto OCW-USP o dinheiro se tornará irrelevante e não mais impedirá o acesso ao conhecimento e aos saberes das Universidades Públicas.

Enfim, vejo os alunos de todas as universidades particulares estudando os materiais correlatos da USP. Estudantes que fazem cursos fracos e deficientes poderão corrigir essas falhas e problemas acessando o Projeto OCW-USP. Não só os alunos de fora, mas os próprios alunos da USP terão um salto quântico na sua qualidade de ensino, pois nenhum aula mais será perdida. Se o aluno não esteve presente, poderá acessá-la e assisti-la pela internet. Certamente, a questão da presença obrigatória em sala de aula e das listas de presença não integram o objeto desse projeto. Isso é assunto interno da USP e deve ser resolvido pelos Conselho Universitário.

Portanto, o Brasil ganhará, e muito, com o Instituto OCW Br@sil e com o Projeto OCW-USP, pois vamos acertar as desigualdades regionais em cheio, bem no ponto fraco. Vamos reduzir essas desigualdades criando intelectuais e disseminando, gratuitamente, o conhecimento e os saberes. Os professores da USP estarão presentes em todos os pontos do país, ensinando suas lições, catalisando mudanças e fomentando o desenvolvimento intelectual do povo brasileiro.

A educação pública, gratuita e de qualidade será transferida para a internet e disponibilizada para todos os brasileiros dos quatro cantos do país. Por isso, esse Projeto OCW-USP não é um simples Projeto, mas sim uma verdadeira política pública de transformação social. É um projeto que quebra o paradigma das exclusões e das privações. È um Projeto que acende a luz da esperança e dá aos cidadãos a arma do conhecimento para enfrentarem a adversidade. Não existe arma mais poderosa do que essa.

É um projeto sensato, coerente e justo.

Leonildo Correa - 25/07/2007 - http://leonildoc.ocwbrasil.org/

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Instituto OCW Br@sil - http://www.ocwbrasil.org

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Atenção
O sistema de busca google é manipulado e fraudado. As URLs que aparecem nas buscas são selecionadas e cadastradas diretamente por terceiros.

Por isso, algumas vezes você procura algo sobre uma pessoa e só acha URLs que falam mal dela. Isso ocorre porque as URLs que falam bem foram filtradas e excluídas e não aparecem no sistema de busca.

Além disso, é um sistema que carrega consigo o germe de sua própria destruição. Quanto maior fica o sistema, mais difícil é dizer o que é relevante e o que é irrelevante. Quanto maior é o sistema, maior é a dificuldade de selecionar as informações.

Por isso, mais cedo ou mais tarde o sistema Google vai implodir, pois haverá muita informação e as mais relevantes não estarão nos primeiros lugares, principalmente porque os primeiros lugares serão ocupados por links pagos.

Logo, ninguém vai usar esse sistema, pois ninguém quer perder tempo olhando um milhão de páginas para achar o que procura. Mas o pior de tudo é a parcialidade e a fraude que está contaminando esse sistema.

Atenção
O sistema de busca google é manipulado e fraudado. As URLs que aparecem nas buscas são selecionadas e cadastradas diretamente por terceiros.

Por isso, algumas vezes você procura algo sobre uma pessoa e só acha URLs que falam mal dela. Isso ocorre porque as URLs que falam bem foram filtradas e excluídas e não aparecem no sistema de busca.

Além disso, é um sistema que carrega consigo o germe de sua própria destruição. Quanto maior fica o sistema, mais difícil é dizer o que é relevante e o que é irrelevante. Quanto maior é o sistema, maior é a dificuldade de selecionar as informações.

Por isso, mais cedo ou mais tarde o sistema Google vai implodir, pois haverá muita informação e as mais relevantes não estarão nos primeiros lugares, principalmente porque os primeiros lugares serão ocupados por links pagos.

Logo, ninguém vai usar esse sistema, pois ninguém quer perder tempo olhando um milhão de páginas para achar o que procura. Mas o pior de tudo é a parcialidade e a fraude que está contaminando esse sistema.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Reação do mundo ao Projeto OCW-MIT

OCW-MIT - Tradução: Universia

Educadores

"Recentemente passei um tempo com um grupo de refugiados etíopes que estão vivendo no Quênia e vi que eles se beneficiarão enormemente dessa iniciativa. Muitos são engenheiros formados na Etiópia cujas atividades acadêmicas foram interrompidas pela desordem política. Achei que vocês poderiam apreciar um outro exemplo de como essa iniciativa pode beneficiar a comunidade daqueles que buscam conhecimento." - Quênia

"Li sobre essa iniciativa no NY Times on-line e devo dizer que é uma das melhores aplicações da Internet até o momento. Estou ansioso para aproveitar essa oportunidade e "dar um mergulho" no enorme reservatório de intelectualidade humana do MIT."

- Web master de www.clickafrique.com, um portal africano na Web.

Autodidatas

"Esse projeto restaura minha fé na dignidade e nobreza da humanidade. A busca implacável de ganhos materiais quase sempre leva à mentalidade do 'tudo tem seu preço'. O fato de disponibilizar o conhecimento para aqueles que têm sede de saber é uma das iniciativas mais nobres que já vi nos últimos anos." - Chicago

"O MIT OCW é a 8ª Maravilha do Mundo! Meus sinceros e profundos agradecimentos a todos os que estão envolvidos no desenvolvimento desse projeto. Continuem esse excelente trabalho!" - Latívia

"Seu OCW gratuito é algo brilhante - e, infelizmente, muito raro - neste mundo comercial e mercenário em que vivemos. O OCW está trazendo de volta os valores acadêmicos fundamentais da informação aberta e disponível para todos!" - Espanha

"O OCW é a melhor coisa que existe na Internet. E pode muito bem ser a melhor coisa que já existiu na história humana. Seu exemplo restaurou minha fé na humanidade. O MIT mais uma vez confirmou sua reputação de excelência. É o início de algo realmente grande." - Seattle

Estudantes

"Sou aluno da Boise State University de Idaho. Agradeço a vocês por darem a todos a oportunidade de expandir seu conhecimento (de graça). Vocês não se arrependerão e os benefícios serão imensos. Pensem que vocês serão os líderes de uma rede gratuita de conhecimento contínuo para o bem da humanidade e, de fato, do mundo todo. Obrigado pelo presente global do conhecimento grátis." - Boise, Idaho

Educadores

"Muito obrigado! Que recurso inestimável vocês estão oferecendo à comunidade! Indicarei esses materiais maravilhosos aos professores da VT HS. É elogiável a intenção de disponibilizar recursos de qualidade... muito obrigado." - Vermont

"As informações que vocês disponibilizaram aqui são fantásticas. Eu sempre quis desenvolver meus conhecimentos de física quântica além do que é normalmente apresentado nos programas populares de ciências da TV e do rádio. Falei sobre o OpenCourseWare a diversos amigos; acho uma grande idéia disponibilizá-lo para o público." - Austrália

"Excelente! O conhecimento obtido nas instituições educacionais do mundo todo deveria ser acessível a qualquer pessoa gratuitamente. Isso não põe em risco a propriedade intelectual. Sempre acreditei nisso. Com o projeto do OCW, vocês abriram essa possibilidade a todos aqueles que têm um computador conectado à Internet. Obrigado mais uma vez pela excelente idéia." - Finlândia

"Que Deus Onipotente abençoe e ilumine o coração de todos os que lutam para fazer do OpenCourseWare uma vantagem para os mais necessitados e isolados. É um divisor de águas e a libertação dos Grandes Espíritos e da Humanidade das correntes da obstrução." - Dinamarca

"Entrei no campo do aprendizado eletrônico porque a promessa de proporcionar educação para todos é uma atitude sem preconceito. Tiro o chapéu a todos vocês por essa iniciativa fantástica. A promessa real da Internet se concretiza nessa iniciativa de vocês. Continuem fazendo um bom trabalho!" - Escócia

"A decisão do MIT OCW de oferecer cursos grátis na Web e propagar o conhecimento sem egoísmo é um passo enorme para aqueles que realmente amam o conhecimento e a humanidade. Tenho a firme convicção de que um dia, por causa dessa decisão, o MIT será considerado um centro de aprendizado tão importante quanto as grandes universidades da antiguidade." - Texas

Ex-alunos e corpo docente do MIT

"O OCW reflete a idéia de que, como eruditos e professores, desejamos compartilhar livremente o conhecimento que geramos com nossas pesquisas e aulas. Embora o MIT seja mais conhecido por sua pesquisa, com o OCW pretendemos mostrar nosso trabalho."

-Shigeru Miygawa, professor de lingüística do MIT e John Manjiro, professor de língua e cultura japonesa, prefeitura de Kochi

"Excelente idéia! Numa época em que as universidades estão mais preocupadas em ganhar dinheiro do que em evoluir e transferir conhecimento, esse tipo de iniciativa é um alívio."

- Ex-aluna do MIT, turma de 1985

"A exposição de professores ao trabalho de outros professores levanta uma barreira, mas estou certo de que os professores conseguirão transpor essa barreira. Acho que o OCW é uma vitória para os alunos do MIT, para os professores, para a comunidade do MIT e para a educação em geral."

- Ex-aluno, turma de 1965

"O OpenCourseWare é uma iniciativa corajosa da liderança do MIT. Aplicar a tecnologia para promover o aprendizado global é um ato que provavelmente fortalecerá todos os componentes do nosso sistema de ensino superior."

- Stephen C. Graves, catedrático do corpo docente do MIT

Autodidatas

"A melhor iniciativa que já surgiu na Internet - condizente com o espírito da Internet de conhecimento grátis para todos, conhecimento grátis para uma humanidade melhor. Chapeau bas messieurs!"

- França

"Sou engenheiro de computação e estou trabalhando como analista de mercado em uma empresa farmacêutica. Para mim, essa é uma oportunidade rara de continuar estudando e aprendendo. Vou visitá-los bastante."

- Guatemala

"Foi uma grande coisa o que vocês fizeram! Sou engenheiro químico na Índia e não posso sequer sonhar em um dia estudar no MIT, mas agora, graças ao MIT, posso aprender o que há de mais avançado na área de engenharia química."

- Índia

"Quero agradecer imensamente a todos os que se empenharam nessa iniciativa. Em países como o nosso, e principalmente nas universidades do interior, é uma oportunidade excepcional de compartilhar materiais que ajudam os estudantes a melhorar sua formação profissional. Essa atitude altruísta merece o reconhecimento de todos."

- Colômbia

"Só nesta manhã percebi o link para esse site no Yahoo. Depois de navegar um pouco pelo site, decidi passar o URL para diversos colegas aqui da Bell Canada. Durante o almoço, falamos sobre ele e chegamos à conclusão de que se trata de uma iniciativa importante cujo progresso pretendemos acompanhar. Um benefício muito positivo é o de dar às pessoas que trabalham em certas disciplinas a oportunidade de consultar outras áreas do conhecimento que poderiam despertar seu interesse em um campo completamente novo. Continuem fazendo um bom trabalho!"

- Canadá

"Rapazes, vocês são demais. Sempre sonhei em fazer um curso no MIT, mas nunca tive condições até agora. Moro em Nova York e pude ser um dos primeiros a experimentar o OpenCourseWare. Obrigado, obrigado, obrigado, obrigado, obrigado, obrigado!"

- cidade de Nova York

"Foi uma idéia fabulosa. O site é claro e realmente fácil de usar. Mal posso esperar para ver mais e mais materiais de cursos publicados, principalmente na área de administração de empresas. Espero realmente que algumas universidades canadenses sigam esse exemplo. Boa sorte e obrigado."

- Canadá

"Que coisa maravilhosa vocês estão fazendo. Estou ansioso para continuar meus estudos sozinho. Obrigado!"

- Intelectual inexperiente na esperança de conseguir progredir na Califórnia!

"O OCW é formidável!!! Obrigada - Estou muito entusiasmada com a oportunidade de apreciar o que o MIT está fazendo. Sou uma afro-americana aposentada que vive no norte do Estado de Nova York. Ter acesso aos cursos que vocês oferecem é um presente incrível e indica o quanto podemos ajudar uns aos outros."

- Nova York

Estudantes

"Quero agradecer a vocês por publicar os cursos do MIT na Internet para o público do mundo todo sem cobrar nenhuma taxa. É um grande recurso para mim, que não tenho a chance de estudar no MIT, mas quero realmente continuar minha educação formal. Congratulações ao MIT. Vocês têm um grande serviço para o mundo."

- Coréia do Sul

"O OpenCourseWare é quase uma utopia. Obrigado por multiplicar as oportunidades de educação da humanidade."

- Carolina do Norte

"Me alegra ter a oportunidade de procurar um curso e extrair exatamente as informações de que necessito para minha pesquisa, em vez de ter de cursar um semestre inteiro para conseguir uma ou duas palestras pertinentes. Estou ansioso para ter acesso aos melhores materiais educacionais que este país pode oferecer.

- Atual aluno de graduação do MIT